OPORTUNISTAS




Fala-se muito da dívida que nos vai ser deixada pelo Luís Gomes, Carlos Barros, São Cabrita, Faustino, Vicente, Carla Sabino, Pires e muitos outros que de forma direta ou indireta mantiveram ou ajudaram o Luís Gomes e a São carita a gerirem o Município da forma incompetente e irresponsável.

Mas a dívida não é o pior que nos deixam ou não será a herança mais miserável com que teremos de conviver com esta gestão camarária que nos faz lembrar a filoxera. Um concelho que perdeu músculo e em que os mais jovens deixaram de acreditar e uma classe social criada por gente que confundiu o Município com a tasca da coxa, transformando funcionários que deveriam estar ao serviço das populações numa espécie de funcionários-militantes, com obediência quase canina.

Não deixa de ser curioso o fato de quando começaram os arrufos de namorados entre Luís Gomes e a São, foram os funcionários mais militantes daquele que se sentindo marginalizados que se juntaram num jantar de homenagem a Luís Gomes. O jantar realizou-se em finais de 2018 no Restaurante Sem Espinhas e o mais curioso é que não foi pelos apoiantes tradicionais de Luís Gomes que o jantar ficou na história da vida política local, mas graças à presença nesse jantar de apoio político do chefe da repartição do IEFP. Mas sobre esse jantar falaremos noutra ocasião.

Se revermos as arruadas da campanha autárquica d 2017 encontramos lá o pessoal da CM, da SGU e dos avençados. E todos sabemos das pressões para forçar a presença em arruadas, da mesma forma que nem uma funcionária que ousou passear com um familiar se escapou a ir parar a um contentor por tal ousadia. Todos em VRSA sabem que muita gente ganhou e muito a título de compensação pelo apoio eleitoral

Todos sabemos das ajudas de custa, das horas extraordinárias, das contratações na SGU, das promoções, da integração de precários, das nomeações, das contratações de assessores. Todos sabemos que em VRSA há quem tenha ganho muito vendendo o apoio e não são poucos os que confundem o estatuto de funcionários com o de militante de quem manda. Todos sabemos de muita gente que no concelho vendeu o seu apoio e alguma dessa gente era e ainda é da oposição.

Há candidato que deixaram de o ser porque as esposas estavam na autarquia, há políticos que se bandearam, vereadores que tocaram o PCP pelas mordomias do PPD, há de tudo um pouco e muitos deles são apoiantes caninos de quem está no poder, ao fim de mais de uma década o concelho vai ter de conviver com esta realidade, com os que foram favorecidos em prejuízo da sua terra, dos seus vizinhos e dos nossos jovens.

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA AUTÁRQUICA

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Já vamos em quatro anos durem quatro anos durante os quais o Município tem servido para pouco mais do que pagar ordenados a funcionários, pessoal da SGU e amigos avençados, para além do quase um milhão de euros pagos ao “companheiro” Morais Sarmento. Quanto a obra feita o balanço é o rotundo zero, pior ainda, durante este tempo a única coisa que a presidente da CMN fez foi destruir o jardim de Monte Gordo e depois de demolir as construções ilegais que lá mandou erigir, mandou carregar terra, fazer uns montes e plantou “meia dúzia” de árvores.

O concelho está a ficar para trás e com tantos “amigos” a viver ainda à conta do orçamento autárquico, a dívida não para de crescer. Para o FAM ver fazem-se contas  e a dívida desce um par de trocos, mas depois aparecem dívidas em que ninguém tinha reparado e volta tudo à primeira forma, com a compreensão do FAM, dos governantes que o tutelam e ainda o famoso contabilista de Borba.

Dificilmente conseguirão renegociar os juros pagos à banca já que não há qualquer risco de incumprimento e quando se inverter a tendência nos juros da dívida soberana a dívida pode voltar a aumentar. Os únicos cortes drásticos que a autarca fez foi nos apoios sociais, nos apoios ao associativismo e um corte radical nas despesas de investimento.

Não há luz ao fundo do túnel, a situação da autarquia é de emergência e basta um desvio ou o pagamento do que devem ao Dr. Orlandino ou a condenação num dos muitos processos judiciais e há um sério risco de o Município entrar em situação de incumprimento, desencadeando a sua insolvência, já que o FAM não tem margem para emprestar mais dinheiro, por mais boa vontade que tenha o ex-autarca de Tavira, que agora manda naquele Fundo.

É preciso romper com o passado, mudar de ciclo, encontrar gente nova e novas soluções. É preciso dizer a todos os vila-realenses que o seu voto é importante e tem consequências. Hoje são muitos os que perceberam que a abstenção ou o voto nos políticos do costume teve um preço elevado. É preciso acabar com este ciclo do Luís Gomes e dos seus amigos, basta.

|O QUE SENTIRÃO?|

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O que sentirão a São e o Luís quando passam junto do edifício da Alfândega, que recuperaram com dinheiros comunitários com o compromisso de ali instalaram um Centro de Interpretação do Rio Guadiana e que está fechado, aguardando que estejamos distraídos para o darem ao Grand House?

O que sentirá a São ao passar naquela espécie de jardim onde gastou centenas de milhares de euros para deixar tudo pior do que estava? Sentirá alguma coisa por ter mandado instalar as cadeiras de costas para o mar, sabendo que uma das mais belas marginais do Algarve foi destruída por ela e pelo Luís? Como se sentirá sabendo que debaixo daquelas colinas a lembrar uma herdade alentejana estão toneladas de cimento que mandou enterrar sabendo que se tratavam de construções ilegais que devia ter demolido e removido?

O que sentirá a São quando por estes dias de férias de Carnaval se cruza com estudantes universitários, depois de lhes ter prometido uma residência universitária em Faro e outra em Lisboa?

O que terá sentido a São quando mandaram os jovens pedir um autocarro à Câmara Municipal de Castro Marim?

Como se sentirá a São ao contratar um engenheiro fruticultor sabendo que a CM não é uma horta e que o município que ajudou a arruinar, vai ter de manter um profissional de que não precisa até que ele se reforme? Como se sentirá a São ao não contratar profissionais de que a autarquia carece para contratar alguém de que não precisa, provavelmente por ser do seu partido e muito provavelmente o vereador da CM de Castro Marim.

O que sentirá a preidente da autarquia ao ver um dos deputados da sua bancada na AM, que é o seu irmão, avisando um idoso que fez uma ligeira crítica à política cultural do concelho, que sabe onde ele mora?

Como se sentirão eles quando passam junto da Muralha onde iria haver um grande hotel, ou junto do Lazareto que seria uma das ruas da nova Dubai, ou junto do pavilhão multiúsos que faz de armazém, ou da casa do avô, ou no local onde deveria existir uma moderna unidade de cuidados paliativos, para referir apenas algumas das suas grandiosas obras?

Sentirão arrependimento, pelo que nos fizeram? Sentirão vergonha pelas mentiras com que nos ludibriaram? Sentirão algum arrependimento por nos terem arruinado? O que sentirá essa gente? Por aquilo que se vai vendo parece que não sentem nada disso e ainda nos tentam impingir a ideia de que fizeram e continuam a fazer uma grande coisa.

DERAM CABO DE TUDO




Havia um Carnaval e deixou de haver, havia um repuxo e está seco, havia higiene e agora há lixo por todo o lado, haviam jardins bem cuidados e agora há canteiros regados pelo S. Pedro, haviam serviços municipalizados da água e agora há dividas em água de mais de 20 milhões e multas a torto e a direito pela empresa a que venderam o negócio, havia uma das mais belas marginais do país em Monte Gordo e agora há um desastre paisagístico, havia uma Rua Teófilo Braga impecável e agora há remendos.

