QUE GRANDE MARCA/CONCEITO CRIARAM PARA MONTE GORDO!



António Nascimento, dono da Tempestade Cerebral e suposto criador
da marca/conceito Monte Gordo a troco de muitos milhares de euros e de que tanto nos orgulhamos


Em 2017, ano de eleições, o Luís Gomes e a São Cabrita não olharam a custos e gastaram muito dinheiro para tirarem o maior proveito possível das obras do regime, o passadiço e a marginal. Mesmo sabendo que a autarquia estava falida e que o desrespeito do acordado com o FAM poderia constituir um grave ilícito financeiro, ainda mais grave do que o desrespeito do PAEL.

O mais grave é que tiveram de gastar dinheiro que fazia parte dos balões de oxigénio dados pelo FAM, agravando ainda mais a situação financeira da autarquia. Contrataram a já referida Tempestade Cerebral e a imã gémea ou subsidiária Twin Pixel e deram-lhes nada menos do que 78.105€ [IVA incluído], 31.980€ para a “Criação de uma marca/conceito para Monte Gordo, no âmbito da requalificação da Marginal de Monte Gordo” e 46.125€ para “criação de conteúdos digitais no âmbito da promoção de Monte Gordo”.

Temos ideia de ter visto um ou dois vídeos com qualidade ao nível de um vídeo andador, usados para propaganda local no Facebook da presidente da autarquia e pouco mais. Sobre a tal marca/conceito para Monte Gordo só merece uma gargalhada, mas convenhamos que pagar 31.980€ por uma gargalhada é um bocadinho exagerado, até porque a equipa formada por Luís Gomes e São cabrita têm-no dado tantas oportunidades para rir à gargalhada que já ninguém paga nada pelo humor autárquico da terra.

Na bazófia adotada pela autarquia depois de pagar muitas dezenas de milhares de euros a testes "especialistas" do marketing sem se perceber para quê, levou esta gente a ir mais longe do que uma simples marca, Monte Gordo não era apenas mais uma grande marca do turismo do Algarve, era também um conceito, isto é, uma nova abordagem, algo de novo. Depois da Praia da Rocha, de Albufeira, da Quinta do Lago e de outras zonas e grandes empreendimentos, eis que o Luís Gomes e a São depois de terem raspado o fundo ao tacho das contas da autarquia tiravam algo de grandioso de dentro do chapéus, em vésperas de eleições, graças à grandiosidade destes políticos nasceu em Monte Gordo uma nova marca do turismo nacional e internacional, mas mais do que isso, um novo conceito!

Vejamos com imagens ilustrativas no que resulta esta marca/conceito que pagaram a peso de outro ao senhor da Tempestade Cerebral/Twin Pixel, o senhor cuja equipa reapareceu em plena campanha eleitoral.


A imagem de marca/conceito

O vídeo de propaganda, onde já aparece a São cabrita, mostra uma nova marginal, com jardins lindos e edifícios modernos. Este mono da imagem é o que restou, um monumento à incompetência, um mamarracho que mais parece um WC ao avesso. Investiram 500 mil euros que não tinham, deixaram o concelho sem um tostão e agora nem assumem que vão ter de demolir, porque tudo aponta para se tratarem de construções que não respeitam as normas, ou seja, construções ilegais. Se assim é, é mau demais para ser verdade, um concelho arruinado pede emprestado ao FAM para lançar construções ilegais e agora nada se explica. Não é só um novo conceito do marketing turístico, é um novo conceito em política, arruina-se fazem-se asneiras e nada se assume.


A preocupação ambiental que justificou o passadiço

Era gente com grandes preocupações ambientais, era preciso devolver as dunas à marginal de Monte Gordo, era a única praia onde nada tinha sido feito. Mas se formos à zona poente de Monte Gordo damos com este espectáculo miserável, dunas destruídas, construções, hortas e entulho. É este o novo conceito de respeito pelas dunas que justificaram a construção do passadiço?



O centro comercial a céu aberto

Depois do novo conceito de hotel a céu aberto iniciado em VRSA com o Grand House, parece que a grande aposta da nova marca/conceito da marginal de Monte Gordo é o de centro comercial a céu aberto. A Rua de Santo António, o luxo da Quinta do Lago, as lojas de luxo do Barlavento que se cuidem, a atividade comercial fervilha com os comerciantes preferidos da São Cabrita que não para de crescer no concelho e que tomaram posse do calçadão de Monte Gordo. Um novo conceito de comércio nasceu à sombra da marca/conceito Monte Gordo!



Passado um ano desde a inauguração muitos dos acessos ao passadiço ainda exibem os tijolos, algo que a Tempestade Cerebral/Twin Pixel se esqueceu de documentar nos vídeos. Uma vergonha que diz muito sobre a consistência dos projetos conduzidos por esta gente.



Esta é a imagem da nova Monte Gordo, a imagem da marca/conceito pela qual se pagaram muitas dezenas de milhares de euros!


ELA ATÉ SOUBE GANHAR AS ELEIÇÕES...



Foi desta forma que a presidente da autarquia se dirigiu à oposição “eu soube ganhar as eleições!”. Convenhamos que não é a fórmula mais inteligente de o fazer, passa a ideia de que a vontade dos eleitores pode ser condicionada pelos métodos usados na campanha eleitoral.  Os que sabem portar-se em política preferem dizer que foram escolhidos pelas suas ideias, pela sua competência, pela sua honestidade ou por outras qualidades apreciadas em democracia.

Mas já que a presidente da autarquia “soube ganhar as eleições” talvez mereça a pena tentar perceber como é que alguém como a autarca ganhou as eleições.  Antes de mais e porque é o que muitos estão pensando, será que foi mesmo a São Cabrita que ganhou as eleições? Neste momento o Luís Gomes deverá estar fazendo um sorriso amarelo já que toda a campanha da São Cabrita foi assente na palavra de ordem “agora é São” e todos os cartazes faziam a colagem da candidata ao antecessor.



Quem também poderá gabar-se da vitória e recebeu alguns parabéns por isso foi um tal Jorge Lemos Peixoto, o homem que em muitas imagens parece ser um pastor conduzindo o rebanho nas arruadas. A sua equipa de pessoal brasileiro cuja presença na terra era já habitual. Deslocar alguém como o Peixoto durante uma campanha eleitoral para VRSA custa muito dinheiro.


Aliás, a campanha da "Agora é São" custou mesmo muito dinheiro, dir-se-ia que a São nadou em dinheiro, algo qe deverá ter saudades, já que na autarquia parece estar a nadar em seco e mesmo quando tem dinheiro para gastar é o que se tem visto, 500 mil para o Morais Sarmento outros tantos parta arrasar a marginal de Monte Gordo e agora raspa o fundo ao tacho...

Mas vejamos quanto é que~custou a campanha do PSD, nop pressuposto de que as contas oficiais refletem toda a verdade, algo de que duvidamos em relação às campanhas de muitos partidos e em muitos concelhos.






A São gastou tanto como os outros partidos gastam em mais de duas campanhas eleitorais das autárquicas!, um total de 92..497! Só para se ter uma ideia, o PSD de Tavira gastou 30.000€, isto num concelho com mais habitantes, freguesias e área geográfica do que o nosso, o triplo do que o mesmo partido gastou em VRSA! Poderíamos referir outras cidades, como Santarém onde gastou 19.232,5€. Curiosamente, precisamos de ir a Boticas, terra natal do famoso deputado Botico-vila-realense Carlos Barros para encontrar o PSD de um pequeno concelho a gastar tanto como se gastou em VRSA, aliás, gastaram mais uns trocos, chegando aos 98.758,9€. Coincidências levadas da breca.

