RESPOSTA AO AUTARCA DE CASTRO MARIM






Compreendo a atrapalhação dos seus comentários, mas um médico que é autarca tem a dupla obrigação de numa situação de pandemia mundial e quando todos receamos uma segunda vaga, sem que o país tenha recursos financeiros para mais um confinamento, de dar o exemplo. Enquanto político tem a obrigação ética e moral de dar o exemplo aos seus concidadãos, como médico tem obrigações deontológicos e havendo normas sanitárias deve respeitar e sugerir a quem o acompanha que as sigam.

Não se trata de questões pessoais como os seus admiradores sugeriram, alguns com comentários de meter pena, se assim fosse ter-lhe-ia explicado como é que alguém se deve sentar à mesa, ter-lhe-ia explicado que numa mesa de jantar não nos podemos sentar à mesa como se estivesse jogando à sueca numa taberna. Trata-se de normas sanitárias e do respeito pela vida e isso é um tema bem mais sério do que resulta dos seus comentários.

É óbvio que na mesa do restaurante nem todos estão a beber e se enquanto bebemos teremos de usar máscara, enquanto falamos e se estamos quase encostados aos que nos acompanham devemos usar máscara. O senhor, como médico sabe muito bem que no caso de um dos convivas estar infetado há uma grande probabilidade de todos os outros ficarem. E se o primeiro doente for assintomático há também uma grande probabilidade de só se saber disso muitos dias depois e quando mais uns quantos estiverem infetados.

Qualquer pessoa com rudimentos de conhecimentos médicos pode dizer que aquele jantar pode ser apelidado de um jantar covid-19. Até poderia ser privado, mas não foi, antes pelo contrário, foi um jantar oficial organizado pelo Município de VRSA no restaurante “Mar Salgado” e assim foi tratado na sua  página oficial no Facebook. Aliás, como a propagação de doença contagiosa é crime mesmo em privado, sendo ou não médico, sendo ou não político, trata-se de um comportamento reprovável e que pode ser criminalmente sancionado se daí resultar propagação da doença.

Os políticos devem dar o exemplo e quando se comportam de forma que é criticável não devem chamar parvalhões aos outros sob pena de alguém lhes responder à Pinheiro de Azevedo. Em vez de mobilizarem os seus militantes fanáticos para achincalharem quem tem razão, devem dar mostras de um mínimo de humildade.

O que o preocupa no anonimato? Não foi ofendido, não foi injuriado, não se disse qualquer mentira, disse-se apenas aquilo que um político deve ouvir, mas que nalgumas autarquias não ouvem porque a norma, infelizmente, é o receio. Não admira que tanto o senhor como os seus mais apaniguados se incomodem tanto com a cara. Para quê, para a vingança, para negar o subsídio, para a perseguição, como vemos em muitos municípios, alguns bem próximos do seu.


É pena que em vez de vómitos e de gracinhas como o beber com ou sem máscara ou a ofensa pura e dura um médico que é político não tenha dito aquilo que devia dizer enquanto político. Tem razão, obrigado pela crítica, da próxima vez terei os cuidados que desta vez não tive. É assim que os bons políticos eleitos para servir se comportam, não com tretas e mobilizações de fanáticos para fazerem ameaças ou iludir os comportamentos com tretas.

Aqui quem errou não foi o Largo da Forca, quem desrespeitou as mais elementares normas sanitárias foram os políticos e demais acompanhantes. Nem foi o Largo da Forca a colocar as fotos incómodas, onde se nota a preocupação da autarca de VRSA de estar sempre a olhar para o passarinho, também ela dando mostras de pouca etiqueta em matéria de mesa, ainda que pudesse olhar para a secretária de Estado para aprender um pouco.

O Largo da Forca não comentou qualquer parvoíce, não cometeu qualquer ilegalidade, não disse o que se pode dizer no respeito da lei. Quem teve um comportamento criticável foi o senhor e se acha que não tem de se explicar aos seus munícipes, então deixe-se de parvalhões e de vómitos, porque quando vomitar tenho o meu médico de família e terei o cuidado de escolher médicos mais cuidadosos num contexto de pandemia.

Se o senhor tem dúvidas sobre como se devem comportar num restaurante nos dias de hoje, vá ao Facebook da CM de VRSA e veja as fotografias onde aparece a acompanhar o Sr. Presidente da República no restaurante “Dona Bela”, quando esteve de visita ao concelho de VRSA. Veja a foto onde está ao lado da secretária de Estado de Turismo e compare-a com aquela onde aparece na mesa do Presidente da República. As diferenças não serão as oito habituais, mas são algumas.

Se tem razões de queixa então queixe-se da sua colega e companheira de VRSA, se é que ainda não a questionou sobre a forma como organizou o almoço e a ingenuidade com que divulgou as fotografias. Não se esqueça que não estava ali a jogar à sueca numa tasca de Monte Gordo ou do Azinha, estava em representação dos seus munícipes e bebia e comia uma refeição num restaurante de luxo paga pelos munícipes de um concelho que a sua companheira ajudou a arruinar. Não se esqueça também que não estava a festejar o Ano Novo, estava discutindo um problema muito sério, que já matou muitos portugueses e que arruinou e vai arruinar muitos mais, a maior pandemia desde a Gripe Espanhola. Como político e como médico deve dar o exemplo e ter comportamentos que não sejam reprováveis, o que não foi o caso.

PS: achamos muito bem que venha em defesa da sua colega e VRSA, até porque foi pela sua mão que o autarca que arruinou a nossa terra chegou à AM de Castro Marim. A solidariedade partidária a isso obriga. Mas apareça mais vezes pois há por aqui muita matéria onde ela precisa da sua ajuda.

CONCELHO LIVRE DO COVID

Idosos de VRSA são as duas mais recentes vítimas mortais de Covid ...




No passado, quando se circulava na estrada e se passava o limite dos concelhos geridos pela então APU era regra vermos um outdoor enorme informando que estávamos entrando num concelho livre de armas nucleares. Era um alívio, entravamos em Grândola ou Ourique e não conseguíamos um “ufff, do que acabei de me livrar, já posso estar descansado...”.

A nossa São podia muito bem usar aqueles outdoors onde se queixava da EN125 e anunciar a quem iria entrar no nosso concelho, que como se sabe é o melhor do país graças a ela e ao Luís, ia entrar num concelho livre de covid-19, onde só se faz de conta que se cumprem as mais elementares regras.

Exemplo dessa terra livre de covid-19 são os espaços comerciais fechados propriedade da CM, neles não há qualquer controlo de entradas, só usa máscara quem quer, não se exige qualquer distância de segurança e quanto a gel desinfetante à entrada é coisa do novo passado de uma terra onde por um qualquer fenómeno desconhecido o mafarrico não entra.

É por isso que se organizam mercados de artesanato, montam-se centros comerciais ambulantes, força-se a organização de feiras do livro, tudo sem quaisquer regras sanitárias, ao contrário do que acontece noutras terras onde as feiras implicam normalmente a adoção de regulamentos sanitários. Mas em VRSA nada disso é preciso, bastou uma ida da autoridade sanitária aos vendedores ambulantes e tudo ficou abençoado.

Ao que consta até se está preparando a realização de uma prova de atletismo, há grandes preparativos no estádio municipal, mas está tudo em segredo, consta que se aguarda a autorização da autoridade sanitária. Esperemos que seja dada e até é pena que não tenhamos estádio para a final da Liga de Campeões, se fosse em VRSA até podia contar com adeptos pois parece que o covid-19 não resisteà água do Poço Velho.

O GESTOR DE PRAIAS






Parece que não é mentira, em sessão da CM o vereador Álvaro Leal já colocou a questão por duas vezes, uma primeira vez a Luís Romão que presidia à reunião em substituição da senhora que está a gerir o município à consignação e depois à própria senhora. Foi mesmo contratado um gestor de praias, quem é, quanto ganha?

Tanto um como o outro fizeram o que convém nestas circunstâncias, recusar qualquer informação ao concelho, passaram pela questão como raposa por vinha vindimada, no caso da senhora limitou-se a ignorá-la, como se um vereador eleito pelos cidadãos da terra merecesse tanta consideração como uma banana.

