CONTAS DE PASTELEIRO


 

Quem acabou de ouvir o Pedro Pires a falar das dívidas e do património da CM de VRSA só pode ter rido à gargalhada, que pelos argumentos utilizados, quer pela forma como o homem se ia engasgando ao mesmo tempo que falava, como se ele próprio estivesse pouco à vontade. 

Quem é que nas redes sociais disse que a dívida da CM era de 300 milhões de euros?

Compreende-se que o porta-voz do PSD queira desvalorizar intelectualmente quem tenha denunciado a dívida colossal da autarquia, algo que o PSD sempre tentou iludir. Por aqui nunca nos iludimos quanto à dívida, apontando para valores entre os 150 e os 200 milhões. Estávamos enganados?


É bom recordar que até a própria São Cabrita reconheceu ter sido “enganada” ao admitir que a dívidas era muito superior, o António Cabrita falou mesmo de “herança envenenada”. É bom recordar que o próprio FAM assumiu que foi surpreendi por dívida que estava manhosamente ocultada. Resta agora saber quanto mais dívida poderá estar escondida.

Só dois exemplos, a indemnização que terão de pagar a um quadro da CM que foi abusivamente despedido e cujo processo tem-se arrastado graças a sucessivos recursos, mesmo depois de ter havido um acórdão do Tribunal Constitucional está considerada? Os 500 mil euros recebidos pela venda de um lote de terreno que não pertence à CM estão considerados na dívida? 

Quais as garantias da dívida da CM? 

Quando Pedro Pires equipara as receitas da venda das águas a uma garantia bancária para a dívida está mentindo. A maior parte das dívidas ou são ao FAM ou é de bancos com garantias do FAM. Aliás, foram as garantias do FAM que permitiram renegociar a dívida da banca. Dizer que as receitas futuras da CM são uma garantia para dívidas passadas é apenas uma manifestação de ignorância.

Como é que se deu o milagre do património?

Entre outros absurdos o porta-voz do PSD apresentou como resultado milagroso da gestão do PSD a valorização do património que no tempo do Eng. António Murta valeria 15 milhões e agora vale 200 milhões. Inspirados no negócio da pastelaria diríamos que o património da CM levou um poderoso fermento, um segredo do nosso Pedro Pires. 

Afinal, a CM não estava à beira da insolvência ou empenhada por mais de 30 anos, como disse a própria São numa reunião com um empresário que foi enganado. VRSA recebeu um verdadeiro euromilhões, o Luís Gomez fez o milagre dos pães, transformou 15 milhões em 200 milhões. O que o Pedro Pires não disse foi quanto desta verba não passou de uma reavaliação de ativo. E também não disse que com esta reavaliação de ativos o Luís Gomes levou o endividamento a níveis impensáveis.

O que é isso de reduzir a dívida por conta das receitas futuras da venda das Águas?

Uma das mais divertidas cambalhotas numéricas do Pedro Pires foi quando comparou a dívida com o “investimento” nos esgotos. Disse o homem que se as obras dos esgotos custaram 70 milhões e que mais os 70 milhões de multas que teríamos de pagar à EU por causa de uma decisão da Comissão por causa do lançamento dos esgotos para o rio, daria 140 milhões, precisamente o montante da dívida. 

Isto é, gastou 70 milhões, mais 70 milhões que não pagámos em multa e está a dívida justificada. O problema é que isto não passa de um truque de circo e nem sequer estamos perante um número de ilusionismo, mas sim de uma palhaçada numérica. A verdade é que apenas a obra pode ser usada para pagar a dívida, mas para podermos fazer essas contas precisamos de uma avaliação rigorosa e honesta, bem como saber qual foi a comparticipação do Estado e dos fundos europeus. 

Sugerimos ao Pedro Pires que se dedique à pastelaria pois essa parece ser a sua vocação. Ficamos à espera dos argumentos do mago das finanças, o tal que transformou os 15 milhões de património em 200, o que dá um lucro de 185 milhões, isto é, a CM não tem dívidas, nós é que ainda devemos 45 milhões ao Luís Gomes, a diferença entre o valor da dívida conhecida e a valorização que resultou da magia do Luís Gomes.

Aguardaremos pelo podcast do programa para voltarmos a debater estas receitas de pastelaria.

PS: é uma pena que o vereador Álvaro Leal não tenha conseguido desmontar esta patranhas tão fáceis de desmentir.

UMA CUNHA AO CANDIDATO A NOIVO SENHOR DA TERRA


 

Num dos momentos de mais baixo nível da sua triste carreira política, a presidente da cM de VRSA pediu ao PS local que interferisse junto do FAM, queixando-se de que os responsáveis deste fundo público estariam tentando prejudicar a nossa terra a mando do primeiro-ministro António Costa. Podia ter sido um desabafo da senhora nalguma procissão da confraria ou um lamento à saída a missa de sábado, mas não, disse esta patacoada grave na qualidade de autarca e durante uma reunião da CM.

 Para além do baixo nível este tipo de declarações mostra uma dimensão política pacóvia, que infelizmente grassa muito nas bases do partidos que costumam estar no governo. Os seus dirigentes locais não resistem ao caciquismo, armando-se em representantes locais do poder central, oferecendo o que não podem oferecer. 

É por isso que os nossos políticos locais gostam muito de s fotografar junto de gente de Lisboa, como se estivessem dizendo aos “indígenas” «Estão a ver como sou poderosa?». Se formos ao site da CM encontramos pilhas de fotos com a São ao lado de gente poderosa que vem à terra. Mas se formos ao site do PS reparamos que para além de uma ou outra foto do Setúbal, sempre com ar de quem se esconde da máquina, encontramos muitas de fotos do Álvaro Araújo, posando ao lado de todos os notáveis do PS, sempre com aquela cara de pessoa atenta a olhar para a máquina, não vá passar despercebido,   

Mas se a São disse umas baboseiras que a obrigaram  a pedir desculpas ao FAM (ainda que o post do site da CM tenha desaparecido milagrosamente), o ilustre Rui Setúbal mostrou-nos a outra face desta moeda falsa. Se a São dizia que o FAM nos queria lixar, o Setúbal disse a um amigo que já tinha combinado com o seu padrinho de Tavira, o governante que tutela o FAM, uma solução para a situação financeira do Município. 

Uma fazia-se vítima do poder do governo do PS, o outro arma-se em vice-rei de VRSA só porque o seu amigo de Tavira chegou a membro do governo. Ora, se o Álvaro Araújo escreveu uma carta aberta à São em nome de todos nós vila-realenses, talvez fosse boa ideia escrever agora uma carta aberta em nome do governo, para sabermos o que poderão ter combinado com o padrinho de Tavira.

De caminho e como sinal de boa vontade e demonstração da sua grande influência junto do governo, o candidato Araújo poderia fazer uso dos seus bons ofícios junto do FAM, para que em face da pobreza provocada pela pandemia o FAMN abrisse os cordões à bolsa e permitisse a redução das taxas de IMI. Basta uma cunha ao senhor secretário de Estado que tutela o FAM e ex-autarca de Tavira, que aparece ao seu lado na foto .

ESTAVA ESCRITO NO FUMO


 

Fotografavam-se com a felicidade estampada no rosto, era mais um daqueles acontecimentos que fazem da nossa terra um paraíso de sucesso, onde apesar do rendimento baixo temos o PIF, somos uma espécie de Butão do Baixo Guadiana, já que graças ao Luís Gomes, à São Cabrita, ao paisagista de Boticas, aos cigarrinhos betas e outras figuras menores, temos o  Felicidade Interna Bruta (FIB) ou Gross National Happiness (GNH) mais alto de entre os concelhos portugueses. É só distinções, galardões e pobres cheios de felicidade. 

MAS se a alegria nos rostos mostravam uma equipa feliz e até seria de imaginar que o cantor os olhava com ternura, certo de que a CM que lhes tinha entregue ao seu cuidado em regime de consignação  estava em boas mãos. Mas parece que as brasas e o fumo atrás dos felizardos fazia prever o futuro, pareciam brasas adivinhatórias de algum xamã formado na arte das leituras de mão, pés, calhaus, graças e outros objetos. 