Mesmo de todas as pressões, da mobilização dos comerciantes da marginal de Monte Gordo e do centro comercial a céu aberto do Apeadeiro, dos envelopes, da Mão Amiga, das latas de atum e de muitas outras coisas de que não vale a pena falar a vitória acabou de ser magra. Piro ainda, por aquilo que temos visto e depois dos relatórios do FAM e da IGF corre um sério risco de acabar por ser uma vitória de Pirro.

DEBAIXO DAS BARBAS DO FAM [CASO IV]



Uma das coisas para que serviu o dinheiro do FAM emprestado a um juro baixo e já quando a autarquia estava arruinada foi para contratar uma empresa de nome Tempestade Cerebral, que depois cedeu o lugar a uma outra, com a mesma gente , chamada Twin Pixel.

A mudança de nome pode resultar dos condicionalismos legais à atribuição de adjudicações diretas, que definia um plafond. Aliás, nalgumas empresas locais, como a do nosso conhecido Mendes o fenómeno repete-se, aparecem sucessivas empresas que vendem o mesmo. Neste caso e apesar das pessoas que eram vistas andando pela autarquia parecerem ser as mesmas, os patrões das empresas diferem,. Ainda que as ligações sejam mais ou menos óbvias nas suas páginas do Facebook.

Curiosamente, quando o Luís Gomes chegou à autarquia de Olhão, onde está na presidência um admirador das suas particularidades pessoais, um ex-aluno do mestre e cantor, também apareceriam por lá a Tempestade Cerebral e a Twin Pixel, mas desta vez há uma nova divisão do trabalho, a Tempestade Cerebral é para estudos e a Twin Pixel para trabalho no terreno. Em Olhão a Tempestade Cerebral já ganhou 15.000€ (mais IVA) com “Consultoria de Comunicação no âmbito do Programa "Lixo Zero" e mais 18.000€ (mais IVA) com “Aquisição de serviços de consultoria e assessoria de comunicação” avulsos.

Como era de esperar, A Twin Pixel também está presente na manjedoura orçamental da CM de Olhão onde já beneficiou de adjudicações na ordem dos 22.000€ )mais IVA=), 10.000€ para “Produção de conteúdos digitais no âmbito do Programa “Lixo Zero” e 12.000€  para “criação de conteúdos digitais para redes sociais com o objetivo de promover o concelho e as atividades sociais, culturais, desportivas e recreativas desenvolvidas pelo mesmo, bem como todos os acontecimentos, atos e notícias relacionadas com o Município.”

É estranho não é? Onde anda o Luís Gomes a Tempestade Cerebral e a Twin Pixel aparecem atrás, até parecem ser abelhas atrás do mel.

No caso de VRSA em vez de uma divisão do trabalho entre as duas empresas assistimos a uma divisão temporal com as eleições autárquicas a separara os dois momentos, antes das eleições era a Tempestade Cerebral que prestava serviços, com as eleições digamos que o tempo acalmou, passaram as tempestades e passou a ser a Twin Pixela abichar os negócios. Segundo as nossas informações as equipas eram as mesmas e participaram também na campanha autárquica, ao lado do PSD

Analisemos agora os negócios entre estas duas empresas e a equipa do Luís Gomes e da São Cabrita, seja através da SGU ou da Câmara Municipal:


Vale a pena ver o que foi contratado no âmbito de cada uma destas adjudicações:


A tempestades começa com o que parece ser uma prestação trimestral de “serviços de consultoria e marketing” na SGU, para depois deixar a SGU e aparecer na CM com o mesmo serviço mas com “formação dos profissionais do Gabinete de Comunicação e Imagem da CMVRSA”, em Fevereiro de 2017. Há aqui qualquer coisa de errado, já que não se entende como é que depois de tanta formação aos seus funcionários autarquia ainda tenha contratado o já famoso Tiago. Até parece que queriam transformar aos serviços da CM num grupo de comunicação social, para concorrerem com o Mendes e com o Reis.


A Twin Pixel foi criada em março de 2017, alguns meses antes de entrar
em cena em VRSA, com um capital social de 50€


A Tempestade Cerebral foi criada em junho de 2016,
três meses antes de entrar em cena em VRSA

Só que com esta mudança a Tempestade Cerebral já abichou qualquer coisa como 41.500€, a que acresceu o IVA. Mas tratando-se de formação é certo que terão havido formadores certificados e formandos, terão sido elaboradas propostas de formação, com conteúdos e programas e durante a formação, que terá sido ministrada segundo um determinado horário terão sido disponibilizados materiais, terão sido feitas avaliações e emitidos diplomas. Certamente tudo isto deverá constar do processo, na autarquia.

Depois destas formação a Tempestade Cerebral recebe duas adjudicações curiosas, uma por parte da SGU para “Prestação de serviços de criação de uma marca/conceito para Monte Gordo, no âmbito da Requalificação da Marginal de Monte Gordo”. Outra feita pela CM para “Prestação de serviços de consultoria de marketing digital para aplicação de boas práticas e estratégias de marketing direcionadas ao investimento por terceiros”. Seria muito interessante ver os dossiers destas duas adjudicações, para tentarmos perceber qual foi a “marca”conceito” criada pela Tempestade Cerebral que custou tanto dinheiro e perceber quais as boas práticas adquiridas pela autarquia bem como as novas estratégias de marketing. 

Já em relação aos contributos da Twin Pixel é tudo mais fácil, como recebeu 84.562,5€ para produzir conteúdos digitais não será difícil de encontrar os resultados de tanta produção. Certamente há projetos, orçamentos, negociações, sugestões e aprovação por parte da autarquia e da SGU.

Curiosamente António Aires de Nascimento, dono da Tempestade Cerebral aparece na BASE GOV a fornecer serviços a título individual, tendo recebido 155.033,26 € de adjudicações feitas pelas autarquias de Lisboa e de Sintra. Mas aqui o negócio é diferente, já não é na área do Marketing, em Sintra o negócio é a historiografia [Sintra, 75.000,00 €], do património e novas tecnologias [Lisboa, 50.658,26 €] e como jornalista [Sintra 29.375,00 €]. EM todos os casos a assessoria é contratada por vereadores do CDS. Marketing, património, novas tecnologias, história, jornalismo, enfim, esperemos que a autarquia de Boticas não o contrate para astronauta da ISS.


ONDE ESTÁ O WALLY



Há algum tempo brincámos com os nossos vizinhos perguntando-lhes onde estava o Wally. O Wall era uma personagem que aparecia em muitas fotografias e vídeos da campanha da São Cabrita, apoiado numa equipa que já era conhecida no concelho, onde já tinham aparecido sob a forma de Tempestade Cerebral e de Twin Pixel, uma estranha mutação por parte de uma empresa que ora aparece na SGU, ora aparece na autarquia, ora aparece como Tempestade, ora aparece como Twin, ora aparece a trabalhar para a campanha, ora aparece a trabalhar para a autarquia.

O tal senhor que dava artes de “pastor” nas arruadas da São Cabrita é um tal Jorge Lemos Peixoto que já é antigo nestas lides da política. A primeira referência que lhe encontramos no Público e data do tempo em que Santana Lopes era autarca em Lisboa e surgiu uma convocatória de manifestação por causa do túnel do Marquês. Quem apareceu a dar a cara pela manifestação foi precisamente um tal Jorge Lemos Peixoto, precisamente o nosso “Wally”, que na época tinha uma empresa chamada FPMP - Força Pública Marketing Político Lda,.