Já há algum tempo que voz amiga nos tinha dito que a CM tinha contratado um gestor de praias e que em plena crise e quando o Município nada fez de significativo para acorrer aos que precisaram de ajuda, terá pago 5.000 euros por mês. Um gestor de praia? Mas o que fará um gestor de praia? Organizará as idas do pessoal ao banho, andará a ver se as toalhas estão na direção norte sul ou este oeste, decidirá em que zona se instalam os utente» Imaginamos que para um Município arruinado o tal gestor deve fazer algo de cientificamente complexo, para ganhar aquilo a que vulgarmente se designa uma pipa de massa, muito mais do que o PS paga ao Luiz Gomez em Olhão!

Contam-nos que o gestor de praias é um engenheiro de minas com nos anos do Durão Barroso ocupou alguns tachos na área da saúde e que já foi autarca do PSD. Isto é, o homem nasceu no sequeiro e por ser do PSD e ter amigos na área da Saúde aparece agora a ganhar 5000 à nossa conta? A ser verdade voltaremos ao tema, ainda que seja bem provável que recorrendo a truques os números não sejam tornados públicos.

Mas há um pequeno pormenor, as praias não são tuteladas pela CM, quem ali manda, quem ali gere é a APA.... Bem, um dia destes ainda vamos ver a São pagar mais 5000 a um gestor do Guadiana, outros cinco mil a um gestor da mata e outro tanto a um gestor do Sapal. Se é competência que a São tem é a de gastar dinheiro que  o Município não tem,. Para isso não lhe falta criatividade. Quem lhe terá sugerido a contratação de um engenheiro de minas vindo do sequeiro para gerir o que não é preciso nem nos cabe gerir?

INCOMPETÊNCIA REITERADA




Se recuarmos alguns meses no tempo, quando estávamos nos primeiros dias de uma pandemia a que todos sabíamos que o país não se escapava, vemos uma São a decretar um pequeno período de emergência, a emergência acabaria a tempo de a Algarve Young Cup se realizar. Adiada a realização das competição para junho o concelho lá alinhou com a realidade nacional.

Quando nem a criatividade dos Cabritas conseguia esconder a realidade a nossa destemida autárquica anunciou a criação de uma equipa de trabalho para estudar o impacto da pandemia na economia do concelho. Não sabemos se a taça se ainda vai disputar em Agosto, já que até à data a autarquia se manteve em silêncio e quanto ao tal estudo estamos certos de que muito em breve a nossa autarca convide a delegada de saúde para o apresentar.

E enquanto o mundo, desde a mais pequena junta de freguesia às maiores potências económicas se preparam para uma segunda vaga que parece inevitável, a nossa São continua com a sua pantominice do oásis vila-realense que devemos à sua liderança, devidamente apoiada pela delegada de saúde. Enquanto por todo o lado vemos os responsáveis empenhados em adotar medidas preventivas, aqui sucede o contrário.

Na nossa terra temos uma São, um Romão, um Matacão e uma Sabino empenhados em multiplicar a receita de taxas, licenciando vendedores ambulantes que se instalam junto das portas dos comerciantes da terra e carrosséis e barracas de farturas por tudo quanto é lado. Há que arrebanhar o máximo de dinheiro em taxas porque o ano aproxima-se do fim e é preciso prestar contas ao FAM.

Nos outros concelhos os autarcas esforçam-se por apoiar os que precisam de ajudam e preparam-se para enfrentar o que aí vem, por aqui temos uma terra suja e ao abandono, a ESSE a sacar taxas e multas, a empresa das águas  a cobrar águia como se abastecesse vinho branco e uma CM cujo único objetivo é o de arrecadar taxas de ocupação de espaço enquanto pode.

A SÃO OU O LUÍS?





  
O esperado aparecimento de um Luiz Gomez faz-nos questionar qual seria o melhore candidato dos oportunistas e bandeados da nossa terra, se o Luís Gomes, que ainda não sabemos com que nome ou penteado vai reaparecer em público, ou se a São Cabrita, líder do clã dos Ciprianos que é a família da terra com mais gente a viver da autarquia.

Esta pergunta não é nova já que nos últimos dias muitas pessoas do concelho receberam uma chamada telefónica de uma empresa de sondagens, sinal de que os partidos bem financiados pelos mais ou menos grandes interesses locais já estão a limpar as suas armas, ainda que alguns deles parece estarem a concorrer com munições de pólvora seca, daquela que olhamos e vemos tudo branco.

Do ponto de vista dos opositores falhados da nossa terra, da oposição incompetente, flácida e com tendência para o bandeamento, que faz xixi pelas calças abaixo só de ouvirem o nomes do eng. Soromenho, o melhor seria enfrentarem a São. Além disso, se o cantor concorrer sabem muito bem que ninguém vai perceber se o Araújo é candidato pelo Rui Setúbal ou pelo Luís Gomes, ainda que as relações entre estes dois sejam maiores do que parecem. O pior candidato para o Setúbal Célia e Mob seria o cantor, daí que mal ouviram o nome os seus paus mandados tiveram logo uma grande crise de apelo à unidade, só não se percebe quem é que eles querem unir e contra quem.

A São dos Ciprianos deixou uma imagem de incompetência e apesar de manter um pequeno e fiel rebanho de funcionários que alimenta com erva fresquinha e por isso a seguem, tem uma péssima imagem pública. A sua incompetência, ter uma boa parte da família a comer a erva fresca do pasto municipal e um irmão que é um verdadeiro espanta votos não ajuda muito à sua imagem. Além disso, tanto ela como o seu antecessor têm tantas vacas encouradas que não é certo de que tenha um mandato tranquilo, mesmo sabendo-se dos milhões que gastam em advogados.

Resta saber se ambos estão em condições de se candidatarem, se até lá a São não dá o gole no “agora é Luís” ou se este há ultima hora não despacha a São para a escola e arranja outro candidato a vice. Por agora o candidato independente levou o cantor a apelar à unidade e, ao que conta, foi esse argumento que levou o Luís a apelar à unidade. Ainda é cedo para se saber quem é que o candidato independente, já que a candidatura do Rui Setúbal parece ser um nado morto da política autárquica.

38?




Trinta e oito nem dá para filmar o Ali Baba e os quarenta ladrões, num concelho com 15.000 eleitores e onde esta gente manda há mais de 15 anos o regresso do Luís Gomez, depois de uma breve carreira de cantor falhado, foi este o número de eleitores que conseguiram arrebanhar. Se somarmos os muitos Ciprianos dependentes das mordomias municipais, aos lambe cus do costume, ao padre, ao chefe do banco e a alguns militantes do velho PSD que certamente há, é pouca coisa.

Um candidato independente á CM terá de contar com o apoio de 500 cidadãos eleitores do concelho, muito mais do que os votos de alguns partidos e uma percentagem substancial dos ovitos dos maiores partidos. No entanto no PS bastou o Luiz Gomez escolher-se a si próprio e no PS o Araújo foi escolhido pelo Rui Setúbal, depois meia dúzia de militantes bastaram para que tenhamos candidatos à vitória.

Não admira que esta gente e em especial os do Araújo estejam tão nervosos com o aparecimento de um candidato independente, sabem que valem muito pouco, que têm muitas contas políticas no cartório da terra e queriam tratar os eleitores como borregos a escolher um curral.

A verdade é que tanto o Araújo como o Luís Gomez não querem alternativas reais, um é fraquinho, fraquinho, fraquinho, o outro estaria impedido de concorrer se a Lei do FAM tivesse sido aplicada ou se muita coisa fosse bem analisada. Mas se não surgir alguém o povo não terá outro remédio senão eleger um dos dois.

É por isso que temos assistido a tantas manobras sujas e surpreendentemente tê vindo do lado daqueles que se afirmam pelos bons princípios, mas que agora não hesitam em sujar a memória de tanta gente, numa luta desesperada para chegarem ao poder. É uma pena que nem a Célia Paz, nem o Luiz Gomez tenham tornado públicos os resultados das eleições pata os órgãos locais dos seus partidos. Não sabemos quantos militantes com as quotas em dia têm (incluindo aqueles a quem as andam a pagar no conforto dos seus gabinetes), quantos militantes votaram e quantos votaram nos dirigente eleitos.

