NESTE LARGO NÃO HÁ VACAS SAGRADAS

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Não vale a pena contornar a realidade, tapar a quase inexistência de uma autarquia com as fachadas de bares e restaurantes resultado de investimento privado ou esconder um negócio muito duvidoso atrás de cinco estrelas. O nosso concelho tem hoje uma das autarquias mais pobres e arruinadas do país, senão mesmo a que se encontra em piores circunstâncias, e apesar de tudo isso a má gestão continua e o esbanjamento de recursos financeiros para contratar os amigos prossegue, mesmo debaixo das barbas dois que deviam exigir rigor.

De quem é a culpa? É de muitos, ainda que a figura central dominante seja um tal Luís Gomes, que deixou a autarquia à consignação a alguém pouco competente, para tentar uma carreira de cantor. Mas não vale a pena culpar apenas o Luís Gomes e os que com ele se apossaram do PSD ao nível local e conseguiram apoios distritais e nacionais para se manterem apesar de todas as evidências.

Mas a culpa não foi apenas do Luís Gomes e já aqui denunciámos as teias que o ajudaram a chegar ao poder e a manter-se tranquilamente durante tanto tempo e quase sem oposição. Não vale a pena esconderem a verdade, arranjarem desculpas, fazerem manobras de diversão ou atirar nuvem de fumo, aqui não há vacas sagradas e há muito que se têm denunciados as traições locais ou a teia de apoios que o Luís Gomes teceu noutros partidos.

Há muito que denunciámos aqui as relações perversas de Luís Gomes com gente próxima de Sócrates, não nos esquecemos de alguns negócios do passado, das vindas sucessivas da ministra do Mar e do paspalho que é secretário de Estado das Pescas e faz de seu fiel escudeiro em apoio do Luís Gomes e da São Cabrita, denunciámos os estudos da treta que lhe foram encomendados e tudo fizemos para que fosse denunciada.

Não temos dúvidas de que os responsáveis do FAM ignoraram a sua própria lei não a aplicando quando o Luís e a São esbanjaram dinheiro em ano eleitoral, como se o concelho fosse rico e não devesse respeitar as regras impostas pelo acordo com o FAM. Sabendo-se que o marido da ministra do Mar tem a tutela do FAM não nos é difícil tirar conclusões.

Em VRSA foi gasto muito dinheiro e não foi apenas para comprar música ao Mendes ou para pagar a cantoria do Luís Gomes, todos sabemos que o coronel assassino e outras personagens estranhas vindas das Caraíbas viveram cá à nossa custa e ao que consta não davam consultas ou faziam curativos. Foram gastos muitos milhões das mais diversas formas. Até se deram 50.000 para um infantário em Cuba enquanto as nossas escolas são pobres de meios.

Não nos esquecemos que o Luís Gomes teve direito a levar a maior condecoração que o regime cubano atribui a estrangeiros, todos sabemos dos milhões que gastou em Cuba e das intervenções políticas que fez nas televisões cubanas. 

É bom que não se esqueça o que aconteceu em VRSA e que os responsáveis ou os que foram coniventes nas lideranças dos partidos da oposição não nos venham impor vacas sagradas porque há muito que ninguém aqui foi isento de denúncia em função do partido a que pertence.