Pois o nosso Peixoto não só andou na pastorícia política em Vila Real de Santo António, como se gabou de ter levado o rebanho ao curral camarário. Mas antes de ir ver o pastordiz da campanha vejamos o comentário que colocou num vídeo de um tql José Fafe, que se queixa de que nas Jornadas de Marketing do ISCAP se queixava dos políticos, por não cumprirem que prometem:

“Bem sei que criamos "monstrinhos", (no bom e no mau sentido), mas também na procura dos pontos positivos acabamos, nós próprios, por ser iludidos com um certo voluntarismo. Às vezes os tais "políticos" (as aspas é porque não considero os tais políticos como uma casta à parte) são como os melões... só depois de abertos é que se sabe se prestam ou, ao contrário, são autênticos pepinos. A especificação que fazes (em que tenho um pequeníssima quota parte de culpa), os aparentes aspectos negativos que detectámos podiam também ser positivos. Ou seja, a falta de jeito, a ingenuidade- ou aparência disso- surgiram-nos como questões genuínas. Ou não será assim? Diz o povo queres ver o vilão? Mete-lhe o pau na mão! Abraço companheiro.”  [Facebook]

Enfim, digamos que o Peixoto foi um vendedor de melões que nos enfiou um grande barrete com um “melão “ chamado São Cabrita.



A verdade é que o Peixoto coloca no seu Facebook um vídeo da noite da vitória da São Cabrita, acabando por receber ele próprios parabéns que agradece, até a irmã, que sabe certamente que foi ele a conduzir a campanha, lhe deu os parabéns. O próprio escolhe um vídeo onde aparece com uma camisola verde abrindo caminho para que a São Cabrita chegasse à entrada da sede do PSD.

Deixamos aqui um desafio à presidente São Cabrita, que coloque õs dossiers destas aquisições à disposição dos membros da Assembleia Municipal e dos cidadãos de VRSA que os queiram consultar. 



500 MIL EUROS



É usual questionar-nos sobre o que faríamos se ganhássemos um prémio do Euromilhões, dando largas â nossa imaginação. Poderemos fazer a mesma pergunta â presidente da autarquia, até porque esta equipa autárquica, com destaque para Luís Gomes, Carlos Barros e São Cabrita sabem gastar dinheiro como poucos, já que em doze anos gastaram vários jackpots do Euromilhões, pois se somarmos as receitas da autarquia, a dívida tornada pública, a dívida escondida e os fundos nacionais e europeus teríamos um montante fabuloso que se aproxima dos 700 milhões de euros.

Mas os tempos são outros e como a autarquia parece que já manda os jovens mendigar em Castro Marim, baixamos a parada e perguntamos o que se poderia fazer com “apenas” quinhentos mil euros. Não é preciso muita imaginação para encontrar boas utilizações para este dinheiro, se ele estivesse ao nosso dispor. Para gastar no concelho.

Se a prioridade for investir na formação dos nossos jovens poderíamos, por exemplo, modernizar todas as salas de aulas do nosso ensino básico, equipando os alunos com computadores ou tablets, proporcionando-lhes acesso a tecnologias e boas fontes de informação. Provavelmente sobraria dinheiro para equipar um espaço nas nossas escolas do ensino secundário com equipamentos, softwares e acessos à internet com um nível que dificilmente os estudantes podem adquirir.

Se a prioridade fosse reparar os espaços públicos poderíamos reparar a nossa antigamente bela Rua Teófilo Braga, que hoje está degradada e que muitos vendedores de gelados a tornam porca, porque não se dão ao trabalho de limpar a sujidade promovida pelos seus negócios. Ainda sobraria muito dinheiro que daria, por exemplo, para reparar o repuxo da Avenida da República, uma vergonha que a autarca se tem recusado a resolver.

Até poderíamos optar por investir na imagem do concelho, mas em vez de o fazermos para consumo interno, para ganhar votos como tem feito a nossa autarquia, poder-se-ia apostar numa campanha de marketing promovendo o concelho, atraindo turistas e investidores. Talvez não fosse uma grande opção, mas feita com honestidade teria mais resultados do que os conseguidos com as centenas de milhares de euros que eles já gastaram com propaganda, normalmente para enaltecer o Luís Gomes ou a São Cabrita.

As possibilidades são muitas, gastos com rigor, recorrendo a concursos honestos para conseguir as melhores propostas e os melhores preços e definidas as prioridades, 500 mil euros dava para muita coisa. Só que não há esse dinheiro e se houvesse o mais provável é que fosse gasto da mesma forma que gastaram as outras centenas de milhões. 

Não há, mas já houve e foi gasto. Quinhentos mil euros foi quanto a autarca gastou para destruir o jardim de Monte Gordo e ali construir uns quantos mamarrachos, que parecem uns WC ao avesso e que agora dizem que vaio ter de demolir. Os números foram divulgados pelo administrador da SGU numa reunião na JF de Monte Gordo. A prioridade da presidente da autarquia foi a bazófia, gastou  quinhentos mil euros e agora não tem dinheiro nem para tapar o buraco que abriu.

IMPUNIDADE



O relatório da IGF relativo ao “Controlo do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL)” foi uma boa notícia para os que exigem rigor e transparência nas contas da autarquia. O concelho ficou a saber como é que o concelho foi gerido nos tempos de Luís Gomes, o agora assessor dos presidentes das autarquias de Olhão (PS) e Faro (PSD). O problema é que este relatório chega três anos depois da sua versão inicial.

Durante três anos a liderança da autarquia tem-nos vendido a bazófia do rigor e da competência financeira, agora sabemos que tudo era mentira e que o par formado pelo Luís Gomes e a sua número dois São Cabrita enganaram o concelho. E fizeram-no porque os relatórios da IGF levam tanto tempo a serem paridos que dava tempo para fazer um filho e leva-lo para o primeiro ano do ensino básico. 

Há poucos dias o Presidente da República mostrava-se indignado perante a possibilidade de se chegar ao fim da legislatura e não se ter esclarecido o Caso de Tancos, processo que surgiu com o roubo ocorrido em 28 de junho de 2017. Se o Presidente da República fica indignado porque um caso de grande complexidade não estiver investigado em dois anos, o que poderão dizer os cidadãos de Vila Real de Santo António quando um relatório elaborado em 2016 só chegou ao seu conhecimento em 2019?

Compreende-se que o Presidente da República considere que os fatos devem ser conhecidos dos cidadãos do país antes das eleições legislativas. O que diria o Presidente da República do fato de os cidadãos de Vila Real de Santo António terem votado em 2017 sem saberem o que toda a gente na IGF, na secretaria de Estado do Orçamento e na secretaria de Estado da Administração Local já sabia. Até parece que inspetores, assessores e secretários de Estado se divertira a rir dos vila-realenses que votaram na São Cabrita, acreditando no que lhes foi dito sobre a gestão financeira do município.

O relatório não refere a data do despacho que determina a sua realização, mas foi concluído em 30.09.2016, tendo o parecer da chefe da equipa sido elaborado no mesmo dia, o mesmo sucedendo com o despacho da subinspetora-geral. O despacho do Inspetor-geral é de 19 de dezembro. Até aqui foi tudo rápido, mas chegado aos gabinetes governamentais o relatório começou a marcar passo, a homologação pelo secretário de Estado do Orçamento só ocorreu em 5 de janeiro de 2018 e para que o secretário de Estado das autarquias Locais se desse ao trabalho de fazer o mesmo tardou mais seis meses, apondo a sua assinatura apenas e, 27 de julho de 2018. Entretanto, a IGF só deu conhecimento do relatório à autarquia em 8 de Abril de 2019.


Isto significa que a ineficácia dos gabinetes serviu para que os vila-realenses votassem com toda a verdade escondida e os fortes indícios de ilícitos financeiros e administrativos só chegassem ao seu conhecimento cinco anos depois dos fatos, já que a auditoria foi ao ano de 2014! Não admira que o Jornal de Algarve tivesse dado o espaço ao Luís Gomes para este enganar os vila-realenses dizendo que no final do seu mandato a divida estaria resolvida. Com a ajuda de gente como a do Jornal do Algarve e graças à inércia do Estado ganharam as eleições com base em mentiras, para depois a São cabrita gabar-se numa reunião que tinha sabido ganhar as eleições.

