EMPRESAS DO REGIME




Foi recordando o Regulamento Municipal de resíduos e limpeza urbana do concelho que a Delegada de Saúde respondeu a várias reclamações que lhe foram endereçadas por causa da sujidade do campo de jogos da urbanização da da Catalunha, em Monte Gordo, que foi transformando em WC canino:

"De acordo com as alíneas n.º 1 do artigo 47 e 48 do Regulamento Municipal de resíduos e limpeza urbana do Concelho de Vila Real de Santo António, n.º 894%2015, é proibido e constitui contra ordenações puníveis com coimas os actos de sujar a via pública e espaços públicos.”

O que a Delegada de Saúde desconhece é que em VRSA só a ESSE e a empresa das águas passam multas, naquilo que se refere ao município os nossos autarcas transformaram tudo numa bandalheira, na esperança de que ao não passarem multas conquistamos votos nos infratores. Isto é criaram junto dos bandalhos a ideia de “tenho de votar  na São pois ela não me multa por sujar a rua, por atirar sacos de lixo para qualquer canto ou por levar o cão a fazer o serviço na rua, deixando os dejetos onde calha”. É assim a democracia, ganham-se eleições com os votos dos que menos contribuem ou mais prevaricam...

O que também a Delegada de Saúde não sabe é que a manutenção desse espaço está supostamente a cargo de uma daquelas empresas que parecem ser empresas do regime. Até consta que um conhecido político local se apresentou na autarquia declarando-se diretor da empresa. Os donos do Hotel Prime, em Monte Gordo, para além de construírem à margem das regras do PDM e de fazerem seu parte do espaço público, ainda beneficiam de umas borlas no estacionamento, borlas que como é sabido são deduzidas do que a ESSE teria de pagar à autarquia, isso se pagasse alguma coisa.

Para ter as borlas a empresa comprometeu-se a manter o campo de jogos. Algo que não faz nem nunca fez e mesmo assim e graças à generosidade da São continua a ter as borlas preciosas. Aliás, a São em vez de suspender as borlas acha que a solução é passar a responsabilidade para a Junta de Freguesia. Entretanto a empresa continua a beneficiar das borlas? Parece que sim.

Aliás, esta é a empresa que não construiu o Hotel junto ao parque desportivo de VRSA e foram precisos vários anos para que a autarquia se lembrasse de rescindir o contrato. Será que já acionou a caução por incumprimento do contrato, defendendo os interesses financeiros da autarquia, ou estará à espera que chegue ao fim o prazo de validade desta, para depois nos dizerem que não puderam fazer nada e ficaram de mãos a abanar.

O PREÇO



Hoje todos os vila-realenses sabem qual o preço que o concelho e, em especial, os que os escolheram para nele viverem ou investirem, estão pagando em consequência da incompetência, dos desvarios financeiros, dos abusos, das ilegalidades e de todas as maldades que o Luís Gomes, a São Cipriano Cabrita, o Luís Romão, o Carlos Barros e outros fizeram e continuam a fazer na liderança dos órgãos autárquicos.

Depois de toda a bazófia produzida por vagas de comunicação, seja através dos órgãos da autarquia, seja recorrendo à rádio do Mendes ou ao jornal do confrade, a imagem que a terra dá é a decadência e de destruição, mal disfarçada por meia dúzia de restaurantes novos ou por um hotel promovido de forma duvidosa.

No desporto vemos um parque desportivo que foi parcialmente amputado para dar as melhores instalações aos amigos Bacalhau com sinais de abandono e decadência, onde um diziam que ia nascer um hotel mas onde nasceu apenas uma loja do Continente, um negócio misterioso (mais um), envolvendo mais uma empresa de Braga. A piscina parece ter estado á beira do encerramento e as associações desportivas da terra dão sinais de decadência e de ruína.

Apesar de todo o espetáculo dado na EN125, uma manobra de oportunismo político, as estradas municipais do concelho estão num estado ruinoso. Por todo o lado o concelho dá uma imagem de terra sem higiene e limpeza, algo inaceitável num concelho turístico, tudo porque deram a recolha de lixo a uma empresa privada e agora não têm dinheiro para lhe pagar. Na famosa marginal que ia parecer-se a Dubai apenas se vê ruína e um bairro de lata em pleno século XXI, um motivo de vergonha para todos.

O investimento da autarquia foi reduzido a um zero absoluto, não tem dinheiro para investir, não tem capacidade de recorrer a crédito, não se pode candidatar a fundos nacionais no âmbito de processos de descentralização porque não tem um tostão para comparticipar. O então deputado Carlos Barros e ainda e para mal dos nossos pecados presidente da Assembleia Municipal, dedicou vários artigos queixando-se de que o Algarve estava marginalizado por não poder recorrer a alguns fundos europeus, este senhor, que devia ter alguma vergonha, esqueceu-se de escrever que graças a ele e aos seus amigos a nossa terra (que como é sabido não é a dele) está impedida de recorrer a qualquer fundo comunitário. Pior ainda, há indícios de terem sido cometidas irregularidades no acesso a alguns fundos comunitários.

O preço que estamos a pagar para que a astróloga tivesse um bar, para que o Castelo branco viesse exibir a sua beleza e dote, para que o Barros apresentasse livros e comprasse estátuas, para que uma seita de avençados pudesse viver à nossa conta é muito elevado. Foi fixado em ruína, escolas esquecidas, taxas cada vez mais elevadas, lixo por todo o lado, miséria social e bairro da lata, marginalização no acesso a fundos nacionais e europeus. É isto que tivemos por causa do antes da São e do agora é São.

A FALTA DE AUTORIDADE


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Quando um contentor de lixo está vazio e um restaurante de fast food em vez de lá meter os sacos de lixo, opta por os colocar no chão, em plena via públicos não estamos apenas perante falta de civismo ou de educação. É também falta de medo, falta de medo de ser penalizado por uma autarquia que há muito deixou de exercer autoridade a troco de votos.

Fecha-se os olhos aos abusos das esplanadas para se ter a simpatia dos donos dos cafés, fecha-se os olhos às lixeiras públicas montadas pelos comerciantes por medo de perder votos. Os autarcas passaram uma mensagem clara, votem em nós porque em troca fechamos os olhos a tudo.

Aos poucos a autoridade do Estado é destruída por gente irresponsável que para conseguir votos não se importa que em VRSA tudo se possa fazer, promovendo uma situação que se começa a aproximar da calamidade pública. Numa terra bem gerida seriam os que recolhem o lixo a chamar as autoridades para multarem a empresa que é facilmente identificável pelo conteúdo dos sacos do lixo que se podem ver nas imagens.

Mas comerciantes significam votos e apoios financeiros, pelo que nada se faz. O venerável mestre Luís Romão é vice-presidente e entre outros, tem a seu cargo os pelouros do ambiente, da gestão do espaço público, do turismo e das atividades económicas, todos eles relacionados com a situação triste documentada na imagem.

Ontem alguém colocou a circular no Facebook um vídeo onde se conclui que “São+Romão = lixo no chão”. Pela imagem, mais uma igual a milhares de outras que estão destruindo a credibilidade de VRSA enquanto destino turístico, é uma conclusão óbvia. Desde que esta gente chegou ao poleiro que a nossa terra se transformou num símbolo de falta de higiene pública.

Quando a imagem foi colocada online o vereador estava mais do que a tempo de multar os empresários aporcalhados que fizeram isto. Sabemos que vigiam a nossa página ao segundo e por isso o vereador foi muito provavelmente informado quase em cima da hora, provavelmente ainda terão pressionado pessoas a retirarem likes, algo que fazem com frequência. O vereador fez alguma coisa para corrigir a situação? É pouco provável, se calhar ainda alguém telefonou à empresa a lamentar a denúncia pública, falando mal dos anónimos e assegurando que tudo o que escrevem é mentira.

