Para que uma região seja competitiva em relação a outra é preciso que para os empresários que se pretende atrair ofereça vantagem em relação à ou às regiões que disputam os mesmos empresários ou investimentos, daqui resulta o conceito de vantagens comparativas. Estas vantagens podem ser muitas, por exemplo, para atrair empresas de pesca um porto de fácil acesso e com boas condições de laboração, a existência de mão de obra qualificada ou a proximidade de bancos de pesca são algumas vantagens a considerar.
Que vantagens oferece VRSA em relação a outros concelhos que estão na corrida por novas empresas e por novos investimentos ou mesmo pela fixação de jovens empreendedores? Temos algumas vantagens que se prendem com o clima e com a localização geográfica, as essas são vantagens que podem ser oferecidas por dezenas de concelhos do sul da Península Ibérica no que respeita ao clima e vários concelhos situados na foz do Guadiana em relação à geografia.
Quanto a vantagens ficamos por aqui, depois temos muitas desvantagens comparativas e essas explicam a estagnação que o concelho tem vivido, o que se demonstra bem no fato de em mais de uma década só ter abeto um pequeno hotel com 30 camas e mesmo esse quase totalmente financiado por fundos públicos, não sendo certa a sua viabilidade económica.
Estamos longe dos grandes centros do país, contamos com poucos quadros qualificados, temos pouco com o que atrair jovens, temos pouca ou nenhuma oferta para arrendamento, estamos mal servidos de meios de transporte e de vias rodoviárias ou ferroviárias, temos fortes restrições em matéria de crescimento urbano, temos um forte escassez de recursos naturais exploráveis. Digamos que temos grandes problemas de competitividade em relação a outros concelho do Algarve ou do sul de Espanha.
Se não fosse o comércio fronteiriço que muito se deve ao dinamismo de alguns empresários locais, VRSA dificilmente atrairia investimentos, a não se no setor do turismo e mesmo aí em condições menos favoráveis do que concelhos mais propensos a apostas em turismo de luxo.
Neste quadro teria sido fundamental uma gestão competente da nossa autarquia, transformando o rigor, honestidade,. Inteligência e competência na gestão da coisa pública numa vantagem a favor dos vila-realenses. Mas em vez disso temos somos uma nódoa no mapa autárquico, temos uma autarquia arruinada e sem dinheiro onde se insiste em gastar dinheiro com cigarrinhos e rapazolas com jeito para fazer entrevistas na rádio Mentes.
Aquilo que nos poderia ajudar a promover o desenvolvimento do concelho, uma gestão competente da autarquia, acaba por ser o busílis dos nossos problemas económicos e a não ser que suceda algo de inesperado teremos de aturar mais três anos disto.