O concelho de Vila Real de Santo António estaria tão grave, a São Cabrita seria presidente da autarquia e o Luís Gomes andaria por aí a "abichar" avenças se toda a verdade tivesse sido tornada pública em tempo oportuno pela IGF e pelo FAM? Qual é a legitimidade democrática da atual presidente da autarquia?


25 DE ABRIL



Mais do que avaliar o que o 25 nos deu vale a pena questionar o que aos que confiaram o futuro em nós, o que equivale a questionar a forma como tiramos partido da democracia que jovens oficiais das Forças Armadas nos proporcionaram. Quem visita Vila Real de Santo António e lê o nome das ruas ou o nome que deram à obra do regime na praia de Monte Gordo imagina um modelo de democracia. Puro engano.

È uma terra asfixiada, onde se tem medo, onde os que criticam correm o risco de serem processados e perseguidos judicialmente, onde um deputado municipal se sente no direito de chamar “filho da puta” a quem bem entende, onde quem ouse criticar o poder ouve logo a acusação de que no passado recebeu um subsídio ou teve direito a uma qualquer licença.

A terra que no passado resistiu ao fascismo, onde o regime ditatorial nunca se sentiu à vontade apesar do peso das forças repressivas é hoje uma terra onde o medo de falar regressou. A democracia em Vila Real de Santo António está muito doente e todos sabemos quem são os responsáveis e os métodos que usam. Infelizmente a democracia pode ser manipulada e uma dívida colossal criada numa década, uma mistura de abuso, incompetência, desrespeito da lei dos acordos assinados, levaram a que a democracia tenha dado os instrumentos que foram usados para arruinar o concelho.

Não dizemos que o 25 de Abril não valeu a pena só porque meia dúzia de trastes falsearam as expectativas de várias gerações. Antes p+elo contrário, dizemos Viva o 25 de Abril renovando os votos de combate a todos os que empobrece a democracia.

MENTIRAS, MEIAS MENTIRAS E TRETAS



Parece que na última reunião do executivo camarário a presidente da autarquia fez algumas afirmações que merecem alguma apreciação e já que parece que ninguém da oposição fica muito incomodado com os disparates presidenciais, achamos por bem prestar aqui alguns esclarecimentos.

O RELATÓRIO DA IGF RELATIVO AO PAEL ESTÁ SOB SEGREDO DE JUSTIÇA?

Incomodada pelas perguntas feitas a propósito daquele relatório a presidente da autarquia esquivou-se a responder invocando que o mesmo, por ter sido remetido para o Ministério Público junto do Ministério Público está sob segredo de justiça. Não é a primeira vez que a autarca recorre a este tipo de expediente para não dar respostas, é frequente, por exemplo, invocar a proteção de dados para proteger  a opacidade em torno da sua gestão.

Estamos perante um disparate, ainda que a IGF ainda não tenha tornado público este relatório, a verdade é que ao comunicá-lo à autarquia, instruindo esta no sentido de dar conhecimento deste a todos os membros do órgão executivo da CM e à assembleia Municipal, está protegendo tudo menos o segredo de justiça.

Desafiamos a senhora presidente a tornar público o dispositivo legal que determina que este relatório esteja ao abrigo do segredo de justiça. Se assim fosse o mesmo nunca poderia ser discutido na Assembleia Municipal.

A PRESIDENTE DA AUTARQUIA NÃO GASTOU DINHEIRO COM ADVOGADOS?

Parece que durante a apresentação das contas de 2018 a presidente da autarquia se gabou de neste ano ter gasto menos dinheiro com advogados do que no ano anterior. Certamente estava de muito bom humor, coisa rara nos últimos tempos. Decidindo brincar com todos os vila-realenses.

Nos finais de 2017, já com a autarca no pleno exercício das suas funções, afez uma batelada de adjudicações diretas a favor do escritório de advogados de Morais Sarmento na ordem dos 527.524,25€ (com IVA incluído), uma verdadeira fortuna, fazendo de um concelho arruinado o mais rico do país a pagar a advogados, neste caso a um único advogado que, coincidências das coincidências, é vice-presidente do PSD e homem de grande influencias nos corredores da capital:


Todas as adjudicações referem-se a prestações de serviços a realizar durante 2018, o tal ano de que a autarca se gaba de não ter gasto muito dinheiro com advogados!

A DÍVIDA DIMINUIU?

EM mais um momento de autoelogio a presidente gabou-se de ter aumentado a dívida em montante inferior ao de 2018, isto é, sugeriu que era mais competente e rigorosa do que o que liderou a equipa na qual ela era uma leal colaboradora e número dois daquele de que se tem fartado de dizer ter sido uma colaboradora orgulhosa.

Isto é, numa autarquia falida a autarca gaba-se de ter aumentado ainda mais a dívida! Mas pior, esquece-se de dizer que a dívida contabilística pode ser muito inferior à dívida real e que se não foi maior foi mais em resultado de receitas extraordinárias do que do corte da despesa. A verdade é que só no negócio das águas a autarca mandou mais de 20 milhões de dívida para debaixo dos tapetes dos tribunais.

CONCLUSÃO

Viva a nossa presidente, o que seria de nós, da autarquia e do concelho sem a sua competência, transparência argumentativa e jeito para gerir os nossos destinos?

EXPULSAM OS NOSSOS JOVENS MAIS QUALIFICADOS



Treze anos depois de Luís Gomes ter chegado ao poder os que hoje têm 18 anos tinham nessa época cerca de cinco, isto é, os que chegam agora à maioridade ainda estavam no infantário. Cresceram numa localidade sob a pressão da propaganda permanente e das iniciativas que tentavam passar uma imagem de fartura num concelho que aparentemente estava sempre em festa. Hoje, que começam a equacionar o seu futuro que legado receberam de uma gesta autárquica que vai no seu décimo quarto ano?

O concelho e, em particular, a sua sede apresentam maior dinamismo económico, foi capaz de ser mais atraente para os investidores do que os concelhos vizinhos ou outros que sendo mais distantes são igualmente concorrentes, oferece boas oportunidades de emprego ao jovem e em especial empregos para os que apostaram na qualificação profissional e académica, oferece possibilidades de arrendamento, permite aos nossos jovens escolher entre ficar ou partir em busca de outros mundos?

Infelizmente a única política a pensar nos jovens foi desenvolvida a pensar  em votos, aliás, quase todas as políticas municipais desta década estavam centradas em negócios cujo interesse nada tinha que ver com os vila-realenses, como a venda do negócio da água ou a exploração do estacionamento. Mais do que apostar em desenvolvimento a autarquia produziu vagas sucessivas de mentiras e de propaganda que eram disfarçadas com festas e festarolas a toda a hora, criando a ilusão da fartura.

Os investimentos no desporto são anteriores a esta gente que ainda manda e muito do que se gabam, de ter feito nas escolas não passa de investimentos financiados pelos governos. Considere-se, por exemplo, o milhão de euros que a autarquia “deu” à rádio do Mendes e procure-se quanto é que a autarquia investiu na valorização dos jovens fora do sistema formal de ensino, isto é, em áreas da sua competência exclusiva.

Gastaram-se fortunas com idosos, fazendo passar a ideia de que o concelho tinha um SNS exclusivo e de fazer inveja aos outros portugueses, mas porque não fizeram o mesmo com os jovens, criando um serviço de ensino igualmente de luxo? A resposta é óbvia, os idosos não só votam como são facilmente manipuláveis, ao contrário dos jovens que não atingiram ainda a maioridade e por isso nunca contaram para as ambições de políticos como Luís Gomes, Carlos Barros, São Cabrita ou Luís Romão.

Para os jovens investiram em meia dúzia de latas de tinta de água e mandaram-nos pintar murais, como se o futuro dos jovens fosse a pintura de paredes ouse a cultura fossem murais sem grande qualidade artística. O único investimento feito foi nos que podiam votar mas que de alguma forma dependiam de subsídios ou de tratamentos, os outros foram sempre descartáveis para os nossos autarcas. Agora que a autarquia está falida já nem têm dinheiro para comprar latas de tinta de água.

