GENTE SEM PALAVRA



Costa tornou famosa a frase "palavra dada, palavra honrada", ainda que se tenha esquecido de recordar aos militantes e autarcas do seu partido uma outra frase, que há séculos que faz parte da nossa cultura ocidental, que "Roma não paga a traidores.

Se há palavra que não esperamos ver traída é a de um militante comunista, porque o PCP não aceita bandalhices como a do militante que se bandeou para ajudar a criar a SGU e agora parece ser o militante número 1 do Araújo.

No PCP a militância é uma longa escada e onde os militantes se fortalecem ao ponto de, se necessário, não traírem os seus camaradas mesmo sofrendo as piores torturas. No PCP ninguém se move por promoções ou por dinheiro e é por isso que se um modesto técnico de uma câmara municipal for "promovido" a vereador continuará a ganhar o que ganhava.

É uma opção e são raros os militantes a trair o partido. Mas de vez em quando surge um, sempre com excelentes motivos, que opta pela traição, muitas vezes a troco do dinheiro ganho com uma promoção ou com o estatuto social. Está no seu direito, mas depois de ter enganado os seus eleitores começa a ser demais tentar enganar tudo e todos.

UMA TRAIÇÃO É UMA TRAIÇÃO

 

Não há traições de esquerda e traições de esquerda, traições fascistas e traições progressistas, uma traição é uma traição. Compreende-se que desde Judas Iscariotes que a traição é condenada na nossa civilização, o próprio Judas em vez de ter andado a pregar que tinha traído Jesus em nome de bons princípios, não conseguiu a vergonha de se ter vendido por trinta dinheiros e enforcou-se.

Os “trinta dinheiros” fazem parte do nosso léxico e seja qual for a língua, há uma expressão a definir traição, colocando todos os traidores como “descendentes” de Judas Iscariotes, alguém que se vendeu a troco de alguma coisa, os tais “trinta dinheiros” que na nossa civilização significa o que um escroque recebe em troca da sua traição.

Há muitas formas de fazer as coisas, mas quando a única diferença entre o antes e o depois da traição é um miserável ordenado maior do que aquele de que usufruímos, não vale a pena tentarem transformar um traidor num herói, porque seria o mesmo se o nosso seminarista tentasse substituir Pedro por Judas. Uma coisa são as fraquezas de Pedro que disse que não O conhecia antes de o galo cantar três vezes e Judas que se entregou aos romanos.

Por isso Judas não ousou armar-se em herói, não disse que a sua traição tinha sido um ato heroico em nome de bons valores. Judas não tentou justificar-se ou manter a confiança dos outros na sua triste personagem, Judas não suportou a traição, o ter traído aqueles que nele confiaram e suicidou-se, diz a lenda que se suicidou numa olaia, árvore que por isso também é conhecida por árvore de Judas.

Agora que o PS de VRSA mudou, estando bem à direita do CHEGA, estávamos pensando sugerir que as laranjeiras da Praça Marquês de Pombal fossem substituídas por laranjeiras, em homenagem ao seminarista de Viana, que conseguiu comprar todos os que estavam à venda e transformou o OS numa espécie de PDC.

Mas, face a evolução dos acontecimentos, sugerimos que na frente da entrada da CM em vez de uma oliveira seja plantada uma olaia, a árvore de Judas, para que sempre que aqueles que traíram os seus saiam do seu bom emprego se lembrem daqueles que um dia confiaram nele e que na hora de beneficiar dos trinta dinheiros não hesitou em trair.

O apelo ao voto que muitos eleitores ainda retêm nos seus ouvdos faz lembrar o beijo que Judas deu a Jesus pouco antes de consumar a sua traição. Desde então que na nossa cultura um traidor é simplesmente um traidor.

DO CIGARRINHO AO MATA-RATOS

 




Se no tempo de Luís Gomes a moda era os Cigarrinhos, parece que com o seminarista de Viana até nisto VRSA mudou, agora em vez de Cigarrinhos temos um Mata-Ratos. 

Só que se o então vereador da CDU entrou para vereador executivo da equipa do Mafarrico na sequência de um acordo entre a CDU e o PSD, tendo a separação ocorrido dois anos depois, com o Mata-Ratos a golpada cheira a fraude, fez-se eleger com os votos dos eleitores da CDU para se bandear ainda antes da primeira reunião de câmara.

Isto roça o miserável e é inédito na história do PCP e da CDU e a crer no Jornal do Algarve a fraude chegou ao ponto de o cabeça de lista da CDU já estar “prometido” ao seminarista de Viana ainda antes da campanha eleitoral. Nada nos surpreende no comportamento do político que enganou os seus eleitores, que votaram sem saber que estariam a votar num eleitor extra-lista do seminarista de Viana.

Não nos surpreendeu porque, como aqui dissemos em tempos, há muito que haviam negócios político e entre o agora “Mata-Ratos” e o senhor Rui Setúbal. Aliás, o próprio seminarista de Viana descuidou-se na Rádio Guadiana, falando em negociações  com o vereador Álvaro Leal.

NOTÍCIA INTRIGANTE

 



A notícia do Postal do Algarve lança uma dúvida, enquanto no texto o seminarista de Viana diz estar a negociar com a CDU, o título refere um acordo com o vereador que foi eleito pelos eleitores da CDU. A confusão não é nova, na entrevista à Rádio Guadiana, durante a pré-campanha, já o seminarista tinha dito que contava fazer um acordo com o vereador Álvaro Leal, sem referir qualquer negociação com a CDU. Terá sido confusão ou será que a boca para a verdade.

