230 EUROS




Decidimos que o post a colocar no rescaldo do artigo do jornalista António Cerejo no Público teria como título 236€ porque esta foi a quantia prevista no chorudo orçamento de campanha da São Cabrita para as últimas eleições autárquicas, isto é, num orçamento de 100.000 € a São previu uma despesa de 236€ para os consultores. Ridículo porque esta verba ofende qualquer consultou a não ser que fosse para pagar alguma despesa de um consultor local tipo Faustino. Mentira porque a São contou com especialistas no terrenos e nenhum aceitaria acompanhar uma campanha eleitoral a troco do pagamento do pequenos-almoços.

Talvez um dia se saiba onde é que a São arranjou tanto dinheiro para gastar num dos mais pequenos concelhos do país, com um investimento muito superior ao que o PSD dispôs em grandes capitais de distrito. Talvez um dia se saiba porque motivo uma empresa local teve tão fracas receitas nos meses que antecederam a campanha. Talvez um dia se saiba quanto se pagou à Tempestades Cerebrais e ao senhor Jorge Lemos Peixoto. Talvez um dia o povo tenha acesso ao que sobreviver nos arquivos da CM e da SGU.

Dizemos sobreviver porque pelo artigo percebe-se que os arquivos da autarquia são um buraco, encomendaram-se estudos que não se sabe onde estão, parece que todas as provas desapareceram milagrosamente!  Mas como o concelho está sob vigilância do FAM estamos certos de que as regras estão todas a ser cumpridas. Por falar em FAM recorde-se que os fatos referidos na notícia ocorreram com o concelho sob a sua intervenção. Além disso, estamos perante despesas feitas num ano em que o relatório do FAM não conseguiu esconder que a autarquia não tinha cumprido com as suas obrigações.

Talvez um dia os senhores da Comissão Executiva do FAM nos expliquem os motivos porque ignoraram a sua própria lei, perdoando a autarquia pelo incumprimento do acordado. Terá a compreensão do FAM a ver com o fato de 2017 ter sido ano de eleições e deixou a autarquia ser gerida com grande bandalhice? Talvez um dia o FAM tenha de explicar muita coisa que se tem passado em VRSA.

O presidente da autarquia de Olhão também tem muito para explicar, porque as suas relações com VRSA não se ficam pela contratação dos serviços de assessoria do cantor das botinhas brancas. Seria muito interessante saber o recebeu em troca dos contratos da SGU. O que levará um autarca do PS de Olhão a contrato cantor das botinhas brancas? Há um denominador comum aos dois e a Olhão, o omnipresente José Apolinário que chegou a presidente da DOCAPESCA quando o primeiro-ministro era Passos Coelho e o cantor das botinhas brancas era o vice-rei do Algarve. Apolináio tem a tutela da DOCAPESCA e o cantor das botinhas brancas é assessor em Olhão e em Faro por conta das frentes ribeirinhas...