Prometeram marginais grandiosas, encheram os bolsos à astróloga, inventaram grandes unidades de cuidados continuados, prometeram residências para estudantes em Faro e Lisboa, fizeram desenhos arquitetónicos e vídeos promocionais muito bonitos, construirão um grande pavilhão multiusos e agora não temos nada, temos apenas dívidas e a São Cabrita a fazer de conta que é presidente da CM e o Luís Gomes a andar aí pelos cantos.

Este é um mais um Carnaval que só serve para os que têm memória se recordem de como era antes deles, porque se alguém ainda não percebeu o estado a que as coisas chegaram que consultam os programas. Enquanto houve dinheiro para lhe pagar o Luís Gomes ainda cantou, mas agora que o dinheiro está escasso é o Duo Reflexo. É Reflexo  na festa de Monte Gordo, é Reflexo na passagem do ano, é reflexo no Carnaval, é Reflexo de manha. De tarde e à noite.

Deram cabo do concelho, esbanjaram o dinheiro que havia, deixaram o concelho numa miséria franciscana, mas não desistem. Enquanto houver um tostão vão pagar ao Tiago e o Cigarrinho, vão continuar a empregar os construtores falidos e os sindicalistas bandeados e vão enchera a autarquia de hortifruticultores, ex-eclesiásticos e todos os que há muito vivem à custa do nosso dinheiro.

A CONFERÊNCIA

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O candidato tira notas, o governante manda SMS e a deputada sorri


Quase ninguém no concelho deu conta da grande conferência que foi organizada para lançamento público do candidato Álvaro Araújo. Foi feito um grande esforço para compor a sala, vieram governantes amigos, ilustres académicos de Faro, altos responsáveis do Estado que se apresentaram como tal, militantes de Tavira, Faro e arredores.

Certamente graças aos bons ofícios do candidato estavam feitas as pazes com os Vasques, estava esquecido um post do Vasques no seu Facebook em que tinha tornado pública que se tinham acabado os empréstimos de salas para as reuniões partidárias organizadas pelo Senhor Rui, que a partir daí passou a reunir em salas alugadas, por causa do buraco no telhado por cima do Sem Espinhas.

A máquina estava oleada, a orgânica da candidatura lançada pelo Senhor Rui Setúbal estava preparada, havia filmagens, o candidato tirava notas, preparava-se a nota de imprensa mais hilariante que já foi lida. O candidato jogava em casa, os empresários lá estavam, tudo tinha de correr bem porque tudo acontecia num promissor dia 7, influência numerológica explicada na brilhante nota de imprensa, certamente obra de quem na candidatura tudo controla.

O candidato fez a apresentação e aproveitou para dar provas de como sabe de economia, de como é oi homem que nos vai salvar. DO alto da sua imensa competência o homem disse coisas como esta:

“Vimos que, para além do comércio, do turismo e das pescas há outros setores emergentes, que permitem apostar na diversificação da atividade económica, nomeadamente a agricultura e a construção e reparação naval.”


O quê? Este senhor descobriu na agricultura  na construção e reparação naval setores “emergentes”. Esta faz lembrar a do outro almirante que numa visita começou por dizer que “desde a última vez que cá vim é a primeira vez que cá venho”. Não seria melhor o homem andar menos em jantares do Luís Gomes e estudar um pouco mais da história económica do concelho?

Percebe-se bem que numa conferência onde o tema era o emprego o candidato que foi o chefe da repartição do IEFP durante tantos anos, tendo lá chegado nos tempos do Eng. Murta (em cuja campanha ninguém o viu) e reconduzido pelos governos do PSD, tenha ficado na primeira fila a tirar notas. Isto é, se no seu tema profissional o candidato se limita a tirar notas, de que temas irá falar?

Se a conferência era sobre o emprego e o candidato chefia a repartição do IEFP no concelho seria de esperar uma intervenção, jogando em casa seria um momento de exibir a sua competência. Além disso, seria uma oportunidade para dissertar sobre esse triângulo virtuoso do emprego no concelho formado pelo IEFP, a Mão Amiga e a CM do luís Gomes.

|ELES COMEM TUDO|



Quando se gere uma instituição falida temos a obrigação de reduzir todos os custos. Se essa instituição for uma instituição pública essa obrigação é muito mais do que um dever de boa gestão, é uma composição ética, um dever de cidadania. Se dessa instituição pública dependem apoios sociais é uma obrigação moral.

Mas quem acompanha o dia-a-dia da gestão da autarquia fica na dúvida, porque numa instituição falida não se assiste ao que por ali se vê, não se compreende como se continua a esbanjar dinheiro ao mesmo tempo de que sr empurram pessoas para dificuldades, cortando nos apoios sociais.

O regabofe é tão descarado que agora vemos a autarquia a contratar um engenheiro hortofruticultor com o argumento de que é necessário para cuidar dos jardins. É óbvio que estamos perante uma contratação que tem mais que ver com os apoios dentro do PSD à presidente da autarquia. Em primeiro lugar, porque os agrónomos especializados em jardins são os arquitetos paisagistas. Em segundo lugar porque o que o concelho precisa é de quem cuide dos jardins, quem plante flores, quem arranque as ervas ou de quem regue,

Este é apenas um exemplo do que se está fazendo a coberto da internalização da SGU, um exemplo pouco digno porque o primeiro concursos a abrir não é para os funcionários da SGU que faziam falta na CM, mas sim para um vereador da CM de Castro Marim de quem a autarquia da nossa terra não precisa para nada.

E enquanto a autarca contrata hortifruticultores, paga fortunas ao Morais Sarmento ou vai mantendo personagens como o Tiago, os construtores civis falidos ou o Cigarrinho, socorre-se do corte de apoios sociais, dos apoios ao associativismo e encontra os autocarros no parque por falta de dinheiro para reparações.


Entre apoios sociais e os sues apoios eleitorais parece que a autarca não hesita na escolha que mais lhe interessa. O regabofe continua à descarada, eles comem tudo e não deixam nada.


GRU UI UI, O NOSSO MALVADO FAVORITO





O Gru Ui Ui não existe, é uma personagem de ficção, uma espécie de alma assombrada aqui do Largo. Podia ser como o Zé Aranha, aquela personalidade que todas as terras têm e que, como é sabido, depois de ter vendido um canário coxo e perante a surpresa do comprador perguntou-lhe se queria o canário para cantar ou para dançar. No caso do nosso Gru Ui Ui nem canta, nem dança.

O Gru Ui Ui não existe, é um holograma político e por se tratar de uma personagem irreal sucede como em todos os filmes de ficção, avisamos que qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. O nosso Gru Ui Ui inspira-se no Despicable Me, uma personagem do cinema de animação que na versão portuguesa é conhecido pelo Gru, o Meu Malvado Favorito.

É o caso, o Gru Ui Ui, uma espécie de híbrido resultante do cruzamento entre o velhaco e o cínico, é o nosso malvado favorito mas tate tem a sua graça, por isso gostamos dele. E da mesma forma que Despicable Me é o supervilão que tenta roubar a lua, o nosso querido Gru Ui Ui é um desalmado imbecil que quer ser o DDT da nossa terra, a sua grande ambição é chafurdar na caca que possa haver nos Paços do Concelho.


Gru Ui Ui, o Minion Bob e a autarca

É evidente que o nosso Malvado Favorito não vive sozinho no seu enredo de ficção, tem a companhia de outras personagens como o Dru Gru, ou outras personagens pequeninas e amarelas, como o Mignon Bob. Até porque o nosso Gru Ui Ui é muito discreto, nunca está na primeira fila, nunca quer ser cabeça de lista, prefere as filas de trás, evita aparecer nas fotografias, está sempre presente mas prefere a obscuridade.