Temos de chamar a São e o Romão à responsabilidades e enviar-lhes uma mensagem clara, não estão à altura de presidirem aos destinos de uma terra como a nossa e será bom que façam o melhor que sabem até que termine o mandato que em má hora lhe dera e depois disso se retirem, ainda que lamentemos a sorte dos seus futuros alunos.

TEM MUITO ESPERTO NO CABEÇO....



Vale a pena ler esta troca de mensagens públicas entre a Dra. Ângela Lança, uma conhecida causídica de VRSA muito ligada a Luís Gomes e avençada da autarquia e um conhecido empresário do setor do turismo. Como é sabido o regime exerce uma apertada vigilância do que se escreve nas rede sociais e não é a primeira intervenção da causídica.

A propósito dos parquímetros Sugere a ilustre causídica:

“Mas indo à questão dos parquímetros, e tu sendo um homem do negócio, podias inovar e aconselhar os teus clientes! Ora vejamos, os apartamentos são arrendados a preços bem altos! Não poderia o proprietário do apartamento comprar um cartão mensal por 150€ e dar aos clientes para por o carro no parque?! Achas que por €150 em €3000 que é o que ganha no mês de Agosto não pode fazer este investimento? Ficavam os clientes e os locais mais felizes!”

Sim senhor, a autarquia arranjou forma de ganhar dinheiro a uns senhores de Braga e a nossa causídica teve uma brilhante ideia para transformar o homem de negócios num empresário inovador para que clientes e locais (estará a referir-se aos indígenas?) ficarem felizes? E no que consiste a inovação? Fácil, os donos dos apartamentos passam, a pagar o parque, a ESSE fica feliz, os donos dos apartamentos ficam felizes, os locais ficam felizes e até a São fica feliz.

Isto é, a inovação consiste em transformar as taxas da ESSE num imposto a pagar pelos proprietários, uma espécie de sobretaxa do IMI, €150 é pouca coisa, num concelho onde os locais vão a Miami tomar o pequeno almoço como quem vai comer gambas a Ayamonte. Pois, a ilustre causídica sugere que 5% não e nada. Quem já paga a taxa turística e o IMI no máximo, para além do IRS, pode muito bem dar este contributo para a ESSE.

O problema é que os causídicos costumam saber umas coisitas de direito, não sendo de supor que a economia seja o seu forte. A verdade é que de uma forma ou de outra tudo que decidiram sacar aos turistas acabam por sacar aos empresários do setor, já que Monte Gordo está longe de ser um destino atrativo e concorre com outros destinos competitivos. Se os donos dos alojamentos turísticos repercutirem nos seus preços todos os desvarios financeiros decididos pela São e por causídicos como esta senhora, o mais provável que Monte Gordo acabe por ficar às moscas.


Esta gente está mesmo a ser inovadoras, transformaram Monte Gordo numa lixeira, o calçadão parece a Feira do relógio, ratos e baratas por todo o lado, IMI no máximo, parquímetros para sacar dinheiro a torto e a direito. Enfim, mas que grande inovação... 



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Pequeno-almoço em Miami

COITADA DA CAPUCHINHO



Ela faz tudo pela nossa terra, depois de nos ter libertado do cantor das botinhas brancas está a resolver os problemas, até há quem a admira ao ponto de assegurar que nesta terra não nasceu ninguém à sua altura. Mas a pobrezinha, que até centenas de euros do seu magro ordenado aos pobres que lhe batem à porta é vítima de um verdadeiro lobo mau. Nas sessões de câmara queixa-se que nas redes sociais lhe chama mentiroso, logo ela que nunca disse a mais pequena mentira. Nas reuniões com instituições locais aconselha a que não leiam o Largo da Forca, tudo o que se escreve é mentira.

Na tese da pobre senhora há uma menina linda, o Capuchinho Vermelho que vai levar a merendinha à avó, e um Lobo Mau, matreiro e mentiroso que só pensa em fazer-lhe mal. Ela é o Capuchinho, o Largo da Forca é um Lobo Mau muito mentiroso, que repete mentiras contra a pobre Capuchinho.

É mentira que ela fez parte de um executivo que ao longo de muitos anos esbanjou dinheiro, não respeitou as mais elementares regras aplicáveis às compras do Estado.

É mentira que alguma vez a autarquia não tenha exercício os direitos de compra de uma habitação social dando a ganhar muitas dezenas de milhares de euros a um banco.

É mentira que favoreceu os donos dos restaurantes do passadiço de Monte Gordo, mas esqueceu-se de infraestruturar a Praia do Três Pauzinhos.

É mentira que o esquema do Hotel Guadiana está cheio de decisões manhosas desde a abertura do concurso à venda do edifício do Hotel Guadiana.

É mentira que vários senhores do PSD podem ser agora integrados na autarquia, passando à frente de todos os cidadãos do concelho, chegando-se ao ridículo de termos um eclesiástico a ser pago pelos contribuintes sem saber o que faz.

É mentira que a autarca disse que ia assinar um protocolo com a APA para cobrar as obras aos concessionários da praia e que até agora não apresentou qualquer protocolo.

Poderíamos continuar este rol mas por agora o Lobo Mau fia por aqui. Brevemente voltaremos a todos estes temas e até pode ser que a Justiça se decida investigar alguns casos, seria uma boa forma de o Capuchinho Vermelho provar que é mesmo vítima de um lobo malvado.

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA


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Para quem passa por dificuldades e já que o a Mão Amiga é agora uma mão fechada ou estendida, já que aquilo está a meter água pela borda e enquanto o ReFood ainda não funciona em pleno, deixamos aqui algumas notas para quem quiser aceder mais facilmente à bondade e beneficência institucional.

Se quiser aceder às benesses do regime o primeiro passo a dar é colocar likes no Facebook do Largo da Forca, depois basta esperar pela chamada. Desde as últimas eleições que quem coloca Likes desfavoráveis ao poder é rapidamente chamado, podendo negociar contrapartidas. Portanto, se vota neles não seja parvo, não coloque Likes neles porque não ganha nada, os Likes  mais valiosos são os que são colocados no largo da Forca. Se quiser que alguém lhe dê um cabaz de Natal, um emprego para um filho, um envelope para pagar a conta da luz ou uma qualquer benesse já sabe, coloque um Like no largo da Forca e aguarde pela chamada, muito brevemente tem direito a uma audiência.

Mas se está com receio que lhe cortem a eletricidade por falta de pagamentoe a conta é quase tanto quanto um ordenado mínimo não precisa de meter um like, ainda que isso talvez ajude. A crer no que uma voz amiga nos fez chegar o melhor é mesmo ir bater-lhe à porta pois a sua imensa bondade ainda há pouco tempo permitiu a alguém, pagar uma conta de energia de cerca de 400€. Já sabe, bate à porta diz quanto precis a e promete que falará mal do largo da Forca.

Esta gente é mesmo parva, mas é o que temos. Umas vezes perseguem quem coloca Likes no LdF, outras vezes é o traste da Manta Rota que faz admoestações telefonias ou por mensagens. Mas a pior das ofensas que fazem é esta “compra” dos que julgam mais carenciados, sinal de que pensam que os vila-realenses são os bandeados que para conseguirem lucros fáceis ou porque as suas empresas ou sindicatos faliram, decidiram vender-se a quem dava mais.

Mas se é com isto que tempos de conviver não levamos a mal que alguém troque Likes por um envelope, por um emprego ou por uma qualquer outra benesse. O que queremos é que no dia das próximas eleições autárquicas os derrubemos. Ao contrário do que esses idiotas pensam não se ganham eleições com Likes e comentários e por mais que persigam quem aqui se manifestam nunca saberão onde cada um vota.