O futuro estava escrito naquelas brasas e fumaradas que fazia parecer que a brilhante equipa estava no purgatório, já à beira das portas do Inferno. A verdade a quase um ano das eleições nenhum deles parece ter direito a foto nos cartazes da próxima campanha, quanto mais a um lugar. Com sorte e na hipótese de o Luís Gomes conseguir mais uma vez enfiar o barrete aos vila-realenses, talvez levem um tachinho, senão terão de voltar às escolas, enquanto o Matacão será despromovido para a SOLICA. 

Pelo que conta nenhum deles sobreviveu à limpeza política, sinal de que o padrinho ficou pouco contente com o desempenho e com as dicas da São Cabrita, que mais pareciam tentativas de dar às justiça pistas contra o seu antecessor. Resta-nos esperar pela divulgação das personagens que, com o Agora é Luís, vão tentar destruir o que o PSD de VRSA ainda não conseguiu destruir no nosso concelho.

TESTEMUNHOS PARA MEMÓRIA FUTURA



Como é sabido em finais de 2017 a dívida estava quase paga e todas as grandiosas obras, desde a marginal à unidade de cuidados continuados, estava concluída. Aquilo que se ouviu do incumprimento do PAEL e do FAM, da falência da SGU, da situação de insolvência da CM, das ruas esburacadas, sujas e cheias de ervas, da água ao preço do medronho e muitas outras coisas por aí constam, a crer no deputado municipal António Cabrita, da mana e do seu escudeiro é tudo mentiras do Largo da Forca. 

Com a dívida quase paga até ao fim do mandato concluído em 2017, com a gestão brilhante da presidente da CM a quem o PSD deu a CM à consignação, estão reunidas as condições para Luís Gomes interromper a brilhante carreira artística e fazer mais um sacrifício em favor dos vila-realenses. 

Até aqui marcou o concelho para mais 30 anos, com mais um mandato é bem provável que daqui a quatro anos alguns de nós serão castro-marinenses e os outros tavirenses.

MEMÓRIAS DO LOARGO DA FORCA: O DIA EM QUE O DEPUTADO MUNICIPAL JOSÉ CRUZ IRRITOU O RUI SETÚBAL

 


 

As coisas corriam bem ao Rui Setúbal, o LdF fazia a oposição que ele não tinha sabido fazer e nem corria os riscos, já “alguém” teria dito ao “famigerado Luís Gomes” que nem ele, nem a filha, eram autores da página. O seu grupo de reflexão, um grupo secreto de apoio à sua estratégia apoiada pelo empresário amigo da construção civil e hotelaria de Monte Gordo reunia regularmente. 

Ainda não tinha dito, nem no Largo da Forca nem no Grupo de Reflexão, que a estratégia era bloquear alternativas e impingir o Álvaro Araújo. Enquanto o Araújo andava de mão dada com o PSD na caridadezinha, no LdF elegia-se a Mão Amiga como uma espécie de Mão do Diabo e pela forma como se referia à personagem até parecia que não era do seu agrado. Garantia que se fosse necessário ele estaria à frente de uma candidatura independente, mas nunca disse que esse ímpeto apenas surgiria se o António Murta e outros militantes do PS impedissem uma candidatura do homem dos POC. 

As relações com o vereador Álvaro Leal eram simpáticas, o problema estava no “empedernido” José Cruz, homem firme na defesa da linha política do partido. Quando nas suas amenas cavaqueiras com o pasteleiro Pedro Pires, no programa Bocas no Trombone, o vereador Álvaro Leal disse que se fosse necessário fazia-se uma  geringonça, o Rui Setúbal ficou eufórico, a sua estratégia estava a resultar. 

Ver um vereador do PS abrir a porta a alianças anos antes das eleições, só poderia ser um lapsus linguae, não é norma no PCP serem os vereadores a definir políticas de alianças e muito menos anos antes de o Comité Central do PCP se pronuncie-se. Recorde-se que nas eleições de 2017 o secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa só divulgou a política de alianças do partido na noite eleitoral, o PCP não as faria. 

A declaração do vereador Álvaro Leal só podia ser um descuido ou mesmo um “à parte”, mesmo assim o Rui Setúbal ficou eufórico, foi como se tivesse recebido a prenda de Natal muito tempo antes da data, na Terça-feira Gorda. Mas a alegria durou pouco, na reunião da Assembleia Municipal que se seguiu à amena cavaqueira entre o vereador e o pasteleiro, o deputado municipal José Cruz pedia a palavra para fazer uma extensa e lúcida declaração política. 

O deputado municipal reafirmava o projecto autárquico da CDU e convidava os vila-realenses a unirem-se ao seu projecto, pondo fim ao sonho do Rui Setúbal, de levar o Araújo à cadeira da presidência, às costas do Leal, empurrado pelo LdF e com o aplauso do Grupo de Reflexão. O seu projecto manipulador começou a ruir, a sua esperança de mandar numa terra que nuca o elegeria, como chefe de gabinete do seu homem começava a esfumar-se. 

Fez muitas insistências para que o LdF desancasse no deputado municipal José Cruz, numa tentativa de usar esta bela praceta para atacar quem impedia o sue projecto manhoso, mas teve azar, não fomos em manobras ao estilo do Democracia VRSA. Mais tarde ele foi convidado a ir morar para outra freguesia.


LIVRO AMARELO




O que sucederá primeiro, a nossa Sanita adopta medidas para garantir a segurança dos transeuntes ou alguém apanha com o bloco de cimento na cabeça e depois a CM diz que não tinha conhecimento de uma situação com muitas semanas?

PRABÉNS À SANITA +ESPECTACULAR

 

O Largo da Forca associa-se a todos os que neste momento prestam homenagem à presidente da Câmara Municipal, eleita pelo PSD, pelo importante e exigente galardão “Município Amigo do Ambiente” duramente conseguido, uma conquista só conseguida a todo o esforço de uma equipa maravilhosa e unida como se pode confirmar na foto, sinal de que algo mudou recentemente no PSD de VRSA. 

Depois de muitos destaques e galardões já conseguidos pela nossa CM, desde o combate à violência doméstica à prevenção das diabetes, a nossa autarquia soma e segue em galardões. Até propomos à presidente da CM que, à semelhança das medalhas de ouro que costumam aparecer nas garrafas de vinho e de azeite ou como sucede comas estrelinhas nos emblemas dos clubes, junte as medalhas ao Brazão do Município. 

É mais uma grande conquista da presidente São Cabrita, uma conquista merecida pois não há terra que tenha investido mais do que a nossa nos equipamentos desportivos e nos apoios às associações desportivas e aos atletas. Os clubes e associações desportivas têm recebido apoios como nunca se viu, os equipamentos desportivos estão num primor, graças ao investimento da CM na sua manutenção e melhoria. 

A aposta da presidente da CM na juventude tem sido inexcedível, a não ser durante os períodos de confinamento as nossas estruturas desportivas fervilham de actividade, desde o Pavilhão Ilídio Setúbal ao Estádio Municipal, passando pelas traseiras do Continente, só vemos gente a praticar desporto e desfrutando de equipamentos de qualidade excepcional.


VEIO DE BIKE E VAI DE CARRINHO


 

Parece que o até agora cantor mal sucedido conseguiu meter a São Cabrita, isto depois de a sua sucessora ter dito coisas que até parece estar a tentar engavetá-lo. Que depois do “Agora é São” viria “Agora é de novo Luís” já toda a gente sabia, os Cabritas é que imaginaram um reinado de três mandatos e já se comportavam como se fossem uma família real, a corte da CM já dava de comer a várias altezas reais e o Cabritão enchia o bandulho como grão-mestre do atum enlatado. 

Mas o Luís Gomes que por causa do confinamento já deve perdido os escassos dotes vocais que exibiu na sua modesta carreira artística, meteu as coisas na ordem e anunciou a sua vinda. Mas quando anunciou o seu regresso se esperava vê-lo entrar na vila no seu esplendoroso Jaguar, eis que veio de bicicleta e até trouxe um campeão para pedalar por ele. 

