O DESCUIDO




Na ocasião ninguém sabia que estava perante uma grande realização que iria lançar o Faustino, ex-construtor civil falido, e Luís Gomes, agora um cantor famoso no Sem Espinhas e arredores, no mundo do cinema. Soube-se agora que Luís Gomes já projetava o seu futuro a uma distância de dois anos, usando os dinheiros dos vila-realenses na promoção do culto da sua própria personalidade.

A pobre Ana Gomes, uma funcionária zelosa da autarquia, tão zelosa que já se tinha confrontado com um presidente da autarquia em plena reunião da Assembleia Municipal e que tem sido uma militante exemplar no apoio à São, cometeu um descuido. Enganou-se e mandou documentos com despesas que supostamente eram segredo de Estado, para o e-mail dos vereadores da oposição, que, como é sabido, dos assuntos da autarquia só estão autorizados a saber em que lugar se sentam.

Na ocasião ninguém deu muita atenção ao negócio e até serviu para que a funcionária tivesse o palco da Assembleia Municipal para atacar violentamente alguém que era candidato à presidência e não estava presente. Isto é, a Luís e a São pegaram no dinheiro que receberam do FAM para tapar os buracos e mandaram fazer uma curta metragem de elogio ao presidente e quem levava a porrada era um candidato que tornou público algo que por lei deveria ter sido do conhecimento de todos os portugueses, com a publicação na Base Gov.

Isto é aquilo a que se chama não ter o mais pequeno pingo de vergonha na cara, cometem-se abusos e ilegalidades, escondem-se despesas com recursos a truques, gasta-se indevidamente o dinheiro do Estado e sem respeitar quaisquer regras e depois a culpa é de quem divulga aquilo que deveria ser público. E como a vergonha é mesmo muito pouca ou nenhuma, manda-se a funcionária-militante atacar um opositor.

A verdade é que estamos perante irregularidades graves e só não avaliamos se estaremos ou não perante indícios de algo mais grave porque tal deve ser feito por quem de direito. Além disso, é óbvio que os documentos tornados públicos na época e que ontem reproduzimos são parciais e o filme custou certamente mais do que os 34.000€. Basta ver que um filme do género exige mais colaboradores, a começar pelo próprio realizador que não é referido na folha de pagamentos.

Se este assunto nunca foi investigado deveria ser, pelo menos pela IGF, que poderia muito bem ser convidada a fazê-lo pelo FAM, já que estávamos em ano eleitoral e como se constatou no relatório do FAM a autarquia não cumpriu o acordo. Não sabemos se é crime no sentido jurídico, mas é certamente um crime de gestão. Nem sequer entendemos como é que o FAM permite tanta bandalhice.

OI Largo da Forca tenciona promover uma exibição do Filme “ As horas de luz” aqui no Largo da Forca e vamos convidar por e-mail a presidente da CM, o Presidente do Tribunal de Contas, a Comissão Executiva do FAM, o Inspetor-Geral de Finanças, o ministro da Administração Interna (tutela do FAM) e, a título particular, a ministra do Mar, esposa do ministro que tutela do FAM e grande admiradora do ex-autarca e agora cantor e artista de cinema.

TERÃO CONVIDADO "ESSES SENHORES DO FAM" PARA A ESTREIA?




Em 2017 a autarquia de Vila Real de Santo António estava literalmente falida e só não estava insolvente graças à ajuda financeira do PAN. Foi um anos de gestão irresponsável que deveria ter levado o seu responsável para um calabouço, senão mesmo aqueles que supostamente deviam controlar a forma como se gastava dinheiro, como é o caso dos responsáveis pelo FAM, “esses senhores do FAM” como prefere a São Cabrita.

Mas era ano eleitoral e, coincidência das coincidências, esses senhores do FAM andaram tão distraídos que um concelho mais falido ainda se deu ao luxo de fazer uma série de ações irresponsáveis, ações que mais tarde foram compreensivelmente perdoadas pelo FAM. Compreensivelmente porque ao não terem feito nada esses senhores do FAM foram coniventes e hoje os vila-realeneses estão pagando muito caro por essa distração criminosa.

O dinheiro abundou e era tanto que Luís Gomes, agora um cantor famoso pelas suas botinhas brancas, ainda achou que sobrava para preparar o seu regresso. A meio do mandato da sucessora, que recebeu a câmara à consignação, seria lançado o filme “As horas de Luz” onde um autarca que levou velhotes a Cuba para tratá-los das cataratas seria a figura principal. Para os mais distraídos o autarca teria despertado a atenção de um realizador de cinema e seria apresentado como uma espécie de Santinho, a meio caminho entre a N.S. e a Santinha da Ladeira.

E o filme lá saiu, mas os tempos não correm bem ao cantor das botinhas brancas, que agora enfrenta um relatório da IGF com advogados pagos com dinheiro gentilmente cedido pela consignatária da presidência da CM. Mas o mais grave é que o tal filme foi pagos pelos vila-realenses, os mesmos que agora pedem os autocarros a Castro Marim, que deixaram de contar com apoios sociais, que vão para as filas do SNS, que ficam à espera que lhes seja devolvido o dinheiro dos livros escolares, que compram a água ao preço do vinho e pagam duas faturas por mês mais as multas oportunistas, que são perseguidos pelas taxas da ESSE, que são cidadãos de segunda onde as autarquias bem geridas ajudam os seus munícipes.

Mas como esconder que o filme era pago pelo Luís Gomes sem que ninguém soubesse da vigarice? Muito simples, fracionando a despesa de modo a que não aparecesse nada na Base Gov e fosse impossível descobrir a vigarice. Fracionando a despesa e pagando-a mediante meras requisição, violava-se a lei e dois anos depois os idiotas de VRSA seriam surpreendidos por uma curta metragem que glorificava o agora cantor que gosta de botinhas brancas.

E o gabinete de apoio à vereação fez a requisição que alguém mandou fazer, certamente sem assinar qualquer papel, porque não convém que subsistam provas destas coisas. De uma golpada o Luís Gomes mandou pegar em 34.000 certinhos e mandou entregar ao pessoal que fez o filme que o iria glorificar dois anos depois, para lançamento da sua campanha para o regresso à autarquia que arruinou. Aqui vão as contas:
  • O Parrinha foi decorador e recebeu 3.000€
  • Catarina cuidou do som e ganhou 5.000€
  • O Hugo Azevedo recebeu 7.000€ por conta da fotografia.
  • O Jorge Caixinha levou 7.000€ pela produção
  • O Paula André foi o assistente do realizador e ganhou 3.000€
  • Os atores foram três, a Paula Só, a Anabela Brígida e o José Eduardo, levaram 3.000€ cada um
Tudo junto ficou por 34.000€, no pressuposto de que o realizador é primo do PeIxoto e também trabalhou pró Bono.

O homem tem vindo a regressar, mandou o Pires limpar o caminho na rádio do Mendes, com a ajuda dos ajudantes do costume, mas parece que preferiu ignorar o filme, provavelmente porque o acha tóxico, tem na sua base uma forma de gastar dinheiro de forma questionável. Provavelmente foi por isso que não convidaram esses senhores do FAM para assistirem à estreia da curta metragem, no mínImo teriam de se sentir uns basbacas, algo que, entretanto, já perceberam que se arrisca a ter a fama.


O REGRESSO DO ARTISTA



O filme inspira-se num rapaz autarca que se cruza com uma velhota que quase não via e ficou tão sensibilizado com os problemas daquela mulher de um pescador, pobre e desprezada por Portugal e pelo seu débil e atrasado Sistema Nacional de Saúde que o levou a atravessar o Atlântico em busca de uma solução.

É um filme com atores de verdade que conta a história real de um autarca que na hora da saída teve direito a um filme que será tornado público dois anos depois de concluído o mandato. Isto é, com a "gora é São" a entreter o pagode e a sofrer das agruras do FAM e enquanto a sucessora arrebanhava trocos para pagar a um advogado que livrasse o agora cantor que usa botinhas brancas a livrar da justiça do Tribunal de Contas, aparecia o momento alto do rapazola, promovido a mito com direito a filme.