É uma personagem complicada e estranha, cheia de complexos, de trejeitos, de ódios, de invejas e de problemas. Mas é uma personagem interessante e por isso vai animar a nossa ficção.

O HORTIFRUTICULTOR




Se a SGU tinha nos seus quadros um engenheiro hortifruticultor só Deus sabe onde é que a aquela empresa tinha uma horta para precisar de um funcionário com tais qualificações. Por aquilo que se tem visto em matéria de abandono dos poucos espaços verdes do concelho também não se consegue descortinar onde é que o homem trabalhava.

Se bem nos recordamos, quando confrontada com o desastre dos jardins a autarca justificou que só tinha um funcionário e certamente não era este especialista especializado em legumes e frutas. Bem, inspirada nas colinas alentejanas, talvez a autarca se tenha lembrado de semear trigo nas colinas que instalou na marginal de Monte Gordo, resistem mais ao calor do que a relva que semeou.

Compreende-se que os quadros da SGU possam ser integrados na CM, o que não se compreende e é difícil de aceitar é que só porque meteram amigos na SGU, sem olhar a qualificações, a CM fique agora com agricultores e eclesiásticos, quando se sabe que não é vocação da autarquia dar missas ou produzir nabos.

Aliás, só faz sentido internalizar as funções e com elas os colaboradores das áreas que são matéria de competência de uma autarquia, não é porque a SGU tenha contratado um companheiro do PSD licenciado em engenharia espacial que a São Cabrita vai transformar a Praça Marquês de Pombal numa espécie de Cabo Canaveral, transformando o obelisco numa rampa de lançamento, para atirar foguetes. Bem, a não ser que esteja a pensar já no próximo réveillon, já imaginamos um foguete lançado ao som do Duo Reflexo, uma espécie de versão local do afundamento dói Titanic.

O problema é que o tal hortofruticultor não faz falta nos quadros da autarquia, mas vão ser os vila-realenses a pagarem-lhe o ordenado até que se possa reformar. Isto é, levaram o Município à falência e agora vamos ter de lhes pagar.

|MANDA QUEM PODE E OBEDECE QUEM DEVE|



Antes de mais, gostaríamos de sugerir à presidente da CM que se ainda não ouviu que vá ouvir o podcast da sessão da CM do passado dia 4. Se ainda estivesse a passear por Madrid ou Valência por nossa conta, ficaria a pensar que “quem vai ao mar”, nestes caso às estações de dessalinização, perde lugar. Quem ouviu o responsável pela autarquia falar nessa reunião até imagina uns Paços do Concelho cercado pelas Chaimites de Santarém. 

Quem ouviu algumas declarações do vice-presidente até imagina que ou houve um golpe de Estado ou a presidente da Autarquia teria fugido para Espanha, tendo atravessado o rio a nado, ali para os lados de Guerreiros do Rio.

Questionado pelo vereador Álvaro Leal sobre se a autarquia ia responder ao pedido de acesso às listas dos funcionários da SGU antes e depois da liquidação da empresa o vice-presidente deu uma resposta que mais parecia estarmos numa autarquia onde se respira transparência, respeito e democracia:

“Acho que a transparência é fundamental, acho que vocês fazem muito bem em pedir essas listagens, dizer ou sugerir que eu não tenha feito nada para que isso acontecesse são palavras, palavras são palavras e pronto acho que é melhor ficarmos por aqui.”

O vereador Álvaro Leal insistiu “Vai responder-me que já fez alguma coisa por isso?”

E a resposta do vice-presidente foi interessante:

“Por acaso vou, Isto que eu respondo ao vereador é aquilo que eu converso cá dentro, tão simples quanto isso, mas eu tenho uma pessoa que está acima de mim ... nós somos uma equipa, da mesma forma que vocês funcionam em equipa e que têm um discurso que é comum, nós também temos aqui uma equipa e temos que funcionar da mesma forma.”

Isto é, ficámos a saber que o vice-presidente defende lá dentro a transparência. Mas ficamos também a saber que ele tem um pequeno problema, tem uma pessoa acima de si. Ainda tenta baralhar dizendo que é uma equipa, mas ficámos a perceber que ele pensa mas faz-se o que a presidente manda. Conclusão: o seu pensamento pelos vistos não serve de grande coisa...

E acrescenta:

“Eu acho que estas questões em termos gerais, em termos gerais e acredito que essas listagens vão surgir, não me parece que seja um problema assim tão grande, eu acho que as coisas têm de funcionar dessa forma, é a minha opinião, é a minha postura e eu defendo-a sempre, se o vereador Álvaro acredita ou se não acredita, é uma postura sua, é um posicionamento seu e que eu tenho que respeitar, mas eu não concordo, eh eh eh basicamente é isso”

Mas a verdade é que, afinal, não ocorreu nenhum 25 de abril na autarquia, o vice-presidente lá andará a dizer o que pensa Pelos corredores do edifício porque a pessoa que estava acima dele continua a estar e as regras a que ele está vinculado não são as suas opiniões mas sim as ordens que vEm de cima....

A PRIMEIRA QUALIDADE DE UM CANDIDATO AUTÁRQUICO




Na hora de desvalorizar candidatos incómodos é frequente vermos os “fracos” a apresentar os mais diversos argumentos para o conseguir. É porque não se tem cabelos brancos, é porque se é jovem, é porque alguém manipula a inexperiência, é porque não se tem um curso. Por oposição sugere-se alguém com uma idade supostamente aconselhável, normalmente dez anos acima da idade com que Obama foi presidente da maior potência mundial, uma pessoa que supostamente tem muita experiência, alguém escolhido por gente muito digna, etc.

Puro engano, para além de nem os cabelos branco, nem os currículos cheios de páginas da treta ou supostas competências que não estão certificadas são as primeiras qualidades a considerar num candidato. As grandes qualidades, a avaliar antes de se passar a outros critérios de avaliação, são qualidades pessoais e humanas e de entre todas a primeira qualidade a exigir é a honestidade.

Basta olhar para as decisões da nossa autarquia e para o seu modelo de gestão para se perceber que muito daquilo que salta aos olhos como criticável nunca teria ocorrido ou sido decidido por uma equipa onde a primeira qualidade da liderança fosse uma grande honestidade.

Alguém honesto teria pedido fundos comunitários para recuperar um edifício para nele instalar um “centro de interpretação do Rio Guadiana”, para depois o entregar a um qualquer empresário com 10.000€ de capital para aí instalar um bar com sala de charutos? Alguém honesto gastaria milhões atrás de milhões, com adjudicações diretas sempre para amigos do regime e sem fazer concursos a não ser quando a lei o obrigava coimo modelo único de compras?

Poderíamos dar dezenas de exemplos e mostrar como bastaria ser-se honesto para que muita coisa não tivesse sucedido muita coisa que conduziu o Município à ruína financeira. Quem decide com honestidade exclui desde logo muitas decisões e a verdade é que muito daquilo a que designamos por incompetência é bem pior do que isso.

Alguém honesto é leal com os seus amigos, com as pessoas que nele confiaram, com os seus cidadãos. Alguém honesto procura servir em vez de servir-se, ser isento, opta pelas soluções que se apresentam como as melhores, contrata os mais competentes e não gasta quando não é necessário. Não há competência sem honestidade, a competência resulta da combinação de diversos ingredientes e o primeiro deles é a honestidade, sem este alicerce tudo se desmorona.