Está resposta a normalidade, depois de ter concorrido uma vez por interposta pessoa vem assumir o lugar que é dele por direito pela Graça de Deus. É bom que assim seja, se os vila-realenses quiserem que em vez de o Município estar falido por trinta anos, esse prazo passe para cem anos deve ser feita a sua vontade. Com sorte um, dia destes, adormecemos como vila-realenses e no dia seguinte acordamos como tavirenses ou castro-marinenses. 

Por agora damos as boas-vindas ao candidato, ainda vem a tempo de inaugurar muitas das obras maravilhosas que nos deixou e que ficaram por inaugurar, desde o centro de congressos na Muralha à maravilhosa marginal, desde a unidade de cuidados continuados ao hotel do parque desportivo. De caminho até pode ser que a São a convide para inaugurar duas obras emblemáticas deste regime local do PSD, as residências universitárias em Faro e em Lisboa. 

Inaugurações à parte é bom que Luís Gomes seja o candidato do PSD dando a cara pela obra que o seu partido fez em 16 anos de gestão consecutiva. Quem não deverá ter gostado foi o Álvaro Araújo e os que no passado inventaram o “Cigarrinho”. Para eles o Luís Gomes é uma enorme pedra no sapato.

DIA MUNDIAL DA JUSTIÇA SOCIAL



Neste Dia Mundial da Justiça Social não queremos deixar de realçar o papel do candidato Araújo para a justiça social no nosso concelho.

O que seria de nós sem as muitas dezenas de POC colocados em tempos de eleições autárquicas, trabalhadores que ganham miseravelmente, que não têm direitos laborais, seguros e mesmo assim muitos deles tiveram de andar a pedir por causa dos atrasos nos pagamentos.

Gente a trabalhar sem direitos a férias ou subsídios de férias, sem subsídios de Natal e alguns trabalharam neste regime durante anos a fio.

Estamos certos de que o PSD da São e do Luís se juntarão a esta nossa homenagem pois certamente terão o sentido da gratidão.


TESTEMUNHOS PARA MEMÓRIA FUTURA

 


Sabem onde fica este monumento, uma espécie de Caaba azul da São Cabrita?

Eis algumas pistas: obra foi lançada pela São para, dois anos depois de infernizar a vida das pessoas com os estaleiros, acabou por o demolir.

Comparem quanto é que a São gastou em apoios durante a pandemia com a fortuna que enterrou ali, ao mesmo tempo que escondeu os alicerces de futuros restaurantes, igualmente construídos à margem da lei.

Lamentavelmente nem as autoridades do ambiente a processaram, nem ninguém a levou à barra do tribunal dela forma irresponsável como a sua gestão aparentemente danosa destruiu recursos públicos.

PS: Alguém se recorda de ter visto o candidato Araújo a fazer oposição a este desperdício criminoso? O Setúbal divulgou algum comunicado às 6h da manhã?

PARABÉNS À PROVEDORA DE JUSTIÇA


A revisão da lei eleitoral das autarquias foi um dos golpes mais graves dados na democracia portuguesa. Dois partidos que por serem os maiores julgam ser donos da democracia, sentiram-se à vontade para retirar os direitos aos portugueses, criando entraves que visam eliminar os movimentos dos cidadãos. 

Querem que os eleitores tenha de escolher entre os candidatos deles, como se em terras como VRSA só pudessem escolher entre o Luís Gomes e o Álvaro Araújo, que não passam de duas faces da mesma moeda. Isto é, tentam impedir candidatos que para o serem precisam do apoio de centenas de cidadãos, para forçarem a população para escolher entre um candidato escolhido pelo Rui Setúbal e outro candidato que se escolheu a si próprio, depois de ter encontrado a São às cordas. 

É vergonhoso que os dois partidos tenham combinado em segredo a promoção da lei, quase de uma hora para a outra, apenas para limitar a democracia a uma espécie de ópera bufa. É óbvio que a golpada não passou e os mesmos que alterara,  a lei, estão a recuar, dando desculpas esfarrapadas. 

A verdade é que tiveram medo de os movimentos se juntarem no lançamento de um partido de movimentos de indecentes. Aqueles que quiseram asfixiar os movimentos independentes para serem donos das autarquias, tiveram medo do preço que teriam de pagar se nascesse um partido de independentes, que depois de concorrer às autárquicas poderia concorrer às legislativas. 

No caso de VRSA a situação é ainda mais grave, já que a gente como o Setúbal e o se4u charabaneco autárquico não bastou o golpe baixo da lei, tudo têm feito para destruir as pessoas que ousem apoiar uma candidatura independente, até fizeram uma arrastadeira anónima para difamar e perseguir os cidadãos da nossa terra que dizem não a lamber o rabo de políticos como o senhor que deve uma fortuna ao fisco e escondeu as suas empresas atrás das saias dos Gomes, em Lisboa. 

Uma palavra de apreço para os partidos que na AR se opuseram ao golpe baixo e, em particular, aos Senhor José Cruz que tomou posição pública e aos responsáveis do BE que, apesar de todas as diferenças, defenderam a democracia. Lamentavelmente não podemos dizer do militante “saltitão” do LIVRE, já que parece que esta espécie de partido faz de Chihuahua do Rui Setúbal, fazendo-se ouvir no “Grupo de Reflexão” o órgão secreto do Setúbal.

Viva a Democracia

REUNIÃO DO COMITÉ CENTRAL ARAUJIANO

 


O LdF está em condições de transcrever oq eu foi dito na primeira reunião do Comité Central Araujiano depois da brilhante ideia de propor a realização de testes de gravidez gratuitos, tanto a homens como amulheres, jovens, velhos e crianças. Na reunião participaram o Líder Gosma (LG). Também conhecido pelo Testes, o Mochilinhas (Moch), que há quem conheça por Gru Ui Ui porque parece dar muitos guinchinos nos seus comentários na net, a Catequista (Cat) o Avental Rosa (Aven), o Carteiro Express (Cart) e o Camionetas [Cam].

Líder Gosma (LG) – Camaradas, esta ideia do Mochilinha de andar á gosma das ideias do Amaral de Castro Marim, até a Cabritona gozou comigo. Até o mano fez um post e o Cunha meteu um like. Foi demais…

 (Moch)  - Só não correu bem porque o Velho nos entalou. A ideia de fazer testes de gravidez foi boa e se todos, crianças e velhos, homens e mulheres fizessem o teste tínhamos a certeza de que tudo ia correr bem

[LG] – O Amaral deu meia dúzia de testes e apareceu em todas as televisões e a mim nem o Mendes me veio entrevistar, esse desgraçado só tem olhos para a Cabritona. Então eu que tive a brilhante ideia de dizer que tinha estudado o Prof. Robalo nem um segundinho de rádio tive?

[Aven] A ideia de dizer que nos inspirámos no Prof. Robalo fui eu, lembrei-me disso ao jantar…

[Moch] – Mas conseguimos uma notícia no Jornal do Algarve, parece que o confrade já se está a bandear… E o pasteleiro do bolo de anos do Luís Gomes já nos está a servir pombalinos, partilha o Democracia VRSA sempre que falamos mal do Velho.

[LG] Essa escarradeira até já fala mal de mim…

[Moch] – Foi mais uma brilhante ideia minha, assim não dizem que é a tua arrastadeira. Digam lá que eu não sou muito bonito e brilhante? Haverá homem mais lindo e brilhante do que eu no Baixo Guadiana e em especial na cidade do Grande Rio do Sul?

[Cat] És lindo chefe!

[Cam] (em voz baixa) É mas é um enfezado e cheio de complexos de inferioridade….

[Cart] – O que acham de meter uma foto do Lulu no Facebook do Gosma?

[Aven] – Eu metia uma foto da filha mais nova na cozinha, eu empresto o avental.

[Cam] – De frente ou de costas?

[Moch] – Acho que estou a ficar sem bateria.

[LG] – Ó catequista, tu és a presidente deste calhambeque.