É tudo espontâneo e o momento mais alto dessa espontaneidade é a entrevista de um jornalista ao autarca, de repente mistura-se realidade com ficção e o artista que faz de jornalista é o Faustino e o autarca é o próprio. Até os pormenores foram aqueles que já vimos repetidos até à exaustão. Até disseram ao Faustino que o brilhante autarca tinha uma faceta cultural, algo que é digno das mentes brilhantes, até Einstein disse certa vez que “Se não fosse físico, acho que seria músico. Eu penso em termos de músicas. Vejo minha vida em termos de música.”. O nosso autarca também seria músico se não tivesse a missão de servir os vila-realenses, como diria o outro, ele nasceu para a música.

Mas agora que ele prepara o seu regresso enquanto os Cabritas lhe arrumam a loja vale a pena fazer algumas perguntas:
  • Quais os doentes abandonados que vai curar a Cuba, agora que o regime cubano está mesmo precisando de divisas, que enfermidade terá listas de espera para que o autarca se aproveite da situação e ganhar notoriedade nacional endividando ainda mais o concelho?
  • Continuar a ter o apoio dos grandes defensores do SNS e lutadores contra as PPP e o recurso a privados nesta verdadeira PPP cubana, mandando milhões para Cuba e trazendo para cá os coronéis da secreta disfarçados de agentes culturas?
  • Vai conseguir novamente uma maioria com o apoio de outro partido, já está manobrando para isso?
  • Que património vai vender, que truques contabilísticos vai inventar par aumentar a capacidade de endividamento, que manobras vai fazer ou que grandes políticos-advogados vai contratar para poder gastar dinheiro ao desbarato?
  • Vai concluir o que deixou a meio, vai devolver a Casa do Avô, vai fazer mais contratos com os Bacalhaus para levar os seus eleitores privativos à consulta, vai construir a Dubai à beira Rio, vai construir o hotel na Muralha ou o centro de cuidados continuados?
Esperamos ardentemente que o Luís Gomes apareça, que deixe de andar por aí mandando recados, que seja finalmente solidário com a sua sucessora que até paga uma fortuna a advogados para o defender no Tribunal de Contas e apareça a assumir a responsabilidade pelo que deixou por fazer, pelo dinheiro que esbanjou, por ter levado um concelho rico à ruína.


Estamos ansiosos por ver o próximo filme dele, que volte e dê a cara por aquilo que fez, que assuma as responsabilidades e que dê o seu contributo sendo solidário com os Ciprianos que, como é sabido, não estão à altura de tapar tão grande buraco.





AS HORAS OBSCURAS




Os filmes, mesmo as curtas metragens, levam o seu tempo a serem produzidas e colocadas no mercado, foi o que sucedeu com a curta metragem “As horas de luz”, do realizador António Borges Correia, dedicada à obra de Luís Gomes no domínio da oftalmologia:

"As Horas de Luz retrata os problemas do envelhecimento e da doença, um tema recorrente na obra do realizador António Borges Correia. Maria espera por uma operação às cataratas, que quase lhe tiraram a visão. Mas, a sua dependência despertará nos vizinhos, e na filha distante, uma oportunidade de reatar laços perdidos. Um filme protagonizado por Paula Só, José Eduardo, Anabela Brígida e pela cidade única de Vila Real de Santo António, a ver em estreia exclusiva no TVCine 2, dia 25 de setembro, quarta-feira, às 22h00."

Anos depois eis que o passado vem ao de cima e de uma forma sempre oportuna, as relações com Cuba, a forma como alguns não se importaram com os ataques ao SNS como se PPP cubana fosse boa. Há uma infinidade de dúvidas que a presença cubana em VRSA suscita e que os vila-realenses ainda não tiveram respostas.

A questão das cataratas foi uma pantomina, se não fossem as cataratas seria o cancro da próstata, a reabilitação física ou uma qualquer área onde os cubanos pudessem vender serviços de saúde a troco de divisas. As cataratas foram apenas uma boa oportunidade, porque estavam em causa os idosos e através destes muitos votos, porque as filas de espera eram longa, porque era um domínio em que o SNS estava atrasado.

Agora e quando já terminou a pantomina da CM com dinheiro para ter um serviço de saúde municipal, quando já só alguns parecem ter acesso aos cuidados médicos dos Bacalhaus eis que somos confrontado com o filme onde até o Faustino aparece como artista no papel de um jornalista que faz perguntas combinadas ao autarca que hoje anda por aí a cantar, calçado com botinhas brancas.

Mas há um pequeno problema, quanto é que a CM gastou com este filme? Se com os pequenos vídeos sem grande qualidade utilizados na propaganda da CM foram gastas fortunas, como é que vamos à Base Gov e não aparece um tostão gasto que possa ser atribuído a uma forma de pagamento relacionada com este filme?

Só algum imbecil pensa que foi uma borla, que um realizador soube da obra do agora cantor com botinhas brancas e investiu o seu dinheiro neste filme. Mas ainda bem que veio à luz, é um bom pontapé de saída para dedicarmos alguns posts ao problema incómodo da presença de coronéis cubanos em Vila Real de Santo António, pagos com o nosso dinheiro.

AFINAL HÁ MUITO DINHEIRO




Alguma instituição menos querida de Sua Excelência precisa de ir a Faro transportar  alimentos do Banco Alimentar? Não há dinheiro para reparar o camião, desenrasquem-se.

Algum grupo de estudantes precisa de um autocarro para uma qualquer atividade? Sua Excelência queixa-se que de o FAM aplicou um torniquete financeiro,  se querem um autocarro que o vão pedir à CM de Castro Marim.

Há lixo por todo o lado, a Rua Teófilo Braga está porca e o pelourinho sujo? Esperem que chova, até lá manda-se uma funcionária limpar o pelourinho e baldeia-se a avenida, não vá algum irritante da oposição andar a tirar fotografias.

Os contentores de lixo nas ruas de VRSA metem nojo? Não há dinheiro para alternativa.

Desde que Sua Excelência percebeu que as consequências do cumprimento do acordado com o FAM poderia ter consequências muito graves para a sua vida que não há dinheiro para nada, aliás, para quase nada porque há um “quase” para o qual não falta ou não pode faltar dinheiro, pouco importando o que se passa em todo o concelho.

E qual é esse quase para o qual nunca poderá faltar dinheiro? É dinheiro para pagar a advogados para defenderem Suas Excelências de enfrentarem as consequências pela má gestão. O relatório da IGF apontava para uma queixa no Ministério Público junto do Tribunal de Contas, do que podem resultar consequências financeiras para o cantor das botinhas brancas, para além de uma perda de mandato, o que o impedirá de se candidatar ao lugar da “antes era São” nas próximas autárquicas.

Quando o relatório foi tornado público  Sua Excelência enterrou o cantor das botinhas brancas, como uma declaração feita numa reunião da Assembleia Municipal. Sua Excelência crucificou o antecessor e de seguida o Faustino veio em seu apoio, parecendo um romano a passar um pano com vinagre pela cara do cantor das botinhas brancas.

Mas afinal Sua Excelência tem uma imensa bondade e arranjou 39.000€ mais IVA para defender a autarquia nesta questão. Por outras palavras, num gesto de imensa generosidade vai defender o seu antecessor, o tal que a crer na sua declaração era o responsável. Isto é, arruínam o concelho  e ainda têm de ser as suas vítimas a pagar aos advogados.

Na China obrigam os condenados a pagar a bala, por aqui são os municipes que ainda pagam a bala com que arruínam o concelho.

A MÚSICA DO MENDES



Como seria de esperar o assalto ao poder por parte do agora cantor das botinhas brancas seria feito com recurso ao seu amigo de sempre, o radialista da Av. Da república que meteu ao bolso mais de um milhão em adjudicações diretas da autarquia. Para ressuscitar as Bocas no trombone o radialista convidou um candidato que já vinha sendo apoiado no VRSA+Espetacular.

Ao que parece convidou pessoas ligadas à oposição que declinaram o convite e algumas sessões depois aparece um segundo comentador a contracenar com o candidato do PCP, nem mais, nem menos que Pedro Pires, o braço direito de Luís Gomes. Estava completo o naipe, de um lado aquele que representa a candidatura do Luís Gomes, do outro o candidato da oposição que que parece ser o preferido pelo mesmo Luís Gomes.