Antes de escolher talvez o melhor seja excluir todos os que apresentem indícios de menos honestidade.

|OPACIDADE|



Se não fosse a liderança da oposição assumida pelo vereador Álvaro Leal nas reuniões do executivo camarário e o que se sabe pelas suas intervenções na rádio dir-se-ia que em VRSA há uma espécie de ANP apoiada num pequeno grupo designado por "oposição democrática"

Passado tanto tempo desde foi aprovado o OE e para além das intervenções paupérrimas feitas nas reuniões dos órgãos autárquicos, em particular na Assembleia Municipal, nem a presidente da CM tornou público o orçamento para 2020, nem o maior partido da oposição fez qualquer comunicado sobre o assunto, informando os munícipes sobres os males resultantes daquele documento.

Aguardamos a divulgação do OE para fazermos a análise que os "contabilistas" da AM parece não saberem fazer. Parece que a opacidade é um dom de muita gente.

Enfim, pode ser que alguém interrompa a hibernação e decida convidar uns amigos de Faro para uma conferência sobre o orçamento.

UMA QUESTÃO DE ISENÇÃO [1]

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É natural que os responsáveis do Estado se comportem com isenção e que os dirigentes de serviços locais da Administração Pública mantenham boas relações com as autarquias locais, ainda mais quando têm de colaborar, como é o caso do IEFP. Também deve ser considerado normal que existam relações de amizade entre autarcas e responsáveis locais de serviços do Estado se se estivermos perante pessoas de diferentes partidos só podemos dizer que isso é saudável.

O que não é aceitável é que responsáveis de serviços que dependem do Estado tenham comportamentos que possam ter impacto político, devendo comportar-se com isenção, evitando que no desempenho de funções públicas os seus gestos possam ser entendidos como orientações de voto ou apoio a um candidato. Se os responsáveis de determinados serviços pouco são reconhecidos pelos eleitores, os dirigentes de entidades que dão apoios sociais devem ser muito cuidadosos com o seu comportamento, comportando-se com isenção para dignificar e proteger a boa imagem das instituições que representam.

É inaceitável que um alto responsável de um serviço do Estado, que “dá” empregos e subsídios, se faça passear em plena campanha eleitoral na companhia do responsável político de um dos dos partidos, mesmo sendo o presidente de uma autarquia.

Mesmo que no exercício de funções tal deslocação tivesse uma qualquer justificação então deveria evitar que fosse realizada em data próxima das eleições e muito menos durante a campanha eleitoral. Se essa deslocação foi realizada em plena campanha eleitoral e na mesma hora em que o maior parido da oposição organizava uma arruada tal gesto não só seria condenável como inaceitável, sendo uma justificação mais do que suficiente para que esse responsável fosse demitido das suas funções, porque há muito que expedientes ridículos deste tipo são inaceitáveis na Europa.

Se os responsáveis do Estado se devem comportar com isenção isso assume uma dimensão moral quando está em causa uma instituição que usa recursos do Estado para prestar apoios sociais, sendo inaceitável que à concessão destes apoios passe uma mensagem subliminar de associação a uma qualquer candidatura política ou a um qualquer político.

|QUE RAIO DE OPOSIÇÃO É ESTA?|

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A senhora presidente inaugura uma espécie de jardim depois de dois anos de trapalhadas durante os quais construiu e mandou demolir, acabando por montar uns montes de terra para esconder alicerces que se esqueceu de remover. Gastou-se uma fortuna, penalizou-se a atividade turística e no fim ficou tudo muito pior do que estava.

Era de esperar uma qualquer posição por parte dos partidos da oposição, mas nada, silêncio absoluto, como se nada tivesse sucedido. Parece que ninguém quer perder votos e optaram por não ferir sensibilidades, não arriscaram a mais pequena crítica. Não se entende muito bem  para que é que os partidos anteciparam as corridas eleitorais em dois anos e designaram candidatos, se agora estão calados.

No caso do candidato do PS a situação é ainda mais ridícula, foi designado e a escolha mantida durante algum tempo em silêncio, organizou uma conferência para que viessem uns senhores de fora falar enquanto ele tirava notas e agora calou-se. Os seus promotores parecem estar mais preocupados em difamar todos os que ousem atravessar-se do que em promover o seu candidato. Em vez de se oporem à incompetência andam tresloucados na tentativa de impedir cidadãos de participarem nas eleições

O caso do prédio da Rua de Angola ilustra muito bem o que faz a oposição. Já lá foram todos os candidatos e o ultimo a lá ir e encontrar uma brilhante solução foi precisamente o último candidato a apresentar-se. Foi na companhia de um ilustre causídico, da direção distrital do partido, deputado municipal e ainda putativo candidato a presidente da AM. Encontraram logo uma brilhante oposição que o PS se apressou a propor em sessão da CM dando a conhecer a boa nova em comunicado.

Entretanto a autarca parece ter ignorado a brilhante solução, reuniu com os residentes pedindo-lhes segredo absoluto e anunciou em sessão de câmara que os contratos só terminariam em 2023, isto é podiam estar descansados porque só seriam despejados uns tempos mais tarde. E o que disse o candidato que com o seu causídico descobriu que tudo podia ser anulado e o edifício poderia ficar na posse da autarquia? Nada.

O CULPADO




A não ser que o regresso do eng. Soromenho passe por uma sessão de “perdoa-me” com o clã Cabrita é bem provável que no caso de o PSD apresentar o ex-autarca como candidato autárquico este tenha um discurso que se vai ouvindo em voz baixa e cuja origem não é difícil de perceber.

Se recuarmos a 2017 constatamos que durante todo esse anos a autarquia exibia uma imagem de fartura, estava-se em ano de eleições e raspou-se o fundo ao tacho para iludir a realidade, nem hesitaram, em ignorar o que tinham acordado com o FAM, da mesma forma que antes já tinham ignorado as obrigações decorrentes do PAEL, era importante manter o poder a qualquer custo.

Depois de conhecido o relatório do FAM relativo a 2017, algo que só sucedeu em setembro de 2018 passou a ser impossível manter a fachada, a autarquia estava à beira da insolvência e a manter-se a estratégia a consequência era a perda de mandato da São e eventualmente o pagamento de pesadas indemnizações ao Estado.

Em 2017 a CM estava tecnicamente falida, o mesmo sucedendo com a SGU e enquanto as receitas das águas eram receitas camarárias, a torneira do crédito dos bancos foi substituída pelo aumento da dívida em água. Isto significa que o eng. Soromenho, o aluno “preferido” da ex-ministra e agora deputada Ana Paula Vitorino, o assessor da equipa do PS na CM de Olhão e agora presidente da assembleia da distrital de Faro do PSD levou a CM para um longo inverno financeiro.

A situação que hoje teríamos seria rigorosamente a mesma, senão muito pior, se em vez da São Cabrita fosse o eng. Soromenho. A verdade é que já não havia espaço para mais artimanhas contabilísticas e depois da tentativa de vender a marginal de Monte Gordo ficou óbvio que nada mais havia para vender e conseguir dinheiro. A não ser que o brilhantismo do eng. Soromenho o ajudasse a encontrar forma de vender a água do rio.

É evidente que enquanto membro da equipa do eng. Soromenho durante todos os mandatos e, em especial, durante o último mandato, em que foi promovida a vice-presidente, a atual autarca tem responsabilidades, da mesma forma que tem o arq. Barros e todos os que ajudaram o eng. Soromenho nas suas equipas. É também verdade que a atual autarca poderia fazer muito melhor e a sua competência parece estar longe do desejável, sendo claro que não está à altura do cargo.

Mas se tivermos de encontrar um culpado pela situação a que chegou a autarquia, mesmo considerando o que a atual autarca fez ao longo destes dois anos, esse culpado é o eng. Soromenho. Apenas lamentamos que os dirigentes do PSD permitam que esse senhor continue a ter responsabilidades ao nível distrital.