[Cat] – O que acham de ficarmos calados até à Páscoa? Se anunciamos que o Líder Gosma era um menino Jesus neste Natal, com tanta porrada que está a levar podíamos apresentá-lo nos outdoors como o Cristo Crucificado de VRSA. Bem o nosso santo até é de Valença, «mas como santos da casa não fazem milagres…

[Cart] E vai haver dinheiro para pagar o cartaz a tempo da Páscoa. Da última vez o Gosma e o Mochilinha fugiram com medo que o telhado da sede lhes caísse em cima e até se esqueceram de fechar a água, depois veio a conta de 1500 e faltou dinheiro para pagar os outdoors.

[Aven] – Pois, por causa disso desejamos um feliz Natal já depois do dia de Reis e tivemos de pedir ao Camarada para os distribuir no grande Grupo Coração da Cidade.

[Moch] – Esse já se está a bandear para nós? Faz muito bem, ele até é militante. Basta pagar as quotas. Ó Chefe, porque é que não lhes pagas as quotas, como à senhora que fazia comentários na página do Velho?

[LG] – Achas que depois de levar o Lulu ao cabeleireiro tenho dinheiro para as quotas do Camarada? A culpa disto tudo é tua e o pior é que até  me deste uma valente paulada na tua arrastadeira.

[Cam] – Pois, até o Jorge Jesus deu uma entrevista a dizer que o nosso Gosma parece ter levado com o pau.

[LG] -  Com um pau? Levei tanta pazada que fiquei com as costas numa lástima, nem sei como vou conseguir carregar os sacos de alfarroba do meu sogro.

[Aven] – Juntos vamos dar a volta a isto.

[Moch] – Está calado ó careca… com tanta parvoíce saiu da reunião, estou sem bateria e a Altice já me disse que está na hora de jantar.

[Cam] – Eu metia uma fotografia de uma das filhas a dançar Hula Hula.

[Cart] – As filhas já apareceram muito, porque não ensinamos o lulu a dar a patinha e fazemos um vídeo?

[LG] – O Lulu é burro e não consegue aprender.

[Aven] – Sai a alguém?

[Moch] -  Estás aqui e estás a levar com um pau…

[Ave] -  Porque é que não convidamos a dona Fátima para estas reuniões, se ela vai ser a vereadora social…

[Moch] -  Cala-te porque ela pode ouvir.

[Cat] – pastoras presbiterianas aqui, já não chega os laicos e republicanos que tenho de aturar. Ela acreditou?

[Moch] -  Chiu…

[LG] – Quem vai levar com o pau és tu que me puseste a fazer de parvo, propondo testes de gravidez para toda a gente, novos velhos, homens e mulheres, até propus que a estátua do Marquês de Pombal que o Barros comprou propus que fizesse teste…

[Cam] – Este Mochilas é mais mau de beber do que aguarrás, só propõe parvoíces, deve ao fisco e anda a esconder as empresas atrás do Luís Gomes…

[Moch] – Acho que estou sem bateria, vou sair da reunião…. Ó Altice, põe o jantar na mesa que eu já estou farto do Gosma.

[Aven] – Acho que devíamos anunciar um grande investimento se o Gosma ganhar as eleições, vamos lançar uma fábrica de arame farpado, só temos é de conseguir cruzar ouriços-cacheiros com minhocas….

[Gosma] – Dá-lhe já com o pau a ver se engomamos este avental…

[Cart] – Boa ideia, vou tirar uma foto para o Face do Gosma

[Ave] -  Podem dar-me com pau, mas não se esqueçam que já informe a família que ia ser vice-presidente da CM.

[Cat]  - EU vou a pé até Fátima se a minha santinha fizer esse milagre.

[Gosma] – Qual milagre, a produção de arame farpado ou eu ganhar as eleições.

[Cat] – Se ganhares as eleições prometo que vou a Fátima cinco vezes seguida.

[LG] - Leva a nossa vereadora social contigo, assim é uma peregrinação ecuménica, não te esqueças de que #TODOSCONTAM|

[Cat] – Pois, mas pelo que vejo no Mochilas nem #TODOSDESCONTAM.

UMA CUNHA AO ÁLVARO ARAÚJO

 



Diz-nos voz amiga que nos intervalos do tempo que dedica a mandar milhares de beijinhos, parabéns e corações aos seus 4000 amigos no Facebook, o ilustre candidato terá garantido aos seus vizinhos que jse queixam de as luzes da iluminação pública da urbanização onde reside que já está a tratar do problema, parece que a CM é acusada de desligar a iluminação demasiado cedo. 

Ainda bem que vai tratar o assunto e já que é tão voluntarioso aproveitamos para lhe meter uma cunha, será que também pode ajudar os inquilinos do n.º 54 da Av. da República. Quando souberam que o prédio estava em risco de ruir por causa de um buracão no telhado, em vez de procurarem uma solução ou de taparem o buraco, fugiram esbaforidos e foram pedir ao Hotel Apolo que lhes emprestasse salas para se reunirem. Até se esqueceram de fechar a torneira de segurança e como tinha uma torneira a verter ´gua tiveram uma conta de 1.500 €. 

Contamos com a sua competência e dedicação para ajudar estes pobres inquilinos. 

Uma voz amiga também nos conta que apesar de pandemia em VRSA parece haver um boom de emprego, mas esta questão fica para outro dia.

ADJECTIVOS

 

 

A brilhante ideia do candidato Álvaro Araújo não só di muito sobre o carácter da criatura, como merece um conjunto de objectivos, muito ricos tratando-se de um político local que aparenta ser bem ambicioso do que capaz. Vejamos que adjectivos merece a sua ideia 

RIDÍCULO

Desde o princípio da pandemia a criatura ficou calada, apesar das suas responsabilidade no PS e de já ser candidato prematuro à autarquia. Entretanto, pediu amizade a todos os vila-realenses e lançou-se no Facebook, onde se dedica a fotos de família ao estilo da Hola. Mesmo quando VRSA batia os recordes mundiais no número de casos por 100.000 habitantes a criatura ficou em silêncio. Agora que graças ao confinamento rigoroso os boletins aponta para a superação do pior, o homem cai no ridículo de propor a realização de testes em massa. 

ABUSADORA

O candidato tem o descaramento de abusar do seu estatuto e apesar de não representar ninguém para além do seu próprio partido e mesmo aí que lidera o secretariado até é a Célia Paz. O homem não se enxerga e termina a sua carta à amiga São de uma forma absolutamente ridícula abusiva: “Agradeço em nome de todos os cidadãos de Vila Real de Santo António”. 

VELHACO 

O candidato sabe que a CM não tem dinheiro nem capacidade de recurso ao crédito, sabe que depois de aventuras como a oferta de um infantário a Cuba, geto que mereceu a sua simpatia, a CM está falida por muitos anos. Uma medida que se sabe ser inviável e por isso é pura velhacaria. 

POPULISTA 

A medida não faz sentido e foi proposta por puro populismo, apenas para ir de encontro ao medo das pessoas e para ganhar notoriedade. Depois de ver o “sucesso televisivo” do autarca de Castro Marim o candidato não hesitou em manipular os sentimentos das pessoas para surfar no medo e na ignorância. 

OPORTUNISTA 

Depois de noticiada no Jornal do Algarve, algo que se consegue com um mero telefonema, o candidato apressou-se a partilhar a notícia  no site do PS, para dar ares de importante. No seu Facebook pessoal em vez de partilhar a sua carta aberta, optou também por se armar em famoso partilhando a notícia. Agora já só falta ir ao Big Brother apresentar a sua brilhante ideia neste jogo sujo da política local. 

IMITADOR 

Para disfarçar o plágio o nosso candidato não se inspira em Castro Marim, aponta o concelho vizinho apenas como exemplo. Gente tão fina e do PS não se ia inspirar no Dr. Amaral, foram inspirar no Prof. Robalo. 

