IRRESPONSABILIDADE





Talvez um dia a ARS do Algarve nos explique se há alguma lógica montar vários ZAP no concelho mais arruinado do Algarve, quando há concelhos mais povoados e com mais recursos como é o caso de Tavira. É evidente que as autoridades sanitárias deveriam ter dito que os ZAP não servem para autarcas incompetentes fazem campanhas de propaganda pessoal e que nesta região tal estrutura faria mais sentido em Tavira ou, pelo menos, os seus custos e gestão deveriam ser partilhados pelos três concelhos.

A São fez uma grande propaganda pessoal e acreditamos que a autoridade sanitária local exibiu a Faro e a Lisboa o sucesso da sua ação este concelho. Aliás, a autoridade sanitária e a autarquia andam tão de mãos dada que parece que tudo o que a São decide tem o apoio da delegada de Saúde.

Mas, enquanto do outro lado da fronteira vemos gente responsável,. Basta ver como o uso de máscaras se tornou obrigatório em todos os espaços públicos u como o Mercadona de Ayamonte tem várias mesas com dispensadores de gel e luva para quem mexe em fruta, enquanto nos nossos supermercados temos um dispensador de pequenas mijinhas de gel e quanto a luva nada, quem quer comprar fruta pode apalpara uma caixa de pêssegos para levar um quilo.

Mas se no comércio andamos a fazer de conta no que se refere à CM estamos no domínio da irresponsabilidade. A fim de ajeitar as contras da autarquia a presidente da CM tem vindo a promover o maior número possível de vendedores ambulantes no concelho, apenas para conseguir aumentar ao máximo as receitas em taxas. Para isso não hesita em forçar a realização de uma feira de livros ou a passar a bissemanal aquilo que designa por feira de artesanato, mas que na verdade é uma feira de produtos tradicionais, com tantas bancas que quase não sobra espaço para os compradores.

É evidente que no primeiro dia de feira a autarca e a delegada de Saúde vão aparecer para “aconselharem” os comerciantes. Sabem que as coisas podem dar para o torto e fazem esta manobra para que se ocorrer um caso de contaminação grave sempre podem dizer que até tiveram o cuidado de dar conselhos aos comerciantes. A isto chama-se lavar as mãos como Pilatos e se alguma coisa correr mal a culpa foi de quem não seguiu os conselhos da delegada de saúde e da presidente da autarquia.

Para usar uma linguagem popular é caso para dizer que estão a brincar com o fogo. Mas se esta multiplicação desordenada de feiras de rua resultar em contaminação teremos de pedir contas às duas senhoras. Para obre receitas fáceis a CM, com o apoio aparente da delegada de Saúde., está fazendo o contrário do que deveria ser feito. Esperemos que tudo corram bem e não destruam o que resta do turismo e comércio locais, só para que a São ajeite as contas de uma CM que não teve um tostão para apoiar o concelho.