É uma pena, porque assim saberíamos como muita gente sobe na vida.

SEJA BEM-VINDO ENG. SOROMENHO




Um dos maiores dramas de alguns setores dessa espécie de oposição flácida, incompetente e conivente era o possível regresso do Luís Gomes, agora travestido em Luiz Gomez, uma espécie de Serafim Saudade, a personagem do cantor de musica rock de Herman José, que agora parece querer transformar-se numa outra personagem do mesmo humorista que tornou famosa a expressão “eu é que sou o presidente da junta”.

Ao convencer a São a desistir de qualquer candidatura, levando 38 destemidos militantes do PS a votarem nas eleições para a escolha do líder local, o cantor Luiz Gomez obrigou a família Cipriano a prestar-lhe vassalagem, reconhecendo nele o “presidente da junta” e candidato à autarquia. Este era o maior pesadelo daquela oposição da treta, só o nome do cantor lhes faz sentir um frio a descer na espinha. Fora quatro derrotas consecutivas, durante as quais o Luiz Gomez fez deles gato sapato.

Todos eles têm medo do Luiz Gomez, porque têm complexos de inferioridade depois de tantas derrotas, mas acima de tudo porque sabem que os únicos comprados não foram os famosos bandeados. Há muita gente desta oposição que recebeu favores, todos sabem da relação do Araújo com o Luiz Gomez, consta que outro famoso candidato da oposição retirou o seu nome de uma lista para depois vermos a esposa a ser contratada pela CM. Até a CDU, que neste domínio costuma ser isenta, em VRSA assistimos a uma corrente do nosso dinheiro para Cuba e todos sabemos que para muita gente Cuba é uma espécie de paraíso.

Mas ainda bem que o Eng. Soromenho é candidato, ainda que isso leve a que muita gente da oposição tenha medo de levar com os chifres de uma das muitas vacas encouradas que por aí andam. O Luiz Gomez fez-lhes muitos favores, comprou alguns deles e sabe dos podres de outros destemidos opositores. Ainda bem porque assim resolve-se o problema, derrotar a São significaria ficar com o fantasma a andar por aí.

É bom que o Luiz Gomez venha, para sabermos quem na oposição daria um bom Cigarrinho, para sabermos se o Araújo seria candidato a presidente ou a vice do Luiz Gomez depois de um acordo em nome do interesse do concelho. É preciso exorcizar a terra deste diabrete e para isso é necessário que ele vá a votos e quem tiver medo que desista, porque de cobardes está VRSA farta.

AGORA É A SÃO (QUE NOS DÁ AS GORJETAS)





Como é que se sentirão as pessoas que a troco de meras gorjetas venderam os seus votos para que alguns levassem o concelho à ruína, gastando centenas  de milhões de euros, ignorando  a lei de forma sistemática, fazendo adjudicações diretas mais do que descaradas ao longo de anos e anos, até que o dinheiro acabou e o FAM começou a apertar com eles?

Essa gente que vemos nas fotografias das arruadas da São, com o ar mais feliz deste mundo ou enchendo o campo do Lusitano numa jantarada, sabia muito bem que para terem mais uns tostões em gorjetas, envelopes, águas à borla, perdões de rendas ou de taxas de esplanadas, contratos de assessoria e outras formas usadas para untarem mãos.

Durante anos e anos foi uma orgia de falta de princípios, um vale de tudo onde sorriam fazendo de conta que acreditam que VRSA tinha ganho um Euromilhões autárquico. Muitos não passaram de meros oportunistas, sabiam muito bem que a sensação de enriquecimento que tinham era uma Dona Branca autárquica, um esquema de pirâmide que um dia se iria desmoronar, sendo os outros a pagar.

Enquanto uns votavam a pensar nas propostas e no futuro do concelho outros votaram a pensar no envelope, na contrapartida, na generosidade assente na ruína de um concelho. Como é que esses oportunistas olham hoje nos olhos dos seus vizinhos, como se sentem ao verem uma terra porca, o que lhes vai na consciência quando percebem que na mais grave crise que o concelho enfrentou a CM não teve um tostão para acorrer aos que precisaram de ajuda?

Acabemos com a farsa, se há muita gente cuja ignorância não os ajuda a perceber que ao votar naqueles que o levam a jantar ao campo do Lusitano estão a ajudar a arruinar o concelho, há outros que sabem muito bem que estão a fazer a todos os outros que vivem no concelho. Chamemos os bois pelos nomes, quem tem consciência da desgraça do seu concelho e votam numa situação só porque isso os ajuda a ganhar uma gorjeta não passam de oportunistas.

Não são apenas os autarcas, todos os que de alguma forma e em consciência ajudaram esta gente a governar o concelho, seja recebendo gorjetas materiais ou ajudas em promoções e reconduções em institutos públicos ou que a troco da cobardia conseguiram quaisquer vantagens são corresponsáveis pelo estado a que chegou o concelho. gorjeteiros, bandeados, oportunistas e traidores dos seus partidos todos devem assumir a responsabilidade pelo que foi feito.

BANDEADOS E LAMBE CUS





Ao fim de uma gestão autárquica assente numa lógica de favorecimento em troca de votos assistimos a uma nova fauna que metaforicamente é formada por bandeados e lambe cus. Foi década e meia de compra de opositores, de utilização de todos os instrumentos da autarquia para comprar eleitores ou promover o bandeamento de opositores.

Já vimos antigos vereadores da oposição aceitar acompanhar um autarca no bar dos pescadores na mesma hora em que decorria uma arruada do seu partido. O mesmo ex-vereador, que certamente foi reconduzido como chefe da sua repartição quando o Luiz Gomez era vice-rei do Algarve e Passos Coelho era primeiro-ministro, chegou a comparecer em 2018 a um jantar de apoio político a Luiz Gomes. Também é famoso o oposicionista com responsabilidades políticas distritais que retirou o seu nome da candidatura autárquica do seu partido a dez dias do prazo de apresentação das listas, para depois vermos a esposa ser contratada pela CM.

Antes disso, a longa série de bandeados começou com o famoso Cigarrinho, que ainda hoje vai enchendo o “bandulho” graças aos dinheiros de avenças chorudas. Aliás, foi o primeiro militante da causa comunista a bandear-se para a direita, atrás deles foi uma boa parte do PCP local, com famílias inteiras a bandearem-se para o lado de onde vinha o dinheiro. Depois vimos deputados municipais traírem os partidos pelos quais foram eleitos para viabilizarem a SGU e ainda recentemente parece terem feito jeitinhos no negócio da ESSE

A lista é imensa e não se fica pela arraia miúda como temos vindo a ver nos últimos dias, há lambe cus ao mais alto nível, aliás, a há mesmo uma hierarquia de lambe cus, há o lambe cus do lambe cus, o lambe cus do lambe cus do lambe cus e por aí adiante. Até há bandeados que acumulam a categoria de lambe cus, não lhes bastou venderem-se, depois disso não perdiam a oportunidade de elogiar o LG, ao ponto de fazerem verdadeiras fotografias tristes para a TV.

As centenas de milhões de euros gastos ao longo d década e meia deram para muito mais do que esgotos pagos parcialmente com fundos ou para um passadiço co-financiado pela UE. Deram para envelopes, horas extraordinárias que não faziam, filmes sobre ceguinhos que passaram a ver graças ao autarca, idas a Cuba para comprar charutos e muitos outros favores. Água à borla, taxas de esplanadas que ficaram por pagar, empregos na SGU e na CM, bons ordenados para padres fugidos e muito mais.

Com tantos milhões a lambuzar as mãos de toda a gente, alguns eleitores do LG e da São acabaram por aceitar a  sua transformação em bandeados e lambe cus, gente com pouca dignidade com que teremos de conviver quando de uma vez por todas nos livrarmos desta filoxera que destruiu a nossa terra. Esta gente não levou ao apodrecimento de um PSD que hoje só consegue arrebanhar 18 votos na eleição do líder nacional e 38 na eleição do líder local, alguns deles bandeados e lambe cus, apodreceram a autarquia e até os partidos da oposição, uns ficaram anestesiados com as alianças espúrias ou os dinheiros enviados para Cuba, outros ficaram tão velhacos e oportunistas como os do poder.