ALGARVE FORA DO CORREDOR FERROVIÁRIO DO MEDITERRÂNEO




A imagem mostra o traçado do chamado “Corredor Ferroviário do Mediterrâneo, uma das redes multimodais aprovadas em Bruxelas em 2010, no quadro do  rede de corredores multimodais. Dez anos depois o governo acordou e aqui d´El Rei que ficámos de fora. Durante esta década ninguém reparou nem no estado em que estavam as ferrovias do Algarve, nem na marginalização.

Curiosamente, aqui para os lados do nosso município, onde se organizaram manifestações por causa doa EN125, gastando-se o pouco dinheiro de que se dispunha em marketing oportunista, nada se disse nem sobre as condições das nossas ferrovias, nem sobre a marginalização do Algarve pelo Corredor Ferroviário do Mediterrâneo.

Poder-se-á dizer que o município nada podia fazer por se  tratar de um assunto tratado em Bruxelas, mas isso não é verdade, o Município poderia ter-se manifestado e protestado junto dos governos e da Comissão Europeia contra este absurdo ridículo. É bom lembrar que o eng. Soromenho tinha lugar no Comité das Regiões e aí poderia ter-se manifestado.

Mas para que serve afinal a Eurocidade? Pelo que se vê serve para que o vice-presidente da CM pratique algum turismo institucional e pouco mais. Porque se Portugal ignorou este projeto, a verdade é que a Espanha teve o “cuidado” e fazer com que a linha terminasse o mais longe possível da fronteira, fazendo com que o corredor terminasse em Sevilha. Isto é, mesmo que o Governo modernize a linha do Algarve ainda ficamos a mais de 100 km do início do corredor!


A mesma CM que viu nuns buracos no alcatrão da EN125 uma oportunidade para esconder as suas misérias, no que teve o apoio de alguns candidatos a notáveis cá da praça, ignora os grandes projetos estruturantes dos quais depende o desenvolvimento da região. Gasta-se dinheiro com outdoors numa campanha suja na EN125, gasta-se dinheiro com o turismo institucional do vice-presidente, mas nada se faz na hora de abordar projetos que poderiam promover o desenvolvimento da região.

QUEM VAI CANTAR PERDE O LUGAR

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Escolheu a personagem mais fraca da equipa para lhe entregar a autarquia à consignação, inventou a “(por) agora é São” e enganou-se e “agora é só a  São”. Dizem as crianças que “quem vai cantar (ao mar) perde o lugar” enquanto o velho marketing do Instituto de Socorros a Náufragos avisava que “há cantar e cantar, há ir e lá ficar”. Parece que o eng. Soromenho é mesmo um náufrago que anda numa balsa em busca de onde encostar.

Dir-se-ia que a São Cabrita saiu-lhe melhor quer a encomenda e se numa das suas primeiras intervenções após as autárquicas assegurou que iriam ficar desiludidos os que esperavam que ela se virasse contra o patrono, a verdade é que não tardou muito para que o mano se queixasse da “herança envenenada”. O momento mais alto desta relação foram as respostas da São ao jornal Público a propósito das relações com uma empresa de comunicação. Quem leu aquilo quase ficava a saber qual o caminho mais perto para o tribunal.

Aos poucos a São colocou em prática o saber político que adquiriu ao longo dos anos com o seu mestre. Só em adjudicações diretas ao escritório de advogados de um vice-presidente do PSD a CM já investiu mais de 700 mil euros. Perante o risco de Rui Rio perder a liderança do PSD para o Montenegro a São, uma senhora previdente, colocou como seu chefe de gabinete o representante de Montenegro no concelho.

Basta olhar para a foto de campanha do PSD em VRSA nas últimas legislativas para se perceber que o PSD é o clã da São a que o ex-PS Luís Romão parece já ter aderido. É óbvia a ausência do Luís Gomes e o seu lugar até parece que está o Luís Cunha.

O PSD local não existe, não passam de dúzia e meia de militantes mais ativos e o cargo de liderança do eng. Soromenho, não passa de uma ficção. O PSD local é de um grupo de pessoas que vive por conta da CM e como é sabido, a chave do “cofre” está nas mãos da São. Mas como dizem alguns senhores dos partidos cá da terra, quem quer ser candidato deve inscrever-se num partido e apoiar o candidato escolhido pelo cacique …. O problema neste caso é saber quem será o cacique a escolher o candidato que será apoiado pelo Rui Rio.

Mas é uma pena se o eng. Soromenho não se candidate, corremos um sério risco de termos um D. Sebastião armado em alma penada a assustar os namorados que decidam passear na mata.

PRÉDIO DA RUA DE ANGOLA

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Os candidatos dos partidos com assento no executivo camarário já reuniram com os residentes do prédio da Rua de Angola. Primeiro foi o candidato da CDU que suscitou o problema em sessão de câmara. Muito mais tarde e de pois de ter sido apresentado publicamente foi o candidato Araújo, na companhia do causídico, deputado municipal e dirigente distrital do seu partido Cipriano.

Desta última reunião parece ter resultado uma brilhante solução jurídica, o negócio era nulo porque a autarquia não tinha tido a possibilidade de exercer o direito de opção. Depressa a a boa nova teve direito a comunicado, para que os vila-realenses ficassem a saber da solução. Enfim, foi vir, ver e resolver! Na reunião da Câmara seguinte a solução foi apresentada, a presidente manifestou simpatia e ficaram todos contentes.

Entretanto, a presidente mais a incansável causídica Ângela fizeram mais uma reunião com os residentes, foi-lhes dito que tinham mais dois anos de contrato, solução que foi foi tornada pública na reunião da Câmara do passado dia 21 de janeiro. Que a empresa não estava a respeitar a lei, que eram habitações com renda controlada. Enfim, digamos que fez-se forte.

Mas há aqui um pequeno problema:

A Câmara Municipal fez valer os seus direitos recorrendo ao tribunal exigindo a nulidade do negócio, porque não lhe foi permitido exercer o direito de opção, tal como defendido pelo candidato Araújo?

A Câmara Municipal pediu aos residentes procurações para que a sua advogada recorra nos tribunais das cartas de despejo que foram enviadas?


Ainda recentemente a CM fez mais uma adjudicação direta para o advogado Morais Sarmento, de mais de cem mil euros. Mas, por aquilo que se pode ler na Base Gov nada lá constava sobre este caso. Enfim, parece que para uns casos a CM recorre ao Morais Sarmento, mas para outros temos a causídica Ângela.


Se nada foi feito então vigoram as cartas de despejo, pelo que seria importante que alguém explicasse aos residentes o que devem fazer. Devem ficar nas casas e esperar pela ordem judicial? A autarquia assegura e assume as consequentes responsabilidades assegurando aos residentes que não se preocupem porque o contrato é mesmo válido até 2023?

Ou será melhor as pessoas irem em busca de casa?


CAMPANHAS RICAS NUM CONCELHO FALIDO



Será normal que num concelho cujo município foi arruinado se tenha gasto tanto dinheiro numa campanha eleitoral?

Foi isso que sucedeu na campanha de 2017 onde foi claro que mais do que um candidato poderá ter gasto muito mais do que os recursos disponibilizados pelo respetivo partido. No caso da candidatura da “Agora é São” foram mais do que óbvios os sinais de fartura de dinheiro, tendo-se gasto muito acima do normal.

Vimos mega jantares no campo do Lusitano, assessores especializados que mais tarde declararam ter trabalhado pró Bono, chapéus, camisolas, carros alugados e toda uma parafernália de recursos de marketing raros de ver mesmo em campanhas para as legislativas. Compare-se a campanha da “agora é São” com as das últimas legislativas, em VRSA o PSD ficou-se por uma bica!