Veremos se há coligação ou se um funo branco que sai da chaminé da CM não passa de fumo de um cigarrinho. Se estivermos perante mais uma operação tabágica teremos de concluir que agora há cigarrinhos progressistas, cigarrinhos que se queimam em nome do bem do concelho.

Enfim, numa terra de bandeados, onde há gente que de bandeamento em bandeamento ficam tão almareados que até lhes dá para ver o por-do-sol do lado da Isla Cristina, tudo pode acontecer e um dia destes vamos ver um passeio de porcos a andar de bicicleta na Rua Teófilo Braga.

Cá por nós, depois de lermos a obra “A superioridade moral dos comunistas, que todos os militantes do PCP já leram, principalmente aqueles a quem progenitores militantes atribuíram o nome do autor, estamos certos de que o vereador Álvaro Leal nunca trairá os seus eleitores bandeando-se para o Araújo sem um acordo do seu partido.

https://postal.pt/politica/2021-10-20-Acordo-a-vista-em-VRSA-entre-PS-e-vereador-eleito-pela-CDU-c954e63b



PALAVRA DADA É PALAVRA HONRADA



Algum tempo depois de a família reinar em VRSA o senhor da Manta Rota queixava-se da “herança envenenada”, isto é, sugeria que a desgraça financeira era bem maior do que a que a irmã, depois de mais de uma década de participação no executivo camarário imaginava.

Entretanto, as contas foram apuradas, o acordo com o FAM foi renegociado e até dizem que encontraram uma gaveta com milhões de euros, algo que o responsável pelo FAM assumiu como fato numa reunião da AM, algo que deveria ter sido melhor explicado, até porque estaríamos perante um crime e, tanto quanto se sabe, nada sucedeu aos responsáveis.

O certo é que as contas estão apuradas e ainda recentemente o ex-presidente da CM, uma espécie de príncipe regente do PS eleito pelo PSD, confirmou os números. Isto é, pela primeira vez os candidatos à autarquia sabiam exatamente ao que vinham, não sendo aceitável que agora se queixem de presentes envenenados ou de gavetas com faturas.

Foi neste quando que um corajoso seminarista de Viana prometeu uma imensidão de milagres, sempre que confrontado com os limites garantiu ao Mendes, da Rádio Guadiana, que se sentaria com o governo e os dinheiros e terrenos apareceriam. Na primeira entrevista a um jornal garantiu que iria fazer mais com menos dinheiro e desde então ouvimos promessas diárias.

Ainda recentemente ouvimos referência a uma conversa do porteiro do IEF, que assegurava a um dos beneficiários das muitas promessas eleitorais que o senhor doutor não se esqueceria, até porque tinha tudo apontado. 

É por isso que desejamos ao seminarista de Viana muita saúde pois a obra que prometeu para os próximos quatro anos é mais da dimensão de um Papa do que de um aprendiz de padre. Ainda assim, estamos certos de que via cumprir e até imaginamos que a esta hora já escolheu os terrenos para a construção do grande pavilhão multiusos de Monte Gordo  e até o desenho dos futuros pombais e galinheiros daquela vila.

Casas para todos, bairros sociais por todo o concelho, autocarros elétricos no Baixo Guadiana, skate park em Monte Gordo para que a sua candidata à junta não tenha de levar o filho a Tavira, empregos, promoções, lugares na CM. Enfim muito mais do que algum autarca do Algarve e arredores prometeu.

Temos a lista e teremos o prazer de acompanhar o desenvolvimento de todos estes projetos, pelo que damos os parabéns ao seminarista de Viana, que o rabo não se canse de se sentar na famosa cadeira que usa para falar com os ministros para arranjar dinheiro para todas as suas promessas.

Como diz António Costa “palavra dada é palavra honrada.

BANDALHICE, DISSE ELE

O agora e por enquanto presidente da CM falou numa entrevista ao Jornal do Algarve de bandalhice na gestão da câmara. Certamente falava do que sabia já que foi vice-presidente e, protanto, o braço doireito da antecessora, caída em desgraça.

A mudança por parte do agora presidente foi louvável, ainda que o homem seja um especialista em mudanças e cambalhotas políticas.
Mas, como o homem parece ser muito generoso com o gastar dos recursos do Estado, numa semana assinou duas folgas adicionais, uma para proporcionar uma ponte e, agora, para os funcionários irem a uma feira que não se realiza, folga que nem a ainda mais generosa São Carbrita deu em 2020.
Certamente os funcionários ficaram radiantes, algo muito bom em tempos de mudança, parecendo que a mudança já está em curso. E no caso dos casais em que o casal trabalha na autarquia, como sucede com o próprio presidente, melhor ainda. No caso do autarca pode dizer-se que ele ofereceu à sua própria família 4 dias de férias, pagas pelos contribuintes.
Não seria aconselável mais cuidado numa autarquia onde é sabido que escasseiram os recursos humanos e depois de um longos períodos de confinamenteo, em que a produtividade foi reduzida abruptamente?
Não será isto uma forma de bandalhice na gestão dos recursos financeiros e humanos da autarquia.
Enfim, bandalhice, disse ele.