DESEJOS DE UM BOM 2021 NESTE DIA 31


 

Com a candidatura araujiana a anunciar um Natal no dia 29 de Dezembro, com o apelo a que em VRSA o Natal fosse celebrado em torno de um projeto que não tem uma linha, escrito pelo candidato Araújo, ficamos baralhados. Se o Natal agora acontece em 29 de dezembro e em vez de celebrarmos o nascimento de Jesus devemos unir-nos em torno do nosso enviado, ficamos com a dúvida de saber em que dia ocorre o Novo Ano, neste novo calendário. 

Já havia o calendário Gregoriano e o calendário Juliano, agora temos um calendário Araujiano e se queremos pertencer a essa nova seita, além de termos de celebrar o Natal a 29 unidos em torno da personagem é bom que respeitemos os feriados e dias santos. O problema é que só mesmo os mais próximos do candidato, a começar por um conhecido contabilista da Avenida da Liberdade em Lisboa e mais a que faz de líder da comissão política, é que devem saber quando é que começa o 2021. 

Infelizmente as baboseiras do comunicado natalício eram tantas que só alguns vila-realenses tiveram o privilégio de receber essa pérola da estupidez e incompetência, entregue pelos CTT apenas nalguns endereços, no passado dia 29. Depois de lerem o post que lhes foi dedicado no largo da Forca parece terem desistido, jogando dinheiro à rua. Mas quem tem dezenas de milhares de euros à rua, com outdoors que parecem ser uma dedicatória ao “acreditar” do Jorge Jesus, para gozar com as dificuldades de muitos portugueses, pode muito bem mandar fazer flyers para depois mandar o dinheiro para a reciclagem do papel. 

O Setúbal, a Célia, o Mob e o Araújo que celebrem o novo ano no calendário Araujiano, por aqui o dia 1 é mesmo amanhã e por isso desejamos um bom 2021 a todos os que vivem na nossa terra, incluindo aos fascistas dos araújianos anónimos que todos sabemos quem é.

UMA SANITA AO ESTILO BOLSONARO?

 

 

Na passada segunda-feira realizou-se uma reunião do PSD onde, entre outras pessoas, terá estado presente a nossa estimada São Cabrita. Sucede que um dos presentes no dia seguinte testou positivo ao Sars-CoV-2. Depois disso teve o cuidado de telefonar a todos os presentes que, seguindo as regras, ficaram em confinamento. Todos? Se é verdade que a São Cabrita esteve nessa reunião a resposta é não. 

Depois do comunicado dramático, onde a autarquia sacode a água do capote perante a hipótese do regresso das medidas mais duras de confinamento ao conselho, apelando à responsabilidade de todos, como se a Proteção Civil de que tanto falava já não existisse, seria muito lamentável que em vez de estar em confinamento a nossa autarca andasse a cirandar ao estilo Bolsonaro, como se viu, no passado dia 29, na extração da sua lotariazinha. 

Queremos acreditar que a São Cabrita é a primeira a dar o exemplo.

É PRECISO LATA

 


Nos princípios da pandemia a Sanita não se cansava de apregoar que era a líder da Proteção Civil, tudo fez para passar a ideia de que tudo devíamos às suas crenças religiosas e à sua liderança. Foi uma palhaçada pegada, com uma autarca a desdobrar-se em vídeos e fotografias. 

Quando começaram a surgir casos a senhora embatucou e nem sequer se deu ao trabalho de dar os pesamos às famílias dos que faleceram, desculpou-se com a treta do sigilo, não soube de nada, apesar de aparecer ao lado da delegada de saúde, 

Durante o verão, quando os casos foram poucos em todo o país, ficámos mais uma vez em dívida com a senhora, foi para o Jornal do Algarve garantir que tudo tinha corrido bem graças ao seu trabalho de sapa. Imaginamos que foi graças ao seu trabalho de sapa que as esplanadas de Monte Gordo fechavam às tantas da note, comas autoridades a olhar para o céu. 

Chega da segunda vaga lá voltou a senhora ao seu papel de salvador, quando aos casos apareceram e já não os conseguia abafar, veio mais a tal delegada garantir que em VRSA não havia nenhum surto, apenas tinha ocorrido um aumento de casos que foi repentino. E a senhora do lado lá ia abanando a cabeça com ar aprovador. 

Mas o governo decidiu introduzir um mecanismo de confinamento que depende da média dos casos e a CM deixou de esconder e aldrabar os dados, agora a mentira tem mesmo perna curta e a Sanita e a senhora que abana a cabeça deixaram de aparecer. O pior é que em política VRSA é um salve-se quem puder. 

Parece que a dimensão da pandemia agravou-se e VRSA poderá voltar às medidas de confinamento. Resultado: a Sanita agora diz que foi apanhada descuidada, a rapariga não reparou nas dezenas de caso que ia divulgando, era uma questão de fazer as contas. E de quem é a culpa: é da senhora que abana a cabeça, a Sanita agora não diz que é crente, que ela é que manda na Proteção Civil e nem faz vídeos ao lado da senhora que abana a cabeça. 

Agora a culpa da desgraça não é dela, é das autoridades da Saúde que não lhe dizem nada. Alguém acredita? Então a senhor delegada que aparecia nos vídeos não sabe de nada ou sabe e não lhe conta? Pobre Sanita, não sabe de nada mas deve ter um dedo que adivinha: 

“Apesar de não termos números concretos, sabemos que existem fortes hipóteses de, na nova avaliação, deixarmos de estar nos concelhos considerados de risco moderado para incluirmos a lista de concelhos de risco elevado de contágio da Covid-19.”

Surprise! Já sabemos como é que vai resolver o problema da dívida, com o dinheiro que ganhou vendendo o terreno que não lhe pertencia pode apostar no Euromilhões, esta mistura de crenças com palpites é infalível. O mais engraçado é a forma como tenta sacudir a água do capote: 

"Contudo, temos sido informados pela autoridade de saúde regional que os casos no nosso concelho, à semelhança de toda a região, têm estado a aumentar."

 Pois é, sabe que os casos aumentaram no concelho mas faz de conta que não sabe de nada, silenciou a informação a partir do dia 23 e agora arma-se em surpreendida, sugerindo de forma subliminar que desconhece os números. Alguém acredita nela? Quem acredita que levante o braço.

O ARAÚJO VIROU MENINO JESUS

  


Quando reparámos que o candidato Araújo tinha lançado uma opa ao Natal, com os araujianos anónimos lançando uma campanha de ódio religioso extremista, tentando tirar proveito dos sentimentos religiosos dos católicos, nunca pensámos que iria tão longe e que acabaria de tal estratégia chegar ao ridículo que chegou, com a carta enviada pelo candidato aos vila-realenses. 

A associação entre a campanha caríssima na base de outdoors com o Natal é feita logo e de forma descarada. “Acreditar” dizem os outdoors de luxo, “É preciso acreditar no Natal” diz a carta, que acrescenta que “vai acontecer”. E como é que o Natal vai acontecer? A resposta vem a seguir: 

“Este ano, o Natal deve representar a união de todos em torno de um projeto responsável e capaz de fazer frente às consequências desta crise.” 

Pois é, da mesma forma que Jesus veio à terra para nos salvar, neste Natal em vez de termos um menino Jesus parece que temos um “menino Araújo” que vem salvar das garras do Luís Gomes. Estamos salvos, depois de 15 anos de escuridão este ano seremos salvos por um novo messias anunciado por carta. 