Os indícios de financiamento ilegal da campanha da São Cabrita são mais do que óbvios, mas a nossa justiça anda tão ocupada com bagatelas penais que parece não darem por fatos que a qualquer cidadão parece entrarem pelos olhos dentro e em VRSA isso é coisa que não tem faltado. Não se entende como uma CM falida leva os partidos mais “ricos” a gastarem tanto dinheiro, sendo óbvio que é dinheiro a mais para que resulte de donativos de meia dúzia de militantes.

Se partidos como o PCP e o BE não recebem donativos de empresários, fazendo campanhas que obviamente se ajustam aos recursos disponíveis, as suas despesas podem ser consideradas como uma referência do que pode ser considerado normal um partido poder gastar. Então, de onde veio o dinheiro para os outdoors, os chapéus, os consultores externos, as t-shirts, os mega jantares, os vídeos promocionais, as cadeiras de rodas oferecidas para a fotografia aparecer no Facebook do Romão e tudo mais?

Estas campanhas ricas que ninguém percebe muito bem como sã financiadas liam a que a democracia seja distorcida em favor dos que têm mais recursos e isso envolve um grande risco, que, afinal, os eleitores são conduzidos a votarem em quem alguns empresários apostaram.

Algumas campanhas e atividades partidárias apresentam sinais óbvios de financiamentos ilegais por parte de empresários que têm interesses mobiliários, turísticos u outros, cujos lucros podem aumentar em função das decisões camarárias. É para assegurar uma gestão honesta da coisa pública e para que a democracia não seja viciada e conspurcada por empresários sem escrúpulos que deve ser exercida uma forte vigilância sobre os recursos financeiros e apoios diretos ou indiretos por parte de empresários aos partidos.

É por isso que vamos prestar muita atenção à forma como os partidos gastam dinheiro ou são indiretamente apoiados por empresários. Se queremos um município gerido com honestidade teremos de começar por exigir honestidade na política e por isso devemos exercer uma vigilância apertada sobre o financiamento das atividades políticas e, em particular, partidárias. Porque como escreveu um imbecil e cacique da terra esta coisa dos dinheiros dos empresários merece uma exclamação: “UI!”


PS: esperemos que em 2021 não apreçam imagens miseráveis como a que o Luís Romão tão alegremente publicou no seu Facebook na última campanha.

A VERDADE SFF







“Tive hoje o prazer de inaugurar a obra de requalificação dos Jardins da Praia de Monte Gordo.
Com este passo, devolvemos a Monte Gordo o seu jardim, que irá continuar a ser também um dos espaços turísticos mais apreciados por todos os visitantes.

Juntamente com o passadiço e a requalificação dos apoios de praia, damos agora a esta zona balnear a elegância e a beleza que justamente merece.” [São Cabrita]

Ao contrário do que sugere a presidente da CM no seu Facebook ou como sugeriu no discurso de Monte Gordo, o campo de golfe sem buracos serviu para taparam os buracos e que designam por jardim, não correspondendo a qualquer projeto de requalificação da marginal e muito menos ao que durante anos foi propagandeado com tanta bazófia.

A presidente da autarquia sabe muito bem que aquela espécie de jardim sem qualidade, de gosto duvidoso e pouco próprio para estar junto a uma praia foi um projeto desenhado à pressa,  depois de centenas de milhares de euros atirados à rua num processo de tem fortes indícios de gestão danosa. Sabe muito bem que foi um projeto desenhado e redesenhado para se ajustar aos parcos recursos proporcionados pelo fundo de turismo e que em boa parte serviram para demolir o que tinha sido feito.

A presidente da autarquia sabe muito bem que fez duas adjudicações às empresas de um conhecido empresário e que a primeira, de mais de 60 mil euros, foi para limpar o que ali fez e para demolir os quiosques que mandou construir ilegalmente e que nos custaram uma fortuna.


A presidente da autarquia sabe muito bem que nada ali obedeceu a qualquer planeamento e o que ali ficou em nada coincide com os belos projetos. Depois de gastar centenas de milhares de euros aquele jardim foi desenhado á pressa para esconder alicerces que deviam ter sido demolidos e não foram.


A presidente da autarquia sabe muito bem que tudo o resto ficou por arranjar e as zonas ajardinadas que sobreviveram continuam ao abandono porque depois de esbanjar o dinheiro em construções ilegais e em arquitetos caros a autarca não tem um tostão para nada e que o espetáculo dado por acessos ao passadiço inestéticos e que nem estão pintados, são a prova da incompetência, irresponsabilidade e desmazelo com que a marginal de Monte Gordo foi tratada.

Todos os vila-realenses sabem que aqui que ali está é tudo uma imensa aberração e são cada vez mais os que percebem que destruirão a marginal de Monte Gordo e os únicos que podem estar contentes sã os Pires e outros que não tinham qualquer restaurante na praia e agora, graças a fundos públicos ficaram com uma praia por sua conta, porque a praia e o mar passaram a ser um exclusivo dos restaurantes do passadiço.


|DE COSTAS PARA O MAR|



A imagem escolhida pela CM para o Facebook diz muito mais do que parece sobre o que fizeram a Monte Gordo, para além de evidenciar um péssimo trabalho, já que aquilo só com muito boa vontade recebe a designação abusiva de jardim.

Uma foto tirada de costas para o mar, onde se pode ver um cidadão igualmente de costas para o oceano. O fotógrafo percebeu que uma imagem tirada na direção do mar não daria qualquer resultado, aliás, os técnicos que projetaram o jardim e escolheram a localização dos bancos perceberam isso e o banco está de costas para o mar. Isto é, o próprio arquiteto sugere aos cidadãos que se sentem de costas para o mar porque desse lado não há nada para ver, sendo preferível olhar para os monos arquitetónicos de uma marginal totalmente destruída.

Uns deram cabo dela em termos arquitetónicos, permitindo a construção de mono atrás de mono. Agora transformaram uma marginal numa rua que poderia ser em Beja, bastaria que aí coloca-se o som de ondas e gaivotas, para não sabermos se estamos junto ao mar ou a 130 Km.

É natural que alguns funcionários mais abonados, um ou outro beneficiário de água à borla digam maravilhas do que ali se fez, mas a verdade é que não só destruíram a marginal, como gastaram muito mais do que os 250.000 € do fundo do jogo que desperdiçaram para corrigir as asneira da presidente da CM.

Desde a invasão dos bárbaros que não se via nada parecido a isto.

QUEM REPRESENTAM?

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Será assim tão difícil a um deputado do nosso Parlamento fazer uma pequena intervenção de alguns segundos que sejam, para defender algo da maior importância ou região, seja a livre circulação na Via do Infante, a EN 125, o abandono do Baixo Guadiana à sua sorte ou o novo hospital de que o Algarve precisa? Sofrerão represálias, serão perseguidos dentro do partido, serão banidos das listas nas próximas eleições ou sofrerão penas disciplinares se ousarem defender os seus, os seus vizinhos e concidadãos ã cujo voto devem o lugar e que supostamente representam?

Quem é que a deputada do PS eleita pelo Algarve representa, os cidadãos da sua terra e da sua região ou contabilista ou o Graça de Faro? É uma pergunta que podemos à deputada nossa conterrânea, mas que podemos fazer a qualquer deputado ligado a um partido do poder ou a ele associado no quadro de uma qualquer aliança, seja ou não uma geringonça.