A fórmula usada pelo radialista para justificar ter apenas dois músicos nesta orquestra de trombones foi, no mínimo, curiosa, explicou que há por aí mais um candidato mas que o mesmo ainda não tinha ido falar com ele. Isto é, para que o radialista assegure o pluralismo os candidatos devem ir falar com ele e pedir-lhe para entrar nesta orquestra de apoio ao cantor das botinhas brancas. Esta declaração curiosa pode explicar muita coisa, mas deixamos isso à imaginação de cada um.



É óbvio que este senhor de uma rádio que quase ninguém ouve acha que pode decidir quem governa a autarquia e tendo em consideração as muitas centenas de milhares de euros que ganhou  nestes anos é também evidente que o seu apoio tem um preço. E esse preço é a docilidade da oposição.

Resta aos vila-realenses perceberem como a democracia foi viciada em VRSA desde que os Gomes e os Mendes cegaram ao poder e rejeitarem estas manobras, porque se até agora arruinaram o concelho é bem mais provável que mais do mesmo leve mesmo ao seu colapso.

COLHERES DE PAU




A nossa autarquia tinha tanto dinheiro para gastar que só em som para tanta festarola permitiu ao senhor da rádio local, uma espécie de Voz Luís Gomes, qualquer coisa como mais de um milhão de euros em adjudicações diretas. Tudo servia para festejar, não sendo de admirar que até o aniversário da atual autarca tenha servido para encher o campo do Lusitano numa jantarada de eleições.

Agora jã não há dinheiro, mas se recuarmos no tempo encontramos iniciativas para todos os gostos, de gabinetes para apoiar famílias em dificuldades financeiras a saberem gerir o seu dinheiro até gabinetes do empreendedorismo. Até a atual sede do PCP está num imóvel que foi recuperado para uma qualquer boa ação.

Agora que o dinheiro escasseia que há por aí quem se recorde dessas iniciativas os responsáveis pela gestão da imagem da autarquia acharam que o melhor era ressuscitar as iniciativa antes que alguém se recorde, de caminho colocam uma notícia no site e mandam um comunicado para o Correio da Manhã.

A mesma autarca que manda dizer que acabaram as boleias para transporte de alimentos do Banco Alimentar contra a fome, que (tentou) recusar o passe social a uma criança carenciada que mudou de escola para se proteger depois de ter sido agredida por uma professora e que mandou fechar a casa do avô está agora cheia de uma imensa bondade e mandou fazer uma recolha de equipamentos de apoio para pessoas com problemas de mobilidade.

É uma pena que esta preocupação com as pessoas com problemas de mobilidade não tenha servido para cumprir a palavra dada a um cidadão a quem prometeu ir à praia de Monte Gordo conduzindo, procurar sítio para estacionar e depois ir de cadeira de rodas até ao mar. Mas enfim, esta foi mais uma mentirinha  a que a autarca já nos habituou e se de um ponto de vista humano diz muito sobre a pessoa, nem sequer é das mentirinhas mais graves que já lhe ouvimos.

Mas fica aqui uma pergunta, porque é que a autarca não vai ao mesmo saco de dinheiro da campanha eleitoral do PSD que usou para oferecer cadeiras a deficientes e colocar as fotografias para que o povo ficasse a saber da generosidade oportunista da sua candidatura e compra mais uma dúzia de cadeiras? Se o dinheiro já acabou não faltam por aí empresários que muito devem à autarquia e que poderiam dar uma pequena percentagem do muito que ganharam, estamos certos de que um peditório junto da ESSE, da Eco ambiente, do Morais Sarmento ou do Mendes daria dinheiro para ajudar muita gente.

Enfim, no tempo da fartura prometiam uma cadeira num dia e entregavam.no no outro, o importante era a fotografia para ganhar votos a qualquer custo, agora fazem peditórios para arranjarem um par de muletas.  O que importa é usar o sofrimento alheiro para obter ganhos políticos e quem não sabe o que fazer, faz colheres de pau.

PS: deixamos aqui um desafio ao responsável financeiro da candidatura autárquica da São Cabrita para que torne pública a fatura e que prove que a mesma foi incluída nas contas da candidatura.

DITADOS POPULARES: DIZ-ME COM QUEM ANDAS, DIR-TE-EI QUEM ÉS


Há responsáveis autárquicos e governantes que estão neste momento sob investigação criminal, com alguns já constituídos arguidos e até já foram presentes a juízes de instrução, por negócios envolvendo adjudicações diretas de menor valor do que as que foram feitas ao dono da Rádio Guadiana, um apoiante de sempre do Luís Gomes e que apenas com este acedeu a negócios camarários.

Não admira que quando os beneficiários do poder se sentiram ameaçados tenham decidido fazer alguma coisa. Foi então que o dono da Rádio Guadiana relações as “Bocas no Trombone” um programa moribundo, para promover a candidatura do comunista Álvaro Leal. Aliás, os primeiros sinais de apoio dados a Álvaro Leal surgira no grupo VRSA+Espectacular, assinados pelo seu administrador e empresário do fast food.

Não admira que esse mesmo empresário tenha aparecido “casualmente” nas Bocas no Trombone para dar a sua bênção ao candidato comunista, ao mesmo tempo que o dono da Rádio Guadiana se oferecia ao candidato para ser seu mandatário. Aliás, essa proposta foi depois renovada, sem que o candidato a tenha declinado de forma clara, apesar das supostas distâncias políticas. Nem mesmo o fato de um militante comunista local ter apresentado uma queixa crime contra o radialista, acusando-o de ameaça de morte parece ter incomodado o candidato do PCP.

O que levará um fiel e firme apoiante de Luís Gomes a apoiar um candidato do PCP? que relação de simpatia e intimidade existe para que alguém que ganhou tantas centenas de milhares de euros em adjudicações diretas do município seja tão ternurento com um candidato do PCP e este se mostre tão dócil na resposta? São perguntas que qualquer um coloca. Será que a velha aliança entre PCP e Luís Gomes está sendo renovada depois de o PCP ter ajudado o agora cantor de botinhas brancas a tomar conta da nossa terra?

Por mais de uma vez o candidato do PCP justifica a sua presença naquele programa com uma disponibilidade para ir a qualquer lado que o convidem. Ele sabe muito bem porque foi relançado o programa, quem se oferece para ser seu mandatário, quem ganhou mais de um milhão com a autarquia, quem ameaçou de morte um camarada (a crer na queixa apresentada). Sabe muito bem o serviço que presta ainda que julgue que recebe proveitos em troca. Mas é esse o negócio do Mendes, tu ajuda-nos a manter um poder que arruinou a terra e em troca damos-te antena para dizeres ao Jerónimo de Sousa que ganhaste mais votos do que nas últimas eleições. Enfim, cada um está no direito de escolher quem o ajuda.

O último programa, já com a presença do delegado do agora cantor das botinhas brancas, o senhor que ganhou um restaurante no passadiço depois de ser líder local do PSD e presidente da SGU, mostrou uma relação entre a direita e o candidato do PCP bem mais dócil e amigável do que aquela que provavelmente existe entre a São e o Romão. DO candidato do PCP apenas ouvimos críticas superficiais e conflitos facilmente superáveis. O momento de maior conflito foi quando o senhor da Muxama falou de sede do PCP e foi repetidamente corrigido, não é sede, é um centro de trabalho.

De resto, vimos um candidato do PCP que não esteve à altura dos argumentos do senhor da Muxama e deu ares de ser um vereador dócil da velha maioria renovada, foi tão simpático que até prescindia do seu tempo para que o Pires tivesse mais tempo para dar explicações. Deprimente.

SERÁ A MARGINAL DE BEJA?




Depois da construção ilegal de belos quiosques que foram derrubados, depois de prometida uma marginal nova para o verão de 2017, de centenas de milhares de euros deitados à rua num processo que pode indiciar administração danosa, da destruição dos quiosques e do disfarce das sapatas em betão armado, eis que Monte Gordo parece que vai ter uma nova marginal. O problema é que aquilo parece mais a marginal de Beja com vista para as colinas alentejanas.

Uma avenida margina é por definição uma avenida junto ao mar, só que esta deixou de ser junto ao mar para estar ao lado de umas colinas que fazem lembrar o Alentejo, um bocadinho maior  e até poderiam lembrar os cerros da nossa serra. Esperemos que um dia destes possamos ver por ali um bando de grus ou mesmo de abtardas. A bela Monte Gordo de onde se via a praia e o mar foi convertida numa pequena vila do interior alentejano.