Isto é ridículo demais, transformar uma cerimónia religiosa celebrada no íntimo da família numa espécie demissa do Galo que une todos os vila-realenses como crentes unidos em torno do Araújo é algo que nunca nos teria passado pela cabeça. Só lhes faltou sugerir um Presépio 2.0. O Araújo a fazer de menino, a Célia de Maria, o Setúbal de José, o motorista de burro, o Mob de vaca e como Reis Magos. Ao que a política chegou! 

De resto a carta não passa de um chorrilho de vulgaridades, quase nos apetece sugerir ao candidato que compre um bom livro de citações e copie umas freasses bonitas paria dar a impressão de que pensa bem e escreve melhor. Porque isto de andar a plagiar palavras de ordem já começa-a ser ridículo demais para ser verdade. 

A São copiou o “junto vamos” e acrescentou covid-19. Agora vem este “messias” que Deus mandou a VRSA e não hesita em encher o concelho com outdoors onde copia a palavra de ordem “Junto Vãos Vencer”. Enfim, parece que em política vale tudo. Aliás, já no comunicado do baile de debutantes no Hotel Apolo, onde o agora “messias” foi anunciado como salvador da terra, já tinha recorrido ao plágio descarado escrevendo no comunicado que ia “construir o futuro”. Enfim… 

Só uma sugestão para terminar, em VRSA o Hastag  #TodosContam devia ter uma versão local em homenagem aos que fogem aos impostos e escondem as empresas em Lisboa: #NemTodosDescontam.  

PS: O candidato Araújo não só se apresenta como um novo "menino Jesus", anunciando natais que mais parecem comícios, como dá mostras de grande incompetência, mandando uma mensagem de Natal só no dia 29! Enfim, vamos passar a ter o Natal do Menino Jesus e o Natal do menino Araújo. 

OS DEPUTADOS MUNICIPAIS PISCA PISCA

 


Sabendo-se que consta que o ilustre causídico Dr. Ricardo Cipriano será o candidato a presidente  da Assembleia Municipal  e nos pressupostos de que será mesmo o eleito e de que, como parece ter sucedido no passado, não desiste antes do fim do prazo para apresentação das listas, fomos ler as atas das reuniões da Assembleia Municipal. 

Sabendo-se que foi eleito pelas listas da candidatura de António Murta, nas eleições autárquicas de 2017 e com experiência de barras dos tribunais, esperávamos ver brilhantes intervenções. Desilusão, foi necessária uma busca nas atas para dar pelo homem, em regra é sempre referido no segundo parágrafo das mesmas, onde são referidos os deputados que faltara. 

Veio-nos á ideia o boneco dos livros que em tempos estavam n moda, “Wheres’s Wally”. Procurar pelo putativo candidato a presidir à AM tornou-se num jogo e ainda antes de começar a ler cada ata já fazíamos apostas, dou tanto se ele apareceu. Na prática, no ano 2019 ia reunião sim, reunião não e por isso ficamos com a ideia de que era uma espécie de deputado pisca pisca. 

Mas em 2020 parece que deve ter ocorrido algo, o homem começou a aparecer. Coincidência? Não, finalmente, o senhor Rui Setúbal surpreendeu o mundo dizendo quem era o candidato, passando o Álvaro Araújo a ser tratado por senhor presidente pelos seus pares, assumindo a liderança do PS e remetendo a presidente da comissão política local e ainda deputada da Nação para o estatuto de quarta secretária. 

Em 2018 o primeiro “pisca” esteve apagado em quatro reuniões, voltando a apagar-se outras quatro vezes em 2019. Curiosamente o primeiro pisca só se apagou uma vez em 2020, voltámos a contar com o contributo do número dois da lista da Assembleia Municipal. Para compensar tanta dedicação do dr. Ricardo começou a apagar-se o segundo pisca, curiosamente quando o dr. Ricardo acende, o Rui Setúbal Apasca, passamos a ter um espetáculo de piscas piscas na Assembleia Municipal. 

Há aqui qualquer coisa de errado, quando era suposto o dr. Ricardo cumprir com os seus deveres políticos, depois de ter sido escolhido pelo Eng. Murta para número 2 da lista o deputado municipal borrifou-se muitas vezes naqueles que o elegeram. MAS quando apareceu o candidato Araújo, alguém que ninguém vio durante a campanha eleitoral de 2017, até se diz que uma parte do PS boicotou o próprio PS, já o Dr. Cipriano aparece. 

É preciso promover a imagem do candidato e por isso este começa a aparecer nas reuniões da AM, até aparece nas reuniões das assembleias de freguesia, em especial na de Monte Gordo. É preciso promover a imagem do deputado pisca pisca e para isso o Rui Setúbal sai do palco, para não lhes fazer sombra. Isto é, para que a presença da AM sirva ao candidato que nada deu no passado para os eleger, já se lembram de que foram eleitos. 

Esperamos que até ao fim do ano o dr. Cipriano vá a todas as reuniões da AM, já que é certo de que o rui Setúbal já terá comprado a carta para mandar as  cartas onde renunciará ao mandato de deputado municipal e de todos os cargos políticos, O seu comportamento em meteria de obrigações estão do outro lado daquilo que no seu partido se define por ética republicana. Estamos certos de que a esta hora o dr. Ricardo Cipriano já é o número do PS na AM e terá todo o palco para mostrar o que vale.

POLÍTICOS SEM VERGONHA NA CARA


 

Aquilo que se passou em VRSA durante a quadra natalícia foi uma autêntica vergonha, com os dois partidos do centrão a lançarem uma verdadeira OPA sobre o Natal, não hesitando em promover o fundamentalismo religioso, na tentativa desesperada de conseguir votos. Chegaram mesmo ao ponto de usarem fotos familiares para que grupos de fascistas anónimos as usassem com falsas acusações contra terceiros, arvorando-se em donos do amor. 

Na mais difícil quadra natalícia desde os tempos da segunda Guerra Mundial, com muitas famílias impedidas de se reunirem, limitaram-se a invadir a privacidade das pessoas, tentando transformar algo que devia ser respeitado, num palco de oportunismo político, sem quaisquer escrúpulos. 

Uma senhora que deu 300.000 € à astróloga Maia e que gastou fortunas a trazer gente como o Castelo Branco para bandearem o traseiro nos carnavais do regime e que ainda no ano das últimas eleições deu mais de 300.000 € à Mão Amiga, aparentemente para financiar apoios em dinheiro, armou-se em generosa e deu 10.000€ da CM aos pobre. 

Até aqui tudo bem, se o seu comportamento fosse o de alguém desinteressado. Mas não, logo que decidiu anunciou e fê-lo dizendo que “eram boas notícias”, como se a pobreza fosse uma boa notícia ou se o 10.000€ para duzentas famílias desse para mais do que para tapar a cova de um dente. E como não bastava a notícia ainda fez mais um dos seus vídeos eleitoralistas, para aproveitar ao máximo a gorjeta que deu à pobreza que ela própria ajudou a multiplicar-se. 

Do lado dos araujianos assistimos a um a aproveitamento ridículo do Natal, com a brigada anónima a lançar uma verdadeira guerra santa contra tudo o que não é catolicismo. Mais ridículo não podia ser, maçons e ateus  a promover o seminarista, exibindo os velhos valores do Deus, Pátria e Família como pilares ideológicos de um PS local que destruirão. São tão extremistas que nem em cristianismo falam, marginalizando todos os que não sejam católicos, como se a Igreja Católica lhes tenha encomendado a guerra religiosa. 