Um dia destes ela ainda vai criar uma tabela de favores informando quanto paga por cada Like que se deixa de colocar ou por cada comentário que se apaga. Enfim, burros q.b..

O TROMBONE DESAFINADO


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A situação do agora chamado Luiz Gomez não deve ser nada fácil, se no plano económico o ex-autarca que agora canta calçando botinhas brancas está cheio de sucesso exibindo sinais de grande desafogo financeiro, no plano político deverá estar cheio de incertezas. Desde logo porque ainda não sabe se poderá vira candidatar-se a presidente da autarquia.

Apesar de os vila-realenses terem contribuído com mais de 40.000€ para a sua defesa no Tribunal de Contas, na sequência do relatório da IGF que pede a sua condenação, não é certo que depois da irresponsabilidade na gestão financeira da autarquia o agora cantor consiga dar música aos juízes daquele tribunal.

Também não é certo de que se Rui Rio conseguir ganhar a disputa pela liderança do PSD, este venha a apoiar uma candidatura de Luiz Gomez, depois de tanta barafunda e dos sinais claros de associação a Passos Coelho, José Sócrates, Ana Paula Vitorino, José Apolinário e outras personagens da vida política portuguesa. Isto é, a disputa pela candidatura contra o Romão Jr ou contra a Cipriano não vais ser nada fácil.

Mas tal como sucedeu quando lançou a sua carreia política, depois de o Murta o ter inventado, parece que recorreu novamente à ajuda do radialista da Rádio Guadiana, um velho apoiante político que graças à sua generosidade abichou mais de um milhão de euros em adjudicações diretas. Tal como no passado, parece que o programa Bocas no Trombone não passa de uma tentativa de relançamento do cantor que usa botinhas brancas.

Começou com o apadrinhamento da candidatura de Álvaro Leal, o que o PCP parece agradecer, já que mais importante do que qualquer outra coisa é o chamado “reforço da CDU”. Daí que a promiscuidade chegue ao ponto de o radialista da direita se oferecer para mandatário de Álvaro Leal, parasse que com um conhecido comerciante do fast food a apadrinhar a candidatura.

De seguia aparece Pedro "Piores", agora comerciante do passadiço a fazer as vezes de Luiz Gomes. Só resta esperar que o cantor esteja em condições para se recandidatar, para se juntar nestas Bocas de um Trombone desafinado.

TERÁ MUDADO DE IDEIAS?

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"A presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita, agendou para esta noite uma sessão de debate com comerciantes e restantes empresários para discutir questões relacionadas com o estacionamento, principalmente o estacionamento pago, na cidade.

Esta sessão aberta está marcada para as 21h00, decorrerá na Biblioteca Municipal Vicente Campinas e contará, além da presidente de câmara, com a presença dos três vereadores que compõem o executivo camarário e dos responsáveis pela administração da empresa municipal VRSA-SGU.

A iniciativa surge “na sequência do acordado durante a campanha eleitoral e dos compromissos aí assumidos”, explica a autarca, e marca o início de uma série de debates de ideias e auscultação da população.

“Estamos empenhados em levar a cabo um ciclo político onde todos possam expressar as suas opiniões e sugestões”, assegura Conceição Cabrita, considerando ainda que “o debate de ideias e a auscultação das nossas populações são as melhores ferramentas para desenvolver a nossa terra e construir o futuro do nosso concelho”." (Jornal do Algarve 29-11-2017)

Pouco depois de tomar posse a nossa autarca estava cheia de ideias, mas passados quase dois anos parece que ficou sem elas. Parece que o tal ciclo político em que "todos possam expressar as suas opiniões e sugestões" não passou de uma mentira e agora nem há ideias, nem a liberdade para as expressar. Pior ainda, desde o mano da presidente à própria andam atrás de quem faz comentários no LdF ou aqui colocam likes para deixarem de o fazer. Em VRSA é proibido ter ideias ou as expressar em público e na comunicação social só há lugar para os escolhidos pelo cantor das botinhas brancas ou pelo alarve do atum.

O que é feito das das tais reuniões que surgiram “na sequência do acordado durante a campanha eleitoral e dos compromissos aí assumidos”? Que se saiba houve um grupo para fazer o frete com a ESSE e onde esteve um conhecido bandeado que terá representado a população, mas a população nunca soube que era representada nas negociações por tal criatura, nem o que a mesma lá disse.

E que mais iniciativa ocorreram, que outros debates públicos se fizeram? A resposta é nenhum, pior , tudo nesta autarquia é opaco e feito sem que ninguém tenha conhecimento. Um bom exemplo disso são as obras que estão sendo feitas no acesso aos Três Pauzinhos. 




A TEOLOGIA DA CORRUPÇÃO



O princípio da igualdade é o grande alicerce do Estado democrático de direito, é um princípio inviolável nas relações entre o Estado e os cidadãos. É no respeito deste princípio que os concursos de admissão de funcionários do Estado devem ser o mais transparentes possível, todos os cidadãos têm o direito de aceder a um posto de trabalho no Estado.

A admissão de funcionários públicos com recurso a truques para que seja o Estado a empregar os amigos, familiares ou membros do partido em prejuízo de outros cidadãos a quem não é dado o direito de concorrer é uma forma de corrupção ética e até nos catecismos mais conservadores é pecado.

Com o argumento da prática de princípios de gestão empresarial privada, Os Gomez e Cirprianos criaram uma empresa municipal, onde se tudo pode fazer sem que nem cidadãos, nem órgãos autárquicos sejam informados ou possam saber o que se passa atrás das paredes opacas da empresa municipal. Ninguém sabe o que faz o construtor civil falido, um sindicalista de conserveiras e um padre na SGU, aliás, ninguém sabe o que fazem ou o que ganham, há meses que a presidente da autarquia se recusa a dar esta informação aos vereadores.

Acontece que depois de terem gerido a SGU como se fosse a tasca da coxa preparam-se para integrar na CM algumas personagens do regime que muito dificilmente teriam acedido a um cargo pago com dinheiro dos contribuintes, como o caso de um ex-padre, militante do partido e deputado municipal dos Ciprianos. Quais as funções que seriam melhor desempenhadas por alguém com as habilitações de padre que não poderiam ser desempenhadas por outro cidadão vila-realense? Ainda por cima o ex-clérigo nem sequer é da terra e a única qualidade que se lhe conhece para além das funções eclesiásticas era o apoio político dado ao Luiz Gomez.

Mas vejamos os argumentos da nossa São em defesa do ex-clérigo:

“Não vou especificar aqui os técnicos de teologia, a vereadora Carla é formada, tem o mesmo curso, mas aqui está a exercer funções, claro que não está a exercer funções de teologia, mas essencialmente aqui e se se está a referir ao Dr. Miguel Costa, está a exercer aqui funções essencialmente trabalha com elaboração de textos e comunicação.”

Que nos desculpe o ex-clérigo, mas esta é uma desculpa que não lembrava ao diabo. As únicas funções que a vereadora Carla exerceu tendo por habilitação os seus estudos religiosos, foram umas horas de aulas de religião e moral, está a exercer funções como vereadora e tanto quanto se sabe para concorrer ao cargo basta idade para votar, nem se é exigido que saiba ler. Aliás, há no executivo camarário quem ainda tenha menos habilitações. Curiosamente aquele que tem menores habilitações até fala melhor do que a presidente e, porventura, do que o ex-clérigo.

Vamos ser honestos, o ex-clérigo está na SGU graças a tudo menos às habilitações adquiridas no seminário. Estamos perante uma situação inaceitável em termos éticos e nos bons tempos em que o ex-clérigo exercia funções compatíveis com as suas habilitações não hesitaria em dizer que tal oportunismo que lhe permitiu passar à frente dos vila-realenses mais habilitados é um pecado, não será um pecado mortal, mas diremos que dá direito a meio-bilhete para entrar no purgatório.

