Trinta e oito nem dá para filmar o Ali Baba e os quarenta
ladrões, num concelho com 15.000 eleitores e onde esta gente manda há mais de 15
anos o regresso do Luís Gomez, depois de uma breve carreira de cantor falhado,
foi este o número de eleitores que conseguiram arrebanhar. Se somarmos os
muitos Ciprianos dependentes das mordomias municipais, aos lambe cus do costume,
ao padre, ao chefe do banco e a alguns militantes do velho PSD que certamente
há, é pouca coisa.
Um candidato independente á CM terá de contar com o apoio de
500 cidadãos eleitores do concelho, muito mais do que os votos de alguns
partidos e uma percentagem substancial dos ovitos dos maiores partidos. No
entanto no PS bastou o Luiz Gomez escolher-se a si próprio e no PS o Araújo foi
escolhido pelo Rui Setúbal, depois meia dúzia de militantes bastaram para que
tenhamos candidatos à vitória.
Não admira que esta gente e em especial os do Araújo estejam
tão nervosos com o aparecimento de um candidato independente, sabem que valem
muito pouco, que têm muitas contas políticas no cartório da terra e queriam
tratar os eleitores como borregos a escolher um curral.
A verdade é que tanto o Araújo como o Luís Gomez não querem
alternativas reais, um é fraquinho, fraquinho, fraquinho, o outro estaria
impedido de concorrer se a Lei do FAM tivesse sido aplicada ou se muita coisa
fosse bem analisada. Mas se não surgir alguém o povo não terá outro remédio
senão eleger um dos dois.
É por isso que temos assistido a tantas manobras sujas e
surpreendentemente tê vindo do lado daqueles que se afirmam pelos bons
princípios, mas que agora não hesitam em sujar a memória de tanta gente, numa
luta desesperada para chegarem ao poder. É uma pena que nem a Célia Paz, nem o
Luiz Gomez tenham tornado públicos os resultados das eleições pata os órgãos
locais dos seus partidos. Não sabemos quantos militantes com as quotas em dia
têm (incluindo aqueles a quem as andam a pagar no conforto dos seus gabinetes),
quantos militantes votaram e quantos votaram nos dirigente eleitos.
É uma pena, porque assim saberíamos como muita gente sobe na
vida.