PS: a imagem é a obra-prima do lambecusismo local foi a intervenção do deputado municipal António Cabrita na sessão solene comemorativa do 25 de Abril do ano de 2009. Como é possível alguém fazer uma intervenção destas para celebrar a democracia e a coragem dos que fizeram o 25 de Abril?

IRRESPONSABILIDADE





Talvez um dia a ARS do Algarve nos explique se há alguma lógica montar vários ZAP no concelho mais arruinado do Algarve, quando há concelhos mais povoados e com mais recursos como é o caso de Tavira. É evidente que as autoridades sanitárias deveriam ter dito que os ZAP não servem para autarcas incompetentes fazem campanhas de propaganda pessoal e que nesta região tal estrutura faria mais sentido em Tavira ou, pelo menos, os seus custos e gestão deveriam ser partilhados pelos três concelhos.

A São fez uma grande propaganda pessoal e acreditamos que a autoridade sanitária local exibiu a Faro e a Lisboa o sucesso da sua ação este concelho. Aliás, a autoridade sanitária e a autarquia andam tão de mãos dada que parece que tudo o que a São decide tem o apoio da delegada de Saúde.

Mas, enquanto do outro lado da fronteira vemos gente responsável,. Basta ver como o uso de máscaras se tornou obrigatório em todos os espaços públicos u como o Mercadona de Ayamonte tem várias mesas com dispensadores de gel e luva para quem mexe em fruta, enquanto nos nossos supermercados temos um dispensador de pequenas mijinhas de gel e quanto a luva nada, quem quer comprar fruta pode apalpara uma caixa de pêssegos para levar um quilo.

Mas se no comércio andamos a fazer de conta no que se refere à CM estamos no domínio da irresponsabilidade. A fim de ajeitar as contras da autarquia a presidente da CM tem vindo a promover o maior número possível de vendedores ambulantes no concelho, apenas para conseguir aumentar ao máximo as receitas em taxas. Para isso não hesita em forçar a realização de uma feira de livros ou a passar a bissemanal aquilo que designa por feira de artesanato, mas que na verdade é uma feira de produtos tradicionais, com tantas bancas que quase não sobra espaço para os compradores.

É evidente que no primeiro dia de feira a autarca e a delegada de Saúde vão aparecer para “aconselharem” os comerciantes. Sabem que as coisas podem dar para o torto e fazem esta manobra para que se ocorrer um caso de contaminação grave sempre podem dizer que até tiveram o cuidado de dar conselhos aos comerciantes. A isto chama-se lavar as mãos como Pilatos e se alguma coisa correr mal a culpa foi de quem não seguiu os conselhos da delegada de saúde e da presidente da autarquia.

Para usar uma linguagem popular é caso para dizer que estão a brincar com o fogo. Mas se esta multiplicação desordenada de feiras de rua resultar em contaminação teremos de pedir contas às duas senhoras. Para obre receitas fáceis a CM, com o apoio aparente da delegada de Saúde., está fazendo o contrário do que deveria ser feito. Esperemos que tudo corram bem e não destruam o que resta do turismo e comércio locais, só para que a São ajeite as contas de uma CM que não teve um tostão para apoiar o concelho.

ESTÁS PERDOADA, SÃO






Parecia que estávamos a adivinhar, quando brincámos com a realidade política da nossa autarquia previmos num dos dizeres que a São seria perdoada. Perante o perigo de uma vitória da candidatura independente e depois de ouvirem dizer que eventuais irregularidades seriam denunciadas à justiça, parece que os alarmes trocaram.

De um dia para o outro o discurso que se ia ouvindo por aí, de que a culpa não era do Luiz Gomez mas sim da São, que era uma incompetente e só fazia asneiras, que se fosse o Luiz a estar na CM haveria dinheiro em barda e tudo estaria bem, deu lugar a um outro, que se um for ao fundo iremos todos ao fundo.

O resultado foi o que se viu, a São parece ter prestado vassalagem ao que a escolheu para desgraçar o Município estes quatro anos e como prova da sua fidelidade parece ter servido a “cabeça” do mano numa bandeja de papelão.

Parece que a brincadeira política é ainda mais atual e por isso voltamos a colocar o vídeo que vimos em maio do ano passado. “Não chores São, ele vai perdoar-te..:” é um dos dizeres do vídeo, confirmou-se, é despromovida mas se ganharem as eleições continua na CM, como se fosse o Dmitri Medvedev de VRSA. Isto é mesmo uma república das bananas com tiques russos.

Só que o nosso Putin nada tem que ver com o outro em nada, desde as musiquinhas à desgraça económica.

UMA VERGONHA DE OPOSIÇÃO





Sem o apoio da CDU o agora cantor falhado nunca teria tido a oportunidade de levar o Município do VRSSA à ruína financeira e humana em que se encontra hoje, uma instituição que apenas serve para cobrar taxas e pagar vencimentos.

Há quem diga que a culpa foi de um vereador que com desculpas da treta arranjou uma boa vida e está há década e meia a viver muito acima do que alguma vez imaginou possível com as habilitações que tinha. Mas a verdade é que o famoso Cigarrinho antes de se bandear foi designado vereador com o pelouro do turismo com base num acordo entre a CDU, que deu lugar a uma aliança pós-eleitoral. A forma como o Cigarrinho perdeu a confiança do PCP ainda está por esclarecer.

Se a relação entre CDU e o Luís Gomez foi sempre ambígua dada a relação estabelecida com Cuba, que colocou o nosso Município a financiar o regime de Fidel, a relação com algumas personalidades do PS local foi mais do domínio da bandalhice. É bom, lembrar que enquanto vereador o agora candidato pelo Rui Setúbal foi muito conciliador com os dinheiros enviados para Cuba e mais tarde teve comportamentos que, no mínimo, pareceram fretes ao Luiz Gomez.

Luiz Gomez soube namorar o então primeiro-ministro José Sócrates, muito provavelmente através da sua amiga Ana Paula Vitorino, a quem encomendou algumas páginas de banalidades a troco de muitas dezenas de milhares de euros. É muito provável que a relação com alguns governantes do PS permitiu a Luiz Gomez “gozar” com os militantes locais daquele partido.

Um deles dependia das simpatias do líder distrital do PSD, que na época era o Luiz Gomez, para sobreviver como chefe de uma repartição pública local, como me chegaram a dizer. Um outro chegou ao ponto de retirar o seu nome de uma candidatura do PS a poucos dias do termo do prazo para entregar as lias, tendo-se percebido depois que a esposa tinha sido contratada pelo Luiz Gomes e hoje pode agradecer à São e ao Luiz já ser funcionária do quadro.

Foi esta a oposição que o Luís Gomez e a São tiveram da parte dos partidos com assentos nos órgãos da autarquia, uma oposição flácida, incompetente e cheia de bandeados e lambe cus. Na hora de atirarem as culpas a Luiz Gomez e aos seus apoiantes não se esqueçam de incluir entre estes muita gente envolvida nas lideranças dos partidos da oposição. A verdade é que a promiscuidade foi muita e alguma ainda está por se conhecer, garantimos que nesta matéria às vezes é no melhor pano que cai a nódoa.

A PANTOMINICE CONTINUA

Latas com ar de Fátima à venda - Atualidade - Correio da Manhã


Depois de uma luta de vida ou de morte entre a São e o Luís eis que a autarca atirou a toalha ao chão, dispensou o irmão e aceitou um lugar de candidata a vice, na esperança de não ter de ir ensinar calhaus na escola. O mais engraçado é que segundo nos conta voz amiga, a desculpa dada aos que ficaram surpreendidos é que está cansada.

Compreende-se, gerir uma autarquia que se deixou falida cansa e gerir de forma incompetente cansa ainda mais, já que em vez de resolver os problemas ainda arranja mais. Aturar o FAM, trabalhar sob as ordens do contabilista de Borba, ter de dar cambalhotas em todas as Sessões de Câmara, lidar com um homem do LG no lugar de presidente da AM, enfrentar uma horda de funcionários leais ao antecessor e ler os disparates do mano no Facebook deve cansar muito. Mas, não deve provocar mais cansaço do que aquele que os vila-realenses sentem depois de a ter três anos na presidência.