Mas, o mais divertido é que a mesma autarca que se queixa de lhe chamarem mentirosa nas redes sociais, na mesma reunião da sessão de câmara, do passado dia 1 de outubro, ao dizer que as funções do ex-eclesiástico era a elaboração de textos e comunicação, quando o que consta nos documentos da internalização são funções de ordem social. Enfim, alguém terá reparado que confundir teologia com sociologia é o mesmo que confundi o cu com as calças.


Enfim, perdoai-lhes Senhor, porque não parece saber o que dizem ou fazem. Na América Latina nasceu uma corrente conhecida por Teologia da Libertação, parece que em VRSA foi introduzida uma noiva corrente religiosa, a Teologia da Corrupção.

UMA HISTÓRIA PARA CONTAR




Ainda que a tendência histórica dos resultados eleitorais do PCP apontem para uma queda, nalguns concelhos a queda foi mais simbólica, não apenas por causa da redução acentuada de votos mas também pelo simbolismo que algumas terras do país tinham. Durante anos VRSA foi um dos concelhos com maior votação no PCP e quem se lembra dessa época sabe do peso deste partido entre os pescadores de Monte Gordo.

Poderão ser adiantadas algumas explicações sociológicas para este fenómeno, como o fim da indústria conserveira, mas não é porque deixam de haver conserveira que um sindicalista das conserveiras de muda para o PSD ou um candidato a presidente da autarquia se transforma num dos maiores devotos do agora cantor que usa botinhas brancas.

Se podemos dizer que o Murta foi uma espécie de pai político do Luiz Gomez, cabendo-lhe a responsabilidade da criação do monstrinho, algo que depois acabou por pagar com língua de palmo, a verdade é que foi o PCP a apadrinhar a ascensão daquele que haveria de arruinar a nossa terra. A troco de um lugar de vereador e de do pelouro do turismo, mercados e feiras o PCP apoiou a ascensão daquele que se revelou um desastre.

O PCP tardou 14 meses a reagir e perante o desastre evidente a concelhia de VRSA emitiu um comunicado, com base no qual os responsáveis distritais retiraram a confiança política ao então vereador João Rodrigues. Recorde-se que na ocasião o ex-vereador ainda afirmou a sua lealdade o PCP, assegurando que não haveria unanimidade no PCP de VRSA e teve de ser a DORAL a substituir-se à concelhia.

A verdade é que apesar destes arrufos por parte do PCP a oposição que foi feita a Luís Gomes foi pouco mais do que mole, até porque o ex-autarca foi suficientemente manhoso para se tornar-se quase num herói para Cuba, o país que é apresentado como o modelo de Terra Prometida do PCP. Ainda hoje essa oposição às vezes mais parece uma oposição à oposição, designadamente na Assembleia Municipal, onde por vezes não se percebe bem quem apoia e quem se opõe à São. Curiosamente parece que há dois PCP, o do executivo onde há uma postura de oposição e o da AM onde se faz oposição à oposição.

A verdade é que a liderança local do PCP conduziu este partido a uma expressão mínima, quase desapareceu de Monte Gordo e nas últimas eleições legislativas perdeu quase um quarto dos seus eleitores. Os responsáveis locais do PCP podem muito bem manter-se firmes e hirtos na sua estratégia, mas ao não abordarem este problema, comportando-se como uma avestruz, estão levando o seu partido à extinção numa terra que no passado foi um bastião.

É tempo de em VRSA se perceber quem está contra o Luiz e a São e quem está a favor ou se limita a fazer de conta que está contra.

D. SEBASTIÃO OU SANTINHA DA LADEIRA

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Talvez porque o triste serviço lhes foi encomendado, alguns devotos menos letrados do ex-presidente da autarquia agora conhecido pelo cantor Luiz Gomes, um famoso cantor luso-cubano que gosta de usar botinhas brancas, andam a espalhar a boa nova de que o traste que arruinou a nossa terra vai voltar. 

Convenhamos que desde que o Pires, um funcionário da autarquia muito difícil de se deixar ver no seu posto de trabalho, diz uma baboseiras no programa Bocas no Trombone, que se percebeu que o Luiz Gomes se prepara para o seu regresso. Todos sabemos que o Pires não passa de um dos seus apóstolos e que o Mendes foi um dos grandes beneficiários da autarquia nos tempos de desbunda financeira. 

Enquanto o Pires vai marcando a sua posição numa tentativa de evitar o desgaste que resulta da incompetência da “agora é São”, os devotos do Luiz vão espalhando a boa nova, o D. Sebastião vai voltar e resgatar o concelho da miséria financeira, Só ele, com a sua competência e capacidade vai fazer brotar dinheiro do chão, algo que a sua sucessora só não consegue porque é incompetente.

Isto é, aquele que em 12 anos só conseguiu aumentar a dívida. Que em 2015 recorreu à ajuda financeira do PAEL para evitar a insolvência e que mesmo com ajuda não só não cumpriu o PAEL como levou o concelho a um segundo pedido de ajuda, desta vez ao FAM, tendo em 2017 levado o concelho a aumentar ainda mais a dívida, tem agora uma poção mágica para resolver o problema da dívida.

Convenhamos que é preciso ser estúpido para acreditar que quem arruinou a terra vai agora transformar em dinheiro  sua caca do passado. Não estamos perante gente que acredita mesmo num D. Sebastião, a crença em tal milagre é mais próprio de crentes da Santinha da Ladeira e parece que temos a caminho uma Santinha da Ladeira na versão do Baixo Guadiana.

O MAU E O BOM ANÓNIMO



Em VRSA há os anónimos bons e anónimos maus. Sendo certo de o exemplo anónimo mau deve ser considerado este perigoso Largo da Forca. Este anónimo é tão mauzinho que numa mesma semana duas personagens do regime se queixaram de cartas anónimas, sugerindo que as mesmas, por serem anónimas, só poderiam ser de um perigoso anónimo.

As cartas de um pareciam ameaças de amantes irritados pela beleza do coitado, no outro caso sugeria-se que uma importante família da terra teria matado o patriarca usando o copo de vinho como arma do homicídio. O perigo do anonimato era tão evidente que um destemido militante do “partido” veio ameaçar o perigoso anónimo de que o desmascararia. Uma fantochada....

Mas há o bom anonimato, aquele que esconde dos olhos da populaça comum os negócios duvidosos feitos atrás das paredes de algumas instituições locais. De uma forma anónima alguns artistas da nossa terra arruinaram a autarquia, levaram a SGU à falência e até há quem diga que a manita amiga, o braço direito da imensa bondade da nossa autarca, estaria mais para lá do que para cá, com o machadinho da estupidez e incompetência a cair sobre os mais necessitados da terra.  Mas como em tempos uma alma bondosa afirmou que já sabia quem era o “maricon” do LdF, agora aguardamos que os tenha en su sítio, e quando dizemos os tenha referimos-nos ao dinheiro que supostamente serviria para pagar ordenados.

Mas o melhor anónimo da terra, o anónimo que certamente não lhe cairá uma machadinho acusatório em cima declarando-o irremediavelmente “maricon”, é o empresário ou empresários anónimos que sem terem feito grandes investimentos conseguiram um hotel quase de borla em VRSA, estando a caminho de serem proprietários do hotel e sabe Deus de que mais.

Nos termos da escritura de venda o edifico do Hotel Guadiana foi vendido ao BCP, isto é, o BCP comprou o edifício em nome de alguém que recorreu ao leasing e que desta forma continua escondido, só a Cabrita, o Luís Gomes e o BCP é que sabem quem é esse bom anónimo, certamente alguém a quem a dona Manita não chamará “Maricon”.