Primeiro destruíram a vista para o mar com um passadiço que apenas visou promover alguns negócios ganhos por amigos, incluindo um líder local do PSD, gastaram centenas de milhares de euros para criarem uma estrutura que permitisse aos restaurantes terem vista para o mar e aceso por passadeiras elevadas para os seus clientes. Com o passadiço que nos vai custar os olhos da cara em manutenção reservaram a vista para os restaurantes. Agora nem a tralha do passadiço se consegue ver e quem chegar à marginal de Monte Gordo arrisca-se a pensar que está em Ourique ou em Almodôvar.

Um jardim paupérrimo, sem quaisquer sombras, sem vista para nada, sem gerar um ambiente fresco, quem se sentar num daqueles bancos no mês de agosto arrisca-se a deixar a pele nos parafusos das tábuas!

Será que aquela colinas serão imitações de dunas? Talvez sejam e se assim for até se compreende, porque começa a ser óbvio que há uma mão invisível que impede a formação de dunas. Diziam que o passadiço era para proteger as dunas, mas a verdades é que estranhamente estas não se forma e de vez em quando parece que alguém andou a preparar as areias para uma sementeira.

ÉRAMOS A TERRA DA ABUNDÂNCIA




Corria o ano de 2011, VRSA respirava progresso, na saúde não tinha igual, ia ter uma grande unidade de cuidados continuados, a frente ribeirinha iria ser uma nova Dubai, o dinheiro sobrava e tudo servia para festas, o paisagista botiquense desdobrava-se entre compras de livros e estátuas, a SGU pagava acima de qualquer média, os funcionários camarários aderiam alegremente às arruadas do regime.

O dinheiro era tanto que o Luís Gomes, que agora é Luiz Gomez e canta de botinhas brancas, era um ministro de todas as pastas, com Cuba foi da Saúde, com a fartura de dinheiro era das Finanças, com a frente ribeirinha era das Obras Públicas, com o cluster do mar era da Economia, tudo era felicidade económica numa terra que alguns diziam e propagandeavam como Espetacular.

O dinheiro já sobrava, não havia espaço para tanto investimento, estava na hora de internacionalizar e dar ao agora cantor de botinhas brancas uma dimensão internacional. A escolha foi a óbvia, Cabo Verde, terra de sucesso para gente bem sucedida como Dias Loureiro e Bruno Fernandes. Luís Gomes lá apanhou o avião e foi mais uma comitiva de empresários locais.

O pasquim da confraria dava a notícia:

“Neste âmbito, o autarca, empresários e representantes da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (Acral) foram recebidos por membros da Câmara de Turismo de Cabo Verde, pela Cabo Verde Investimentos, por um representante das relações exteriores do país, bem como um representante do ministério das infraestruturas e da economia marítima.”

E quem lia o pasquim era capaz de pensar que este homem dava uma grande ministro, nada explicando porque acabou a cantar calçando as famosas botinhas que nós tanto apreciamos:

“Ao nível do fomento económico, o programa contemplou uma conferência com os municípios geminados com Cabo Verde, onde os representantes de cada uma das cidades convidadas refletiram e partilharam experiências sobre o que deve ser o turismo de qualidade e como pode esta atividade envolver as populações locais e promover o desenvolvimento sustentável.”

Com grande social-democrata com uma perninha em Cuba o nosso Luiz nem esqueceu as preocupações sociais, tudo era perfeito:

“Por outro lado, avaliou-se a forma sobre como podem os operadores turísticos e as empresas locais aumentar os seus índices de responsabilidade social.”

O nosso Luiz até plantou ma árvore no Sal...

Já lá terá voltado para regar a árvore e inteirar-se dos granes investimentos feitos ou certificar-se de que estes tinham respeitado as suas preocupações sociais? Agora que a nossa terra está falida faz sentido perguntar à São, que está na posse deste dossier, quanto é que a sua câmara falida gastou com mais esta fantochada? Quem foram os empresários que viajaram à conta?

O POLÍGRAFO DO LARGO DA FORCA: A SÃO É MENTIROSA?




Quando um presidente de uma Câmara Municipal em plena reunião do executivo camarário fala isto não é uma conversa de café, está falando em nome de uma instituição e não propriamente num comício. O que um autarca diz numa reunião aberta aos seus concidadãos e investido dos poderes e responsabilidades que a lei lhe confere tem de ser verdade.

Tem de ser, mas nem sempre é, há uma terra que por acaso é a nossa onde a presidente da autarquia às vezes parece ficar baralhada e diz umas coisas que nem lembram ao diabo. Vejamos o que a nossa autarca declarou na reunião de 14 de maio de 2019

"Vinha no contrato que havia um período de carência de rendas…e, portanto, relativo …  tem a ver com o eng. Renato que ali se encontra  pode esclarecer um bocadinho melhor, tem a ver essencialmente com o que estava contratualizado, nós avançámos com as obras e com alguma verba e foi por isso o período de carência , é isso não é? De qualquer modo está prevista ali a compra, a aquisição por parte da Grand House deste edifico e, portanto, é isso que nós pretendemos avançar com esta situação, a venda já deste imóvel para que possamos de uma vez por todas ter esta questão resolvida" [Reunião do executivo camarário de 14 de maio de 2019]

Vamos deixar a história das rendas para outra ocasião, retemos agora uma declaração formal da maior importância, que “está prevista ali [no contrato] a compra, a aquisição por parte da Grand House deste edifico e, portanto, é isso que nós pretendemos avançar com esta situação, a venda já deste imóvel para que possamos de uma vez por todas ter esta questão resolvida"

Se está no contrato ponto final, ainda que se trate de um negócio duvidoso um contrato é um contrato. Mas surge a primeira dúvida, se está no contrato que a venda é ao Grand House porque é que o imóvel (mais o bar na praia) está sendo vendido a um banco. Bem, se calhar foi um empréstimo do banco ao Grand House, mais precisamente ao grande capitalista hoteleiro com um capital de 20.000€ e uma empresa constituída de véspera.

Mas se está no contrato e os contratos são para valer e respeitar, então esses contratos também são para ler e se está em causa um património de todos faz sentido que cada um possa ler o tal contrato. Nós já o lemos e ou se trata de uma falsificação ou teremos de concluir que a autarca mentiu, aliás, mentiu mais uma vez.

Mas, pode suceder que alguém falsificou o documento e a nossa autarca não esteja a mentir desta vez, pelo que lhe agradecemos que coloque o referido contrato online no site da SGU ou da CM para que os vila-realenses saibam que podem confiar na sua palavra.

DEUS TE PAGUE SÃO, PELA TUA IMENSA COMPETÊNCIA E BONDADE....



Então a tal liquidação que não era liquidação como os imbecis da oposição andavam por aí a escrever, mas sim uma internalização como a nossa querida dizia, está a correr às mil maravilhas? Imagino que os colaboradores que a ouviram prometer-lhes no comício que organizou para lhes anunciar que todos os colaboradores da SGU teriam um contrato para o ano de 2020 e, entretanto, seria organizada a internalização.

Caminhamos para os finais de setembro e imagino que o pessoal que até a aplaudiu pela sua imensa bondade já está em pulgas para assinar o tal contrato para 2020. Imaginamos que a minuta já está pronta, que a nossa querida presidente, que tem o pelouro do pilim ou, para sermos mais precisos, da falta de pilim, já tem as contas feitas e o orçamento do próximo ano já está devidamente elaborado.

Imaginamos que o contrato ignora as regras do Estado e que os assessores iletrados vão ganhar como técnicos superiores em final de carreira, fora as horas extraordinárias, as ajudas de custo, as faturas da gasolina e os cabazes de Natal. Calculamos que com toda a bondade que lhe reconhecemos e é sempre certificada pela sua amiga da manita sempre que recebe pobrezinhos a pedir envelopes vai dar-lhes tudo o que ganhavam )alguns, claro) e ainda lhes vai pagar umas férias na praia da Messejana, uma praia rodeada de doces colinas, como as que mandou construir para que a marginal de Monte Gordo seja uma espécie de marginal de Beja.