A cereja em cima do bolo foi o lançamento de uma caríssima campanha de outdoors, enquanto uma dá 10.000€ de gorjeta à pobreza para lançar a sua campanha nas redes sociais, os outros gastam mais numa campanha que provoca a pobreza, do que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa vai gastar numa campanha eleitoral à escala presidencial.


A NOSSA PRENDA PARA O ARAJÚJO

 



Agora que é ele que orienta o que resta do PS podia muito0 bem recuperar o que resta da sede do PS, antes que o edifício venha abaixo e posa tirara a vida a alguns clientes do Sem Espinhas. Apesar de terem escondido o caso dos vila-realenses, o senhor candidato sabe muito bem que o edifício está em risco de ruir e se tal suceder com o restaurante a funcionar pode muito bem suceder uma desgraça. 

O candidato sabe muito bem que a sede foi acompanhada e certamente o Setúbal ter-lhe-á dito que uma vistoria feita pela proteção civil chegou a preocupação muito preocupantes, aliás, foi o engenheiro designado pelo próprio PS que terá chegado às conclusões mais preocupantes. Há um elevado risco de ruir. 

Disse-nos voz amiga que há uns anos atrás o PS tinha 120 contos destinados à reparação, mas alguém preferiu gastar o dinheiro com sondagens do que com a reparação do edifício, quem terá sido? Certamente o Setúbal informou o candidato de que uma das principais causa para o elevado risco de queda do primeiro piso resulta de uma obra que foi feita e que tornou o peso do soalho excessivo para a estrutura do edifício. 

Mas em vez de terem reparado o telhado preferiram fugir, até se esqueceram de ir levantar as cartas do FAM e há quem nos tenha dito que terão deixado a água aberta. O certo é que o PS parece ter dinheiro para gastar fortunas em outdoors, mas assobia para o ar e em vez de reparar o telhado e substituir o soalho que lá instalaram, optam por promover por gastar mais em outdoors com o seu candidato do que o Prof Marcelo vai gastar na sua campanha eleitora. 

É por isso que a nossa prenda de Natal para o candidato Araújo, que já é tratado por “senhor presidente” pelos apoiantes mais fanáticos, é uma dúzia de prendas, uma dádiva simbólica para que repare o telhado, já que se ocorrer algum desastre as consequências jurídicas podem ser graves. 

Agora não faça como têm feitor e em vez de tapar o buraco não se lembre de construir uma réplica da Capela das Aparições, nessa estratégia ridícula de misturas fundamentalismo religioso com política. Quem quer ser político faz política e quem quer ser padre faz religião, já nos basta o eclesiástico do PSD que está na Assembleia Municipal. 

PS. Se o edifício ruir cá estaremos para contarmos o que sabemos e apurar responsabilidades. Abandonar uma sede à pressa e nada fazer para evitar um desastre, esquecerem-se de lá ir buscar o correio, esquecer a água a pingar e ter dinheiro para outdoors será um belo padrão de competência. Deus nos livre de o concelho ser gerido com tanta “competência”.

EXTREMISMO RELIGIOSO, DÍVIDAS E EVASÃO FISCAL


 

Anda por aí uma vaga de extremismo religioso a invadir um partido que apesar de laico em todo o país, passou a ter a sede na sacristia no concelho de VRSA, que quase apostamos que um dia destes ainda vamos ver o Rui Setúbal na missa das 8h ao lado da São Cabrita. 

E até faria sentido que rezassem juntos por causa das dívidas, uma porque tem grandes responsabilidade pela dimensão brutal das dívidas e o outro por causa das dívidas ao fisco, até porque desde a última versão do Catecismo da Igreja Católica que a evasão fiscal é considerada pecado. Se não sabe então que pergunte à Célia Paz ou ao Araújo, porque disso sabem eles. 

Mas se não sabermos se as dívidas da CM se traduziram em benefícios fiscais a verdade é que no caso da evasão fiscal as dívidas ao fisco ficaram no bolso de quem não pagou os impostos. É bom recordar que se alguém não paga os seu impostos o Estado terá de ter dívida para compensar a ausência de receitas. Isto é, se a São contribuiu para aumentar a dívida da CM gastando, o Rui Setúbal contribuiu para a dívida do Estado “roubando” nos impostos. É caso para dizer que para um contabilista é igual ao litro, excetuando num ponto, nos lucros do infrator. 

Aguardemos que estes extremistas católicos, que andam a tentar conseguir votos à custa dos valores religiosos das pessoas e ao ambiente desta quadra, se lembrem de ler o catecismo e aprendam a ser melhores cidadãos.

PRENDAS DE NATAL DO JUMENTO



SÃO CABRITA

A primeira prenda vai para a cidadã n.º 1 do concelho, a nossa mui querida presidente da CM, merecedora de todas as prenda. Mas como estarmos em tempos de pandemia e pobreza generalizada, vamos seguir o seu exemplo de austeridade, já que este ano não deu nada a ninguém, a não ser ao empreiteiro privativo da CM.

Como sabemos que é uma grande crente e pelo que lhe temos ouvido convidou o Senhor para o seu chefe de gabinete, já que resolve tudo com a sua crença religiosa, não queremos que deixe de rezar num ano eleitoral em que vai precisar de um milagre, vamos oferecer-lhe um terço. 

VEREADOR MATACÃO 

Membro de uma equipa autárquica muito  empenhada no apoio às vítimas, em especial as vítimas da violência doméstica, escolhemos o vereador como símbolo dessa luta tão nobre, pelo que em seu nome faremos uma doação simbólica à APAV. 

RUI SETÚBAL 

Estamos certos de que já percebeu que um político apanhado com as mãos na massa em matéria de cumprimento das suas obrigações de cidadão, e como democrata de toda uma vida, um verdadeiro modelo local das virtudes democráticas, vai ser coerente com os seus princípios ou, na ausência destes com os princípios e tradições éticas do seu partido. 

Mas se não tiver motivos suficientes para se demitir, lembramos-lhe a forma pouco digna como persegue democratas que querem ter direitos em democracia. Assim, e para que escreva a carta de demissão dos cargos políticos com a dignidade que o gesto merece, vamos oferecer-lhe uma caneta de tinta permanente, um modelo Parker daquelas que nos ofereciam quando se concluía a quarta classe, como símbolo de maioridade. Esperemos que lhe faça bom uso e liberte o concelho dos seus métodos políticos. 

LUÍS ROMÃO 

Ao vice-presidente da CM desejamos um 2021 cheio de viagens, de preferência viagens diárias. Por isso e porque estamos certos de que vai passar a viajar muito a seguir às eleições autárquicas vamos oferecer-lhe um passe social para viagens de camioneta entre VRSA e Martinlongo, onde os seus alunos vão ter a felicidade de voltar a partilhar do seu imenso saber. 

NUNO MOB 

Para o Nuno Mob, o putativo candidato a vice-presidente na lista do Álvaro Araújo (e ai do Rui Setúbal se não lhe der o lugar…), vamos oferecer-lhe um avental. Note-se que não está em causa a sua promoção social com a adesão à Maçonaria, mas sim porque cm as velhacarias que gosta de cozinhar, bem vai precisa de um bom avental, para que a sujidade não o emporcalhe. 

