DA LENDA DO EGAS MONIZ À DOS CABRITAS





A São já percebeu que ia ser derrotada nas urnas, apesar de alguns dizerem que uma candidatura independente divide os votos, a verdade é que mesmo que essa suposta divisão de votos, a ainda presidente da autarquia receia a derrota, ao ponto de se sujeitar de novo ao Luís Gomes, que em tempos parece ter tentado meter em maus lençóis com a justiça.

Mas a perda da dignidade foi bem mais longe e os Cabritas fazem lembrar a lenda de Egas Moniz. Depois de terem tentado dar o golpe ao Luís Gomes e depois de tudo o que disseram uns doas outros, eis que a São aceita transformar uma eleição para os órgãos locais do PSD numa edição do ’Perdoa-me’. Em troca de um lugar numa futura lista não hesitou em “entregar a cabeça” do irmão.

É um espetáculo deprimente aquele que nos tem sido proporcionado pelo Luís Gomes e pela senhora a quem entregou a autarquia, para se retirar durante um ano. Depois de ter perseguido os apoiantes do Luís Gomes na autarquias, o que os levou a um jantar de apoio político ao ex-autarca que contou com a presença de Álvaro Araújo, depois de tudo o que disse a um jornalista. Aceita agora a humilhação de ver o irmão expulso para ela salvar o lugar.

O que os leva a esta falsa unidade, o que leva o Luís Gomes a este tudo por tudo, o que leva a São Cabrita a humilhar-se desta forma? A resposta é simples, estão cheios de medo. Receiam a candidatura de um independente os destrone e que depois de o candidato independente ter declarado na rádio que enviaria eventuais irregularidades que encontrasse para o Ministério público perceberam que o medo os unia, mais do que as ofensas os dividia.

Consta que em reunião alguém disse que estavam todos no primeiro barco e isso foi suficiente para a São atirar o mano pela borda fora e prestar vassalagem ao Luís Gomes. A verdade é que nunca imaginaram que houvesse oposição durante estes anos, mas o aparecimento do Largo da Forca estragou-lhes o negócio. E quando esperavam só ter de enfrentar o Rui Setúbal e o Luís Gomes eis que lhes aparece uma candidatura cujos apoios se multiplicam todos os dias.

Se saírem não só todos os seus negócios ficam a descoberto, correndo sérios riscos de que venham a ter problemas. Além disso, se forem corridos da autarquia, como todos esperamos, deixam de poder contar com o nosso dinheiro para pagarem caro a advogados como o Morais Sarmento, para os defenderem na justiça. É por isso que a São aceitou sacrificar o irmão e este foi de rabo entre as perna para a Manta Rota.

VRSA precisa de gente com um diferente conceito de dignidade e de autarcas que querem servir oi concelho e não transformar a CM numa espécie de forte para se defenderem.