Imagino que nas reuniões que vai ter com os colaboradores da SGU vai confirmar o que lhes prometeu na tal reunião em que mereceu uma ovação que não ouvia desde a jantarada da campanha eleitoral. Já sabe em que domínio da gestão da CM vai colocar o Faustino e o Vicente como assessores? Já tem a minuta do contrato e os montantes de vencimento devidamente calculados? E onde é que vai colocar o padre?

Estamos certos de que a sua internalização está prontinha, que todos os colaboradores vão para a CM ganhar o memo que ganhavam e que brevemente vamos ter uma sessão de boas vindas aos novos funcionários da CM. Estamos em pulgas para ouvir o discurso e aproveitamos para lhe dar os parabéns pelas reuniões que vai fazer com o pessoal, estamos certos de que vão ser reuniões felizes e que todos vão para junto das suas famílias eternamente gratos a uma presidente que sempre lhes falou a verdade e que cumpre com as suas promessa, quer as da candidata e ainda mais das que foram feitas enquanto presidente desta pobre CM.

Tchau e força São porque agora é que eluas são.

UM DESAFIO À PRESIDENTE DA AUTARQUIA/SGU


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Recordemos o que aqui se escreveu no passado dia 19 de Abril de 2018:

“Vejamos então o belo negócio que a SGU fez com a Wonderlevel, graças à generosidade “destes senhores do FAM” que mandam “pilim” para nos ajudar. Dois dias depois de ser aprovado o Plano de Atividades e Orçamento para 2019, onde a empresa é praticamente declarada falida e quando a presidente da autarquia já assumiu que estava em fase de “internalização”, a SGU assina com a Wonderlevel  o Contrato de Prestação de Serviços n.º 10/2018. Como de costume, tratou-se de uma adjudicação direta, uma decisão do Administrador Delegado Pedro Tiago Finote Pires, um homem muito rápido a fazer compras, já que parece poupar muito tempo em concursos...

E o que compraram à Wonderlevel? A SGU falida e que muito provavelmente só durará até ao final do primeiro semestre contrataram a Wonderlevel para que esta a “prestação de serviços de comunicação estratégica de comunicação de VRSA”! O que é que uma empresa falida e uma autarquia desorientada tem de tão importante para comunicar? Por aquilo que temos visto só se  for para anunciar a liquidação da SGU, parta ajudar a São Cabrita a não colocar likes no Largo da Forca ou para escrever os comunicados da presidente da autarquia a pedir desculpa ao FAM!” [Largo da Forca 19-04-2018]

Antes de mais note que muitos meses antes da autarca descobrir que afinal a SGU estava falida e tinha dado prejuízo durante três anos seguintes, já o LdF anunciava a morte da SGU no final do primeiro semestre deste ano, o que quer dizer que este LdF tem um dedo que adivinha. Mas não é para rever os nossos falsos boatos que decidimos elaborar este post, mas sim para questionar um negócio que nos parece muito duvidoso.

O negócio tinha três fases:

"Fase 1: definir as prioridades, em conjunto com a VRA SGU, EMSA, objetivos e instrumentos a utilizar para a definição estratégica do plano de comunicação e desenvolver na primeira fase;
Fase 2: Depois de diagnosticado e elaborado o plano, o mesmo terá de ser colocado em prática, sendo que a meio do período de execução do presente procedimento, o plano estratégico e o plano de ação terão de estar devidamente implementados;
Fase 3: Monitorização e avaliação dos serviços prestados."

Deixamos aqui um desafio à presidente do conselho de administração da SGU e presidente da autarquia que nas próximas horas disponibilize todos os documentos deste processo, incluindo os relatórios de monitorização e avaliação da fase 3?

AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS ARRUINADAS DEVEM SER INVESTIGADAS


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A justiça deve intervir para impedir a bancarrota de instituições públicas

É difícil levar uma instituição como um banco a uma situação de falência técnica ou uma autarquia à insolvência sem que os seus responsáveis tenham cometido algum crime, nem que seja o de gestão danosa, ou, pelo menos, irregularidades que deveriam conduzir à sua condenação e exoneração.

Não admira que quando bancos como o BES ou a própria CGD colapsaram, no primeiro caso por falência do GES e no segundo por esgotamento dos capitais, os cidadãos manifestaram indignação e exigiram investigações. Essas investigações foram mesmo desencadeadas e a seu tempo sabermos as suas conclusões.

Não é fácil ignorar todos os condicionalismos legais e levar uma câmara a uma situação de quase insolvência, mesmo depois de ter recorrido a sucessivos instrumentos de recuperação financeira. Diríamos mesmo que é impossível sem ludibriar os dispositivos legais ou sem enganar as entidades que deveriam exercer uma vigilância apertada como é o caso do Tribunal de Contas, a IGF ou mesmo o FAM.

A verdade é que apesar de todo estes controlos há municípios falidos e nalguns casos surgem indícios de abusos, irregularidades e mesmo de crimes graves em todas as gretas das suas paredes. Isto obriga a perguntar como tal foi possível depois desses municípios terem sido controladas por instituições isentas. A verdade é que à exceção do TC, instituições como o FAM ou a IGF poderão não ser tão isentas como seria desejável.

É um mistério saber porque motivos há indícios claros de crimes e não há a perceção do funcionamento da justiça ou porque basta ir à Base Gov para se perceber a existência de irregularidades graves e nada se faz para pôr cobro a isso. Não se entende como não se cumpre o PAEL e só anos depois seja o TC a intervir na sequência de um relatório da IGF, ou porque não se cumpre o acordado com o FAM e os responsáveis deste fundo ignorem a sua própria lei.

Talvez seja necessário que a lei preveja que em determinadas circunstâncias a falência de instituições obriguem a investigações criminais, independentemente da existência de queixas, de indícios claros da ocorrência de crimes. Toda e qualquer instituição arruinada pelos gestores ou por eleitos deviam ser obrigatoriamente investigadas exaustivamente por suspeita de irregularidades e de administração danosa. A democracia seria mais saudável as instituições públicas seriam melhor geridas e os portugueses teriam mais confiança nos gestores, nos seus leitores e nos magistrados que não elegeram apesar de os tribunais serem órgãos de soberania.

Na maior parte dos casos de bancarrota de instituições ocorreram sinais mais do que suficientes para que a justiça pudesse ter intervido a tempo de evitar que tais situações atingissem uma gravidade extrema.


COM AMIGAS DESTAS...



 Pormenores da entrada do Palácio Palmela, Lisboa

Doze anos como vereadora, quatro dos quais como vice-presidente, são muito anos, implica uma relação de confiança e de lealdade que resistiu a muitas situações. Daí que tenha sido com grande surpresa a resposta dada pela São ao jornalista António Cerejo, do jornal Público, a propósito de alguns processos relacionados com as empresas Tempestades Cerebrais e Twin Pixel.

É óbvio que a autarca não fez um grande esforço para dar explicações, preferiu deixar dúvidas no ar:
“A actual presidente da autarquia, Conceição Cabrita (PSD), diz que não existe na câmara qualquer vestígio do serviço prestado pela segunda e que, relativamente à primeira, “foram encontrados três vídeos enquadrados no conteúdo do contrato assinado”.
””
A autarca poderia ter tentado concertar uma explicação com o seu antecessor, mas em vez disso optou por o “enterrar”, deixando suspeitas no ar. As resposta a enterrar o antecessor sucedem-se, agora com cinismo à mistura, “os contratos referidos foram celebrados pelo anterior presidente da câmara, certamente no uso das suas competências” esclareceu a São. Apesar do seu envolvimento direto num dos processos a autarca não se cansa de enterrar Luís Gomes:


“certamente munido de critérios de competência, competitividade e confiança, previamente definidos por quem tinha as capacidades e as prerrogativas de decisão, decidiu que os desideratos seriam atingidos pelas empresas Tempestade Cerebral e Twin Pixel”

Estas respostas dizem-nos muito sobre a natureza da nossa autarca e é caso para dizer que com amigas destas... É bom lembrar que a São não se cansou de afirmar a sua lealdade ao Luís em mais de um vídeo e já depois da eleições declarou a um jornalista que nunca faria algo parecido com o que fez. É provável que o galo já tenha cantado três vezes, mas a verdade é que a São não precisou de muito tempo para trair aquele que a inventou.