ÁLVARO ARAÚJO 

O seminarista minhoto que quer ascender socialmente à conta da nossa autarquia ficou para o fim, mas não é o último em matéria de prendas, da mesma forma que ficará longe de ser o primeiro nas autárquicas, damos tanta importância a esta personagem apagada que lhe a sua prenda merecerá todo um post, pelo que segue no correio de amanhã.

CÉLIA PAZ 

Se ter chegado a líder local do PS já foi algo de notável, ter chegado ao parlamento colocou-a num pedestal que só mesmo a intervenção divina o terá prometido. Infelizmente foi despedida de um dia para ao outro. Por isso vamos oferecer-lhe uma réplica das cadeiras do Parlamento. 

[FUTURO] MOTORISTA DO ARAÚJO 

Ao putativo candidato a motorista de putativo candidato Álvaro Araújo vamos enviar uma miniatura de Mercedes da Matchbox e, a título de bónus pela sua dedicação nas redes sociais, um lugar de candidato a vereador na lista do PS. 

ANTÓNIO CABRITA 

Um garrafão de bagaço e uma caixa de mata-ratos deve chegar para o deixar feliz. Enfim, para quem é "bacalhau basta!.

LUÍS GOMES 

Ao LG artista vamos oferecer um par de botinhas brancas e uma réplica de um disco de platina. Para o LG político oferecemos uma cartaz “Agora é São”, para se lembrar da sua sucessora sempre que passar pela Praça Marquês de Pombal e olhar para os Paços do Concelho. 

ÁLVARO LEAL

Ao vereador Álvaro Leal, um dos dois vereadores da oposição que merece o nosso elogio político, vamos oferecer uma viagem a Cuba, para se operar às cataratas, para começar a ver melhor com quem se alia.

POLÍTICA E RELIGIÃO

 


 

Durante décadas o país sob o país viveu sob o lema salazarista “Deus, Pátria e Família”. Não só não havia separação entre Estado e Igreja e a dupla dos tempos do seminário formada pelo Salazar e pelo Cardeal Cerejeira impôs ao país, a todos os crentes ou não crentes, aos crentes desta ou daquela confissão, esta visão de seminaristas, de um país que devia aceitar que todas as normas da sociedade deviam obedecer aos seus padrões religiosos. 

Com a democracia as religiões ganharam dignidade no sentido em que cada um afirmou a sua crença sem que os seminaristas e catequistas se sentissem no direito de serem vigilante da sociedade. Quase todos os partidos afirmam a laicidade como princípio, independente das crenças religiosas dos seus militantes ou dirigentes. PS, PCP, PSD, BE têm na sua militância crentes de várias confissões, mas na hora de “fazer política” a religiosidade de cada um faz parte da sua intimidade. 

É natural que haja mensagens de boas festas, mas a utilização intensiva do Natal e das mensagens a ele associadas como instrumento de afirmação é um abuso, usar a quadra natalícia para passar discursos políticos é um oportunismo com tiques de outros tempos. 

A última missa da procissão de Monte Gordo foi transformada numa espécie de comício pluralista, com o PSD a dividir o palco com a líder do PS local. A São inaugura o Presépio e dias depois é o candidato do PS a ir com um fotógrafo para se aproveitar da imagem do presépio para fins políticos. E o último vídeo de PS não se percebe bem se é um discurso do candidato do PS sobre o Natal ou uma espécie de homilia política. 

É lamentável que ao fim de quarenta anos de democracia estejamos a assistir ao regresso de tiques há muito eliminados da democracia, com gente a transformar um partido profundamente laico numa sacristia salazarista.

PS: Parece que inspirado nos tempos de seminários a candidatura do homem escolhido pelo Rui Setúbal lançou uma opa sobre o Natal, transformando a quadra natalícia numa verdadeira campanha eleitora. A jogada é boa, ainda que possa meter algum nojo, quando os políticos se abstém de se meter na religião este candidato usa e abusa do tema. Até já nos disseram que no dia 26 vamos ter outdoors de esperança, um tema muito natalício. Parece que os outdoors da dívida ficam para depois. Enfim, o setubalismo político no seu melhor.

O QUE SE PASSA?

 



Já se percebeu que a nossa autarca mudou de estratégia, já não dá prendas ao seu camarada dos bombeiros, já não distribui máscaras de qualidade mais do que duvidosa, já não elabora programas sociais onde diz ser dela as medidas do governo, já não adia a exigência de pagamento de taxas e rendas sociais, já não nomeia “equipas de trabalho” para estudar o impacto da pandemia, já não faz vídeos todos os dias, já não diz que é ela a líder da proteção municipal, em suma, não faz nada. 

Um dia Salazar terá dito a um político ambicioso que para ter sucesso o melhor era fazer-se de morto. Parece que a autarca escolheu a cobardia como melhor estratégia para ignorar o buraco em que meteu a autarquia, faz de morta, para que ninguém repare nela. Compreende-se, quem tentou passar a ideia de que lhe devíamos um número reduzido de casos, não quer dar a cara quando os casos são à dúzia por dia. Já é acusada de mentir em quase todas as reuniões da câmara, receamos que agora ganhe outro título, o da cobardia. 

O medo não nos pode levar-nos à paranoia, a ter medo de que algum espanhol se lembre de atravessar o rio, a atirar-nos ao chão se alguém tossir ou a vomitarmos ódio contra os que são vítimas da doença em vez de sermos solidários, como fazem os araujianos anónimos, que já não escondem os tiques fascistas. 

O combate À pandemia não se faz com chicotes como sugerem os araunjianos anónimos, essas mistura entre carecas e contabilistas, ou com silêncio, como prefere agora a São Cabrita. O combate à pandemia faz-se com inteligência, esclarecimento e informação e não com repressão, ódio, silêncio e mentiras. 

Há ou não surtos fora de controlo no concelho? Onde se localizam esses surtos? Que núcleos populacionais estão mais vulneráveis em função dos casos identificados? Estamos perante um surto controlado e localizado numa instituição ou grupo populacional ou o vírus está espalhado na comunidade? 

Um autarca não se pode fazer de morto quando o concelho parece estar a ser fortemente atingido pela pandemia, isso é cobardia política e a consequência desta luta pela sobrevivência de uma autarca incompetente e ambiciosa pode ter um preço alto em doença e mesmo em vidas humanas.


TODOS CONTAM?

 


O mais elementar princípio da democracia é a liberdade de expressão, de organização e de participação na vida democrática. O que distingue os democratas dos fascistas e de todas as outras formas de totalitarismo é precisamente a aceitação de uma luta política sem que uns possam eliminar os direitos dos outros. 

Vem isto a propósito da forma como alguns políticos locais, que se gostam de afirmar como democratas exemplares, se têm comportando, merecendo a condenação coletiva e sendo eleitos por um partido democrático com as tradições do PS, há muito que deveriam ter pedido a demissão de todos os cargos políticos.  

Quando um grupo de vila-realenses decidiu fazer contactos para aferir da disponibilidade de outras pessoas para lançarem uma candidatura autárquica, foram a Cacela conversar com um conhecido cacelense. Horas depois alguém informou o senhor Rui Setúbal do encontro e a reação foi digna de alguém sem quaisquer valores democráticos. 