Agora vem aí o salvador, ao que consta convenceu os seus pares a apoiá-lo argumentando que estavam todos unidos no destino e que se o barco fosse ao fundo não seria apenas ele a afogar-se. Parece que as próximas eleições não serão as favas contadas com que contavam, quando pensavam que teriam de enfrentar apenas os Álvaros.

Até aqui dizia-se que o cantor estava de volta, que se dizia que tinha deixado tudo bem mas a incompetência da São tinha estragado tudo. Quanto à incompetência da São todos estamos de acordo, o problema é que a incompetência do Luís Gomes ´+e ainda maior, deixou a terra cheia de dívidas e, tanto quanto soubemos pela São, as dívidas eram ainda mais do que constavam na escrita. Aliás, é bem provável que ainda surjam muitas despesas.

Mandava dizer que voltava e resolvia os problemas, isto é, aquele que durante uma década só gastou e aldrabou, agora que a autarquia está à beira da insolvência é que ele vai arranjar dinheiro. Provavelmente vai vender a água do Guadiana em latinhas e dizer que é ainda mais poderosa do que as latas com ar de Fátima.

IRRESPONSABILIDADE





O pior que pode suceder a VRSA e ao país já não é ter um mau verão, isso é um dado adquirido e não há São Cabrita que o evite, muito menos uma São Cabrita que em três de um mandato paupérrimo nunca evidenciou grandes sinais de inteligência e competência, para não falar de outros defeitos piores, já que não resultam de condições naturais.

De um ponto de vista económico as consequências da pandemia para a economia de VRSA foram trágicas. E o que fez a São Cabrita para ajudar as nossas empresas a sobreviver? Nada, muito simplesmente continuou a cobrar as suas taxas altas, não perdoou uma taxa de esplanada, não suspendeu a taxa turística e mal acabou o confinamento já a sua ESSE andava na caça à multa.

Deixaram a CM tão falida que não podem deixar de cobrar um tostão em taxas. É assim que se percebe o esforço da autarca para promover o comércio ambulante o mais possível, para receber mais taxas de ocupação de espaço. EM Monte Gordo, até forçaram a realização da feira do livro, faz de chamariz, promove o movimento no calçadão e estimula o aparecimento de clientes para o comércio ambulante. Representa para o comércio de rua o que os supermercados são nos centros comerciais, funciona como loja âncora.

Aqui ao lado, em Ayamonte temos uma alcaide responsável, percebe que a prioridade não são meia dúzia de tostões em taxas, mas sim a segurança sanitária, o importante é impedir a qualquer custo o aparecimento de um surto, que teria consequências dramáticas para a região. Não admira que não proporcione o espectáculo que vemos deste lado e que a título preventivo torne obrigatório o uso de máscara em todo o lado. Aqui, nem nos mercado municipais controlam o movimento.

Não admira que deste lado não só a CM ignora a pandemia e os seus riscos, como ainda promove grandes concentrações de gente, como aquelas que é habitual ver todas as quintas-feiras, com a realização da feira do artesanato na Praça Marquês de Pombal. Mais irresponsabilidade é impossível.

Esperemos que esta gestão irresponsável não tenha as consequências que receamos, já que em matéria sanitária a irresponsabilidade mata. Se tal suceder quereremos saber o que a delegada de saúde tem a dizer.

O PESADELO VOLTOU




A carreira de cantor cubano estava a correr mal, cantava mal, a pronuncia denunciava-o, aos poucos foi-se apagando e com a pandemia de covidis-19 o cantor arrumou as botas, ainda fez um lançamento mas não pegou. Os tempos são difíceis, a música deixou de dar, o Sem Espinhas Natura esmoreceu com as novas regras, a madrinha deixou de ser ministra.

De um dia para o outro a luta de vida ou de morte com a São pelo lugar de conforto na CM começou, primeiro a luta ao nível da distrital, onde os Cabritas eram olhados de, depois a disputa pela candidatura, o que implicava lutar pela concelhia. Ainda há poucos dias sabíamos que a São tinha ido a Cuba à nossa custa para ver o Luís receber a medalha e, pior do que isso, o Cabritão foi calado online porque se soube que até o Tio Manuel dos Cabritas tinha feito a viagem à nossa conta.

A luta era de vida ou de morte e enquanto a São se mantinha em segredo o senhor da pedinça de charutos e medronho no Facebook fazia o trabalho sujo, dava a cara à luta, isto depois de já ter dado a entender que a luta pela autarquia tinha começado. Até já se sabia quem era o candidato a vice-presidente o coitado do Luís Romão até já andava por aí em busca de lugar noutras candidaturas.

Mas a São percebeu que estava perdida, que o seu desempenho foi tão incompetente que perderia as eleições e isso seria um grande perigo. Se tivesse a ter de enfrentar a justiça não teria ninguém para pagar as centenas de milhares que já pagou ao Morais Sarmento ou os mais de 40 mil para defender o Luís Gomes no Tribunal de Contas. E todos sabemos que a família já teve dias de mais fartura.

O Luís ainda aceitava a São, não engoliria o mano, esse é tóxico para qualquer candidatura, as ofensas a tudo e todos, as ameaças, as pedinchas de charutos no Facebook, as almoçaradas nas mais diversas confrarias, tornaram-no numa companhia inconveniente e o Luís Gomes não lhe perdoaria as ofensas feitas no Facebook. Habitualmente era ele a assumir esta parte mais mal cheirosa da política, mas desta vez parece ter-lhe corrido mal.

Agora diz que saiu pelo seu pé, que terá gritado “agarrem-me senão vou-me embora!”, mas a verdade é que todos sabem-nos que foi o Luís Gomes que correu com ele. O Luís Gomes tinha contas a ajustar e não falta por aí quem receie vinganças, o pesadelo voltou e de um dia para o outro a São prostrou-se de joelhos para salvar o lugar e até aceitou que o mano fosse dispensado.

A São percebeu que o Luís tinha razão, que estavam todos no mesmo barco e que tudo o foi feito implicava os dois. A São sabe muito bem que os arquivos da autarquia são explosivos, gastaram muito dinheiro de forma duvidosa e não podem deixar ninguém aceder aos arquivos enquanto estes puderem atear incêndios. Estão todos no mesmo barco, mas a não ser que a candidatura do Araújo ajude o seu amigo Luís e o ajude a ganhar sem,  maioria absoluta, ou vão todos juntos ao fundo num barco que há muito que está a naufragar.

DA LENDA DO EGAS MONIZ À DOS CABRITAS





A São já percebeu que ia ser derrotada nas urnas, apesar de alguns dizerem que uma candidatura independente divide os votos, a verdade é que mesmo que essa suposta divisão de votos, a ainda presidente da autarquia receia a derrota, ao ponto de se sujeitar de novo ao Luís Gomes, que em tempos parece ter tentado meter em maus lençóis com a justiça.

Mas a perda da dignidade foi bem mais longe e os Cabritas fazem lembrar a lenda de Egas Moniz. Depois de terem tentado dar o golpe ao Luís Gomes e depois de tudo o que disseram uns doas outros, eis que a São aceita transformar uma eleição para os órgãos locais do PSD numa edição do ’Perdoa-me’. Em troca de um lugar numa futura lista não hesitou em “entregar a cabeça” do irmão.

É um espetáculo deprimente aquele que nos tem sido proporcionado pelo Luís Gomes e pela senhora a quem entregou a autarquia, para se retirar durante um ano. Depois de ter perseguido os apoiantes do Luís Gomes na autarquias, o que os levou a um jantar de apoio político ao ex-autarca que contou com a presença de Álvaro Araújo, depois de tudo o que disse a um jornalista. Aceita agora a humilhação de ver o irmão expulso para ela salvar o lugar.

O que os leva a esta falsa unidade, o que leva o Luís Gomes a este tudo por tudo, o que leva a São Cabrita a humilhar-se desta forma? A resposta é simples, estão cheios de medo. Receiam a candidatura de um independente os destrone e que depois de o candidato independente ter declarado na rádio que enviaria eventuais irregularidades que encontrasse para o Ministério público perceberam que o medo os unia, mais do que as ofensas os dividia.