Nos partidos portugueses vigoram dois tipos de regras em matéria de disciplina de voto, uma regra publicamente assumida que é a famosa disciplina de voto e uma regra não escrita que é a subserviência e a sabujice, uma obediência cega aos chefes locais e regionais, de quem dependem. É por isso que nos debates do OE ouvimos horas de conversas sobre debates em torno da falsa intenção de baixar o IVA na eletricidade.

Os da oposição deram mais importância a um debate que promoveram com a única intenção de criar espetáculo, sabendo muito bem que nenhum arriscaria a baixar o IVA á custa de uma crise política. Os do partido do governo aproveitaram a oportunidade de transformar o debate oportuno num jogo de futebol cujo resultado estava combinado.

EM vez de discutirem os problemas do país, das regiões e dos cidadãos os partidos optaram por dar espetáculo, com os deputados do poder parecendo uma matilha de caniches e os da oposição armados em Circo Marinai. Nada neste debate orçamental teve que ver com a realidade, foi puro espetáculo para passar nas televisões. Daqui a uns tempos esquecem-se dos deputados que foram, dos títeres locais que são ou dos dirigentes partidários incompetentes que continuam a ser e promovem grandes debates sobre o futuro da democracia, sobre a abstenção e outros temas dignos de intelectuais democratas de primeira água.

|SORRIA, ESTÁ A SER VIGIADO|



Quando uma família se sente dona da terra dá nisto, a luta pela manutenção no poder começa por estes comportamentos ditos pidescos....





|A FOTOGRAFIA|




A fotografia de grupo da equipa autárquica tirada durante a inauguração daquela espécie de jardim com que taparam as mazelas que fizeram na marginal de Monte Gordo, tem, muito mais a dizer do que dos gostos dessa gente em matéria de indumentária. Ficam aqui algumas conclusões:
  1. Se o presidente da JF de VRSA está presente na foto não se entende a ausência nessa mesma foto de um representante da JF de Vila Nova de Cacela, sinal de que ou não foi formalmente convidado ou o presidente daquela JF entende que só deve comparecer nas suas iniciativas.
  2. A não ser que o presidente da Assembleia Municipal de VRSA tenha delegado na dona Ana Gomes não se percebe a ausência na cerimónia do presidente da Assembleia Municipal, que protocolarmente não só está à frente do mais importante dos órgãos autárquicos, como na qualidade de presidente do parlamento municipal representa os cidadãos do concelho.
  3. Não se percebe a ausência de deputados municipais, a começar pelos do PSD.
  4. A cara de caso de toda a equipa, com exceção do sempre feliz presidente da JF de Monte Gordo, mostra como há em todos a perceção de uma derrota anunciada. A cerimónia correu ma e foi o prenúncio da queda do regime.
  5. Apesar dos esforços de mobilização, com uma personagem do regime a tentar mobilizar tudo e todos com telefonemas pessoais, a cerimónia não mereceu grande adesão e muitos dos presentes pareciam estar num velório, com a maioria deles a posicionar-se o mais longe possível dos protagonistas pessoais. Longe vão os tempos de alegria e com uma derrota anunciada estar ao lado da presidente da autarquia começa a ser um sacrifício.
  6. Em termos protocolares a distribuição dos presentes na imagem parece refletir mais um enquadramento partidário já que o vereador Piloto relega o vice-presidente da autarquia para um segundo plano.
  7. Já nem o JÁ se dá ao trabalho de divulgar a inauguração, Tendo-se limitado a reproduzir obedientemente o comunicado, assinando por baixo aquilo que foi escrito na CM.


|A INAUGURAÇÃO ABSURDA|

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Vale a pena recordar os fatos.

Com Gomes em presidente e São Cabrita em vice-presidente, a equipa maravilha, prometeram aos vila-realenses uma nova marginal de Monte Gordo, desataram a fazer construções e até tinham vendido terreno que não pertencia ao Município para se construir um grande hotel.

Tudo deu para o torto, o Melia nunca apareceu, os quiosques tiveram de ser demolidos por ordem da APA, já depois de trem sido vendidos e durante dois anos a marginal esteve em obras. A autarca bem se esforçou para esconder o óbvio, que tudo era ilegal, que gastou centenas de milhares de euros que jogou fora e que no fim teve mesmo de derrubar tudo o que mandou construir.

O jardim que agora vão inaugurar nunca fez parte de qualquer projeto, foi desenhado à pressa, aliás, foi desenhado e redesenhado à pressa porque a autarquia não tinha um tostão. Durante meses ninguém sabia o que se ia fazer e constava ou fez-se constar que seriam os empresários a “oferecer” o jardim. Mais tarde lá se arranjou dinheiro no Fundo de Turismo. Fez a adjudicação á pressa para o empreiteiro do costume e lá se começou a montar um jardim que não passa de um penso rápido no meio de uma marginal destruída.

E agora, dois anos depois de tanto nada fazer, com 109 dos 11 ompromissos eleitorais esquecidos, a presidente da autarquia lá vai fazer a inauguração de algo que nunca pensou fazer e que foi feito em cima do que foi ilegalmente construído?

O que vai a São inaugurar?

Um jardim desenhado á pressa e sem qualquer qualidade?

As centenas de milhares de euros que destruiu com construções ilegais?


A gestão danosa que levou á destruição de tanto dinheiro?

|JÁ QUE ESTÁS COM A TESOURA NA MÃO...|



Finalmente e ao fim de mais de dois anos de mandato a nossa presidente vai fazer uma inauguração. É uma boa oportunidade e já que está com a tesoura na mão pode muito bem aproveitar o fim de semana para mais algumas inaugurações.

Pode começar pela residência universitária em Faro e acabar na residência universitária em Lisboa. Pode dar um pulinho ali à Av. Da República e inaugurar o Centro de Interpretação do Rio Guadiana, depois atravessa a rua e inaugura os repuxos. Já que anda numa rua com estacionamento pago pode muito bem juntar-se aos senhores da ESSE e inaugurar o novo esquema que inventaram para tirar o escalpe aos vila-realenses.


Inauguração deste regime que já vai em 14 anos não faltam, até porque gastaram o que tinham e não tinha. Podem inaugurar os quiosques da marginal de Monte Gordo, o hotel Melia, o hotel da Muralha, a reparação do cais da muralha e da Alfândega, a famosa unidade de cuidados continuados, a nova marginal, isto só para citar alguns grandiosos preciosos.

Portanto, senhora presidente, aproveite bem a tesoura e inaugure tudo o que está por inaugurar, porque aos vila-realenses só lhes resta inaugurar um novo mandato autárquico com a senhora, o seu vice-presidente e toda a sua equipa bem longe dos gabinetes da CM, dos assessores e dos familiares requisitado.

PORQUE NÃO FICAS EM CASA?




Soubemos pelo Facebook da CM que a nossa estimada presidente está muito preocupada com o problema da água, tão preocupada que desta vez nem foi o seu vice a fazer o passeio, desta vez foi a própria presidente que assegurou o passeio institucional da Valência, onde parece que se terá inteirado daquilo que por ali se faz, em matéria de dessalinização, para obtenção de água.

O site da autarquia realça a preocupação em tempos de seca e informa que a nossa preocupada autarca, se deslocou no quadro de uma iniciativa promovida pela Comunidade Intermunicipal do Algarve (Amal), tendo visitado “um centro tecnológico em Denia e duas estações de dessalinização: uma em Racons e outra em La Marina Baja, ambas na província de Alicante”.

Por fim a autarca declarou ao editor do site da autarquia que «num momento em que se debatem e tomam medidas para fazer face aos efeitos das alterações climáticas, é necessário colocar todas as soluções em cima da mesa para assim ponderar, de forma esclarecida, os prós e contras, os custos, bem como o impacte ambiental de cada uma destas alternativas de produção de água potável».

É bom que a autarca se preocupe com o problema da água. Mas esperem lá um pouco?

