O POLÍGRAFO DO LARGO DA FORCA: A SÃO É MENTIROSA?




Quando um presidente de uma Câmara Municipal em plena reunião do executivo camarário fala isto não é uma conversa de café, está falando em nome de uma instituição e não propriamente num comício. O que um autarca diz numa reunião aberta aos seus concidadãos e investido dos poderes e responsabilidades que a lei lhe confere tem de ser verdade.

Tem de ser, mas nem sempre é, há uma terra que por acaso é a nossa onde a presidente da autarquia às vezes parece ficar baralhada e diz umas coisas que nem lembram ao diabo. Vejamos o que a nossa autarca declarou na reunião de 14 de maio de 2019

"Vinha no contrato que havia um período de carência de rendas…e, portanto, relativo …  tem a ver com o eng. Renato que ali se encontra  pode esclarecer um bocadinho melhor, tem a ver essencialmente com o que estava contratualizado, nós avançámos com as obras e com alguma verba e foi por isso o período de carência , é isso não é? De qualquer modo está prevista ali a compra, a aquisição por parte da Grand House deste edifico e, portanto, é isso que nós pretendemos avançar com esta situação, a venda já deste imóvel para que possamos de uma vez por todas ter esta questão resolvida" [Reunião do executivo camarário de 14 de maio de 2019]

Vamos deixar a história das rendas para outra ocasião, retemos agora uma declaração formal da maior importância, que “está prevista ali [no contrato] a compra, a aquisição por parte da Grand House deste edifico e, portanto, é isso que nós pretendemos avançar com esta situação, a venda já deste imóvel para que possamos de uma vez por todas ter esta questão resolvida"

Se está no contrato ponto final, ainda que se trate de um negócio duvidoso um contrato é um contrato. Mas surge a primeira dúvida, se está no contrato que a venda é ao Grand House porque é que o imóvel (mais o bar na praia) está sendo vendido a um banco. Bem, se calhar foi um empréstimo do banco ao Grand House, mais precisamente ao grande capitalista hoteleiro com um capital de 20.000€ e uma empresa constituída de véspera.

Mas se está no contrato e os contratos são para valer e respeitar, então esses contratos também são para ler e se está em causa um património de todos faz sentido que cada um possa ler o tal contrato. Nós já o lemos e ou se trata de uma falsificação ou teremos de concluir que a autarca mentiu, aliás, mentiu mais uma vez.

Mas, pode suceder que alguém falsificou o documento e a nossa autarca não esteja a mentir desta vez, pelo que lhe agradecemos que coloque o referido contrato online no site da SGU ou da CM para que os vila-realenses saibam que podem confiar na sua palavra.