De imediato o verdadeiro líder político do que resta do PS de VRSA dirigiu-se ao seu grupo secreto a que designa por “grupo de reflexão”,  com uma mensagem que diz tudo sobre os seus valores “democráticos”: 

“Aproveito para informar que as movimentações políticas por parte do Marcelo Jerónimo e da sua equipa com coordenação externa já começaram. Decorreu ontem um encontro (dia 18/12 [de 2019] em Cacela, por parte desse senhor e dos seus mentores estamos conversados quanto aos princípios de unidade e de responsabilidade com o objetivo comum de “correr com esta gente”. Abraço” 

Isto é, o senhor Rui Setúbal sente-se no direito de ser o novo Baía destes tempos, cabendo a ele decidir quem é que em democracia tem direito ao exercício dos valores constitucionais. Mas para ele não basta calar, o contabilista que mudou as empresas para debaixo das saias do Gomes, em Lisboa, sente-se no direito de decidir e com poderes para “correr com esta gente. 

Mas a este “democrata de uma vida”, como o designam os araujianos anónimos , vai mais longe. Pega na mensagem que mandou ao seu grupo privativo e decide fazer uma provocação, enviando-a “por engano” a uma das pessoas que teve a ousadia de ir a Cacela falar com um amigo. Não resistiu à tentação de lhe dizer que a sua rede de informadores o tinham “apanhado”. Pior ainda, quando se cruzou pessoalmente com a pessoa que de forma tão baixa tentou calar, ainda se deu ao luxo de gozar, dizendo que tinha “fotografias pornográficas” do encontro. Vergonhoso, é de ir ao vómito ver o ilustre deputado municipal do PS comportar-se de uma forma que faria o antigo chefe da PIDE, o Baías, ficar com o rosto vermelho de vergonha. 

Mas se lermos bem, a mensagem a coisa fica ainda mais grave, ficamos a saber que o senhor Rui Setúbal dirige um um grupo secreto onde há regras de conduta, já que invoca um “princípio de unidade e responsabilidade”, que parece obrigá-los a obedecer ao senhor Rui Setúbal que invoca esse princípio para mandar os outros correr com aqueles que ele acha que devem, ser excluídos da democracia. 

Acontece que o senhor Rui Setúbal não é apenas um contabilista que se mudou para a Av. da Liberdade, é também alguém que parece ter conduzido o processo de designação do candidato do seu clã às autárquicas e todos sabemos que no PS é ele que manda e que todos os outros não passam de charabanecos. 

Quando vemos a candidatura autárquica usar o lema do PS vêm-nos à memória uma expressão muitas vezes utilizada: vícios privados, virtudes públicas. Será que para o candidato do PS todos contam, ou contam apenas aqueles que o senhor Rui Setúbal acha que estão por ele autorizados a contar? 

Enfim, há aqui gente que envergonha a democracia e não hesita em emporcalhar a história de um partido democrático.

| UAU QUE FELICIDADE |

 


EM matéria de miserabilismo cultural estes nossos autarcas parece terem uma imaginação ilimitada. A mesma autarquia que gastou milhões, com o Castelo Branco, a astróloga Maia e outros, faz agora uma grande festa por juntou uma fortuna de 10.000 € para distribuir às famílias carenciadas. 

As nossas famílias carenciadas vão ter um Natal como nunca imaginaram, a CM mais mal gerida e mais arruinada do país comprou uma quantidade fabulosa de produtos alimentares com 10.000 €. Longe vão os tempos em que em ano eleitoral a Mão Amiga gastava mais de 300.000€ da CM, agora já a fartura é tanta que a CM não tem capacidade para distribuir 10.000€ de alimentos e recorreu a todas as IPSS, a todas não, já que pelo menos uma ficou de fora, ao que parece bandeou-se para o Araújo e foi excluída desta mega operação. 

A sorte das nossas famílias carenciadas é tanta, terão a alegria inesperada de receber uma média de 25€ em bens alimentares, que os redatores do Facebook da CM não conseguem conter a alegria e anunciam aos quatro ventos: “Boas notícias!”. 

Isso mesmo, uma ajuda alimentar é anunciada pela CM como uma boa notícia. Quem começa a ler a notícia chega a pensar que algo de maravilhoso sucedeu. Mas não, temos pelo menos 400 famílias que precisam de ajuda alimentar e ao fim do ano e em época natalícia uma presidente de uma CM deste país arranjou 10.000€. Não estamos em Cabo Delgado, no Sudão ou em muito dos países que enfrentam graves problemas. Estamos numa das zonas mais desenvolvidas do mundo! 

“A medida tem como objetivo reforçar o apoio alimentar no concelho e responde ao aumento dos pedidos de ajuda desencadeados pela pandemia de Covid-19.” 

Isto é, +perante o galopar da miséria os Cabritas arranjam 10.000€! Haja vergonha na cara e façam estas coisas com descrição, não se aproveitem da miséria conta a qual nada fazem, para ganharem votos para uma autarca incompetente, acusada sistematicamente de mentir e levou o Município a uma lástima.

CANDIDATOS MODELOS DE VIRTUDES FAMILIARES

 


Não é tradição das democracias europeias a utilização da família em campanhas políticas, em democracia o que nos importa é competência, a isenção, a honestidade ou outras qualidades que garantam que as nossas escolhas sirvam a sociedade. Se não está em causa o caráter dos candidatos pouco nos importa a beleza das esposas, das filhas ou das cunhadas, se o cão foi recolhido num canil ou se é de raça e tem lacinhos na cabeça, se o candidato é solteiro ou solteirão ou qual a sua orientação sexuaL 

É natural que num país onde durante cinco décadas tivemos um regime político assente na afirmação de “Deus, Pátria e Famílias” surjam políticos oportunistas, que de forma descarada tentam usar a religião, a família ou valores mais ou menos nacionalistas para se afirmarem. Isso é muito frequente na direita mais conservadora, mas de vez em quando aparecem algumas “ovelhas tresmalhadas” a recorrer a estes valores ideológicos, como se o bom político fosse o político perfeito, uma espécie de modelo exemplar, uma mistura dos bons valores de outros tempos. 

É raro ver os nossos políticos fazerem campanhas recorrendo a toda a família, desde o sogro ao lulu. A tradição da nossa democracia é os políticos não se esconderem atrás de sacas de alfarrobas ou do lulu da família, para esconderem as suas insuficiências até porque, como se explicou, atrás deste modelo de políticos exemplares, que ajudam o sogro, que são chefes de família” exemplares, ou que não perdem uma oportunidade para se afirmarem tementes a Deus e exemplos de católicos, apostólicos e romanos, está uma carga ideológica que cheira a mofo. 

A últimas vez que vimos um político usar de forma oportunista e descarada, usando a imagem da esposa e os seus atributos físicos, já aconteceu há muitos anos, quando José Maria Carrilho se candidatou a presidente da CM de Lisboa. Neste caso nem sequer se sentia o mofo de alguns valores ideológicos herdados dos tempos do salazarismo e muito ensinados em instituições  como os seminários e na Mocidade Portuguesa. 

Carrilho era mais ao estilo da revista espanhola HOLA, onde as personalidades públicas aparecem com frequência em família. Junta-se a família, reunida no sofá da sala, com a árvore de Natal bem enquadrada e o lulu ao colo de alguém e com um fotógrafo e algum jeito temos o candidato perfeito, a imagem fica, se é bom chefe de família é qb, fica dispensado de dizer o que sabe, de ser competente, de ter uma carreira política isenta de nódoas.

QUANTO CUSTOU O HOSPITAL DE CAMPANHA?

 


Logo no início da pandemia a nossa presidente da CM instalou um hospital de campanha no pavilhão gimnodesportivo. Não teve direito a inauguração formal, mas valeu pela publicidade e até os ilustres deputados dos partidos da oposição o visitaram e elogiaram. 