O concelho está deprimido, não oferece habitação nem oportunidades de emprego, não se estimula o empreendedorismo ou a inovação, é incapaz de proporcionar habitação, não tem condições para fixar os jovens. O concelho forma e perde sucessivas gerações de jovens, ficam cá os Tiagos e os que dependem de manitas amigas. É este o preço das festas e festarolas, das visitas do castelo Branco, da cantorias do Luís Gomes. Os nossos jovens são “expulsos” enquanto um tal Sequeira que ninguém conhece recebeu o Hotel Guadiana, o radialista vende som ao preço de uma orquestra filarmónica e os Tiagos e outros levam chorudas assessorias.

THE POOR MILLIONAIRE CONNECTIONS [PARTE II]



A teia de influências conseguida a partir da autarquia de Vila Real de Santo António não se limitou ao PSD, Luís Gomes foi suficientemente inteligente para estender a sua influência em todos os partidos. As conexões com o PS e, em particular com setores próximos de Sócrates, são mais do que óbvias, mas também se pode gabar de ser um dos poucos senão mesmo o único autarca português que mereceu uma viagem de despedida por parte de um embaixador de Cuba.

Ainda recentemente, quando incomodado por uma notícia do Público da autoria de António Cerejo, o agora felizardo secretário de Estado das Pescas escreveu uma carta de resposta onde dizia algo inacreditável num líder do Partido Socialista: “Estamos perante um ajuste de contas do dr. Rui Setúbal contra o dr. Luís Gomes, na sequência de disputa eleitoral.” Isto é, para se defender tenta amesquinhar um camarada do seu partido, pondo em evidência o ex-presidente da autarquia de VRSA.

É bom recordar que depois de ter sido derrotado nas autárquicas José Apolinário foi promovido a presidente da Docapesca por Passos Coelho, o ex-primeiro-ministro que passava férias no concelho, que antes de chegar ao poder era diretor financeiro do grupo a que pertence a AQUAPOR. Seria de estranhar este momento de Bloco Central do governo de Passos Coelho, uma exceção à regra em matéria de escolhas.

Só que a DOCAPESCA não é uma empresa qualquer, é o maior proprietário imobiliário do país e tem sob a sua tutela milhares de hectares dos terrenos mais valiosos de muitas cidades do país e, em especial, nas cidades do litoral algarvio, a começar por Vila Real de Santo António. Na nossa cidade os terrenos mais valiosos que estão por urbanizar são os que se situam junto ao rio entre a doca e a Alfândega e os que se situam desde o Lazareto à foz do rio. Por exemplo, a cedência do Beach Club aos concessionários do Hotel Guadiana passou pela DOCAPESCA, que era a proprietária do local.

A notícia do Público referia um estudo sem qualidade generosamente pago a Ana Paula Vitorino, agora ministra do Mar, uma amiga de Luís Gomes e que tinha sido secretária de Estado no governo de Sócrates, um político cuja sombra paira sobre a VRSA de Luís Gomes. Curiosamente, pouco tempo depois desta notícia veio a público o abandono do mega projeto para a zona da Muralha, um projeto dos tempos em que Luís Gomes estava na autarquia e o Apolinário na DOCAPESCA.

Estas conexões de Luís Gomes mostra como a liderança da autarquia teve apoios bem fortes em altas personalidades do PS, onde nem são esquecidos estudos mais do que duvidosos. Não admira que a ministra venha a Faro elogiar o Luís Gomes e este, depois de ter deixado a marginal de VRSA numa miséria, consiga ter negócios com Faro, uma autarquia do PSD, ao mesmo tempo que também o consegue em Olhão, uma autarquia do PS.

Em plena campanha autárquica a autarquia recebeu governantes, a DOCAPESCA deu uma preciosa ajuda ao Grand House com a borla do Beach Club e se as coisas tivessem corrido bem hoje toda a zona da Muralha até à doca estaria por conta de gente que negociou nos tempos do Apolinário e do Luís Gomes, aliás, uma empresa internacional de reputação muito duvidosa, que foi apanhada na teia dos Panama Papers.

As conexões de Luís Gomes nesta área política não se limitam à ministra do Mar e ao seu secretário de Estado das Pescas, que tutela a preciosa DOCAPESCA depois de ter sido o seu presidente. São mais do evidentes as ligações de Luís Gomes a gente da área de Sócrates desde o tempo em que este eram primeiro-ministro. Mas isso será o tema do próximo post dedicado a este tema.

Note-se que enquanto presidente da distrital do PSD do Algarve Luís Gomes foi uma espécie de vice-rei do Algarve e a sua proximidade ao então primeiro-ministro ou ao advogado-político Morais Sarmento permitiam-lhe ter influência na escolha de dirigentes e chefias de muitos serviços públicos regionais, desde a APA do Algarve aos dirigentes locais de serviços como o Instituto de Emprego e outros. Isso explica muitos fenómenos estranhos a que tivemos a oportunidade de assistir.

[continua]

O LUÍS GOMES VAI RESSUSCITAR?


Andor da Semana Santa de uma Irmandade de Isla Cristina [Foto Largo da Forca]

Parafraseando a Rainha Isabel II 2018 foi o annus horribilisdo cantor-político Luís Gomes, tudo correu mal na autarquia que deixou ao cuidado da São para fazer uma sabática autárquica, o que faz perigar o seu regresso. A pobre da São pensava que ia ser uma rainha por um mandato (como um ida disse Luísa de Gusmão, a esposa de D. João IV, antes rainha por um dia do que duquesa toda a vida), mas tudo correu mal, a começar por esse maldito Largo da Forca, que tantos pesadelos lhe tem provocado.

A estratégia era óbvia mas com a São a dar entrevistas em que parece um romano a espetar a lança de Cristo as coisas começaram a complicar-se, e estamos referindo apenas o que se sabe em público. De um lado saneiam-se apoiantes e fazem-se acusações no Facebook, do outro organiza-se um jantar de homenagem no “Sem Espinhas”, dão entrevistas na rádio do candidato a mandatário da candidatura do Álvaro Leal, enfim, anda-se por aí.

Se a estratégia inicial era recuperar a chave do poder às boas, começa a ser evidente que a São seguiu as pisadas do de Castro Marim  e quer ficar na autarquia até se reformar. Resta a Luís Gomes desenvolver uma campanha sugerindo que tudo estava bem, a São é que foi incompetente, geriu mal e deixou o município em dificuldades. É óbvio que isto é tão mentira como a São andar a dizer que nada teve com o que se fez no passado, a não ser quando acha que isso a favorece. O Luís,  São, o Barros, o Romão, os empresários que “mamaram” no regime, os donos do pasquim impresso e do radiofónico, os pasteleiros do regime, são todos farinha do mesmo saco, um imenso saco de onde sairão quase 700.000.000€ em 13 anos!

Em tempos de Páscoa e como o Luís Gomes é um bom cristão que até enche a peitaça depilada com um vistoso crucifixo, algo que fica sempre bem a um canto pimba, mesmo que seja possuidor de uma voz esganiçadas e com predominância dos agudos de uma canha rachada, a questão que se coloca é se ele vai ou não ressuscitar depois de tanbta facada e após ter sido crucificado.

Duvidamos, não só porque os fantasmas do passado anda muito ativos, como é bem provável que à medida que a autarquia se afunda em dívidas pouco mais resta à São Cabrita do que culpar o seu antecessor. Ao que conta já faltou mais para que Luís Gomes corra o risco de sofrer alguma perseguição judicial pelos seus abusos enquanto autarca, correndo um sério risco de ser impedido de voltar a concorrer nas próximas autárquicas.