IRRESPONSÁVEL 

Um político responsável antes de propor avalia se há recursos, se a proposta é viável e se há razões para avançar. O candidato não avaliou os custos, avançou sabendo que o concelho dificilmente teria condições e nem reparou que a pandemia está a ficar sob controlo. O candidato pensou ma 

LIGEIRO 

Não se propõem medidas desta importância apenas para usar os sentimentos das pessoas e fazer chacota política, é um debate político pouco sério que só põe em causa a credibilidade política do candidato 

COBARDIA 

Enquanto a São Cabrita não tinha sido “corrida” pelo Luís Gomes e pelo que ia lendo na página de apoio à candidatura do Araújo um verdadeiro namoro, era mesmo uma página oficiosa da São. Quando haviam 50 casos por dia namoravam a São, mas agora que a São já não conta para uma futura aliança, apressaram-se a armar-se em oposição.

CADELAS APRESSADAS PAREM CÃES CEGOS

 


 

Escrevemos aqui ainda hoje que “cadelas apressadas parem cães cegos” e foi isso que sucedeu a um candidato que de forma oportunista se tentou aproveitar de um problema sério demais para fazer chacota política. Foi um dos momentos de mais baixo nível na vida política local, tentando armar-se em “CHEGA” o candidato Araújo fez uma proposta oportunista, apenas para surfar no populismo. 

Mas a manobra foi tão suja, tão baixa, tão ridícula e revelando uma tal falta de inteligência que acabou por evidenciar um candidato incompetente e com níveis de inteligência aparentemente baixos, o que vem de encontro à opinião com que ficámos depois de o conhecer. 

Foi à Lena e voltou tosquiado, pior ainda, foi tosquiado pela própria São Cabrita, que ao fim de três anos de um mandato incompetente teve pela primeira vez razão. Percebe-se agora que com gente tão fraca como a Célia, o Araújo e o Setúbal as autárquicas seriam um mero passeio. 

O oportunismo, a velhacaria e a incompetência podem ter um elevado preço em política e depois desta o melhor que o candidato Araújo tem a fazer é desistir da sua candidatura incompetente, fraca e perdedora

Baptista Bastos costumava perguntar "onde estavas no dia 25 de abril", a este Álvaro Araújo perguntamos "onde estavas durante todos estes meses de pandemia"?

MISÉRIA AUTÁRQUICA

 



É muito difícil sermos confrontados com a morte de amigos, vizinhos e familiares, gente que cai inesperadamente por causa de uma pandemia que há poucos meses era inimaginável, é um pesadelo. E quando quem cai é uma jovem com um filho de meses sentimos um murro no estômago, um murro tanto maior quando a conhecíamos ou aos familiares. 

Lamentavelmente a nossa autarquia levou meses para que a autarca tivesse dado uma palavra de conforto aos familiares das vítimas. Nas terra de sucesso não se podia falar de morte, a autarca era a grande líder da Protecção Civil que nos protegia. Quando criticada por ignorar os nossos vizinhos desculpava-se com a lei da protecção de dados, um argumento cínico para não enviar as condolências aos que sofriam com a morte dos seus. 

Mas agora que as televisões apareceram a nossa autarca não resistiu à tentação da fama, mandando para as urtigas a lei da protecção de dados. Agora já não se incomodou em revelar informação sigilosa, já que nenhum autarca tem o direito de dizer a que consultas vai um cidadão. Com as televisões deu jeito a imagem da senhora bondosa. 

“também nos foi pedido através da CM de Castro Marim o nosso apoio psicológico que demos à família e  estamos dispostos para tudo o que for necessário” [São Cabrita] 

Mas, o mais grave, é que a senhora disse algo absolutamente incrível, que a jovem que faleceu vivia no nosso concelho e que era muito conhecida, pelo que decidiu dar apoio psicológico à família a pedido do autarca de Castro Marim. O quê? Para que a autarca faça o que deve em relação a cidadãos de VRSA  é necessário que o autarca de Castro Marim lhe telefone a pedir ou a meter uma cunha. 

Toda a gente conhecia a jovem, todos sabíamos que os familiares viviam no concelho e a autarca precisa da cunha do presidente da CM de Castro Marim, Enfim, mais miserável é mesmo muito difícil.


A CRIATURA ACORDOU

 


 

Desde que o PS do Rui Setúbal informou o concelho que o seu deus menino autárquico tinha sido prematuro, tendo nascido dois anos antes do termo do que costuma ser a gestação dos candidatos autárquicos dos partidos estabelecidos, o ilustre e competente candidato tem-se dedicado mais às fotografias de família e do lulu, tendo interrompido essa penosa tarefa, para nos dizer o que pensa, ou o que o Setúbal escreve para que ele pense, por duas vezes. 

Na primeira vez o PS  tomou posição sobre o destino dos trabalhadores e da sua família. Sendo o licenciado em línguas o responsável da repartição do emprego há mais de uma década era de esperar uma intervenção brilhante. Sabendo-se da sua dimensão religiosa e sendo público o seu alto empenho na acção da Mão Amiga, estávamos convencidos de que era uma oportunidade para brilhar. 

Olhámos para cima e em vez do brilho radioso da sua competência vimos a sombra de um disparate vindo na nossa direcção. Em vez do “Perdoa-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido” o PS do senhor Araújo não resistiu à tentação da vingança. O PS do homem das preocupações sociais e dos peditórios da Mão Amiga, mandou os bons valores às urtigas. Defenderam uma ilegalidade brutal, o despedimento colectivo de todos os que trabalhavam na SGU, nem o João Faustino, um homem muito amigo do Rui Setúbal, se escapava à vingança divina sobre Gomorra. 

Entretanto o candidato faz-nos lembrar o fulano que caiu num depósito de cerveja e de vem em quando vinha cá acima pedir tremoços. Desapareceu e muitos anos depois, quase um ano depois do início da pandemia, quando o concelho já enfrentou três vagas e sofreu quase duas dezenas de mortos. Agora, depois de um mês de confinamento e quando os contágios foram reduzido, inspirou-se em Castro Marim e deu um ar da sua graça. 

Entre a partilha da sua própria foto e o anúncio de que a sua filha fazia anos do Dia dos Namorados, uma data tão promissora para os europeus como o ano da galinha dos ovos de ouro para os chineses, o homem veio armado em especialista em combate a pandemias, leu a opinião do Dr. Robalo, olhou para o exemplo de Castro Marim e armou-se em candidato a ministro autárquico da saúde, contrariando a política do governo do seu partido. 

Mas como o homem deve saber (certamente o Setúbal já lhe terá dito) que a CM não tem um tostão, certamente quando se lembrou de pagar umas dezenas de milhares de euros em testes pouco fiáveis, vai prescindir do dinheiro para a sua campanha de outdoors com palavras idiotas, sendo ele próprio a oferecer os testes aos vila-realenses.

MAIS OPORTUNISMO É DIFÍCIL

 


 

Animado pela campanha do autarca de Castro Marim, o candidato do Rui Setúbal parece ter feito um intervalinho nos seus posts familiares, para se armar em ministro da saúde autárquico. Trata-se de puro oportunismo e cinismo, uma mistura do pensamento escasso do candidato com o perfil velhaco do seu mentor. 

O candidato sabe muito bem que a autarquia não tem dinheiro para testar 20.000 pessoas, se não sabe que pergunte ao seu tutor pois pelo menos de contas a criatura sabe alguma coisa. Mas certamente que sabe e aproveita-se do pânico generalizado para fazer surf oportunista na pandemia. Também sabe que os testes em causa são menos fiáveis do que os PCP e que um par de dias depois poderiam surgir surtos. Nesse cenário voltaria a testar toda a população quinze dias depois. 

Estamos perante puro cinismo, o candidato sabe que a CM não tem recursos e por isso arma-se em bonzinho propondo o impossível. Mesmo sabendo da ineficácia da medida. Também sabe que a DGS de Saúde, tutelada pelo governo do seu partido, tomou posição pública em relação a esta solução. Talvez por isso, para desvalorizar a DGS o candidato a ministro local da saúde invoca a posição de um pneumologista, como poderia invocar as opiniões de muitos outros especialistas. 