Enfim, um negócio cada vez mais curioso, que deve ser explicado como se a uma criança de quatro anos, o que faremos brevemente. Vende-se património e ninguém sabe a quem, nem como é que se chegou ao preço. 

MANITA MORTA VAI BATER À TUA PORTA

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Se os autarcas tivessem direito a cognome é bem provável que os admiradores da nossa autarca sugerisse que teríamos uma São, a Bondosa, ainda que não faltem os que talvez preferissem um cognome que lembrasse a sujidade, lixo e falta de higiene que tem grassado pelo concelho desde que a senhora recebeu a autarquia à consignação das mãos daquele que anda por aí a cantar calçado com as suas belas botinhas brancas.

Aliás, nas suas entrevistas a autarca não se cansa de falar do seu apego aos mais necessitados, realçando a sua ligação à pasta dos assuntos sociais. Aliás, muitos são os vila-realenses que receberam a ajuda camarária devidamente embrulhada pela manita amiga e com alguém a lembrar aos pobres como a nossa autarca é generosa.

Mas parece que os tempos estão difíceis e lá se foi a generosidade, já não há sinal da nossa Rainha Santa Isabel do Baixo Guadiana, que transformava as rosas orçamentais em envelopes e cabazes de ajuda, generosamente distribuídos pela sua manita. Sucedem-se as reuniões sucessiva com trabalhadores, trabalho voluntário (trabalho escravo) a troco de falsas promessas de contratos que não se concretizam, lamentos presidenciais, manitas com voz grossa, salários em atraso, empréstimos "forçados".

Uma realidade escondida, um buraco difícil de tapar porque já não estamos no tempo em que o dinheiro corria a rodos e havia sempre um truque para não se dar por nada. A imensa bondade e generosidade para com os pobres parece estar a dar lugar a um pesadelo, com gente pobre a passar por muitas dificuldades.

Parece o jogo da manita morta e esta anda a bater à porta dos pobres, os tais que eram os eleitos de gente que merecia uma estátua na igreja, mas que, afinal, se ficam por umas jantaradas de atum e de outras iguarias das confrarias.

TURISMO DE EXCELÊNCIA



Não é indiferente para os cidadãos de uma região o tipo de turismo que se promove ou o género de investidores que se atraem. Não é a mesma coisa um hotel que valoriza e paga bem aos quadros, mesmo que seja de três ou quatro estrelas ou um hotel que supostamente é de luxo por apresentar cinco estrelas onde se paga mal, os trabalhadores recebem os ordenados em atraso ou onde os empregos são precários.

Aquilo a que temos assistido em VRSA revela uma total falta de critério e um bom exemplo disso é o Hotel Guadiana. A investiu, empenhou-se com fundos, muito provavelmente cometeu uma fraude na obtenção de subsídios, tudo para dar a alguém um hotel com trinta camas. Quanto é que esse hotel já pagou em rendas e impostos? Quantos trabalhadores estão estáveis e a quantos já rescindiram os contratos, já alguém viu um cliente do Grand House gastar um tostão fora do hotel?

Não basta trazer hotéis, é preciso avaliar os custos e benefícios do que se investe, com uma autarquia falida que gastou o que tinha e o que não tinha com o Hotel Guadiana, qual foi o retorno desse investimento para o concelho? A resposta é quase zero, isto é, alguém terá ganho um hotel sem ter investido, sem se ter dado ao trabalho de comprar edifícios, levando tudo de mão beijada e sem qualquer discussão de preços.

Do ponto de vista do desenvolvimento local este investimento é um logro que suscita muitas dúvidas, aliás, as dúvidas são tantas que algumas até poderiam merecer a atenção da justiça. Neste investimento a autarquia pretendia mesmo promover desenvolvimento? Se assim é, porque motivo todo o processo se desenrola em opacidade?

Com hotéis de cinco estrelas ou apenas com apartamentos alugados, a verdade é que o desenvolvimento turístico do concelho não gera a riqueza local que deveria gerar e é muito provável que a riqueza gerada pelos chamados alojamentos locais. Aí a quase totalidade das receitas geradas ficam no concelho, ao contrário do que sucede com a generalidade dos hotéis. E quanto ao perfil dos clientes é bem provável que os do alojamento locais tenham mais recursos e gastem mais do que o cliente típico dos hotéis, que compra através de agências de viagens.

É importante repensar o papel da autarquia na promoção turística e lamenta-se que depois de mais de uma década em, que se apostou no desporto, pouco ou nada tenha sido feito. Pior ainda, deixou-se degradar o equipamento desportivo e ainda lhe roubaram algumas das melhores instalações para promover os cubanos e os negócios dos amigos Bacalhau.

MEIA VITÓRIA



A não recondução no governo da madrinha do cantor das botinhas brancas é uma boa notícia para Vila Real de Santo António. Aliás, esta senhora devia ter sido demitida no~dia em que o país ficou a saber que recebeu uma fortuna a troco daquilo que parece ter sido um falso trabalho. Se considerarmos o apoio que esta senhora deu aos piores gestores autárquicos do país há matéria para investigar e além de ter sido demitida a ministra devia ter sido investigada.

Outra personagem da equipa da ex-ministra do Mar que devia ter sido demitido, aliás, nunca devia ter feito parte do governo, é esse senhor anafado que se dá pelo nome de José Apolinário. Há muita coisa por explicar por parte da DOCAPESCA em relação ao famoso investimento na Muralha, um investimento dos tempos em que o Apolinário tinha sido escolhido para presidir à DOCAPESCA. As coincidência são muitas e ninguém acredita que aquela escolha nada teve que ver com este negócio.

Mas a não recondução da ministra do MAR está longe de ser uma vitória para VRSA pois não nos garante a isenção da instituição que mais peso tem neste momento em VRSA, o FAM. Este fundo é tutelado pelo ministro da Administração Interna, isto é, pelo marido da senhora que ganhou umas dezenas de milhares de euros à custa dos gestores autárquicos que agora são ou deviam ser vigiados pelo FAM.

Acontece que o FAM fez que não viu o que aconteceu em VRSA no ano de 2017, o ano de eleições. A irresponsabilidade foi tanta que nem o FAM conseguiu iludir a realidade, a autarquia não cumpriu o PAM. Resta saber o que levou os responsáveis do FAM a ignorar a lei, perdoando a São e o Luís sem qualquer base legal pata ignorar a própria Lei do Fam.

A suspeita de apoio do ministro aos gestores irresponsáveis pela ruína de VRSA legitima a suspeita pois não há nos relatórios do FAM um único argumento para um perdão que não está na competência dos responsáveis do FAM ou de quem quer que seja. É por isso que consideramos que a continuação de Eduardo Cabrita na pasta da Administração Interna é uma boa notícia para o Luís e a São, mas uma péssima notícia para os vila-realenses.

Esperemos que VRSA tenha uma vitória mais substancial e Apolinário não passe de deputado e com o cantor das botinhas brancas a colecionar asssessorias como especialistas em zonas ribeirinhas talvez fosse mais saudável substituir a presidente da DOCAPESCA, curiosamente uma senhora sócia da ex-ministra na empresa que vendeu os estudos da treta ao Município.



PS: Um recadinho:

Como o Sr. Joaquim Vasques é um grande defensor do José Apolinário, esperemos que não perca esta oportunidade para aviar o senhor deputado contra esta gente perigosa do LdF. Pode ser que isso seja uma forma de ajudar na promoção política da família...


A RECEITA


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Um dos argumentos recorrentes no apoio a um político em relação ao qual não se tem argumentos para vir em sua defesa, consiste em desafiar os opositores a apresentar propostas ou a lamentarem-se de que não há alternativas. Normalmente é gente que sabe que defende o indefensável e sem coragem de o assumir frontalmente, prefere destruir de forma liminar qualquer alternativa.