Consta que em reunião alguém disse que estavam todos no primeiro barco e isso foi suficiente para a São atirar o mano pela borda fora e prestar vassalagem ao Luís Gomes. A verdade é que nunca imaginaram que houvesse oposição durante estes anos, mas o aparecimento do Largo da Forca estragou-lhes o negócio. E quando esperavam só ter de enfrentar o Rui Setúbal e o Luís Gomes eis que lhes aparece uma candidatura cujos apoios se multiplicam todos os dias.

Se saírem não só todos os seus negócios ficam a descoberto, correndo sérios riscos de que venham a ter problemas. Além disso, se forem corridos da autarquia, como todos esperamos, deixam de poder contar com o nosso dinheiro para pagarem caro a advogados como o Morais Sarmento, para os defenderem na justiça. É por isso que a São aceitou sacrificar o irmão e este foi de rabo entre as perna para a Manta Rota.

VRSA precisa de gente com um diferente conceito de dignidade e de autarcas que querem servir oi concelho e não transformar a CM numa espécie de forte para se defenderem.

SE NÃO ENCONTRARAM NADA EM MONTALEGRE...





Quando se deu a crise da dívida soberana que nos forçou a pedir ajuda internacional, foram várias as personalidades do partido da nossa “agora é São” que defenderam a investigação por parte do MP de situações de bancarrota. Faz todo o sentido que assim seja, se um primeiro-ministro ou um autarca conduz o país ou uma autarquia a uma situação financeira difícil é bom que se perceba se a situação se deveu a situações externas, a incompetência ou a gestão criminosa.

É inaceitável que pessoas que ainda nem sequer nasceram tenha que vir a pagar dívidas sem que os seus responsáveis sinta o mais pequeno calafrio pelo que fizeram. É evidente que há muitas auditorias, mas essas auditorias nem sempre são exaustivas e muito menos são investigações, na maior parte dos casos são auditorias de rotina. E pelo que vimos no relatório do FAM relativo ao ano de 2017, há por aí quem faça vista grossa às irregularidades que encontram.

Sempre que é notícia uma investigação criminal num qualquer município ouvem-se vozes em surdina a perguntar quando é que aparecem por cá. A pergunta faz todo o sentido, gastaram centenas de milhões de euros, deixaram um município arruinado por varias regras, gastaram milhões e milhões de euros desrespeitando as mais elementares regras da contratação pública e nada lhes aconteceu. Provavelmente está tudo bem e os que ficam surpreendidos são vítimas da sua maledicência.

Mas será normal pedir dinheiro a Bruxelas para recuperar um edifício e nele instalar um centro de interpretação do Guadiana e mal está recuperado é entregue a um grupo hoteleiro? Será normal que uma SGU que está falida e vai ser liquidada encomende estudos de comunicação? Será normal que uma presidente diga que não encontrou nada sobre encomendas de serviços do antecessor? Não acontece nada quando se gastaram fortunas em quiosques construídos ilegalmente e depois gastem outra fortuna para esconderem o cimento comum campo de golfe a que designam por jardim? Não, não faz sentido.

É por isso que nos aprece dizer que se não encontrarem nada em Montalegre venham aqui à outra ponta do país, talvez tenham mais sorte....

|SÓ NOS DÁ SANTINHOS|




Depois da pantominice dos apoios sociais na sequência da crise sanitária, a São deu início a uma nova pantominice, a da grande Marquesa de Pombal, promotoria de grandes obras públicas. De um dia para o outro começam a aparecer funcionários da CM, um par de cada vez a realizar grandiosas obras públicas.

E que grandiosas obras são noticiada pela nossa “Marquesa de Pombal”, uma desbaratização quando todos protestam porque as baratas já são maiores do que os pombos e a pintura de uma passadeira usando a tecnologia dos anos 60, uma lata de tinta e uma pistola!

Esta câmara faz-nos lembrar a anedota da amante do padre (os padres da terra que nos perdoem este pecadilho), a amiga, amante de um empresário de sucesso exibia casacos de peles e joias, enquanto a pobre da amante do padre se queixava de que só levava santinhos. Nós vila-realenses somos como a coitada da amante do padre, enquanto nos outros concelhos levam infantários, verdadeiros apoios ao empreendedorismo empresarial, infra estruturas sociais e muitas outras coisas, aqui só levamos santinhos. 

Publicitar dois funcionários a pintar uma passadeira ou a fazer que estão desbaratizando a cidade é ridículo demais para ser verdade, é preciso mesmo ter perdido a noção da realidade para que a São ache que os vila-realenses são lorpas ao ponto de lhe ficarem gratos por fazer tarde e más horas aquilo que em todo o lado se faz, sem mandar um qualquer Tiaguinho tirar fotografias.

É a prova de que a “Agora é São” já deu o que tinha a dar, destruiriam o Município levando-o à ruína financeira e agora raspam o fundo ao tacho na esperança de sobreviverem. A verdade é que já só estão na CM para se protegerem e não é por acaso que pagam fortunas a advogados, estão na CM para gastarem o pouco dinheiro em advogados para responder aos processos da IGF ou para manterem dívidas litigiosas que não podem assumir como dívidas que fizeram.

O maior investimento da São durante este mandato foi no Morais Sarmento, em quem investiu um milhão de euros, isto numa autarquia que não teve um tostão para apoios durante a crise sanitária. A CM já deixou de estar ao serviço do concelho. O Morais Sarmento leva os casacos de pele e as joias, o concelho fica com “santinhos” da São.

NÃO SE ESQUEÇAM DE AGRADECER À SENHORA




O que seria de nós sem a competência, a transparência, a verdade e o sentido de Estado da nossa Presidente da CM? É por isso que temos de lhe agradecer pela sua imensa  obra.

Graças a ela não há filas de trânsito, não há engarrafamentos, todos temos onde estacionar os nossos carros e os que nos visitam nunca gostaram tanto de cá vir. É graças a ela que temos uma Esse que no dia seguinte ao desconfinamento já estava a pintar as marcas dos lugares e a regularizar o estacionamento com as suas  multas. Um dia que não nos cruzemos com os seus fiscais simpáticos é que vamos perceber o tanto que temos de agradecer à nossa São, Sanita aqui para os seus maiores admiradores.

Graças a ela não temos baratas, até devíamos colocar um cartaz daqueles amarelos que ela pagou para colocarem na EN125, informando quem nos visita que está entrando num “concelho livre de baratas”. Não só não temos baratas como somos poupados a acabar com elas, a nossa autarca deixa-as crescer até que possam ser apanhadas como se andássemos a apanhar borboletas.

O que seria da nossa agricultura  sem as suas ideias? Temos a única autarca do Algarve que transforma os passeios em espaços verdes. A coisa é tão bem feita que capam as poucas árvores que restam na terra e depois desenvolvem mato nas calçadas. Mas a ideia é brilhante e depois de contratarem um hortofruticultor do PSD ainda vamos colher coentros na rua do cemitério.

Graças a ela pagamos a água mais cara do Algarve mas em vez de protestarmos estamos agradecidos, a água é melhor do que a Água das Pedras quando era vendida nas farmácias. Mas não é só a água que é tão gostosa, também temos de agradecer a simpatia da empresa, a forma compreensiva como nos tratam e o cuidados que têm de não mandarem mais do que uma fatura por mês.

E o que dizer da higiene pública do nosso concelho? Uma maravilha, ruas limpas, não se vê dejetos de cão, os contentores lavadinhos todos os dias. Em boa hora trouxeram a Ecoambiente, não só nos presta um serviço de grande qualidade como ainda permite que a nossa São se esqueça de lhes pagar o serviço.

|RIDÍCULO|




Alguma CM anuncia uma desbaratização como se fosse uma grande coisa na sua página do Facebook? É óbvio que não, as autarquias existem precisamente para assegurar a higiene pública e não é suposto que cortar as ervas na calçada, a recolha do lixo ou a desbaratização sejam notícia.

Mas aqui na nossa terra a nossa autarca não sabe o que é limpara a terra e as redes sociais estão cheias de protestos. Nos últimos dias as queixas em relação às baratas são imensas e se há quem viva num primeiro andar e se queixe da invasão de baratas, imaginem quem vive no rés-do-chão e os custos que isso representam para o comércio.