Talvez o candidato não saiba, mas uma coisa é testar em massa a partir de inquéritos epidemiológicos e com a utilização de testes com elevada fiabilidade, outra é testar à toa, só para dizer que se testa muito. Mas se o candidato tem tantas e tão brilhantes ideias, porque é que não abriu a boca durante tantos meses e só agora, que por força do confinamento os casos baixaram de foram radical é que se pronuncia? 

Com a saúde pública não se brinca e é impensável que um político se comporte de forma oportunista. Durante semanas a fio a página anónima que o apoia, feita por gente que todos sabemos quem são, tem vindo em defesa da presidente da CM e agora que as coisas +parecem estar a ficar sob controlo é que o candidato do PS arma-se em oportunista e tenta conseguir apoios à custa da pandemia? 

Quando aqui se criticava a atuação da CM o que fez o candidato oportunista? Calou-se, enquanto os fascistas anónimos de apoio à sua candidatura vinha em defesa da autarca e nos difamavam. Quando se criticava a atuação da CM e se dava o exemplo da forma como Tavira respondeu à crise o que fez o candidato oportunista? Tirava fotos de família e anunciava-se em vídeo natalício como um novo Deus menino em torno de quem a terra se devia unir.

A verdade é que Tavira saiu da crise sem autarcas oportunistas, com competência e, entretanto, o Araújo ficou confortavelmente calado. Agora que viu a campanha de Castro Marim sugere que se ignorem as políticas oficias e propõe uma nova estratégia de combate à pandemia. Até propõe de forma cínica que a campanha seja “organizada de forma responsável e em articulação com todas as unidades de saúde ao nível local e regional”.

Quando a pandemia se instalou em Tavira o autarca de Castro Marim teve uma atitude execrável, colocou um post apelando aos do concelho para não falarem com os de Tavira. Depois, quando a crise foi superada em Tavira e disparou em Castro Marim o autarca deste concelho juntou-se à de VRSA para atacar a diretora regional de saúde. Agora que o de Castro Marim faz uma manobra política oportunista quem é que o candidato oportunista apoia? Apoia o de Castro Marim. Porque tem razão? Não, porque é mais fácil apoiar o populista, numa manobra ao estilo do CHEGA. 

Mas será que este candidato é tão ignorante e incompetente que não percebe que no combate à pandemia as políticas não são conduzidas a partir das autarquias? Não entende que não podem haver quatrocentas políticas de saúde ao nível nacional. O candidato teve mais olhos de barriga e nem pensou, penando que com a manobra dava nas vistas enterra-se em oportunismo e denuncia incompetência. 

E depois diz uns disparates do género como” resposta mais lúcida e efetiva para combater os impulsos pandémicos no nosso Concelho”. A resposta “mais lúcida” é promover campanhas de testes baratos a pensar nos votos das autárquicas? E em que livro de medicina esta criatura ouviu falar de “impulsos pandémicos”. O que é isso de impulsos pandémicos? E depois dessa testagem em massa durante quanto tempo podemos estar descansados. 

Sejamos honestos, a pandemia não se combate com oportunismo político, é uma coisa demasiado séria para que um fraco candidato tente fazer surf no sofrimento humano, tentando substituir-se ao governo e propondo medidas para as quais sabe que a CM não tem dinheiro. 

Se o candidato quer mesmo ajudar o concelho deixamos aqui uma sugestão: que pegue no dinheiro que tem para fazer uma mega campanha de outdoors e faça uma doação à CM para que esta concretize as suas propostas oportunistas. Oportunismo por oportunismo ou populismo por populismo, anda faria algum sentido. Fica aqui o desafio, o dinheiro que arranjou para os outdoors poderá dar para uns milhares de testes. 

Não seria melhor o candidato mostrar o que vale de uma forma mais inteligente e menos oportunista?

SEPARADOS À NASCENÇA?



Um criou uma página de artista, onde a caixa de correio é a dói agente. O outro criou uma página aparentemente pessoal, onde anuncia a gravidez da filha, mostra o canito bem penteado ao colo da dona que o segura com uma mão onde os anéis e as pulseiras estão virados para a foto. Um conta com os seguidores que qualquer artista sempre arrebanha, o outro só não pediu amizade ao pelourinho e é seguido até pelo Santuário de Fátima. 

Há muito tempo que nos tínhamos apercebido que a receita de sucesso dos araujianos é o Luís Gomes e estão a imitá-lo em tudo ou em tudo de que o acusavam. Aliás o sucesso dos dois candidatos tem-se cruzado por mais de uma vez. Às vezes até ficamos com a impressão de que o sucesso de um está independente do outro. Um foi reconduzido mesmo quando o outro era vice-presidente do Algarve, o outro recebeu muitos votos colocados ao serviço da CM em tempo de eleições. 

É por isso que as duas figuras parecem ter sido separadas à nascença, ambos exibem os filhos, ambos têm uma carreira indissociável da política, ambos se escondem atrás de páginas aparentemente políticas, ambos são pouco socialistas ou social-democratas ou laicos, ambos apostam nos votos dos que dependem de subsídios. Mais parecidos não poderiam ser. 

Agora parece que andam num concurso de likes, como se a política fosse um concurso de beleza e tudo serve para que o pessoal coloque o like, um mostra a mãe, o outro opta pela barriga da filha. 

Ainda assim estamos para perceber qual deles é o pior, ainda que o casado pareça levar em vantagem criou a página do pai e cristão exemplar, sabe tirar fotos com figuras religiosas em fundo, anuncia nascimentos como se o próximo Messias fosse da família e até cega ao ponto de pedir aos vila-realenses se unam em torno da sua própria mensagem política, como se o menino Jesus já tivesse nascido com cabelos brancos. 

Um tem uma página ao estilo popular, o outro prefere o estilo Hola, tudo bem encenado, as poses bem desenhadas, os outros bem exigidos, a iluminação cuidada, as roupinhas bem engomadas e as santinhas bem enquadradas. Mesmo assim parece que o “padrinho” está a perder, o “afilhado” pode dar-lhes lições de truques políticos, parece defender as virtudes públicas, enquanto os da sua candidatura tratam dos vícios privados. A página pessoal é de um rapaz que qualquer velhinha gostava de ter como neto, enquanto os amigos gerem uma página que deixaria qualquer fascista envergonhado. 

Quanto a likes, parece que o mau cantor ganha ao fraco político. O Setúbal ainda não parece estar à altura do mestre, tem de melhorar os seus truques e estratégia se quer ver o seu candidato ter mais likes do que o cantor.



NÃO ATIREM DINHEIRO À RUA


 

Nos dias que correm não faz sentido entrar numa cidade que vive do turismo e ficarmos com a sensação de que entramos numa espécie de bairro da lata político, com os postes de iluminação exibindo farrapos de cartazes da campanha de há anos ou as zonas circundantes de rotundas e locais de maior passagem encobertos por outdoors de qualidade duvidosa. 

Esta loucura de políticos ou candidatos a políticos ambiciosos e incompetentes tem apenas duas consequências a injeção de dinheiro por parte de empresários que investem em manter o poder de serem eles a escolher os políticos e, em particular, os autarcas, bem como a produção de quantidades inaceitáveis de poluição visual. 

Se tudo isto começa a parecer antiquado e arcaico, em tempos de pandemia é inaceitável e até mesmo ridículo, já que só um candidato idiota é que se lembraria de encher um concelho de outdoors, atirando uma fortuna ao lixo, apenas para se colar à época natalícia ou à miséria deixada pela pandemia, na esperança de ganhar credibilidade ou notoriedade. 

É inaceitável e roça o ridículo que um qualquer candidato gaste fortunas e com isso provoque as pessoas, quando há quem não tenha que comer e a exibição de riqueza por parte de políticos é uma provocação absurda. 

Toda a gente conhece os candidatos autárquicos do concelho pelo que estas campanhas apenas servem para sugerir que o candidato é rico, como se ter muito dinheiro para fazer campanhas signifique competência, isenção ou honestidade. Por isso sugerimos aos candidatos endinheirados que em vez de atirarem dinheiro à rua o usem em fins mais altruístas. 