Ainda ontem alguém defendia isto no Facebook do LdF:

« Não vislumbro ninguém com competência para arcar com tão titânica responsabilidade na "nossa" lista de possíveis candidatos. Ou o LdaF tem alguém para "nos receitar?... Se assim é, diga-nos quem é, por favor!!! .»

Isto é, não se apontam as qualidades de quem está à frente da autarquia, mas de uma forma liminar, quaisquer argumentos queima-se toda e qualquer alternativa que exista e para provar que não há mesmo qualquer alternativa pede-se ao Largo da Forca que as apresente. Se o LdF não apresentar é porque não há, se o LdF sugerir um nome ou vier em defesa de qualquer candidato ora aí está quem deve ser abatido. 

Antes de mais, talvez faça sentido falar em receitas quando estão em causa medidas, não será a forma mais curial tratar candidatos em democracia como meras “receitas”, neste caso uma receita alternativa a uma São Cabrita que em política é como um medicamento receitado por um endireita que anda por aí a cantar e apoiado por devotos que lembram os da Santinha da Ladeira. Ainda por cima não se referem as qualidades da receita que de forma implícita nos é impingida.

Dizer que no concelho de VRSA não se encontraria alguém mais capaz do que a pobre da São é uma anedota e diz bem sobre os estado em que se encontra a direita do nosso concelho. Queimar todas e quaisquer alternativas com um julgamento sumário, em que não se diz claramente que se pretende defender os Ciprianos e em que se defende que em VRSA ninguém está à altura destas personagens é uma forma um pouco manhosa de fazer política.

Se fossemos defensores da Cipriano esforçar-nos-íamos no sentido de lhe encontrar qualidades, de demonstrar a sua inteligência e competência, de provar que tudo tem sido de forma regular e de acordo com a lei, de demonstrar que nunca mentiu aos eleitores. Começaríamos, por exemplo, por demonstrar que estava cumprindo o seu programas, diríamos quais dos 11 compromissos que assumiu com os eleitores já tinha cumprido.

É legítimo defender a São, ainda que seja aquilo que vemos foi eleita democraticamente por um partido que merece respeito. Mas o melhor argumento contra a São é que nem os seus apoiantes mais inteligentes ou que assim se julgam, têm a coragem de assumir o se apoio ou de explicar  e justificar as suas decisões. 

Não receitamos candidatos nem os apresentamos como um supositório a que nos obrigam ou uma colher de fígado de bacalhau que temos de engolir em silencioso sofrimento. A seu tempo receitaremos medidas para ajudar o concelho a sair da miséria em que o meteram e até lá esperamos que os apoiantes da São deixem de tentar destruir as alternativas muito antes das eleições e ajudem a sua São de forma mais inteligente.

ARGUMENTOS MANHOSOS



Há argumentos que não passam de lugares comuns no debate político, quando criticamos um governante há logo quem venha concluir de forma pesaroso que outros não fariam melhor ou que criticam muito mas não propõem soluções. Deixemos o primeiro argumento para um próximo post, onde daremos resposta a um comentário que foi feito no Facebook e concentremo-nos no segundo, que está sendo usado pelos Ciprianos.

É bom lembrar que a democracia não é escolher primeiro e decidir o que se faz depois e que a atual liderança municipal concorreu assumindo 11 compromissos perante os seus eleitores. Passados dois anos cumpriu um único, curiosamente o único compromisso que visava beneficiar uma empresa à custa dos vila-realenses, mais precisamente a ESSE, todos os outros 11 foram olimpicamente ignorados.

Poder-se-ia admitir que alguém pudesse ter-se candidatado e feito promessas desconhecendo a realidade, mas nesse caso estaríamos perante um político irresponsável, alguém que se candidata sem saber o que está fazendo. Não é esse o caso da São Cabrita, depois de três mandatos, um dos quais como vice-presidente era uma autarca sénior, conhecia a autarquia e os seus problemas, pelo que se ganhou ou como ela própria afirmou” soube ganhar”, é porque sabia ao que vinha e o seu programa não resultou de qualquer irresponsabilidade.

Tendo um programa era de esperar que o cumprisse, se não o cumpriu é porque mentiu aos seus concidadãos assumindo compromissos que não ia cumprir ou porque foi incompetente e incapaz de cumprir. Como não aconteceu nada de anormal Estamos perante dois motivos mais do que suficientes para qualquer vila-realense defender a sua demissão antes do termo do mandato desastrado. Mas aquilo que não fez não bastasse teríamos muitos e bons argumentos para que se demita ou fosse demitida com base no que fez.

Quem governa é quem teve legitimidade eleitoral e deve fazê-lo com base nos argumentos com que convenceu os cidadãos, é assim que fazem os democratas. Isso não obsta a que quem dirija os destinos de uma autarquia estimule a oposição a fazer propostas. Acontece que o PSD governa VRSA com maioria absoluta e não é obrigado a ouvir a oposição.

A verdade é que o argumento de que não apresentam alternativa é um argumento manhoso invocado precisamente por aqueles que usam o poder absoluto para não ouvir ninguém. Pior ainda, não só não ouvem como impedem qualquer auditoria e ainda negam o acesso aos documentos quando o pedido é feito nos termos da lei por cidadãos ou quando os mesmos são solicitados por deputados ou vereadores eleitos por partidos da oposição.

Em VRSA vive-se numa democracia musculada onde vereadores e deputados municipais eleitos pela oposição não passam de figuras decorativas, não são ouvidos e há uma estratégia sistemática para os calar ou impedir de opinar com base em documentos ou informações da autarquia.

SE QUER SER ÚTIL, DEMITA-SE



A nova estratégia do PSD da São Cabrita é a da vitimização, eles não tèm nada que ver com o resultado do que fizeram em 12 anos, mais os dois que entretanto já passaram, estão fazendo os possíveis para superar os problemas. Aliás, neste capítulo são bipolares, já que quando lhes parece dar jeito recordam a sua suposta obra do passado.

Só que em dois anos a única coisa que parece motivar a São Cabrita é salvara sua própria pele, o que se torna evidente com as fortunas que gasta em advogados e assessores para ajeitar as contas aos desejos do FAM. Que se saiba a situação financeira da autarquia não melhorou e as poupanças feitas não resultaram do corte nos abusos, como o dos assessores, mas sim na qualidade dos serviços prestados pela autarquia à população.

Já por mais de uma vez a São Cabrita diz que está preparando o caminho para que o PS governe sem problemas. Mas como é que alguém que governa com tanta incompetência está ajudando os seus sucessores, sejam eles quais forem? 

Se a São Cabrita quer ajudar Vila Real de Santo António tem uma única forma de o fazer, demitir-se, pondo fim a um reinado de incompetência, abusos e ruína que já vai em 14 anos. E enquanto a demissão não se concretiza pode prestar uma preciosa ajuda a quem tenha que resolver os problemas que nos vai deixar, aprovando uma auditorias rigorosa Às contras e à gestão da autarquia e da SGU, a fim de avaliar os problemas e apurar eventuais responsabilidades.

Em dois anos de São Cabrita o Município está pior. Continua a sangria de dinheiro para assessores, gastaram-se fortunas a brincar aos quiosques e aos jardins em Monte Gordo, vão vender o Hotel Guadiana de forma estranha, a Praia dos Três Pauzinhos continua sem infraestruturas, há lixo e sujidade por toda a água, a ESSE está à beira de cobrar estacionamento a todos os que tenham ou não carro, a empresa das águas persegue os vila-realenses de forma oportunista.

É mais disto e muito lixo a obra que nos vai deixar para ajudar os que ganharem as eleições daqui a dois anos?