Sobre se tal equipamento faria falta, com que recursos humanos seria gerido, que utentes viria a ter, com que médicos, enfermeiros e pessoal de saúde contava a autarca, certamente que estava tudo pensado. Só não entendemos a razão porque nos concelhos do Sota-vento do Algarve só o mais falido é que teve a ideia e assumiu a responsabilidade de o instalar e manter. 

Sobre a bondade e utilidade da iniciativa faremos um balanço no fim, durante a primeira vaga algumas autarquias tomaram esta iniciativa. Uma na sequência de surtos e outras perante a eminência do esgotamento das enfermarias hospitalares. Contam-se pelos dedos de uma mão aqueles que foram utilizados e, entretanto, foram desmontados. 

Mas, certamente graças à capacidade de previsão e de liderança o “hospital de campanha” de VRSA mantém-se. Não questionamos a decisão, mas estranhamos que não se saiba quanto tem custado ou como tem sido pago. Temos acompanhado as compras da CM na Base Gov e nada aparece sobre os muitos equipamentos que lá estão e que, em condições normais o seu aluguer teria custado muito dinheiro. 

Se o empresário Paulo Calvinho cedeu os pavilhões e tendas de feiras a título gratuito, já que com a pandemia deixaram de se realizar feiras, muito bem. Se o empresário tem vindo a ser promovido a empresário de quase todas as obras da CM, é natural que deseje recompensar o Município que tanto o tem ajudado. É um gesto que merece elogio e só lamentamos que outros empresários que tanto devem às adjudicações fáceis da autarquia tenham optado por assobiar para o ar. 

Mas a dúvida permanece, quanto custou e ainda vai custar o “hospital de campanha”, o equipamento que lá está foi alugado ou generosamente emprestado?

MAS A REPARAÇÃO DO REPUXO NÃO CUSTAVA 80.000€

 


Em 2018, quando a presidente da CM foi questionada sobre o porquê de não repor os repuxos em funcionamento, respondeu que segundo o orçamento que lhe terão dado tal reparação custaria 80.000€. 

Durante anos sentimos revolta sempre que vimos os repuxos abandonados, com os tanques a servir de lixeira. MAS com uma CM á beira da falência e porque acreditávamos na palavra da São Cabrita, tivemos que engolir em seco, transformando a vergonha em raiva. 

Agora sabemos que, mais uma vez fomos enganados, uma cidade turística que ér um dos maiores destinos de férias do país, exibiu aquela pouca vergonha miserável durante anos, por causa de uma obra que afinal, sabemos agora, custará apenas 18.800€. Alguém acredita que com tantos assessores de imagem e outras despesas duvidosas, a CM não teve a possibilidade de arranjar 18.8000€? 

Só de memória lembramo-nos que uma reparação do Mercedes da autarca ou um estudo de imagem, de utilidade duvidoso, encomendado pela SGU quando já estaria combinada a sua liquidação, custaram tanto quanto esta reparação. O Cigarrinho ou o Tiago custaram mais do que um repuxo por ano, alguém pode aceitar tal disparate, tal gestão ruinosa? 

Sejamos claros, a São Cabrita não se importou de ajudar a destruir a imagem do concelho, muito provavelmente reservou esta obra para uma altura mais próxima das eleições autárquicas, quando se percebe que já está em campanha. 

Enfim, é só mais uma da São Cabrita.



AS AUTARQUIAS CRIAM EMPREGO?

 

 

Se um candidato a autarca promete a criação de empregos no caso de ganhar ou está mentindo ou é incompetente e não sabe do que fala. Pode-se falar de políticas de emprego, mas a verdade é que são as empresas e o seu dinamismo que gerando riqueza gerem empregos. Cabe aos governos e autarquias criar condições para que a economia cresça. 

É evidente que com recursos públicos é possível subsidiar a criação de emprego ou iludir a  realidade social e as estatísticas do desemprego, com esquemas como o dos POC (que não são mais do que programas ocupacionais). É bom que estes mecanismo de combate à pobreza existam, que sejam geridos de forma honesta, mas a verdade é que a longo prazo não geram emprego. 

Quando se diz que o Estado não cria empregos isso não significa que com políticas expansionistas que injetam dinheiro na economia ou com incentivos fiscais ou de outro tipo não criem condições para que haja um estímulo à procura de produtos ou uma redução dos custos do fator trabalho e isso leve as empresas a contratar. 

Mas isso não está ao alcance dos municípios, o que as câmaras municipais podem fazer é incentivar a instalação de novas empresas reduzindo-lhes os custos de contexto com os instrumentos que estão ao seu alcance. A redução das taxas dos licenciamentos, das taxas de ocupação do espaço, a cedência de terrenos para a instalação de empresas, a instalação de zonas industriais ou comerciais, podem atrair empresas. 

Mas como a nossa CM está à beira da insolvência há muito que não só não pode criar incentivos, como, de forma criminosa e por imposição do FAM, aumentou brutalmente todas as taxas e ainda criou outras, para “sacar” dinheiro às empresas e cidadãos. De vez em quando inventam um atendimento para criação de emprego, em regra com o apoio do IEFP que parece demitir-se da sua missão em favor da imagem política dos autarcas, mas isso não passa de fantochadas sem quaisquer benefícios.

 É para facilitar o funcionamento do mercado de trabalho, pondo quem procura empregados em contato com quem procura emprego que servem os centros do IEFP. E como nem sempre existem as qualificações profissionais que as empresas procuram, que estes centros são-no também de formação profissional. 

Infelizmente na nossa terra nem a CM, nem o centro de emprego local terão criado muitos empregos ao longo de mais de uma década.


A OPOSIÇÃO QUE NÃO É OPOSIÇÃO

 


Já sabíamos que o percurso recente do candidato Álvaro Araújo tem muito pouco de oposição, até há quem diga que o seu grupo até terá boicotado a candidatura do seu partido nas últimas autárquicas e por isso são muitos os que dentro do seu partido se recusam a apoiá-lo, pior, é bem provável que sejam mais os que simpatizam com o candidato da candidatura independente do que com o candidato “imposto” pelo Rui Setúbal. 

MAS seria de esperar que sendo candidato fizesse de conta que era oposição, mas temos de confessar que já não sabemos se é oposição ou uma espécie de aliado natural da São Cabrita, que muitos sugerem. Desde que no dia 7 de dezembro em que foi apresentado como candidato, até fizeram uma nota de imprensa cuja leitura quase nos transporta para a sede da TV da Coreia do Norte. 

A verdade é que nem na apresentação numa conferência dedicada ao emprego se percebeu o que pensaria o candidato. Se numa conferência sobre o emprego, a sua área de trabalho de há muitos anos o homem não disse uma palavra sobre o tem, limitando-se a tirar notas, sobre que questão terá o candidato uma opinião digna de ser ouvida. 

Mas na questão do emprego o que resta do seu partido e quando tudo se subordina à sua estratégia eleitoral, o seu partido emitiu um comunicado que ficará para a história da miséria política da terra. Cheio de ódio e de espírito vingativo esse comunicado defendia o despedimento coletivo e ilegal de todos os trabalhadores da SGU. 

Desde então o candidato propôs uma isenção da taxa de frigoríficos no mercado de Monte Gordo e nada mais disse. Faz uma campanha no Facebook, gere os likes e os aniversários, enquanto os seus ideólogos festejaram os likes no seu dia de anos como se fossem uma sondagem que lha dava a vitória com maioria absoluta. 

