500 MIL EUROS



É usual questionar-nos sobre o que faríamos se ganhássemos um prémio do Euromilhões, dando largas â nossa imaginação. Poderemos fazer a mesma pergunta â presidente da autarquia, até porque esta equipa autárquica, com destaque para Luís Gomes, Carlos Barros e São Cabrita sabem gastar dinheiro como poucos, já que em doze anos gastaram vários jackpots do Euromilhões, pois se somarmos as receitas da autarquia, a dívida tornada pública, a dívida escondida e os fundos nacionais e europeus teríamos um montante fabuloso que se aproxima dos 700 milhões de euros.

Mas os tempos são outros e como a autarquia parece que já manda os jovens mendigar em Castro Marim, baixamos a parada e perguntamos o que se poderia fazer com “apenas” quinhentos mil euros. Não é preciso muita imaginação para encontrar boas utilizações para este dinheiro, se ele estivesse ao nosso dispor. Para gastar no concelho.

Se a prioridade for investir na formação dos nossos jovens poderíamos, por exemplo, modernizar todas as salas de aulas do nosso ensino básico, equipando os alunos com computadores ou tablets, proporcionando-lhes acesso a tecnologias e boas fontes de informação. Provavelmente sobraria dinheiro para equipar um espaço nas nossas escolas do ensino secundário com equipamentos, softwares e acessos à internet com um nível que dificilmente os estudantes podem adquirir.

Se a prioridade fosse reparar os espaços públicos poderíamos reparar a nossa antigamente bela Rua Teófilo Braga, que hoje está degradada e que muitos vendedores de gelados a tornam porca, porque não se dão ao trabalho de limpar a sujidade promovida pelos seus negócios. Ainda sobraria muito dinheiro que daria, por exemplo, para reparar o repuxo da Avenida da República, uma vergonha que a autarca se tem recusado a resolver.

Até poderíamos optar por investir na imagem do concelho, mas em vez de o fazermos para consumo interno, para ganhar votos como tem feito a nossa autarquia, poder-se-ia apostar numa campanha de marketing promovendo o concelho, atraindo turistas e investidores. Talvez não fosse uma grande opção, mas feita com honestidade teria mais resultados do que os conseguidos com as centenas de milhares de euros que eles já gastaram com propaganda, normalmente para enaltecer o Luís Gomes ou a São Cabrita.

As possibilidades são muitas, gastos com rigor, recorrendo a concursos honestos para conseguir as melhores propostas e os melhores preços e definidas as prioridades, 500 mil euros dava para muita coisa. Só que não há esse dinheiro e se houvesse o mais provável é que fosse gasto da mesma forma que gastaram as outras centenas de milhões. 

Não há, mas já houve e foi gasto. Quinhentos mil euros foi quanto a autarca gastou para destruir o jardim de Monte Gordo e ali construir uns quantos mamarrachos, que parecem uns WC ao avesso e que agora dizem que vaio ter de demolir. Os números foram divulgados pelo administrador da SGU numa reunião na JF de Monte Gordo. A prioridade da presidente da autarquia foi a bazófia, gastou  quinhentos mil euros e agora não tem dinheiro nem para tapar o buraco que abriu.