VRSA E O PRÓXIMO GOVERNO




Deverão ser muito poucos os municípios a quem interessa saber quem serão os ministros do próximo governo. Infelizmente tendo em consideração o passado recente, a formação do governo não é indiferente a VRSA. Não porque o governo tome decisões especialmente dirigidas a este município, mas em consequência da teia de relações que o ex-autarca que arruinou as contas da autarquia soube tecer.

No centro dos relacionamentos de Luís Gomes com membros deste Governo estão duas personagens: a ministra do Mar Ana Paula Vitorino e o secretário de Estado das Pescas José Apolinário. Por via conjugal há uma terceira personagem que não pode ser esquecido, o marido de Ana Paula Vitorino e ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita.

Há muito que parece haver uma espécie de relação de entreajuda entre Luís Gomes e Ana Paula Vitorino, quando a agora ministra estava na oposição era Luís Gomes que lhe encomendava estudos da treta pagos a peso de ouro, como denunciou o jornal Público. EM compensação, quando a política do PS está no governo desdobra-se em viagens de apoio político ao PSD de VRSA e o Luís Gomes coleciona assessorias no dossier das frentes ribeirinhas, área tutelada precisamente por Ana Paula Vitorino.

A segunda personagem desta teia é José Apolinário, um rapaz de poucos recursos profissionais que quando estava na mó de baixo chega a presidente da DOICAPESCA pela mão de Passos Coelho, precisamente quando o Luís Gomes era vice-rei do Algarve. Pouco depois aparece um megaprojeto de hotel na Muralha, projeto abandonado pela DOCAPESCA poucos dias depois da notícia do Público sobre os negócios de uma empresa da ministra em VRSA.

A primeira pessoa a vir em defesa da ministra quando esta foi denunciada no Público foi precisamente o seu fiel escudeiro da pasta das Pescas, numa carta que metia nojo quase elogiou a vitória do PSD nas últimas autárquicas usando-a para justificar uma suposta vingança, que levou à notícia.

Aparentemente o ministro Eduardo Cabrita nada tem que ver com VRSA, mas não é bem assim. Para ganhar as eleições de 2017 o PSD de VRSA teve de gastar dinheiro à tripa forra e isso só foi possível usando o balão de oxigénio dado pelo FAM. O mesmo FAM que no relatório relativo a 2017 concluiu pelo incumprimento dos compromissos assumidos, mas, estranhamente, ignorou a sua própria lei, não cumprindo com o que ela determinava. Coincidência das coincidências, Eduardo Cabrita, marido da Ana Paula Vitorino, tem a tutela do FAM!

É por isso que não só consideramos que os negócios da ministra Ana Paula Vitorino, os negócios imobiliários da DOCAPESCA e o desrespeito da lei do FAM pela sua direção devem ser averiguados por quem de direito, como achamos que estas três personalidades não têm condições para fazerem parte do próximo governo. 

NESTE LARGO NÃO HÁ VACAS SAGRADAS

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Não vale a pena contornar a realidade, tapar a quase inexistência de uma autarquia com as fachadas de bares e restaurantes resultado de investimento privado ou esconder um negócio muito duvidoso atrás de cinco estrelas. O nosso concelho tem hoje uma das autarquias mais pobres e arruinadas do país, senão mesmo a que se encontra em piores circunstâncias, e apesar de tudo isso a má gestão continua e o esbanjamento de recursos financeiros para contratar os amigos prossegue, mesmo debaixo das barbas dois que deviam exigir rigor.

De quem é a culpa? É de muitos, ainda que a figura central dominante seja um tal Luís Gomes, que deixou a autarquia à consignação a alguém pouco competente, para tentar uma carreira de cantor. Mas não vale a pena culpar apenas o Luís Gomes e os que com ele se apossaram do PSD ao nível local e conseguiram apoios distritais e nacionais para se manterem apesar de todas as evidências.

Mas a culpa não foi apenas do Luís Gomes e já aqui denunciámos as teias que o ajudaram a chegar ao poder e a manter-se tranquilamente durante tanto tempo e quase sem oposição. Não vale a pena esconderem a verdade, arranjarem desculpas, fazerem manobras de diversão ou atirar nuvem de fumo, aqui não há vacas sagradas e há muito que se têm denunciados as traições locais ou a teia de apoios que o Luís Gomes teceu noutros partidos.

Há muito que denunciámos aqui as relações perversas de Luís Gomes com gente próxima de Sócrates, não nos esquecemos de alguns negócios do passado, das vindas sucessivas da ministra do Mar e do paspalho que é secretário de Estado das Pescas e faz de seu fiel escudeiro em apoio do Luís Gomes e da São Cabrita, denunciámos os estudos da treta que lhe foram encomendados e tudo fizemos para que fosse denunciada.

Não temos dúvidas de que os responsáveis do FAM ignoraram a sua própria lei não a aplicando quando o Luís e a São esbanjaram dinheiro em ano eleitoral, como se o concelho fosse rico e não devesse respeitar as regras impostas pelo acordo com o FAM. Sabendo-se que o marido da ministra do Mar tem a tutela do FAM não nos é difícil tirar conclusões.

Em VRSA foi gasto muito dinheiro e não foi apenas para comprar música ao Mendes ou para pagar a cantoria do Luís Gomes, todos sabemos que o coronel assassino e outras personagens estranhas vindas das Caraíbas viveram cá à nossa custa e ao que consta não davam consultas ou faziam curativos. Foram gastos muitos milhões das mais diversas formas. Até se deram 50.000 para um infantário em Cuba enquanto as nossas escolas são pobres de meios.

Não nos esquecemos que o Luís Gomes teve direito a levar a maior condecoração que o regime cubano atribui a estrangeiros, todos sabemos dos milhões que gastou em Cuba e das intervenções políticas que fez nas televisões cubanas. 

É bom que não se esqueça o que aconteceu em VRSA e que os responsáveis ou os que foram coniventes nas lideranças dos partidos da oposição não nos venham impor vacas sagradas porque há muito que ninguém aqui foi isento de denúncia em função do partido a que pertence.

GENTE REPUGNANTE


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“Alguém se queixa de estar precisando de 250€ para pagar uma conta inesperada e logo alguém se prontifica a ligar ao senhor ou à senhora presidente. A reunião fica logo agendada e quando a pessoa que estava em situação de carência abre o envelope que lhe é metido nas mãos surpreende-se, lá dentro estão 500€, o dobro do que precisava. Ao lado do presidente está alguém que logo diz “é para que saiba como o nosso(a) presidente é generoso(a)”

O episódio é fictício, faz de conta que é uma cena do filme “As horas de luz”, mas ilustra bem a imensa bondade de autarcas que usam os recursos públicos para serem generosos e poderem manter-se no poder, cobrando cada tostão do erário que dão sob a forma de votos. É um método repugnante que tem sido utilizado em VRSA.

O Luís Gomes curava toda a gente pagando tratamentos em Cuba ou nos hospitais do amigo Bacalhau, o Barros era um Mecenas da cultura, um verdadeiro Medici do Baixo Guadiana, com os milhões do euromilhões autárquico tornou-se um excêntrico da cultura, a São era a bondade em pessoa, grupos étnicos, pobres de bairros sociais e todos os que dela necessitavam batiam à porta do seu gabinete, ali encontravam sempre amparo e apoio da presidente e da manita amiga.

Aos poucos esta gente conseguiu transformar quase todas as obrigações municipais em favores que eles faziam aos seus concidadãos, a simples licença, a concessão de uma esplanada, a reparação da rua, a recolha de lixo, o abastecimento de água deixaram de ser serviços públicos financiados pelos impostos dos vila-realenses para passarem a ser resultado da generosidade dos autarcas, favores que eles faziam aos cidadãos que os elegiam e preferencialmente a esses. Só lhes faltou dizer que tudo era pago com o dinheiro deles, a a ideia era deixada no ar, como na história de ficção que contámos, como se tudo fossem envelopes onde estava dinheiro que eles tinham ido levantar nas suas contas pessoais, no Multibanco mais próximo.