É por isso que aquilo que em nenhuma CM alguém se lembraria de anunciar uma desbaratização como se tivesse acabado de inaugurar um novo infantário. Mas a nossa autarca já perdeu a noção do ridículo. Leu as queixas nas redes sociais e deve ter dito ao Tiago: “Ó Tiaguinho, pega na máquina fotografia, leva dois homens ali à R. Do Conselheiro Frederico Ramirez, tira-lhes uma foto a abrir uma tampa de esgotos e faz uma notícia a anunciar mais uma grandiosa obra minha, vamos desbaratizar a vila!”.

E assim nasce mais uma grande obra e todos temos de agradecer a sua brilhante ideia, se não fosse a nossa querida Sanita haveriam baratas pró todo o lado. Só é pena que não se tenha lembrado dois dias antes, teria alguma obra pessoal para pessoal para mostrar ao Presidente da República e este teria a oportunidade única de tirar uma selfie comas baratas vila-realenses, a espécie protegida da São Cabrita.





O país vai ter uma quebra do PIB na ordem dos quase 10%, o aumento do desemprego no Algarve no passado mês de maio atingiu os 200% em relação ao mês homólogo do ano passado, a fronteira com Espanha esteve encerrada durante vários meses, quase toda a atividade económica do concelho esteve paralisada e depois do confinamento ficou aquém dos níveis do ano passado.

A situação de VRSA é grave, porventura é dos concelhos do país que mais sofrerá com as consequências económicas da pandemia. Hoje ninguém duvida de que o risco de uma segunda vaga da pandemia é quase um dado adquirido, o que significa que as perspetivas para o futuro são muito más. Este é o quadro da economia do nosso concelho, uma situação extremamente grave que não permite qualquer otimismo e que muito provavelmente se agravará.

Mas para a presidente da CM a realidade é outra, não pode assumir que ajudou a arruinar a CM, não pode dizer que a CM não tem dinheiro para acorrer a quem precisa, tem de recorrer à pantominice do sucesso, do concelho cheio de obras, da autarca competente, tem de criar uma realidade virtual para transformar um mandato autárquico marcado pela mentira, pela falta de transparência e pela incompetência numa pantominioce de sucesso.

Já alguém viu a presidente visitar os empresários que enfrentam a crise receando as consequências de uma crise sanitária e económica prolongada? Claro que não, a autarca não tem nada para lhes dar, pior ainda, nem sequer os alivia da mais pequena taxa municipal. Em vez de visitar os empresários da terra a autarca prefere promover os de fora, dando-lhes licenças para fazerem concorrência desleal. A troco das taxas de ocupação do espaço público ajuda a afundar ainda mais a economia local.

Alguém viu a presidente da CM levar o Presidente da República a visitar as lojas que desde Março que nada vendem, aos cafés que há quatro meses pagam taxas por esplanadas vazias, aos hoteleiros que têm os hotéis vazios? Não, o que vemos é a autarca a visitar vendedores ambulantes num calçadão vazio, acompanhada dos seus vereadores e da delegada de saúde que começa a parecer uma espécie de médica da câmara.

É preciso negar a realidade e levar esta pantominice até ao próximo ano, para assegurar que algumas famílias continuem a beneficiar dos escassos recursos financeiros da autarquia. Pouco importa uma terra desgraçada, ruas sujas e cheias de ervas, baratas e caca de cão por todo o lado, o que importa é que os eleitores acreditem nesta pantominivce.

O PRESIDENTE NA VRSA DA ALICE





É bom que um Presidente da República visite um concelho do Algarve, ainda que como é sabido a Presidência da República poucas competências tenha em matéria de desenvolvimento económico, nesse capítulo quem manda em VRSA é o FAM, o que significa que VRSA está sob a tutela do autarca de Tavira, agora arvorado em secretário de Estado da Administração Local.

É natural que a deslocação de um Presidente a um concelho resulte de um ponto de vista protocolar do presidente da autarquia que ele visita ou onde ele decidiu reunir com os autarcas. Não faria sentido que um Presidente da República telefonasse a um autarca dizendo “olá, o que acha de eu ir aí amanhã?”. A insistência da CM em frisar em todas as notícias que o PR veio a convite da presidente da autarquia não passa de um raciocínio pacóvio, já que não podia deixar de ser de outra forma.

Mas o que terá dito a São Cabrita ao Presidente da República, que tipo de ajuda pode esperar? Pelas visitas que sugeriu ao Presidente da República não terá dito nada. A ida ao Hotel Vasco da Gama não passou de uma escolha que mais parece ter que ver com a Confraria do Atum do que com a hotelaria, já que aquele hotel há muito que deixou de deixar de representar os problemas do turismo em VRSA. Quanto à ida aos estaleiros começa a ser um ritual, mas a verdade é que não é fazendo visitas a uma empresa de sucesso e a menos atingida pela pandemia que se alerta o Presidente para os problemas.

Mas compreende-se que a nossa autarca se encoste e mostre o que a família Sousa Uva fez há 60 anos ou o que um industrial da construção naval desenvolveu nos últimos anos. A verdade é que a São cabrita fez muita obra, só que esta é imaginária. A São poderia ter levado o Presidente a visitar a unidade de cuidados continuados, o hotel da Muralha, o Centro de Interpretação do Guadiana e muitas obras emblemáticas que temos de agradecer a um município onde a autarca foi vereadora em três mandatos, um dos quais como vice-presidente e mais três anos como presidente.

Só que toda essa imensa obra onde se gastaram mais de 200 milhões de euros não passaram de mentira. Hoje só pode mostrar uma terra suja (que mandou limpar à pressa), uma miséria social endémica, esplanadas vazias e um comércio em crise. Compreende-se que em vez de mostrar a sua ação numa terra arruinada, prefere surfar no passado e no trabalho alheio.

Teria sido mais interessante se o Presidente da República tivesse conhecido o outro lado de VRSA, mas isso implicaria riscos para a autarca, o que seria se alguém contasse o que se passa com a ESSE, se alguém denunciasse que mesmo fechadas as esplanadas pagam taxa, que esta autarca não teve um tostão para ajudar a terra na sua pior crise, que o pouco que deu foi para ficar na fotografia e fazer propaganda.

O Presidente da República partiu, a terra continuará arruinada, as mentiras continuarão a ser as do costume, tudo voltou ao velho normal da São Cabrita e da sua maravilhosa equipa autárquica.

MEMÓRIAS DO LARGO DA FORCA





Ir a tribunal é uma chatice, uma mera queixa por uma qualquer questão de lana caprina pode conduzir a um processo de onde resulta a constituição de arguido e as consequentes chatices que isso dá, desde a necessidade de contratar um advogado até a um eventual julgamento. EM muitos casos não passa de uma forma de pressão, acabando por ser arquivado ou num julgamento que se fica por um mero acordo. Mas um processo pode  significar muitos custos e perdas de tempo, para além do lado psicológico do famoso “termo de residência” que condiciona  a liberdade de um cidadão.

Não admira que alguns políticos tenham usado o expediente das queixas para fazerem pressão sobre a oposição, é comum na Madeira, onde o Alberto João foi campeão deste estratagema, José Sócrates também foi useiro e vezeiro nesta estratégia. Os políticos nem se incomodam, podem pagar fortunas a grandes escritórios de advogados e mesmo sem conseguirem condenar ninguém promovem o silêncio por medo das chatices. Além disso para os políticos estes esquema porquinho não tem custos, já que é o Estado que paga.

O ex-autarca Luís Gomes recorreu ao mesmo esquema e como era presidente de uma CM riquíssima, bastando ir à margem do Guadiana com um balde que rapidamente se enchia um xalavar com notas de cem euros. Não admira que recorresse a este estratagema pagando ao escritório de advogados mais caros do país, com direito a contar com um vice-presidente do PSD e ex-ministro dado a mergulhos recreativos em São Tomé. A desbunda chegou ao ponto de vermos grandes advogados a tratar de assuntos domésticos.