Por agoira está no altar da Assembleia Municipal de Castro Marim, ajudado por aquele que apoiou na hora de trair o Estevens, mas duvidamos que volte a sair na procissão da Ressurreição em Vila Real de Santo António, arriscando-se a ser uma espécie de “alma penada” que deambula durante a noite pelos corredores dos Paços do Concelho.

THE POOR MILLIONAIRE CONNECTIONS [PARTE I]



Durante doze anos 13 anos o Luís, a São, o Barros e os seus apoiantes criaram em Vila Real de Santo António a ilusão da fartura, eram festas a toda a hora, desfiles de trajes, Carnavais com figuras pimba de dimensão nacional, discotecas da moda, unidades de saúde modelares. O concelho ganhava todos os prémios, instalava famílias da etnia cigana, gastava fortunas em fogos de artifício, aparelhagens de som dos Mendes, alojamento hoteleiro das famílias carenciadas, exibia projetos da futura Dubai à beira do Guadiana. Se somarmos os orçamentos da autarquia ao longo de treze anos, a dívida acumulada, a dívida escondida atrás do contencioso jurídico oportunista e as comportações de fundos públicos nacionais e europeus, estaremos a falar de qualquer coisa que poderá situar-se próximo dos 700 milhões de euros.

Tanto dinheiro num dos mais pequenos concelhos do país não serviu apenas para comprar cigarrinhos locais e charutos cubanos, para ajudar a enriquecer alguns empresários locais do regime que não perdiam a oportunidade para bajular o poder de forma quase pornográfica, algo que ainda o fazem, ainda que com cada vez menos entusiasmo. Esta espécie de jackpot autárquico que aquela pandilha gastou durante mais de uma década transformou gente pequena e sem grandes perspetivas de futuros em políticos poderosos, chegaram a deputados, tornaram-se gente influente, o dinheiro atraía políticos e nacionais como se fosse caca a atrair moscas durante a Feira da Praia.

No centro desta teia estava um rapazola que sentiu ter um olho em terra de cegos, com tão grande fortuna consolidou uma poderosa rede de influência pessoal. Depressa chegou a líder distrital do PSD, com este partido no governo nomeou gente próxima e obediente para instituições como a APA, não sendo de admirar que o bar de sonho tenha nascido no meio de dunas ou que na marginal de Monte Gordo se tenham, construído mamarrachos ilegais debaixo das barbas da AP, que tutela os terrenos. Mas a teia de influências não se limitou ao PSD, com as relações estranhas e duvidosas com o regime cubano, incluindo laços fortes com a Fundação José Marti, que todos sabemos o que é e para que serve, ou com outros negócios envolvendo gente próxima do PS, é bem provável que Luís Gomes e os seus tenham mais influência nos partidos da oposição com assento nos órgãos autárquicos do que os líderes locais destes partidos. 

Não é de estranhar a convivência de ilustres personalidades da oposição no Jornal do Algarve, que hoje não passa de um pasquim falido e subsidiodependente ao serviço de quem manda na autarquia, a presença de um conhecido militante da oposição num jantar de solidariedade política com Luís Gomes com que o Sem Espinhas abriu esta época e onde além do ilustre funcionário público gestor dos subsídios de desemprego também esteve presente o paisagista e deputado Carlos Barros, enfim, só lá faltou a representação da esquerda conservadora.

Quase 700.000.000 de euros deram para muita coisa desde “comprar” políticos a oposição a instalar em Vila Real de Santo António funcionários do regime cubano que ninguém sabe muito bem ao que se dedicavam e que desapareceram de um dia para outro. Deu para encher os bolsos de alguns empresários locais, para pagar estudos da treta feitos por empresas de políticos, para trazer para VRSA a rede de conhecimentos de Sócrates. Para pagar centenas de milhares de euros a políticos influentes a título de honorários de advogados.
Com a teia de influência comprada com esses 700.000.000 € o que agora anda a cantar o “pobre milionário” passou de um jovem desconhecido que em má hora um Murta desastrado promoveu a político a um político influente de quem se pensa que é imune a tudo e que pode fazer o que quer que nada lhe sucede. Talvez não seja bem assim e neste momento já começou a contagem decrescente paria a queda deste anjo.

Depois de amanhã descreveremos como se transforma um político de maus recursos num gestor do poder no mundo da política deste país.

DEBAIXO DAS BARBAS DO FAM - CASO III



Este caso chega a ser hilariante e se não vivêssemos num concelho deprimido, empobrecido e em decadência por culpa da irresponsabilidade, incompetência e sabe Deus que mais, até mereceria uma sonora gargalhada. Mas tratando-se de uma empresa municipal falida e à beira da liquidação e sabendo-se que se trata de dinheiro que o FAM emprestou para ajudar a autarquia em vez de vontade de rir sentimos raiva. Uma raiva dupla, pela forma duvidosa e escandalosa como se gasta o dinheiro e porque temos a impressão de que o FAM nada faz, no pressuposto de que mais tarde ou mais cedo serão os vila-realenses a pagar a dívida com língua de palmo.

Antes de mais, uma pequena explicação sobe a empresa envolvida no negócio, a Wonderlevel de um tal Luís Bernardo, o atual homem da comunicação do SLB. A Wonderlevel é uma empresa criada pelo Luís Bernardo nos tempos em que era o homem da imagem do então primeiro-ministro José Sócrates, criou a empresa para fazer as encomendas, a mais famosa das quais foi a organização da cerimónia de apresentação do computador Magalhães. Na ocasião o país divertiu-se quando soube que as crianças que estavam na sala de uma suposta escola tinham sido selecionadas através de um casting organizado pela Wonderlevel.

Mais uma vez a CM cruza-se com ente de Sócrates, já tinha sucedido com a Oberdrecht, com a Ana Paula Vitorino, com o próprio Sócrates e agora com o Bernardo Silva, sinal que nisto da política quando o que está em causa é ganahr uns cobres há solidariedades e lealdades mais fortes do que as partidárias. 

Vejamos então o belo negócio que a SGU fez com a Wonderlevel, graças à generosidade “destes senhores do FAM” que mandam “pilim” para nos ajudar. Dois dias depois de ser aprovado o Plano de Atividades e Orçamento para 2019, onde a empresa é praticamente declarada falida e quando a presidente da autarquia já assumiu que estava em fase de “internalização”, a SGU assina com a Wonderlevel  o Contrato de Prestação de Serviços n.º 10/2018. Como de costume, tratou-se de uma adjudicação direta, uma decisão do Administrador Delegado Pedro Tiago Finote Pires, um homem muito rápido a fazer compras, já que parece poupar muito tempo em concursos...

E o que compraram à Wonderlevel? A SGU falida e que muito provavelmente só durará até ao final do primeiro semestre contrataram a Wonderlevel para que esta a “prestação de serviços de comunicação estratégica de comunicação de VRSA”! O que é que uma empresa falida e uma autarquia desorientada tem de tão importante para comunicar? Por aquilo que temos vistos só fase for para anunciar a liquidação da SGGU, parta ajudar a São Cabrita a não colocar likes no Largo da Forca ou para escrever os comunicados da presidente da autarquia a pedir desculpa ao FAM!

É evidente que só com muita imaginação alguém acredita que vai ser feito um plano de comunicação se isso for verdade apetece perguntar para o que é que contrataram o Tiago. Este contrato tem muito de duvidoso e um dia destes iremos saber que negócio foi este, ainda que já tenhamos algumas pistas. E lá voaram mais 22.140€ na terra onde se mandam os estudantes pedri a Catsro Marim, onde os pescadores precisam de um trator para puxar os barcos para terra e a CM não apoia, ou onde o repuxo não é reparado vai para anos, só para dar alguns exemplos.