Esta situação não só mostra o padrão de valores desta gente como mostra que o PSD de VRSA não existe, já que aquele que a São atirou aos lobos ainda é o presidente da comissão política do partido que a elegeu. Por agora ainda não ouvimos uma reação do cantor das botinhas brancas, que ao que se sabe andou a cantarolar na festa do Aliança.

Se o cantor está calado o mesmo não sucede com alguns dos seus apoiantes. Quem ouviu as Bocas dno Trombone do passado sábado percebeu que o Mendes já ataca abertamente a São Cabrita e até usa o Álvaro Leal para o ajudar na tarefa. Vamos ter um folhetim que não se sabe como vaio acabar. Aliás, ninguém sabe como vão acabar o Luís e a São, porque a notícia em causa tem indícios claros de crimes muito graves.

UM PROGRAMA ESCLARECEDOR?




Tocando trombone no Malecón (marginal de Havana)

Toda a gente sabe que a Rádio Guadiana não é nem nunca foi uma rádio independente, são conhecidos os ganhos do dono desta rádio nos negócios com a autarquia bem como as suas relações próximas com o antecessor da atual autarca. Ainda que sejam mais ou menos públicas a distância em relação à São Cabrita, o dono da Rádio Guadiana é muito próximo do Luiz Gomez, como, aliás, ficou evidente na última ida deste àquela rádio.

Não sendo propriamente alguém de esquerda há qualquer coisa de errado quando alguém tão ligado e apoiante de Luiz Gomez patrocina uma candidatura da CDU, apoiando claramente a pré-candidatura do responsável do PCP local Álvaro Leal, chegando mesmo a oferecer por duas vezes para mandatário do candidato. Lamentavelmente o candidato não foi capaz de assumir que as diferenças ideológicas tornam esse estatuto um absurdo, mas o responsável do PCP lá saberá o porquê da sua posição ou da falta dela.

É bom lembrar que Luiz Gomez beneficiou do apoio dado pelo PCP durante o seu mandato, apoio que só foi quebrado quando o seu vereador não aceitou a substituição e se passou para o PSD, tendo desde então obtido grandes proveitos, algo que nunca teria tido na condição de militante honesto de um partido da oposição. Infelizmente foram muitos os que se deixaram comprar pelo poder.

Também é bom que se recorde o que se passou durante anos em VRSA com a presença cubana, uma presença que certamente envolveu os serviços de informação. Aliás, ainda recentemente foi notícia o assassínio da mulher seguido de suicídio por um coronel cubano, que liderava os cubanos enviados pelo regime para a nossa terra. E toda a gente sabe que no regime cubano poderão haver escritores ou poetas que são coronéis, mas ninguém chega a coronel por ser escritor. A par disto a CM proporcionou muitas centenas de milhares de euros aos cubanos e todos os negócios com Cuba estão escondidos em muitas sombras.

É neste quadro que o candidato do PCP aparece a lançar a sua candidatura apoiado por gente de mão do Luís Gomes  e o espetáculo só não foi mais deprimente porque Pedro Pires esteve ausente. A última edição do programa foi má demais e lamenta-se o papel desempenhado por Álvaro Leal, de quem esperávamos mais. Não basta justificar-se dizendo que vai a todo o lado onde o convidem, às vezes a coerência obriga-nos a dizer não.

A BandalhE$$E [3 de 3]




Alguém se recorda de alguma calamidade que tenha reduzido substancialmente os visitantes do nosso concelho nos meses de Junho, julho e setembro de 2017? Não ouvimos falar de qualquer quebra no turismo ou de algum boicote coletivo ao estacionamento, que se saiba os vila-realenses e os turistas usaram carro como normalmente, os fiscais da ESSE não fizeram greve, não ocorreu uma avaria coletiva dos parquímetros.


Se nada de anormal o que sucedeu com o estacionamento nos meses, que por coincidência, antecederam as eleições autárquicas para que se tivesse registado uma redução abrupta nas receitas daquele empresa, a crer em dados a que acedemos

Então, vejamos os números:



Se compararmos os valores homólogos relativos aos meses de junho a setembro dos anos de 2016, 2017, 2018 verificamos que há oscilações que podem ser consideradas residuais. Se não ocorrer uma grande quebra da procura turística em agosto não há espaço físico para estacionar todos os carros dos que nos visitam, pelo que as variações das receitas de estacionamento não podem ser significativas. Isto é verdade para todos os meses de verão. Se compararmos os valores das receitas de 2016 e 2017 verificamos que há uma pequena tendência para a queda, resultado esperado já que os turistas começam a adotar estratégias e comportamento a fim de evitar o pagamento de parques. Um exemplo disto, por exemplo, foi o grande aumento da procura de praias onde não há proxenetas mecânicos vulgarmente designados por parquímetros, como na Praia Verde ou na Praia do Cabeço.

Note-se que a tendência de 2016 para 2017 ainda foi de um ligeiro aumento e isso é evidente nos meses de abril e maio. Mas como se pode explicar uma quebra brutal das receitas nos meses de junho, julho e setembro? E porque razão tal quebra não ocorreu em agosto?

Costuma-se usar muito a frase "é a economia estúpido", mas a verdade é que nestes números não existe qualquer lógica económica que explique a quebra, nenhum economista ou estatístico conseguiria prever tal "desgraça". Como explicar tão grande quebra de receitas nestes três meses, com a receita de junho a descer de 8232€ para 48.334€, a de julho a cair de 197.589€ para 85.227€ e a de setembro a resvalar de 109.261 para 79.626€?

Se estes números fosse analisados por inspetores do fisco ou a ESSE dava uma boa explicação e provava o que dizia ou corria um sério risco de ficar sob suspeita de fuga ao fisco. Para qualquer cidadãos sem qualquer explicação estes números ou resultam de um erro contabilístico muito grosseiro ou são indícios claros de fraude fiscal e branqueamento de capitais. 

Note-se que as vendas da ESSE não geram na maior dos casos qualquer documento comprovativo, isto é, os utentes metem a moedinha e nada controla as receitas. Até em relação às assinaturas, como denunciámos aqui nem sequer eram emitidas faturas. Ou seja, é fácil não declarar as receitas e é por isso mesmo que uma concessão destas deve ser alvo de uma fiscalização apertada por parte de quem a concedeu e cujas contrapartidas são uma percentagem.


Acontece que alguém na autarquia se "esqueceu"  de fiscalizar as receitas da ESSE e isso serviu para que a autarquia tivesse dado a esta empresa tudo o que pediram e mais algum. É a própria presidente da autarquia que informou o FAM que não fiscalizaram a empresa e por isso estão nas suas mãos:


"Desde o início da concessão e até agosto / setembro de 2018, o município não desenvolveu atividades tendentes à cobrança dos valores a que tem direito pela concessão do estacionamento. Sendo certo que o município alterou unilateralmente o contrato ao suprimir mais de 500 lugares de estacionamento, também é certo que não só não desenvolveu ações de fiscalização, como igualmente não exigiu o devido pagamento das mensalidades em falta, sendo que o concessionário contestou a obrigação de proceder a qualquer considera -se que o município poderá ter perdido, entre 2015 e 2018, rendas no valor de 1,4 M €, valor que não se consegue reivindicar exatamente por não terem existido medidas de fiscalização sobre o contrato. "


As vendas não implicam faturas e a CM nada fiscaliza, isto é, a ESSE paga o que entende em impostos e o que lhe dá na gana à autarquia, por outras palavras, a ESSE tem os lucros que quer e quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é estúpido ou não tem arte. Mas mesmo assim a contabilidade evidencia os absurdos.


Acontece que 2017 foi um ano eleitoral e sabe-se que em VRSA uma das candidaturas exibiu muito dinheiro e até contou com especialistas de luxo que se instalaram durante semanas em VRSA trabalhando pro bono

Enfim, esperemos que alguém repare nestas situações e já que a autarquia parece não querer fiscalizar a ESSE apesar de a isso estar obrigado, pelo menos que se análise se esta empresa pagou todos os impostos que deve ao país.