Todos sabemos das fortes ligações dos candidatos Luís Gomes e Álvaro Araújo às ONG locais, por isso sugerimos que desta vez em vez de outdoors, grandes jantares de lombo assado e chapéus de palha, ajudem quem precisa. No caso particular do candidato Araújo poderia muito bem mandar reparar o telhado da sede do seu partido, porque ninguém acredita que alguém que joga dinheiro à rua tem um telhado a meter água venha a ser um autarca competente.

A DIMENSÃO REAL DE UMA TRAGÉDIA

 


Quando lemos no boletim epidemiológico de ontem (dados relativos ao dia anterior, quarta-feira) podemos concluir que são poucos casos. Em termos relativos parece, talvez por isso a autarquia, de forma manhosa, quando deixou de esconder a realidade, passando a publicar os dados diariamente, começou por inserir nos boletins também os totais nacionais. As poucas dezenas de casos, que quase chegaram às cinco, eram valores irrelevantes quando comparados com os dados nacionais.

O problema é que a comparação faz sentido se questionarmos quantos casos teria VRSA se a sua população fossem os dez milhões de Portugal. Dezasseis casos em VRSA equivaleria a termos 8.000 em Portugal, quando o país resgistou 3.480. O total de óbitos em VRSA foram de 17, o que equivaleria a 8.500, quando no país se registaram 14.885. O total de casos confirmados até à data equivaleriam a 576.500, contra os 778.369.

Não vamos questionar responsabilidades, senão teríamos de o fazer à luz das declarações, proferidas ontem no debate parlamentar de aprovação do estado de emergência, por Rui Rio, presidente do PSD:

“Se Portugal tem sido o pior do mundo no combate à pandemia é porque quem nos governa não tem estado plenamente à altura das responsabilidades que foi chamado a assumir.”

Sabemos que ao nível local os araujianos anónimos têm vindo a defender publicamente que o PSD local não tem quaisquer responsabilidades, isso apesar de a presidente da CM ter vindo várias vezes a fazer surf nos resultados da primeira vaga. Um dia destes faremos o balanço das intervenções dos responsáveis autárquicos eleitos pelo PSD.

Pela comparação “ganhamos” ao país pelo menor número de mortos e pelo menor número de casos confirmados. O número mais reduzido de óbitos pode ser explicado pelo facto de, felizmente, a pandemia não ter “entrado” nos lares, o que devemos agradecer aos responsáveis técnicos pela gestão destas instituições. O menor total de casos explicados resulta de a terceira vaga ter chegado mais tarde.

Mas como diria Rui Rio neste momento somos recordistas, e quando tivemos mais de 40 casos fomos uma Manaus na margem do Guadiana. Como se explica isto?

Em VRSA quase toda a atividade económica está paralisada, depois do feriado nacional de Espanha quase ninguém atravessa a fronteira, os hotéis estão fechados ou quase às moscas, os visitantes que temos são os atletas que viram em VRSA um os poucos locais do mundo onde ainda se pode treinar, Não há transportes públicos apinhados. Como é que um concelho que fixou isolado, que tem a sua atividade económica quase toitalmente paralisada desde meados de Outubro, se transformou em poucos dias Noam Manaus, com um número de novos casos que foram sucessivos recordes mundiais.

Que fenómeno explica isto? Será a culpa é dos vila-realenses que como defende o anormalão do araujiano anónimo que defende que só lá vamos com chicote? É pena que os políticos do Centrão, uns através da rádio e outros através de páginas típicas de fascistas, evitam o debate. Porque será que o PSD na capital usa a pandemia para obter resultados políticos, enquanto o PSD de VRSA diz na Rádio Guadiana que não deve haver politização da pandemia, contando com o apoio do araujiano anónimo, que todos sabemos quem é.

PS: A presidente da CM do PSD disse ontem que deveríamos confiar nos dados da CM Estamos de acordo com ela, só lamentamos que tenham passado a divulgar diariamente os dados quando percebeu que já não se podia esconder a realidade e depois de muitas insistências feitas pelo LdF. É pena que desde Setembro até há poucos dias tenha escondido os dados, defendendo que só divulgava os dados da “autoridade local”, todos os portugueses tinham direito À informação menos nós, porque o PSD confunde combate à pandemia com campanha eleitoral e à semelhança de todos os regimes autoritários, quando a verdade não é conveniente recorre-se à censura.


OS TERRENOS DO PARQUE DE CAMPISMO


A poucos metros do mar, no único local isolado de Monte Gordo e com uma grande extensão os terrenos do Parque de Campismo são desde há muito um dos terrenos mais cobiçados por construtores civis e hoteleiros. É um terreno que vale muitos milhões e será um verdadeiro golpe de ilusionismo “sacar”  um terreno a poente e libertar este terreno a nascente para a construção. 

Um golpe de ilusionismo porque a poente os terrenos não são da autarquia e desta forma a CM ficaria com um parque em terrenos emprestado e libertaria outro que poderão ser propriedade da CM, ainda que com condicionalismos jurídicos fáceis de ultrapassar. De um momento para o outro matar-se-iam três coelhos com uma cajadada, lançava-se num parque de campismo moderno e com mais áreas de negócio a concessionar, ganhar-se-iam milhões com a venda do terreno do velho parque e receber-se-iam mais impostos. 

Não admira que o direito do dirigente local do PSD ande a levar empresários imobiliários interessados em negócios a reuniões com a “por enquanto é São”, que sem se perceber porquê, recebe gente interessada em comprar património de todos que não está à venda. 

Todos sabemos que há muita gente interessada em negócios fáceis e que um grande investimento imobiliário gera muitos negócios, muitas comissões e muitos empregos para arquitetos desempregados. Os lucros de um negócio fácil dão para muita coisa. 

É por este e por outros negócios que vamos ver uma luta de vida e de morte entre clãs e não estamos enganados se previrmos que num dos concelhos mais pequenos do país e, provavelmente, o mais arruinado sejamos jorrar dinheiro nas campanhas apoiadas pelos grandes interesses imobiliários.

Há uma CM pobre, cheia de dívidas, com um concelho que nem conseguem limpar e com as taxas mais elevadas. Há um outro riquíssimo, onde as licenças de construção ou os negócios imobiliários poderão valer muitos milhões. O concelho arruinado fica para o povo, o concelho rico fica para os outros.

O FANTASMA DO ARAÚJO

 


Para um candidato fraco o adversário ideal é outro candidato fraco, é evidente que o candidato Araújo preferia que a representante do PSD nas próximas autárquicas fosse a São Cabrita. Todos sabemos que a Mão Amiga é um denominador comum nas relações dos dois políticos e nos últimos tempos vimos a arrastadeira eletrónica que apoia a candidatura fazer sucessivos elogios à São Cabrita. 

Com um PSD na versão São Cabrita era fácil justificar qualquer aliança em nome de um lema muito defendido pelo Rui Setúbal, a “unidade anti Luís Gomes”. Que se saiba a candidatura do Álvaro Araújo não uniu nada nem ninguém, foi lançada sob o signo da divisão e a escolha pode ser formalmente legal, mas não deixou de ser pouco transparente e acompanhada de várias manobras pouco honrosas. 

O candidato Araújo não uniu nada nem ninguém, antes pelo contrário, para concretizar a sua velha ambição de ser alguém na política local e para que o seu mentor Rui Setúbal chegue a DDT da terra no lugar de “chefe de gabinete” dividiu o seu próprio partido. Percebeu-se ultimamente que o seu projeto de unidade tinha mais que ver com a São Cabrita do que com a CDU, com o BE ou com o seu próprio partido. O ´+único apoio que teve foi de um partido que não existe e que em VRSA é um partido mono militante,  LIVRE. 

Mas, azar dos azares, o PSD decidiu que o candidato seria aquele que já estava escolhido, quando meteram a São a fazer fretes durante quatro anos. Este golpe de teatro acabou com as esperanças do Álvaro Araújo e do Rui Setúbal. A única esperança de chegarem ao poder era com uma aproximação ao PSD, uma espécie de executivo de salvação autárquica, com alguma sorte o Araújo poderia substituir o Romão como vice-presidente da São e bem negociado o Setúbal até poderia ser assessor ou mesmo chefe de gabinete, até porque já tinha contratado uma contabilista para o substituir nas assinaturas das contabilidades. 

