A campanha eleitoral fazia adivinhar a pior das mudanças que eram anunciadas, a transformação da democracia autárquica numa ópera bufa. As promessas a troco de intenções de voto, a criação de páginas de natureza fascista, as pressões sobre quem colocava likes noutras candidatura, a enxurrada de dinheiro para financiar a candidatura
A mudança foi a esperada, se nas eleições conseguiu uma parca maioria relativa, mas se sentou no gabinete o novo presidente depressa começou a tentar conseguir com golpes de bastidores o que os eleitores não lhe deram, uma maioria absoluta.
No executivo camarário foi fácil, em poucos dias vimos o eleito pela CDU trair os seus eleitores a troco de uma melhoria da vida, trocando o modesto lugar de técnico na CM de Castro Marim pelo de vereador executivo, com direito a empregar uns quantos amigos de credibilidade questionável
Para conseguir a maioria absoluta na Assembleia Municipal lançaram uma OPA sobre os eleitos pela candidatura e independente e um deles foi fácil de “comprar”, bastou um telefonema e um cargo que proporciona boa vida, para que o eleito pela candidatura independente se bandeasse e, ao que parece, passasse ao serviço do Araújo na tentativa de destruir a candidatura independente a partir de dentro.
Em poucos dias a autarquia foi vítima da maior vaga de saneamentos que se viu desde o 25 de abril de 1974, ao mesmo tempo que assistimos a um assalto oportunista do pote autárquico. Amigos inúteis, filhas desempregadas e trudo o que era camarada em dificuldades entrou para a CM, numa manobra oportunista que visa criar condições para que esta gente de pouco valor consiga ingressar nos quadros da autarquia.
Em pouco tempo nada se fez além de esbanjar fortunas e começam a conhecer-se alguns negócios que devem merecer preocupação Mas o que conseguiu o autarca com a destruição da democracia no concelho?
A verdade é que pouco conseguiu e são cada vez mais os que duvidam que seja o presidente eleito a mandar na CM. A verdade é que nas reuniões do executivo o verdadeiro presidente é o vice Cipriano e nos bastidores quem manda nos dois é o Rui Setúbal, que conta com a filha para o representar nas ausências prolongadas, como uma espécie de vigilante.
VRSA mudou? Mudou sim senhor, mas para muito pior.