Lá vamos vendo fotos de um marido e genro exemplar, mas quanto a pensar nada. Se visitarmos os seu Facebook pessoal, cuja visita está condicionada à sua censura prévia, é tão fácil saber o que o seu Yorkshire Terrier pensa do Turismo como aquilo que ele pensa, por exemplo, de uma eventual cedência dos terrenos do parque de campismo a alguns empresários que parecem parecer pairar no ar, aguardando pelos resultados das autárquicas. 

É isto oposição? Não é e nunca foi, há anos que o clã que agora impôs o candidato Araújo que em vez de fazer oposição à São ou é incompetente ou faz oposição à oposição.

A ÉTICA REPÚBLICANA (OU A FALTA DELA)


 

É comum falar-se de ética republicana, um conceito introduzido no debate político nacional por dirigentes do PS e que hoje se generalizou, sendo comum, por exemplo, o Presidente da República referi-lo. O político que se comportou com grande elevação e dignidade neste capítulo, dando um exemplo de ética que ainda é recordado, foi António Vitorino. 

Quando era ministro da Defesa do Governo de António Gutierres, um jornal acusou-o de ter fugido ao cumprimento das suas obrigações fiscais. Perante as notícias António Vitorino apresentou a sua demissão, proque sobre um ministro do Governo não podiam recair suspeitas tão graves, isso apesar de a então DGCI (Direção-Geral dos Impostos) ter vindo esclarecido que António Vitorino tinha cumprido com as suas obrigações, aliás, teria cometido um erro processual que o prejudicou. 

É assim que os democratas se comportam e se António Vitorino deu o exemplo e a partir daí é uma referência ética para toda a classe política, desde o Presidente da Republica ao presidente da junta de freguesia da aldeia mais recôndita,  o mínimo que se espera é que aqueles que não cumpriram com as suas obrigações fiscais lhe sigam o exemplo. Isso não impede que venham a ganhar uma causa em tribunal, por demonstrarem não deverem nada, por uma prescrição, por um qualquer erro processual ou por outro motivo. 

É por isso que não entendemos porque razão o deputado municipal Rui Setúbal insiste em manter-se o lugar, ainda não se demitiu dos seus cargos políticos, para provar que nada deve e depois disso regressar à vida política, como fez António Vitorino. Depois de muito tempo com os seus problemas fiscais nos segredos dos deuses, agora que os seus eleitores sabem dos problemas, seria tempo de assumir todas as consequências políticas. 

O ex-ministro demitiu-se na hora e não devia nada, o nosso deputado municipal deve, faz falsas acusações aos funcionários do Estado que o incomodaram e esconde as suas empresas bem longe de VRSA, debaixo das saias de uma empresa dos Gomes. 

Nestes dias em que emporcalham  as fotos de Mário Soares, em páginas criadas na rede social para tentar asfixiar a liberdade democrática na tentativa desesperada de condicionar a democracia, o senhor Rui Setúbal bem podia dar um bom exemplo e demitir-se de todos os seus cargos políticos no Estado e no seu partido. Quanto tempo mais o deputado municipal Rui Setúbal vai tardar a fazer o que deve fazer por imperativos éticos do seu partido.

COVID E EVASÃO FISCAL

 



 

Ainda que poucos tenham reparado o Estado está fazendo o maior esforço financeiro alguma vez durante as nossas vidas, se juntarmos tudo o que se prevê gastar o montante atinge mais de um quarto e quase um terço da ajuda financeira prestada pela Troika. É um esforço gigantesco que só não leva o país a uma situação bem difícil graças ao respaldo financeiro da Europa e dos seus países mais ricos, que desta vez não só não nuns empurram para a Troika como vão mobilizar recursos para a recuperação económica no pós-pandemia. 

É bom que o Estado salve o maior número de empresas possível, para que depois de se ultrapassar o pior da crise financeira o país esteja em condições de recuperar economicamente, em vez de ficar afundado numa economia onde um número substancial de empresas ficaram pelo caminho. 

Muitas dessas empresas representam anos de trabalho de quem as levantou e do que nelas colaboraram, representam grandes investimentos na conquista de mercados ou na atração de cliente, é um imenso capital perdido e, muito provavelmente, a perda de recursos humanos qualificados, que perdido o emprego terão de o procurar noutras paragens. 

É um esforço que vai ser feito em especial pelos contribuintes portugueses, isto é, por todos aqueles que cumpriram com as suas obrigações fiscais. É por isso que nesta hora de solidariedade nacional não podemos fazer de conta que não sabemos que anda por aí muito boa gente a exigir depois de não terem cumprido e não faltarão os que se estarão a aproveitar das ajudas para ganharem mais algum indevidamente.


O PROBLEMA DO EMPREGO EM VRSA [1 DE 3]

 


VRSA tem algumas bolsas de pobreza e na base destas está a sazonalidade do emprego, o baixo nível de qualificação e a qualidade do emprego gerado na região. São aquilo a que popularmente se designa por pescadinhas de rabo na boca, um círculo viciosa de onde é difícil de sair em pouco tempo e que exige a coordenação de diversas intervenções, já que envolve diversos domínios da sociedade. 

A resposta das entidades locais a este problema não só não o resolveriam, como se limitaram a mascará-lo, aproveitando políticas sociais que visam combater a pobreza. É o caso, por exemplo, dos famosos POC, uma espécie de trabalho barato subsidiado, em que não há direitos, garantias de emprego a longo prazo, formação ou qualquer forma de qualificação. 

No centro das políticas locais de empregos temos tido uma espécie de joint venture entre o serviço local de emprego, a ONG Mão Amiga e a CM. O IEFP pouco mais tem feito do que processar os POC que acabam por ser mão de obra barata de uma CM que prefere gastar dinheiro em recursos humanos na área da comunicação e  gestão política. 

Por outro lado, temos assistido à demissão do IEF em favor da CM, que de vez em quando lança uma espécie de centro de emprego online, em regra referindo a colaboração do serviço público de emprego. Mas quanto a qualquer política visando a criação de emprego, quer por parte do IEFP, quer por parte da CM nada tem sido feito. Mascara-se a realidade. 

É óbvio que não está nas mães de ninguém a superação desta situação. Se temos grupo sociais com baixos níveis de qualificação e essa situação é endémica em consequência de baixos níveis de rendimento escolar ou de elevadas taxas de abandono da escola, tem de se intervir ao nível do ensino. É um processo moroso pois envolve mais de uma geração. 

Mas uma intervenção no domínio da escolaridade e ensino não resolve o problema dos adultos, já que dificilmente se devolve um adulto à escola para refazer o percurso de estudante, neste caso a aposta é necessariamente na qualificação, passa por formação profissional. Sendo um fenómeno localizado e que tende a ser endémico, as entidades locais, CM e IEFP, devem apostar em programas de qualificação, algo que tem de ser um esforço continuado, não bastando  inventar cursos para entreter. 

A atual autarca falhou redondamente e ao falhar arrastou consigo a Mão Amiga e o IEFP neste desastre. Dizemos que arrastou porque ao longo dos últimos anos quem teve a liderança de todos os processos parece ter sido a CM. A Mão Amiga funcionou como braço direito do poder e ao longo destes anos parece que o IEFP pouco mais fez do que responder às solicitações do poder local, acabando por ser conivente neste circulo vicioso da pobreza.