Daí que sintam que quase todos os vila-realenses estão em dívida com eles e quando alguém ouse criticá-los em público aparece logo alguém a denunciar o ingrato, lembrando que o tio-avô tratou as cataratas em Cuba graças ao Luís, que a prima tinha água porque a senhora vereadora tinha dado ordens para não lhe cortar a água, que não esqueça que demos uma esplanada ao café do seu marido.

Ainda hoje há velhacos que se sentem no direito de denunciar alguém que ouse fazer valer o direito constitucional à liberdade de expressão só porque trabalhou na câmara, como se ser funcionário público em Portugal devesse ser razão de fidelidade a um qualquer político, uma fidelidade canina e vitalícia. Esta gente não hesita em ofender e humilhar em público, estes velhacos parece terem uma lista de todos os que no passado beneficiaram de qualquer ajuda camarária ou que fizeram uso de qualquer direito de cidadania. Quem os  ouse criticar é admoestado e humilhado, denunciado como afilhado ou mal agradecido.

É preciso dizer a estes velhacos que não são os cidadãos de VRSA que estão em dívida com eles ou que beneficiaram das centenas de  milhões, mas sim os velhacos que durante mais de uma década se têm enchido à custa do concelho.

A CULPA NÃO É SÓ DO LUÍS




Arruinaram a terra, deixaram o concelho sem uma autarquia, aquilo que existe ali na Praça Marquês de Pombal não passa de um bom emprego para uns quantos que durará mais dois anos, os serviços camarários estão reduzidos ao mínimo, o executivo camarário só aumenta aumentos, como os aumentos das taxas de todo o tipo, da água e de tudo o mais que possa dar receita.

Agora dizem que a culpa foi do Luís, os da São sacodem a água do capote e dizem que o mal é do antecessor, que coitadinha ela recebeu uma herança, muitos outros arranjam as mais diversas desculpas para não se ilibarem da vergonha, até colocam velhos comunicados como prova de que faziam oposição.

Mas a culpa não foi só do Luís, foi ele o primeiro responsável pela gestão de 12 anos e até há quem sugira que ainda é ele a mandar na autarquia. Foi, em primeira linha, de toda a equipa que com ele colaborou, que de forma subserviente e quase vergonhosa lhe aceitaram todas as ordens. Foi dos vereadores que fizeram parte das suas diversas equipas, incluindo os que ele deixou eleitos na hora da saída que pretendia ser temporária. É dos partidos que o apoiaram, que com ele colaboraram ou que estando na oposição não fizeram mais do que uma oposição de faz de conta, chegando a fazerem mais oposição à oposição do que ao poder.

Mas as responsabilidades não se ficam por aqui, há muita gente que os apoio a troco de favores, há empresários locais que ganharam muitas centenas de milhares em adjudicações diretas. Basta recuar nas notícias para os vermos a bajularem o agora cantor que usa botinhas brancas. A graxa era tão grande que chegaram a ser ridículos.

Há também os que viram no Luís a oportunidade de superarem as falências devidas a incompetência, a possibilidade de arranjar um emprego quando as fábricas fecharam e os sindicatos morreram, os que a troco de votos conseguiram viver melhor do que os vizinhos. Mas ainda há pior do que estes, os que se bandearam, os que trairão os que lhe confiaram a liderança de partidos, os que vomitaram nos votos que lhes deram.

Seria fácil diz que a culpa era toda do Luís e durante vinte anos permitirmos que todos os outros branqueassem a forma indigna como trairão os seus vizinhos, os seus concidadãos e a sua terra. Esperemos que nunca se esqueçam e transportem a vergonha  pelo que fizeram ou ajudaram a fazer.

ALÔ SOEIRO PEREIRA GOMES, WE HAVE A PROBLEM… AQUI EM VRSA...



Monte Gordo
Cacela
VRSA
Concelho
2015
2019
2015
2019
2015
2019
2015
2019
18,73% 253
15,54% 155
7,75% 131
7,80% 110
13,91% 717
13,63% 590
13,43% 1101
12,56% 855




Quem visite o comentário de José Cruz fica com a impressão de que tudo correu bem, no melhor estilo do seu partido, o líder local do PCP tira algumas conclusões interessantes:

“Vila Real de Santo António foi um dos concelhos onde o PS teve mais de 40% dos votos e o PSD menos de 20 %, onde o PAN obteve mais votos que o CDS, o BE mais que a CDU, o CDS menos de 3%, onde houve mais votos em branco, segundo se deduz num trabalho sobre as eleições de 6 de Outubro de 2019, publicado no jornal Público.”

Mas esqueceu-se do mais importante, que o seu partido sofreu uma pesada derrota, só superada pelo PSD da São, do Luís e do Cigarrinho. A verdade é que o PCP entre 2015 e 2019 perdeu 246 votos, isto é, perdeu 22,34% dos seus eleitores, num quadro que deveria ser-lhe favorável. Em VRSA o governo foi fortemente atacado a propósito da EN125 e ao nível local o PCP desencadeou uma poderosa campanha a propósito da famosa rua das conserveiras. Em Monte Gordo, a terra de muitas das conserveiras e antigo bastião do PCP este partido está reduzido a uma expressão mínima, com uma perda de 38,74% dos seus eleitores. Um falso alento veio da freguesia de V.N. Cacela, onde subiu 0,05% em termos percentuais, mas perdendo 21 dos seus 131 eleitores.

A sorte do PCP de VRSA é que em termos regionais os seus responsáveis até poderão cantar vitória já que em todo o distrito de Faro as perdas do PCP foram ainda maiores, tendo perdido mais de um quarto dos seus eleitores, 26,36%, ainda que em termos locais as condições eram bem mais favoráveis, não só pela queda que o PSD sofreu e que não foi compensada por um aumento de votos do PS. Para além das campanhas negras lançadas pelo PCP a propósito da rua das conserveiras e pelo PSD por causa da EN129 e do apoio que o candidato autárquico do PSD recebeu nas redes sociais da direita e na comunicação social local, com destaque para a Rádio Guadiana onde o radialista Mendes apadrinhou a candidatura autárquica lançada com antecipação, no que se seguiu um conhecido comerciante local do fast food.

O deputado municipal José Cruz tem muitos anos de responsabilidades como dirigente local do PCP, por ele passou a história local depois do PCP, esteve envolvido em muitas situações, como o apoio do PCP à primeira maioria de Luís Gomes e muitas outras coisas mais ou menos estranhas, como a presença cubana em VRSA financiada pelo dinheiro dos vila-realenses. É uma pena que em vez de se dedicar a procurar indicadores originais, não se dedique a explicar publicamente o que mais importará aos militantes e eleitores do seu partido, como foi possível que em condições tão favoráveis o partido tenha encolhido quase um quarto numa única legislatura?


Quando será que o PCP local analisa o que lhe aconteceu em VRSA, uma terra que foi um dos seus principais bastiões fora do Baixo Alentejo e da famosa cintura industrial de Lisboa? Recorde-se que tudo sucedeu com o apoio do PCP à ascensão do Luís Gomes, um autarca que depois comprou a simpatia de Cuba e o silêncio dos seus apoiantes locais, ao mesmo que ia comprando famílias inteiras de militantes do PCP. Quando será que os dirigentes locais do PCP assumem as responsabilidades pelo apoio que deram a Luís Gomes e por aquilo que sucedeu aqui ao seu próprio partido?

Os eventuais custos eleitorais resultantes do apoio à geringonça poderá merecer o elogio ao nível nacional, mas não explica nem pode encobrir o que tem sucedido em Vila Real de Santo António.