Mas o pior cenário confirmou-se, num golpe palaciano a São desistiu e o Luís Gomes foi “escolhido” num ápice. Os sonhos do candidato Araújo esfumaram-se, iria ter pela frente alguém que é um fantasma na candidatura do Álvaro Araújo. No concelho todos conhecem as relações entre Álvaro Araújo e Luís Gomes e há mesmo muita gente que estava convencida de que eram do mesmo partido. 

Se com uma candidatura da São Cabrita o Álvaro Araújo ainda podia sonhar com uma aliança em nome do anti gomismo, podendo negociar uma situação confortável se o PSD precisasse de um “cigarrinho”, com o Luís Gomes o candidato do Rui Setúbal perde o seu grande argumento e de nada servem as suas relações de proximidade com a São Cabrita ou a proximidade entre o PS e o PSD através das relações entre o Faustino e o Rui Setúbal.

O FIM DA LINHA DO GOMISMO

 



Com a deserção da São Cabrita por motivos que desconhecemos é provável que o Luís Gomes queira ver se tem tantos likes como candidato quantos os que tem como cantor, apesar de os seus dotes serem aqueles que todos conhecemos. Mas é bom que o candidato do PSD seja o próprio Luís Gomes, assim saberemos que os vila-realenses lhe dão a oportunidade para gerir a CM da forma como o fez e que a própria São Cabrita denunciou por várias vezes, incluindo na carta da despedida, onde escreve que recuperou a credibilidade da CM. 

Mas o Gomismo não se fica pela São Cabrita, pelo Carlos Barros ou pelo Luís Romão, para não referir as figuras menores como o Faustino, o Tiago ou o famoso Cigarrinho. O Gomismo são também aqueles que pela incompetência na liderança da oposição, na conivência e apoio duvidoso aos negócios e passeios em Cuba, para não referir o famoso Garganta Funda (que toda a gente sabe quem será) que permitiu que os do PSD soubesse de muito do que se passava no PS. 

Quer se goste ou não se goste os últimos dois anos de VRSA foram marcados pelo Luís Gomes e por todos os que o apoiaram ou deles se serviram para ganharem mais do que mereciam ou para garantirem carreiras no Estado. É bom que os vila-realenses digam se querem mais três mandatos de passeios a Cuba, de lixo nas ruas, de dívida galopantes, de ver as nádegas do castelo Branco. 

A escolha de Luís Gomes para candidato pelo PSD tem esta vantagem, a de confrontar os eleitores do concelho com as suas responsabilidades. Todos sabemos que algumas famílias históricas do PCP se bandearam a troco de lentilhas e são os apoiantes mais fanáticos, que o Luís Cunha já se está a bandear dos Cabritas pelo Gomes. VRSA é um concelho pequeno, todos sabemos quem comeu, quem se bandeou, quem se aproveitou e quem apoiou o Luís Gomes em jantares políticos. 

É por isso que as próximas autárquicas ou renovam a gestão ruinosa como modelo escolhido ou põem fim a uma época de gomismo, reformando os que estiveram demasiados anos no poder, bem como os que fazendo de conta serem oposição foram apoiantes, informadores ou convivas em jantares de apoio político ou em passeios ao bar dos pescadores de Monte Gordo. 

Esperemos que as próximas autárquicas sejam o fim da linha do gomismo, rementendo para o esquecimento todos os que de alguma forma o ajudaram a levar o concelho ao estado em que está.

A TERRA DA ESTRANHA FARTURA

 



Enquanto o PSD faz o balanço do mandato, depois de a atual presidente ter apresentado a rendição aos pés de Luís Gomes, elegendo como grandiosas obras uma reparação tragédia de um repuxo, a manutenção do passadiço e um el Gordo local no montante de 10.000 euros, o concelho é gozado com a alteração da licença de construção da antiga “Praça do Peixe”, proporcionando grandes lucros aos felizes proprietários, que tinham conseguido bons preços e isenções com a promessa de um hotel que ninguém verá. 

Enquanto o concelho definha no rasto de pobreza trazida pela pandemia, juntando-se às consequências de década e meia de esbanjamento, passando-se a fala imagem de uma VRSA espetacular, que de espetacular apenas tem o enriquecimento de alguns e a forma escandalosa como se distribuirão dinheiros públicos por amigos, conhecidos e eleitores. 

Enquanto a pobreza de se generaliza assistimos a vendas sucessivas de património, vende-se o que se tem e até já se vende o que não se tem, deixando as faturas e os processos judiciais para quem vier a seguir. São os terrenos em frente ao Vasco da Gama, incluindo o lote que pertence a um privado, são os negócios “estranhos” envolvendo a DOCAPESCA, nascem empreendimentos turísticos onde não há esgostos, surgem restaurantes em cima de dunas, vale de tudo um pouco. 

Enquanto o concelho ainda não sabe como sair desta crise há candidatos autárquicos a gastar fortunas em outdoors, um ano antes das eleições, evidenciando uma luta pelo poder só igualada pelas fações do PSD. Como se explicará que num concelho tão pequeno, a passar tão grandes dificuldades e arruinado se tenha a impressão de que estamos na América? 

O cidadão comum vota para ter competência, higiene pública e um município competente, mas a verdade é que pode haver uma espécie de “grandes eleitores” que financiando as atividades de políticos fracos acabam por serem eles a escolher quem vai decidir grandes negócios. É preciso acabar com esta vergonha de esbanjar dinheiro em campanhas, pondo fim a uma batota que está destruindo a democracia. 

EM VRSA há financiamentos de políticos, sabemos por exemplo do patrocínio de um grupo secreto, dinamizado por um conhecido contabilista, que beneficiou do patrocínio de um conhecido construtor civil e hoteleiro de Monte Gordo. É preciso repor a democracia e a legalidade em matéria de financiamentos partidários, é preciso impor o respeito pela legalidade aos dois grandes partidos do sistema, que em VRSA são dominados por gente que ultrapassou os limites.

GENTE "FINA" É OUTRA COISA


São conhecidas as críticas dirigidas ao grupo empresarial do Pingo Doce, por ter transferido a sua sede para a Holanda. Quando se soube desta transferência ouviu-se um clamor de indignação por parte dos portugueses e até o primeiro-ministro António Costa já o fez, no debate quinzenal no parlamento der março de 2017:

“Quando vemos que o lucro obtido pelas compras que fazemos em alguns dos nossos supermercados gera receita não nos nossos cofres públicos mas nos da Holanda, entendemos que há aqui um problema de grave distorção e de lealdade na concorrência", afirmou António Costa.”

Nada mais claro, transferem-se lucros gerados em Portugal para a Holanda e isso é um problema grave de “distorção e de lealdade na concorrência”. Tão mais grave que a quebra de receitas fiscais ajudou a conduzir o país a uma situação de insolvência, forçando-o a pedir ajuda internacional.

Curiosamente, em VRSA temos vindo a assistir a um fenómeno idêntico, ainda que neste caso o que motiva esta migração empresarial, parece ser a necessidade de “esconder” as empresas dos olhos dos inspetores fiscais do Algarve, o homem  que teve a brilhante ideia queixa-se de que era perseguido pelo fisco a mando do Luís Gomes. Esperemos que nem todos sigam esta brilhante ideia, senão um dia destes não tem a sede de uma empresa. Quem não deve não teme...

O mais grave é que o mentor desta migração empresarial é deputado municipal e líder de uma das bancadas, não se entendendo como é que alguém que se comporta desta forma e que viola todas as regras da ética do seu partido, insiste em manter-se no lugar e ainda anda a montar outdoors caríssimos, dizendo-nos para termos confiança e acreditarmos. Acreditarmos em quem manda a “ética republicana” às urtigas?

Pela  forma que ignoram os valores éticos do primeiro-ministro do seu partido, o hastag dos outdoors em vez de ser #TODOSCONTAM, deveria ser  #NEM TODOS DESCONTAM.