A BandalhESSE [2 de 3]



Vejamos o que é que a presidente da autarquia disse ao FAM em meados de 2018 a propósito da concessão do estacionamento:
  • Não só não desenvolveu ações de fiscalização, como igualmente não exigiu o devido pagamento das mensalidades em falta.
  • Considera que o município poderá ter perdido, entre 2015 e 2018, rendas no valor de 1,4 M €, valor que não se consegue reivindicar exatamente por não terem existido medidas de fiscalização sobre o contrato.
  • Mesmo aceitando como verídicos os valores indicados pelo concessionário as rendas não pagas acrescidas de juros de mora atingiriam um valor de 697 mil €.
  • Foi proposto ao concessionário no sentido de: manter do atual nº de lugares, redução para 7.500 € da renda dos meses de inverno, renda de 25% da operação nos meses de verão
  • Vai exigir o imediato pagamento de 300.000 €.
Note-se que  na campanha eleitoral das autárquicas de 2017 a autarca assumiu 11 compromissos e até à data cumpriu apenas com o compromisso de rever o contrato com a ESSE. A empresa tinha pedido a revisão do contrato em novembro de 2015, pelo que aquilo que a autarquia diz ao FAM que pretende fazer vai de encontro aos interesses do FAM, mas sobre esta questão voltaremos no terceiro post desta série.Vejamos então o que a autarquia acordou com a ESSE:
  • Em vez dos 300.000 € referidos na carta ao FAM a autarquia ficou-se pelos 250.000€, que a autarca diz ter recebido, montante que só terá sido pago passado mais de um ano desde que a carta foi remetida para o FAM.
  • A referida redução do valor das rendas a pagar pela ESSE, e
  • A alteração do regulamento do Regulamento Geral de Trânsito do Concelho para que os residentes em VRSA apenas estejam isentos na rua onde residem.
  • A obtenção de mais umas largas dezenas de borlas, com destaque para um verdadeiro cheque em branco para os “lugares atribuídos a particulares de acordo com autorizações avulsas com data anterior ao acordo”., ou seja, há muitas borlas escondidas para além das muitas conhecidas. Mas cujo número é deliberadamente omitido.

Isto é, as benesses concedidas à empresa vão muito para além do que foi dito ao FAM, algo que não deverá ser muito preocupante já que “esses senhores do FAM”, como a presidente da autarquia se refere aos responsáveis do fundo, parecem ser  aquilo que em linguagem vulgar se designa por “verbos de encher”.

E como é que se chegou a este acordo? A autarca prometeu no seu compromisso eleitoral que iria criar um grupo com empresários a representar os cidadãos da vila. Pois, o empresário nunca deu a cara por este processo e a verdade é que não há qualquer notícia sobre o processo negocial e muito menos sobre as posições assumidas por este empresário.

É caso para dizer à São que pelo aquilo que se viu o melhor é não cumprir nenhum dos dez compromissos que estão por cumprir e que nunca teve intenção de cumprir. Até agora os únicos que ganharam com a eleição da “Agora é São” são os senhores da ESSE.

SUGESTÃO AO DEPUTADO BOTICO-VILAREALENSE CARLOS BARROS




“Diariamente, a partir de amanhã, deixarei aqui pequenas notas para um resumo da minha actividade de deputado à Assembleia da República eleito pelo Algarve. Não é um meio que particularmente me agrade: não me parece que o facebook seja o mecanismo mais adequado (responsável) à discussão política e ao debate de ideias. Ainda assim, e com as limitações que se sabe, não deixa de permitir este exercício (a que me sinto obrigado) de prestação de contas.
A partir de amanhã — todos os dias.” [Carlos Barros, Facebook]

Antes de mais queremos dar uma palavra de elogio ao deputado Carlos Barros, desde logo pelo último lugar na lista, ainda que lhe permita dizer que é um lugar honroso que ele próprio pediu por uma questão de generosidade. Mas também por se dispor a dar o que pode para ajudar o seu líder que, como se sabe, está mais perdido do que a barca do arroz.

Se o deputado Carlos Barros quer ajudar o Dr. Rui Rio a ganhar, a melhora a vida democrática e a justiça ou a melhorar o nível do parlamento, então o nosso deputado tem que ir mais longe do que as suas habituais balelas pseudo-culturais. É obra da pesada e por isso lhe deixamos aqui algumas sugestões.

Sobre políticas sociais o nosso deputado tem muito a ensinar a Rui Rio e a melhor sugestão que pode dar ao líder é que ele saiba ganhar o governo tal como ele e a São souberam ganhar a CM e a AM de VRSA. Rui Rio deve ter uma espécie de manita amiga ao seu lado e andar por aí pagando as contas dos pobres, oferecendo ajuda a quem precisa sob a forma de dinheiro vivo e se alguém pede 50€ dar mostras de grande generosidade e meter 300 ou 400€ no envelope.

Deve explicar ao Rui Rio como se lida com a oposição, que o líder do PSD faça como se faz na AM, com rédea curta para a oposição e total liberdade para os seus. Que os Tos tenham liberdade total para ofender e provocar, que os Faustinos possam fazer as intervenções de bajulação que bem entender. Mas quando for a oposição a pedir a palavra permitir as provocações do Tó, quando lhe enviarem requerimentos devem ignorá-los. Há muitos truques para que a democracia seja de opereta e o deputado Carlos Barros é um dos melhores experts nacionais.

O Rui Rio podia muito bem acabar com as trapalhadas de comunicação, se o Peixoto dedicou 15 dias à São e ao Carlos Barros, pagando tudo à sua própria custa e sem receber nada em troca, o nosso deputado podia conseguir que o mesmo especialista em comunicação voltasse a trabalhar pró Bono, agora para o Rui Rio. O líder do PSD até podia fazer como a São, sentava-se no lugar da frente do carro e atrás ia o Peixoto dando os conselhos e ao lado deste até podia ir o Barros, já que apoiar um líder do PSD é areia demais para a camioneta do Tiago.
Poderia sugerir ao Rui Rio que no seu programa incluísse apoios a hotéis e salas de charutos como os que ajudou a dar ao Grand House, empreendimentos turísticos no meio de dunas como o bar dos Três Pauzinhos, grandiosos investimentos como os da muralha, renovações urbanas como a da marginal de VRSA, renovações das zonas turísticas à imagem do jardim de Monte Gordo, combate ao tabagismo como o salão de charutos do edifício da Alfândega, um apoio aos idosos como a Casa do Avô, um apoio aos que sofrem de doenças como a grandiosa unidade de cuidados intensivo-os, uma nova gestão do SNS com a sua substituição pelos hospitais cubanos ou pelos hospitais e clínicas dos manos e amigos Bacalhaus.

O nosso estimado Dr. Carlos Barros é um dos melhores especialistas em democracia e em governação, é um verdadeiro vencedor e campeão eleitoral, colaborou com a melhor gestão financeira que uma autarquia teve, sabe truques para financiar e ganhar eleições como poucos sabem.

Estamos certos de que em vez de fotografiazinhas intelectuais e poemas a dar caneladas no Coates, o nosso ilustre e deputado botico-vilarealense ensinará a Rui tudo o que sabe sobre como ganhar eleições, como gerir uma autarquia ou com administrar a democracia. Por aquilo que vimos em VRSA aconselhamos Rui Rio a levar Carlos Barros para Lisboa, com o seu apoio não só poderá evitar a derrota a anunciada como pode mesmo conseguir uma maioria absoluta.



Por fim, um elogio ao título escolhido: Prestar contas. Todos esperamos também que por aqui, em VRSA, também os que usaram o PSD local para destruir um concelho venham a prestar contas. Não concorda deputado Carlos Barros?

