O LUÍS GOMES VAI RESSUSCITAR?


Andor da Semana Santa de uma Irmandade de Isla Cristina [Foto Largo da Forca]

Parafraseando a Rainha Isabel II 2018 foi o annus horribilisdo cantor-político Luís Gomes, tudo correu mal na autarquia que deixou ao cuidado da São para fazer uma sabática autárquica, o que faz perigar o seu regresso. A pobre da São pensava que ia ser uma rainha por um mandato (como um ida disse Luísa de Gusmão, a esposa de D. João IV, antes rainha por um dia do que duquesa toda a vida), mas tudo correu mal, a começar por esse maldito Largo da Forca, que tantos pesadelos lhe tem provocado.

A estratégia era óbvia mas com a São a dar entrevistas em que parece um romano a espetar a lança de Cristo as coisas começaram a complicar-se, e estamos referindo apenas o que se sabe em público. De um lado saneiam-se apoiantes e fazem-se acusações no Facebook, do outro organiza-se um jantar de homenagem no “Sem Espinhas”, dão entrevistas na rádio do candidato a mandatário da candidatura do Álvaro Leal, enfim, anda-se por aí.

Se a estratégia inicial era recuperar a chave do poder às boas, começa a ser evidente que a São seguiu as pisadas do de Castro Marim  e quer ficar na autarquia até se reformar. Resta a Luís Gomes desenvolver uma campanha sugerindo que tudo estava bem, a São é que foi incompetente, geriu mal e deixou o município em dificuldades. É óbvio que isto é tão mentira como a São andar a dizer que nada teve com o que se fez no passado, a não ser quando acha que isso a favorece. O Luís,  São, o Barros, o Romão, os empresários que “mamaram” no regime, os donos do pasquim impresso e do radiofónico, os pasteleiros do regime, são todos farinha do mesmo saco, um imenso saco de onde sairão quase 700.000.000€ em 13 anos!

Em tempos de Páscoa e como o Luís Gomes é um bom cristão que até enche a peitaça depilada com um vistoso crucifixo, algo que fica sempre bem a um canto pimba, mesmo que seja possuidor de uma voz esganiçadas e com predominância dos agudos de uma canha rachada, a questão que se coloca é se ele vai ou não ressuscitar depois de tanbta facada e após ter sido crucificado.

Duvidamos, não só porque os fantasmas do passado anda muito ativos, como é bem provável que à medida que a autarquia se afunda em dívidas pouco mais resta à São Cabrita do que culpar o seu antecessor. Ao que conta já faltou mais para que Luís Gomes corra o risco de sofrer alguma perseguição judicial pelos seus abusos enquanto autarca, correndo um sério risco de ser impedido de voltar a concorrer nas próximas autárquicas.

Por agoira está no altar da Assembleia Municipal de Castro Marim, ajudado por aquele que apoiou na hora de trair o Estevens, mas duvidamos que volte a sair na procissão da Ressurreição em Vila Real de Santo António, arriscando-se a ser uma espécie de “alma penada” que deambula durante a noite pelos corredores dos Paços do Concelho.