Não foi esta a autarca que assinou a venda das águas a uma empresa provada que vai ter a exploração do negócio durante um bom par de décadas, isto é, quando o contrato chegar ao fim já a autarca está há muito aposentada, esperemos que como professora, a bem da nossa terra?

Não foi esta autarca que fez parte de uma equipa que ao longo de mais uma década arruinou o concelho ao ponto de não ter dinheiro a não ser para contratar o Morais Sarmento e que durante muito o Município não terá dinheiro para investir e muito menos para as comparticipações no caso de recursos a fundos nacionais ou europeu?
Assim sendo como é que a autarca pode pensar no futuro, nas soluções para o problema? Não teria sido mais lógico ter poupado o dinheiro da viagem e ficar em casa?


TOUROS E CHOCAS

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Anda por aí algum burburinho porque alguns deputados do PS decidiram tornar público o seu desacordo em relação ao aumento da taxa do IVA nos espetáculos tauromáquicos, uma proposta que em nada altera a qualidade de vida dos touros, tornando apenas o seu sacrifício um pouco mais caro para os seus apreciadores.

O mais lamentável não está no fato de alguns deputados terem ousado assumir a sua posição em relação a uma questão tão pouco importante, ainda que muito fraturante quer para os defensores dos animais, como para deputados e autarcas das zonas onde o espetáculo ainda se realiza, como se viu na pequena guerra civil ocorrida ali para os lados de Barranco.

O mais preocupante está no silêncio dos deputados, principalmente os das maiorias, esta ou das que a antecederam, quando está em causa a defesa dos interesses das suas terras e estes são olimpicamente ignorados ou desprezados pelos governos que apoiam. Para falar em termos taurinos em matéria de touradas políticas o que mais nos preocupa é mais as chocas do que os touros.

Algum deputado da maioria defendeu publicamente a construção de um novo Hospital do Algarve? Duvido muito que o tenham feito em privado e em público aquilo a que assistimos foi a tentativas de iludir os algarvios com falsas agendas e promessas de construção.

É difícil de entender que os deputados que representa as regiões rurais do Baixo Guadiana e que são muito provavelmente as mais ignoradas ao longo de décadas pelo Sistema Nacional de Saúde, não tenham a coragem de fazer o mais pequeno protesto por esta situação, já que é óbvio e notório que apesar de serem tanto e um deles ser a secretária de Estado Adjunta da Saúde.

Como é possível que o governo tenha negociado um hospital para a Madeira com os deputados do PSD daquela região e os que representam o Algarve se tenham ficado por intervenção de pura graxa ao poder. É por estas e por outras que são cada vez mais os que engrossam a abstenção. Discutem-se os touros, faz-se chacota com o IVA da eletricidade, embrulha-se o Metro do Rato, mas os cidadãos que vivem das nossas aldeias que se danem, podem muito bem continuar a morre de uma coisa.

A PEQUENA BURGUESIA “PARTIDÁRIA”

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Há em VRSA uma espécie de burguesia que se formou à custa dos dinheiros públicos e que beneficiou de um esquema montado pelos partidos, à custa do Município. O Município de VRSA é de longe a instituição com mais recursos financeiros, continua a sê-lo mesmo depois de falida, à beira da insolvência, sob o controlo (muito provavelmente incompetente) do FAM e a viver de balões de oxigénio.

Se falida gasta 30 milhões e euros por ano, uma boa parte dos quais com funcionários, imagine-se o que foram anos e anos a gastar o dobro disto à custa do aumento da dívida. Foi dinheiro para que os que estavam no poder comprassem os militantes mais influentes do partido da oposição e hoje vemos na equipa da liderança da CM gente vida das “melhores famílias” do PS e do PCP, que não escondem os sinais de riqueza e se comportam como se viver à conta do Município fosse um direito adquirido e vitalício.

Parecendo que não, os protegidos desde esquema duvidoso representam muitas famílias locais e o elevado nível de vida que conseguiram desta forma é motivo mais do que suficiente para que esta burguesia partidária tudo faça para se eternizar no poder. Não admira que os que com fome de mais de uma década e que o querem substituir no estatuto não hesitem em serem tão ferozes para com qualquer alternativa que possa surgir, como os que estão no poder.

Há gente que era da SGU que num qualquer serviço do Estado nunca teriam passado de porteiros e que na SGU ganharam fortunas durante uma década com o estatuto de assessores e mesmo de gestores. Compare-se o que ganhavam na SGU como o que vão ganhar na CM, quando devidamente integrados na tabela salarial do Estado, onde terão de ser enquadrados em categorias profissionais compatíveis com as escassas habilitações de que dispõem.

Mas, como compreender que num concelho com tanta pobreza e desemprego, com um nível salarial médio tão baixo e com uma autarquia tão incompetente, se tenha constituído uma burguesia onde o acesso se conseguiu por se ser da confiança do Soromenho, conhecido do Romão ou fiel da São, tudo isto com dinheiro pago com os impostos dos outros contribuintes, os que foram marginalizados, esquecidos, ignorados e mesmo perseguidos?

É preciso acabar com isto e devolver a autarquia aos vila-realenses, pondo fim a este verdadeiro esquema que está destruindo o concelho e o futuro dos que nele vivem.

A PROMISCUIDADE

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Uma boa parte da oposição mais do que vencer Luís Gomes em eleições, receia que ele se candidate. Depois de derrotas sucessivas há uma espécie de medo por parte de uma geração de derrotados, que insiste em não perceber ou em fazer de conta que não percebem o que sucedeu em VRSA. E o que sucedeu foi algo de muito vergonhoso: promiscuidade. E é por causa dessa promiscuidade e para acabar com um ciclo miserável da história de VRSA que muitos dos que sabem terem trocado favores, deviam sair de cena e permitir a renovação.

Parece que os que aprenderam a viver nesta promiscuidade querem prolongá-la, tentando impor candidatos que a representam, não hesitando em recorrer a manobras sujas e nada dignas dos pergaminhos dos seus próprios partidos na tentativa desesperada e inútil de eliminar os adversários. A verdade é que há um grupo de personagens que são mais do que íntimos e muitos deles foram colaboradores do ex-autarca, foram e são íntimos de íntimos do ex-autarca, viram as esposas serem empregadas e promovidas pelo ex-autarca ou viram as renovações dos seus cargos serem conseguidas por influência do autarca.

São poucos os dirigentes dos partidos da oposição que podem dizer que nunca ajudaram o ex-autarca ou que nunca receberam ajuda dele. Os conluios, os jogos sujos, as benesses pessoais ou partidárias e até mesmo as "ajudas" eleitorais perversas como a que foi dada na campanha de 2017 por um dos candidatos às eleições de 2021, não são tão raros quanto isso.

A promiscuidade é tanta que os apoiantes do candidato da DDT por parte da suposta oposição arranjou um argumento que faz lembrar o Trump, tudo o que incómodo se possa dizer de si ou dos seus candidatos à CM ou à AM são fake news propaladas pela poderosa e eficaz central de contrainformação do Luís Gomes. Não, ninguém foi passear com o eng. Soromenho a Monte Gordo no dia da arruada do PS nesta localidade, ninguém esteve no jantar de solidariedade política para com Luís Gome, o que lá esteve foi um holograma que exibia cabelo branco, não nenhuma esposa de algum candidato tem o seu emprego assegurado na CM com a ajuda do poder, não, não existem promiscuidades empresariais estranhas entre os do LG e os da oposições. Tudo isto são mentiras.

Esperemos que os vila-realenses saibam acabar com esta promiscuidade reformando de uma vez por toda uma classe política que nada deu de bom ao concelho.