A BANDALH-ESSE [1 de 3]





Vale a pena (voltar a) ler o que a presidente escreveu sobre o FAM numa missiva enmviada ao FAM:

"Concessão de estacionamento - Medida com desvio face ao previsto. Desde o início da concessão e até agosto / setembro de 2018, o município não desenvolveu atividades tendentes à cobrança dos valores a que tem direito pela concessão do estacionamento. Sendo certo que o município alterou unilateralmente o contrato ao suprimir mais de 500 lugares de estacionamento, também é certo que não só não desenvolveu ações de fiscalização, como igualmente não exigiu o devido pagamento das mensalidades em falta, sendo que o concessionário contestou a obrigação de proceder a qualquer considera -se que o município poderá ter perdido, entre 2015 e 2018, rendas no valor de 1,4 M €, valor que não se consegue reivindicar exatamente por não terem existido medidas de fiscalização sobre o contrato. Mas, mesmo aceitando como verídicos os valores indicados pelo concessionário as rendas não pagas acrescidas de juros de mora atingiriam um valor de 697 mil €.No sentido de resolver definitivamente o diferendo, e sem por em causa a rentabilidade económica da concessão, foi apresentada uma proposta ao concessionário no sentido de: Manter do atual nº de lugares; Redução para 7.500 € da renda dos meses de inverno; Renda de 25% da operação nos meses de verão. Ao proceder a estes ajustamentos no contrato com efeitos a 2015 e tendo em consideração o valor líquido final as rendas em ora corresponderiam a 493.778,75€, exigindo o município o imediato pagamento de 300.000 € como valor pago pelas rendas até outubro de 2018, passando, após esta data o contrato a vigorar com as alterações apresentadas, passando o município, através dos poderes contratuais que detém a exercer uma profunda e efetiva fiscalização e auditoria a todos os aspetos do contrato. Aguarda-se desfecho do processo.”

Isto é, numa autarquia falida e à beira da insolvência, que não cumpria ao PAEL e que viria a não cumprir com o acordado com o FAM a presidente da CM assume que:
  • Não só não desenvolveu ações de fiscalização, como igualmente não exigiu o devido pagamento das mensalidades em falta.
  • Considera que o município poderá ter perdido, entre 2015 e 2018, rendas no valor de 1,4 M €, valor que não se consegue reivindicar exatamente por não terem existido medidas de fiscalização sobre o contrato.
  • Mesmo aceitando como verídicos os valores indicados pelo concessionário as rendas não pagas acrescidas de juros de mora atingiriam um valor de 697 mil €.
  • Foi proposto ao concessionário no sentido de: manter do atual nº de lugares, redução para 7.500 € da renda dos meses de inverno, renda de 25% da operação nos meses de verão
  • Vai exigir o imediato pagamento de 300.000 €.

 No post de amanhã iremos comparar aquilo que a presidente da autarquia disse ao FAM com o que veio a fazer. Por agora assinalamos aquilo que consideramos um crime de gestão danosa. Uma autarquia que concessiona a aplicação de uma taxa arbitrária sobre os munícipes e que depois assume que nada fez para fiscalizar as receitas geradas e por causa disso nada pode exigir não é só incompetente, age de forma que vai para além do que se pode considerar negligência ou incompetência, os responsáveis da autarquia não defenderam de forma aparentemente deliberada os interesses do município.

Perante tudo isto o que fez o FAM? Aparentemente nada. Terão ao menos comparado o que lhes escreveram com o que depois acordaram com a ESSE?

GANHAR ELEIÇÕES




De onde veio tanto dinheiro para a campanha da São? É cada vez mais evidente que os mega jantares, os chapéus de palha, os consultores a tempo inteiro, os outdoors custam muito dinheiro. E por mais que a São faça de conta de que não sabe de nada, a verdade é que as informações de que dispomos é a de que o consultor foi visto muitas vezes na banco de trás do carro oficial da presidente da autarquia, ao lado do Tiago, o mesmo Tiago que ter-se-á esquecido de devolver equipamento informático e de vídeo.

Consta na terra que circulou dinheiro em envelopes, todos sabemos como muitos recebiam dinheiro para pagar as contas, fala-se abertamente de envelopes e do papel de uma conhecida ONG. De onde vieram tantos recursos, terá sido do mesmo PSD local de que se dizia que há pouco tempo tinha a energia cortada na sua sede? É por isso que acompanhamos com atenção as noticias que têm saído no jornal Público.

Somos observadores atentos, ainda que até agora nada nos tenha surpreendido, nada nos surpreende e estamos convencidos de que em matéria de eleições ainda há muito por se saber.  Temos a expectativa de que um dia destes tudo venha à superfície e se houver matéria para os tribunais lá estaremos para ver como arguidos aqueles que no passado usaram o dinheiro da autarquia para perseguirem os cidadãos que abrisse a boca.

Não temos esperança de que algo mude no comportamento de alguns dos nosso agentes políticos, desesperados por se manterem no poder não vão deixar de recorrer aos métodos do costume e não lhes vai faltar dinheiro para novas jantaradas, para consultores que trabalham pro bono e para comprar chapéus de palha e t-shirts para que as beldades da terra se exibam no Facebook. Da mesma forma que vão ter o apoio militante e oportunista da rádio do Mendes e do jornal da confraria.

MAS nas próximas eleições os vila-realenses estarão de olhos abertos e até lá não faltarão os que nos vão contar o que sabem. É o que tem sucedido e são cada vez mais aqueles que perdem o receio de denunciar e de nos darem conta do que se passa, confiantes de que por aqui respeitamos as fontes, por aqui não fazemos como a São em relação à presença do seu consultor eleitoral.

DEUS TE PAGUE Ó PEIXOTO!




São disse numa reunião da Câmara com ares de quem estava a provocar a oposição, que tinha “bido ganhar as eleições”. Agora percebemos como ´+e que a nossa grande política, um produto do “Seixal” do Luís Gomes, soube ganhar as eleições, ganhou-as porque teve o privilégio de contar entre os seus apoios com gente muito experiente na comunicação política, que se dispões a deslocar-se a VRSA à sua Própria custa para trabalhar Pro Bono, por solidariedade política. É caso para dizer “Deus te pague ó Peixoto?”, o povo de VRSA ficar-te-á eternamente grato por teres ajudado a promover a São a presidente da autarquia.

Digamos que depois de alguns contratos generosos o Luís Peixoto decidiu dar uma mãozinha à São, até porque depois de arruadas bem decoradas, de viaturas publicitarias, de uma jantarada com quase dois mil comensais, a São corria um sério risco de ser derrotada por uma oposição destroçada por perseguições, boicotes do Jornal do Algarve e da rádio do Mendes, compra de todos os que se poderiam bandear e muitos outros truques à Luís Gomes.

Mas a o mais deprimente na última notícia do jornal Público é a forma quase anedótica como cada um dos intervenientes tenta escapar-se daquilo que parece óbvio, que há contas mal explicadas na campanha da São Cabrita, dando lugar a fortes indícios da prática de crimes muito graves.

O Pedro Pires tenta tapar o sol com uma peneira e assegura que Jorge Peixoto “nunca trabalhou em qualquer campanha do PSD em VRSA”. MAS como há sobejas provas da sua participação na campanha arranja uma explicação anedótica, certamente combinada com o próprio Peixoto: “o envolvimento que [aquele consultor] possa ter tido na última campanha autárquica foi de caráter pessoal e de apoio político”.


"O (merecido)descanso das "guerreiras"de São Conceição Cabrita!"
Imagem e comentário do Peixoto (Facebook)

A São é ainda mais sofisticada na arte de lixar o parceiro, ele que soube ganhar as eleições agora não sabe de nada, não sabe se o Peixoto foi pago, não sabe quanto custou o serviço, não sabe das ligações familiares do Peixoto aos donos da mesma Twin Pixels a quem encomendou serviços pagos pela autarquia. A São só sabe que nada sabe, isto é o Pedro Pires que se aguente.

A São não sabe de nada mas o Peixoto sabe: “A minha participação na campanha que elegeu Conceição Cabrita presidente da Câmara de VRSA foi de caráter e total e manifestamente voluntário, não tendo auferido o que quer que seja por esse envolvimento, repito, voluntário, como apoiante e amigo, tanto da candidata como de outras pessoas.”. Isto é, o Peixoto desloca-se à sua própria custa a VRSA durante a campanha e à sua própria custa porque é amigo pessoal da São, mas esta não sabe de nada, não sabe quanto custou o Peixoto e, portanto, nem sabe que o pobre amigo deu o litro por ela e à borla! Isto não é trabalhar Pro Bono, é trabalhar para o boneco!

A São não sabe de nada, mas deve começar a perceber que tudo isto vai acabar mal e com tantos indícios de crimes ainda vão ter de perguntar ao Morais Sarmento se em nome da amizade e da solidariedade política vai fazer como o Peixoto, defendê-los na justiça trabalhando Pro Bono...