Nos tempos de Santo António de Arenilha o padre vinha de Isla Cristina dar missa À nossa terra. Agora parece que não faltam padres, até sobrou um para ir fazer as homilias na Assembleia Municipal onde parece querer condenar a oposição ao purgatório. MAS talvez não fosse má ideia se alguém desse um pulo a Aiamonte ou a Isla Cristina, pode ser que eles tenham, alguns magistrados para a troca, trazemos magistrados e mandamos alguns confrades para lá.


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ANEXO
Contrato de Prestação de Serviços n.º 10/2018, com a Wonderlevel







DEBAIXO DAS BARBAS DO FAM: CASO II



Um dos estratagemas dos que têm liderado a autarquia em muitos domínios da gestão é o recurso aos tribunais por tudo e por nada. Se um funcionário não faz todos os fretes despede-se e recorre-se de todas as decisões dos tribunais. Se há uma indemnização a pagar recorrer-se ao tribunal. Se há um cidadão que incomoda com críticas chama-se o Morais Sarmento que todos ficam assustados. 

Para manter este tipo de litigância a CMVRSA deve ser a recordista nacional em pagamento de honorários a advogados. O ridículo é tanto que o município mais falido do país contrata o escritório de advogados mais chique de Lisboa, onde se paga 500 € à hora. Depois chega-se ao ridículo que para um julgamento de um caso que morreu antes do julgamento vem uma equipa de advogados liderada por Morais Sarmento. Mas para defender os interesses da terra na questão do estacionamento quem representou os vila-realenses foi alguém com formação profissional de criado de mesa!

As pessoas têm medo de abrir a boca não vá aparecer o Morais Sarmento, não se sabe qual o montante da dívida por causa do elevado montante das dívidas litigiosas. Recorrer-se ao tribunal a torto e a direito e tudo isso com recurso a advogados exteriores ao município. Um bom exemplo de litigância oportunista ocorreu na sequência das últimas eleições, com a CMVRSA a queixar-se de ofensas na sequência de declarações feitas por um candidato da oposição  durante a campanha das eleições autárquicas.

Esse candidato acusou a candidatura da “Agoira é São” de comprar likes, algo tão ofensivo como acusar de comprar publicidade num jornal ou de alugar um outdoor, já que comprar likes é uma forma de dizer que se recorre aos mecanismos de publicidade no Facebook. Foi o suficiente para que esse candidato tivesse de enfrentar a “matilha” da PNMLJ e lá apareceu o temível e poderoso Morais Sarmento mais um outro advogado para o julgamento.

O curioso disto tudo foi ver a autarquia a pagar fortunas a Morais Sarmento num processo em que a queixosa deveria ser a São Cabrita. Mas não foi assim, a São apareceu na qualidade de assistente do processo, tal como o seu amigo Luís Gomes, e a queixosa era a presidente que foi eleita depois. Com este truque a autarquia terá pago os honorários de um advogado que estava trabalhando para a candidata. O mais divertido disto tudo foi ver a queixa ser aceite e chegar a julgamento sem ninguém ter reparado nisto.

É desta forma que uma autarquia falida gasta o pouco dinheiro que lhe dão para reequilibrar as contas, pagando a advogados de luxo em questões de lã e caprina e aparentemente particulares, enquanto quando estão em causa milhões dos cofres da câmara entrega a defesa do concelho a um profissional da restauração. Enfim, até parece que estão a gozar com o FAM.

Já depois de terem afundado a autarquia em ano eleitoral (2017) e antes que acabasse o dinheiro ainda foram a tempo de arrebanhar meio milhão de euros para várias adjudicações diretas ao costumeiro Morais Sarmento. Se somarmos este valor com o que se gastou para destruir o jardim de Monte Gordo temos que gastaram mais de um milhão de euros. Depois não tiveram 150.000 euros para as obras na Praia dos Três Pauzinhos e não repararam o repuxo com o argumento de que a prioridade eram as escolas. As escolas uma treta, a prioridade foi o poderoso, ameaçador e influente Morais Sarmento, uma espécie pitbull jurídico de VRSA.

E tudo isto acontece debaixo das barbas do FAM e não só...

DEBAIXO DAS BARBAS DO FAM - CASO I



É inacreditável como um concelho que está sob a intervenção do FAM, que está financeiramente à beira da insolvência e depende de balões de oxigénio daquele Fundo gasta dinheiro como se não houvesse amanhã, ainda por cima gerindo os projetos de forma incompetente e ignorando as normas. Como é que se entende que o FAM empreste o dinheiro, exija relatórios, aceite um modesto contabilista com escritório em Borba como su interlocutor em Vila Real de Santo António e depois aconteçam desgraças como a que vamos descrever e onde a nossa autarca parece ter enterrado 500.000 euros?


Transformando a falta de higiene em arte urbana ou feios, porcos e maus?

Num concelho falido, onde  numa das melhores praias da Europa os utentes têm de ir defecar às dunas e os investidores são enganados, onde mandam os estudantes pedir um autocarro a Castro Marim, onde tudo está ao abandono e a precisar de reparação, a autarquia investiu 500.000€ para destruir um jardim, só para corresponder à bazófia da frente ribeirinha. Uma vergonha como alguém pintou no local, a obra está parada, a frente ribeirinha está destruída e os mamarrachos aguardam demolição.


A nova vista para o mar na marginal de Monte Gordo

A autarca que diz que cumpre tudo muito rigorosamente ignorou que não tutelava a marginal e depois de mandar destruir tudo, incluindo os balneários públicos com o argumento de que ram proibidas construções em alvenaria, decidiu construir uma espécie de Kaabas com azulejos azuis que agora parece terem de ser destruídos. Isto é, gastam 500.000€ e ainda vão ter de arranjar dinheiro para demolir as asneiras que constituíram, porque agora nem tèm dinheiro para instalar ou reparar tapumes minimamente decentes para esconder o escândalo.



A Kaaba azul ao estilo da São Cabrita
Infelizmente esta beleza arqujitectónica onde investiram 500 mil vai ser demolida

Antes que digam que é mentira ou que o número foi retirado do contexto, esta cifra de 500.000€ foi a comunicada por um administrador da SGU numa reunião da Junta de Freguesia de Monte Gordo!. Gastaram 500 mil euros para destruir um jardim de que ninguém se queixavam, mandaram construir edificações ilegais e sem qualquer licenciamento e agora não têm dinheiro sequer para esconder a vergonha que ali deixaram.


Um novo estilo de mobiliário urbano
Tampa de fossa na marginal de Monte Gordo

O que é que andará o FAM e o ex-vereador da CDU e contabilista de Borba a fazer em Vila Real de Santo António se a nossa competente autarca continua a esbanjar dinheiro e a destruir o concelho? Como é que se pode aceitar que o FAM ande a emprestar dinheiro e depois permite que seja gasto em parvoíce e em construções aparentemente clandestinas que agora terão de ser demolidas? Como é que os vila-realenses podem aceitar que tenham de prolongar a presença do FAM por mais dez anos se este Fundo anda a emprestar dinheiro para jogar à rua e ainda por cima ajudando a destruir o que resta de Monte Gordo?


O objetivo era proteger as dunas....

Alguém inscreveu nos tapumes a palavra “vergonha” e com toda a razão, mas não é só o estado em que deixaram a marginal que é uma vergonha. É também uma vergonha financiarem aquela obra de destruição com dinheiro do FAM e agora andam à procura de uns tostões numa tentativa desesperada de salvar minimamente a imagem de Monte Gordo na próxima época balnear, depois do que se viu em 2017. 


