A MÚSICA DO MENDES



Como seria de esperar o assalto ao poder por parte do agora cantor das botinhas brancas seria feito com recurso ao seu amigo de sempre, o radialista da Av. Da república que meteu ao bolso mais de um milhão em adjudicações diretas da autarquia. Para ressuscitar as Bocas no trombone o radialista convidou um candidato que já vinha sendo apoiado no VRSA+Espetacular.

Ao que parece convidou pessoas ligadas à oposição que declinaram o convite e algumas sessões depois aparece um segundo comentador a contracenar com o candidato do PCP, nem mais, nem menos que Pedro Pires, o braço direito de Luís Gomes. Estava completo o naipe, de um lado aquele que representa a candidatura do Luís Gomes, do outro o candidato da oposição que que parece ser o preferido pelo mesmo Luís Gomes.

A fórmula usada pelo radialista para justificar ter apenas dois músicos nesta orquestra de trombones foi, no mínimo, curiosa, explicou que há por aí mais um candidato mas que o mesmo ainda não tinha ido falar com ele. Isto é, para que o radialista assegure o pluralismo os candidatos devem ir falar com ele e pedir-lhe para entrar nesta orquestra de apoio ao cantor das botinhas brancas. Esta declaração curiosa pode explicar muita coisa, mas deixamos isso à imaginação de cada um.



É óbvio que este senhor de uma rádio que quase ninguém ouve acha que pode decidir quem governa a autarquia e tendo em consideração as muitas centenas de milhares de euros que ganhou  nestes anos é também evidente que o seu apoio tem um preço. E esse preço é a docilidade da oposição.

Resta aos vila-realenses perceberem como a democracia foi viciada em VRSA desde que os Gomes e os Mendes cegaram ao poder e rejeitarem estas manobras, porque se até agora arruinaram o concelho é bem mais provável que mais do mesmo leve mesmo ao seu colapso.