O processo mais ridículo envolveu um outro ex-presidente da CM que no decurso de uma campanha eleitoral e na qualidade de candidato acusou outra candidatura de comprar likes. É uma forma de se dizer que se paga publicidade ao Facebook para promover visitas e likes, um processo comercial comum em todo o mundo no domínio do marketing nesta rede social. Mas parece que em VRSA houve alguém na justiça que concordou que isso era uma ofensa grave, digna de levar a julgamento e com isso gastar dinheiro dos contribuintes, pelo que a coisa foi a julgamento.

Estas queixas não são mais do que um processo de asfixia democrática que visa silenciar qualquer voz, assegurando que o poder vive com menos críticas públicas do que no tempo da PIDE. Se a justiça for muito sensível a este tipo de queixas, como parecia ser em VRSA (estranhamento é menos sensível com outros fatos numa CM arruinada por má gestão) pode ser perigoso dizer bom dia à São, não vá ela queixar-se de que o bom dia foi dito de uma forma que ofensiva.

Este tipo de asfixia a par de muitas perseguições a quem opina nas redes sociais criou em VRSA um ambiente de ditadura ao estilo da Coreia do Norte, todos sabem que se ousarem fazer a mais pequena crítica aos Cabritas arrisca-se a ter de mudar de concelho. A pouca vergonha chega ao ponto de o irmão da presidente da CM avisar um idoso que se queixou da agenda cultural da CM na sua página do Facebook, que tivesse cuidado por sabia onde ele morava. A insinuação de ameaça foi feita, foi lida e ninguém fez nada. Aliás, este senhor faz o rastreio do que se escreve nas redes sociais para se dirigir por mensagens a quem oponha de forma desfavorável. 

Mas não é apenas o mano a desempenhar este papel de vigilância nas redes sociais, às vezes temos a impressão de que esta equipa autárquica fiscaliza mais o que se escreve e opina nas redes sociais do que a sujidade das ruas ou o mau estado dos jardins e passeios. EM VRSA parecem existir apenas duas forças de fiscalização, a vigilância que o poder exerce junto da opinião dos cidadãos e a fiscalização dos agentes da ESSE.

Só algum tempo depois da criação do Largo de Forca se percebeu que o político local que nos fez o desafio o que pretendia era endossar a terceiros os riscos de enfrentar processos. No fundo teve a brilhante ideia de comprar uma pastilha elástica que mastigaria enquanto desse jeito e jogaria fora quando deixasse de ser útil, como se percebeu mais tarde.

Mas o mano da presidente cedo elegeu o Largo da Forca como o seu grande inimigo, passando a usar toda a sua artilharia política, a começar nas ofensas às mães a todo o tipo de ameaças. Pare este senhor em política vale tudo, desde fazer ameaças veladas a idosos a acusar os adversários políticos de envios de cartas anónimas. 

A determinada altura, o famosos consumidor de medronho e charutos da Manta Rota, mais o seu fiel escudeiro, o senhor criado numa casa da FEC-ML e agora já chegou a confrade, começou a sugerir que já sabia quem eram os autores do Largo da Forca, até se gabou junto de um amigo que com a ajuda de um hacker local já tinha identificado o autor. Entretanto, começaram a ser colocados posts sugerindo os nomes dos autores, envolvendo quem ele pensava que colaboravam com os que lhe convinha atacar.

Se alguns se riram à gargalhada destas insinuações, aquele que estava na origem do Largo da Forca foi o que ficou mais assustado. Mas enfim, quem tem rabo tem medo e o pobre homem ainda ficou mais incomoidado pois o hacker criou uma página de Facebook acusando a filha de ser a autora. O medo torvou-lhe o raciocínio, e se o luís Gomes se vingasse? Só o nome do ex-autarca deixa alguns corajosos políticos locais sem uma pinga de sangue, o medo chega a ser fobia digna de um bom par de consultas no psicólogo.

Foi então que um dos vários acusados pelo senhor do medronho e dos charutos, mais o pobre diabo que lhe faz de escudeiro, se dirigiu a um dos outros acusados de forma difamatória para o tranquilizar. Este ilustre responsável partidário local tranquilizou-o, garantindo-lhe que alguém muito seu amigo e amigo e companheiro de jantares de apoio político a Luís Gomes, já tinha garantido ao ex-autarca que nem ele, nem a sua filha nesse o outro amigo acusado injustamente faziam parte do Largo da Forca. Isto é, o homem que pediu para se lançar o Largo da Forca foi o primeiro a entregar o nome do autor ao Luís Gomes, de forma indireta. Pior ainda, um terceiro acusado, que na ocasião nem sequer nos tinha sido apresentado, era de forma indireta entregue ao Luís Gomes por um residente aqui no Largo. Mais tarde percebeu-se que dessa forma achava que prejudicava alguém de que se veio a perceber que por qualquer motivo detestava.

Isto terá sucedido há bem mais do que um ano e quando confrontado com esta situação o “artista” limitava-se a ficar calado, julgava que o Largo da Forca ainda era útil para o seu projeto de abrir caminho a uma candidatura do Álvaro Araújo e preferia fazer de conta que não ouvia. Isto, é, durante um ano o Largo da Forca existiu na base desta convivência, alguém chamado a supostamente ajudar a oposição e um senhor que muito cedo entregou o autor do largo da Forca, ao mesmo tempo que tirava partido do seu trabalho.

É por estas e por outras que a oposição em VRSA tem levado tareia há mais de uma década, na verdade o Luís Gomes comprou os que quis comprar ou que lhe davam jeito e rejeitou os que não lhe faziam falta. A oposição tem sido flácida, medrosa e incompetente e se não fosse o Álvaro Leal e uma ou outra intervenção na Assembleia Municipal mais valia nem perderem tempo com reuniões.

Não admira que até uma política de fracos recursos intelectuais e que tem um discurso oral digno de alguém sem escolaridade consiga fazer gato sapato de alguns vereadores ou deputados municipais da oposição, só ficando verdadeiramente em dificuldades quando tem de enfrentar um António Murta ou um Álvaro Leal. Mas pior do que a incompetência de uma boa parte da oposição são os valores de gente que são precisamente aquilo que de pior dizem do Luís Gomes e da São Cabrita.

MAIS UMA GRANDE REALIZAÇÃO DA SÃO




Quem visita o site da CM não pode deixar de ficar admirado com as grandes realizações da nossa São, a última das quais foi a revisão com acordo com o FAM. A notícia escrita na CM faz sucessivas citações a supostas declarações da presidente e o autoelogio é tanto que até ficamos admirados como é que ainda não a contrataram para presidente do Novo Banco.

“«Este é o resultado de três anos de trabalho intenso que recuperaram a credibilidade da Câmara Municipal, deixando-a económica e financeiramente organizada nos próximos anos, especialmente ao nível do endividamento», prossegue a autarca.”

Isto é, a São chegou à CM e foram três anos de trabalho intenso. O que ela se esquece de dizer é que a revisão do FAM não passou de uma pedido feito quando se perdeu que o ano eleitoral de 2017 conduziu a CM à insolvência. Foi esse o pereço da eleição da São, que já andava na autarquia a esbanjar dinheiro há 12 anos.

O que a São não diz é que a revisão do PAM foi pedida em início de 2017 e só agora foi conduzida e que se tornou uma inevitabilidade quando as contas e dívidas da SGU passaram para a CM.

«Todo este processo representa um voto de confiança relativo ao esforço deste executivo para equilibrar uma autarquia que se encontrava em situação de rutura e que começa agora a estabilizar-se de forma inequívoca com medidas estruturais», conclui Conceição Cabrita.

Mas o mais curioso é ver como a mesma São que devia ter sido levada da tribunal quando acusou o primeiro-ministro António Costa de fazer pressões sobre o FAM para prejudicar o concelho, vem agora dar graxa ao governo.  Nas declarações da autarca recebeu um voto de confiança, mas o articulista oficial vai mais longe e diz que a “ aprovação deste documento representa também uma prova de confiança da tutela na gestão da Câmara Municipal que, ao longo dos últimos dois anos.”

Mas quem é a tutela do FAM? Pois é o ex-presidente da CM de Tavira que também tem uma espécie de tutela sobre a candidatura de um tal Álvaro Araújo. Isto é, ainda vamos ver o candidato do Rui Setúbal como vice-presidente da CM e o próprio Rui Setúbal como assessor da presidente, talvez no lugar do Tiago.