A nova Monte Gordo depois da invasão dos bárbaros

É uma vergonha gastar meio milhão de euros em quatro cubículos quando na Praia de Santo António os utentes têm de defecar nas dunas. É uma vergonha terem fechado o centro de dia de idosos em VRSA para gastarem o dinheiro desta forma. É uma vergonha os pescadores de Monte Gordo não terem um trator decente e ali ao lado assistem ao esbanjamento irresponsável de dinheiro. É mesmo uma imensa vergonha, mas não só para  autarca, é também uma vergonha para o contabilista de Borba e para “esses senhores do FAM”, para usar uma expressão muito querida à nossa educada autarca, pois andam a dar dinheiro para ser atirado para o esgoto e depois querem passar o PAM de 20 para 30 anos!


Antes de gastarem os 500 mil "desses senhores do FAM"
o jardim de Monte Gordo era assim

Enfim, apetece dizer a todos esses senhores, senhoras e mais alguns idiotas da pesada que se andam a esponjar por aí, tenham vergonha na cara!

UM COMUNICADO INTERESSANTE


Egas Moniz pedindo perdão a Afonso VII


A CM publicou um comunicado (os sublinhados são nossos) que, no mínimo é interessante, que vale a pena ler do princípio ao fim: 

“Na sequência de um texto publicado na blogosfera sob o título «A comissão executiva do FAM deve ser demitida» cujo conteúdo de forma veemente se repudia, serve o presente para, a título excecional, tornar público o presente comunicado.

No texto acima identificado encontra-se transcrito um excerto de um esclarecimento público por mim prestado na reunião da Câmara Municipal de 02.04.2019. Sucede que, como é apanágio do(s) autor(es) do texto, o referido excerto é propositadamente retirado do seu contexto, de modo a desvirtuar o sentido do esclarecimento por mim prestado.

Pelo sucedido, apresento o meu pedido de desculpa formal ao Fundo de Apoio Municipal e à sua direção executiva, na pessoa do Sr. Presidente, o Dr. Miguel Almeida, deixando claro que nunca foi minha intenção colocar em causa a isenção, imparcialidade e as competência e independência técnicas daquela instituição.

Informo, ainda, que a colaboração da direção executiva do Fundo de Apoio Municipal com o Município de Vila Real de Santo António tem sido inexcedível e tem-se pautado, sempre, pela correção e probidade daquele órgão e dos seus elementos.

O Município de Vila Real de Santo António, o Fundo de Apoio Municipal e o Governo da República, as três pessoas visadas no referido texto, são escrupulosos cumpridores dos princípios da gestão pública, pautam a sua conduta e envidam os seus esforços apenas com o objetivo de servir a causa pública e o povo português.

Esclareço, por fim, que considero o texto acima identificado um ataque cobarde e desonesto às três entidades envolvidas, que apenas pretende estragar as regulares e profícuas relações institucionais que existem entre as mesmas.” [CM VRSA]

Nantes e mais sugerimos a todos que ouçam o podcast da reunião, algo que certamente os responsáveis do FAM já deverão ter feito, para confirmarem a acusação de descontextualização que está subjacente a todo o comunicado. As declarações da presidente da autarquia a que se refere o comunicado são as seguintes:

“Relativamente a esta questão da SGU e do FAM, na semana passada estivemos lá, pedimos novamente a estes senhores que se deslocassem cá,  estão a ter uma grande pressão do PS para não nos ajudar, é importante também ouvirem isto, o governo está a ter uma grande pressão sobre estes senhores para que não nos seja facilitada a ajuda, isso era importante que os vereadores do PS conseguissem também dar uma ajuda neste sentido e se possível até, eu sei que já receberam várias cartas, o FAM disse que já receberam para responder dos vereadores, para responder a determinadas questões,  portanto, convidei-os novamente para virem cá e ter uma reunião convosco, até seria importante e perceber a volta que isto dá em termos políticos e como é importante muitas vezes ajudar umas câmaras e não ajudar outras.”  [Podcast da reunião de 2/04 minuto 35]

Antes desta declaração a presidente da autarquia respondeu a várias perguntas, a última das quais referia-se à extinção da SGU, referindo que defendia o termo de internalização Terminadas estas declarações passou ao espelho de água. Isto é, não há contexto, são declarações em resposta a uma questão e tudo o que disse foi reproduzido.

Compreende-se a preocupação pela denúncia pois o que foi dito é de uma grande gravidade, até porque saiu da boca de um alto responsável do Estado, uma presidente de uma autarquia, referindo-se aos responsáveis de uma instituição pública. O argumento do contexto é muito comum quando se pretende dar o dito por não dito, mas vir agora sugerir que há maldade por parte de quem reproduz as declarações é quase gozar com a inteligência das pessoas.

Compreendemos a atrapalhação da presidente da autarquia, é a primeira vez que neste país ouvimos uma alta responsável do Estado referir-se nestes termos, fazendo uso do seu estatuto. Pode e deve pedir desculpas, mas não vale a pena meter-nos no mesmo saco pois apenas nos limitámos a reproduzir o que disse e que certamente toda a gente vai ouvir.

Também não se entende onde é que a presidente foi buscar a referência ao Governo da República ) O Município de Vila Real de Santo António, o Fundo de Apoio Municipal e o Governo da República, as três pessoas visadas no referido texto) já que este em nenhum momento foi referido, até porque nada tem que ver com o assunto. A p+residente deve estar baralhada, não fomos nós que nos aproveitamos dos buracos na EN125 para gastar o pouco dinheiro que a autarquia tinha em cartazes na EN125, em passeios à Assembleia da República )para depois gastar 160.000€ na reparação do Mercedes ou que organizámos manifestações para virar o povo de VRSA contra o Governo.

Quanto à afirmação de que a autarquia está ao nível do FAM e do Governo da República e que “ são escrupulosos cumpridores dos princípios da gestão pública, pautam a sua conduta e envidam os seus esforços apenas com o objetivo de servir a causa pública e o povo português” no que se refere à CM isso merece uma gargalhada. Brevemente analisaremos um bom par de exemplos do “escrupuloso cumprimento dos princípios da gestão pública”: Apenas alguns exemplos:
  • É o próprio FAM que no relatório relativo a 2017 denuncia o incumprimento por parte da autarquia de leis fundamentais como, por exemplo, a da contratação pública.
  • A alteração do contrato com a ESSE ainda recentemente aprovado.
  • A despesa brutal num plano de comunicação para a SGU empresa assumidamente em fase de extinção, o que nos faz pensar sobre o quê se vai comunicar...
  • As irregularidades graves na utilização de fundos comunitários.
  • Os contratos com a Tempestades Cerebrais.
  • Os 500.000€ deitados ao lixo com a destruição do jardim de Monte Gordo, para aí contruir ionstalações em alvenaria que terão de ser destruídas.  Talvez os responsáveis do FAM as queiram visitar quando vierem a VRSA a convite da autarca, que certamente quererá mostrar a grande obra que fez com o escasso dinheiro que tinha depois de ter gasto outros 500.000€ com adjudicações diretas ao Morais Sarmento (PLMJ).
Enfim, só para dar alguns exemplos dos bons princípios adotados aqui pelas bandas da foz do Guadiana.

Quanto ao pedidos de desculpas e aos elogios ao FAM parece-nos que a presidente da autarquia faz muito bem em fazê-los, ainda que nas relações entre instituições do Estado o “desculpa-me qualquer coisinha” não se aplique. Por muito menos do que se pode ouvir no podcast já tomos vimos mandarem chamar o Morais Sarmento a VRSA para perseguirem adversários políticos. Aliás, teria sido de grande utilidade para o esclarecimento da verdade e para ajudar oFAM a confirma o que a presidente diz no comunicado que logo a seguir a este tivesse sido colocado um link direto para o podcast, algo que fizemos no referido post e que voltamos a fazer, tal como devem fazer todas as pessoas que desejam provar que são honestas e falam verdade.

Aproveitamos para agradecer à presidente ter pedido desculpas por termos reproduzido as suas próprias declarações, mas como as mesmas não foram retiradas de qualquer contexto, o pedido devia ter sido por aquilo que disse e não por as termos reproduzido.