CORRUPÇÃO

 


Ontem, 9 de dezembro, foi o dia escolhido pela ONU para ser o Dia internacional contra a corrupção. Dando força a uma luta que deve ser de todos os dias e todos os domínios em que se entende existir corrupção. Se nos países desenvolvidos este combate é em maior ou menor grau conduzido pelas autoridades e pela sociedade civil, em muitos países do mundo a corrupção ainda domina o Estado e a sociedade. 

Mas o que é a corrupção? 

No nosso debate político reduz-se muito o conceito de corrupção ao articulado do Código Penal, não admirando que muitos políticos apanhados em situações socialmente condenáveis invoquem a lei, como se o conceito de ética e de corrupção resultasse do Código Penal. 

Um exemplo, um político que luta por ser eleito promete a um jovem um grande emprego na autarquia a dois anos de eleições está ou não a corromper a sociedade? Certamente não está a fazer nada que constitua um crime, mas está a corromper um jovem prometendo um emprego pago com recursos públicos e sem qualquer concurso honesto a troco de uma compensação, de um apoio eleitoral que se limitará a um voto e a uma ida a uma arruada? 

Outro exemplo, um candidato eleito por um partido e em representação desse partido apoia uma coligação. Mas quando o seu partido recusa continuar a apoiar a coligação o seu representante que em sua representação estava no executivo bandeia-se e passa a apoiar o outro partido. Com isso nunca mais precisou de “trabalhar”, levou uma vida faustosa de avença em avença ao longo de mais de uma década. É evidente que  mudar de partido não é ser corrupto, mas se essa mudança foi “um negócio” é óbvio que podemos ter razões para recear que estaremos perante um caso de corrupção moral. 

Há muitos comportamentos não é corrupção, mas num sentido mais amplo é uma forma de corromper a democracia e nesse sentido mais ético estamos perante um comportamento corrupto. Por vezes só vemos a corrupção nos grandes casos mediáticos, mas desvalorizamos a corrupção moral de uma sociedade e não raras vezes é essa corrupção a que não damos valor que acaba por criar condições para que a outra cresça com mais facilidade.

HOJE É FERIADO NO LARGO DA FORCA

 



Faz hoje um ano que a secção do PS do Rui Setúbal e Nuno Mob divulgaram o comunicado mais hilariante que já se leu nesta terra. Uma mistura de estupidez, loucura, numerologia simbólica e comunicação norte-coreana. Valse a pena ler e reler, porque rimos mais do que com um filme do Mr. Bean. 

Mas o mais ridículo não está no comunicado está no fato de gente como Rui Setúbal, Nuno Mob, Célia Paz e Álvaro Araújo, que certamente escreveram ou pelo menos leram e aprovaram, acharem que os vila-realenses serem tão idiotas ao ponto de se reverem nestas baboseiras que só envergonham o partido que estão usando. A miséria intelectual é tanta que até se socorrem da designação da candidatura independente, o que mostra o baixo nível dessa gente. 

Mas relembremos as baboseiras: 

1. O dia 7 e a numerologia maçónica: 

«O número 7 é considerado o número perfeito e arrasta consigo uma enorme carga simbólica, Mário Soares nasceu neste dia – 7 de dezembro - e o Partido Socialista de Vila Real de Santo António dinamizou a 1.ª de um ciclo de conferências que debatem os temas-chave para a construção do futuro do Concelho.»

2. Uma grande panóplia de apresentadores:

«Luís Vasques, diretor hoteleiro, responsável pelo Hotel Apolo e, no papel de moderador desta panóplia de ilustres intervenientes»

Sinal de que depois de o Rui Setúbal ter tentado tramar o negócio do Luís Vasques na Praia do Caramelo, já tinham feito as pazes. Campanhas eleitorais oblige…

3. E começou o estilo norte-coreano, eram tantos e tanta a alegria que a entrada do homem que levou os presentes ao êxtase:

«largas dezenas de cidadãos que se deslocaram num sábado à tarde ao Hotel Apolo, encheram o salão e participaram ativamente neste debate, apresentaram ideias, partilharam publicamente as suas preocupações e, sobretudo, deram provas de que acreditam no Partido Socialista e no seu candidato Álvaro Araújo como agentes da mudança, que começou hoje a trilhar o seu percurso»

4. Não seriam centenas de pessoas? Se com tanta gente mais os principais empresários de todas as áreas… e as profissões mais chiques:

« estiveram presentes os principais empresários do Concelho, das mais variadas áreas Estiveram representadas profissões de grande responsabilidade civil e que coadjuvam o desenvolvimento do emprego em qualquer região.»

5. Aquilo era tanta gente que a conferência foi transformado em congresso de vila-realenses e da fação do PS do Rui Setúbal. Mais um pouco e ainda diziam que estavam lá metade dos ayamontinos. Só se esqueceram de dizer quantos vieram de Faro e de Tavira para ajudar a compor a sala.

«O evento contou ainda com a participação ativa da população em geral, que manifestou claros sinais de confiança nas linhas orientadoras debatidas pelo Partido Socialista de VRSA.»

6. Segundo conseguimos saber até o líder da Coreia do Norte mandou investigar quem era o político de VRSA que o estava a superar em fantochadas:

« Álvaro Araújo, efusivamente aplaudido pelas pessoas que já transbordavam para fora do enorme salão, »

7. E nem se esqueceu das promessas, o problema em que num ano ainda só vimos fotos das mulheres da família, do canito e do candidato a meter uma saca de alfarroba aos ombros para o Lima fotografar.

«[Araújo] definiu, com a determinação que o caracteriza, os objetivos do projeto que lidera e que passam por ouvir os problemas e apresentar soluções responsáveis, criar alternativas, inovar em todos os níveis para promover esse EMPREGO de que se falava hoje.»

O mais divertido é que no meio disto tudo o homem  ouviu, aprendeu, tirou notas e pouco disse , além de umas baboseiras. Isto é, quem nos disse como seria o futuro do emprego em VRSA foram uns amigos de Faro que nunca os tínhamos visto, nem nunca maios o vimos.

«Esta conferência pretendia traçar as linhas gerais para o desenvolvimento do EMPREGO em Vila Real de Santo António», mas o candidato nada disse sobre emprego, como se pode comprovar pela sua comunicação, que consta do site do PS VRSA no Facebook. Pobre candidato!


OBRA FEITA E ELEIÇÕES


  

É legítimo que os governantes ou autarcas exibam a obra que fazem durante os mandatos para os quais são eleitos. Vivemos em democracia e isso é mais saudável do em ano de eleições e sabendo que uma CM está à beira da insolvência decidirem oferecer quase meio milhão de euros a uma ONG empenhada na reeleição dos autarcas, que depois promove uma chuva de donativos pecuniários junto dos eleitores mais vulneráveis. 

Mostrar obra que se fez é típico das democracias europeias, distribuir donativos pecuniários é típico dos países menos desenvolvidos onde o caciquismo é a norma. O ideal é os autarcas ou governantes apresentarem um programa, fazerem obra com base nesse programa e gastarem dinheiro obtido por fontes de financiamento tradicionais ou em resultado de poupanças conseguidas graças à competência na gestão. 

No caso de VRSA é óbvio que numa autarquia que todos sabemos estar à beira da insolvência e que ainda só não fechou a porta porque de vez em quando “esses senhores do FAM” vão dando uns balões de oxigénio, como sucedeu ainda recentemente com as dívidas da SGU, a tal empresa que deu lucros até ao dia em que inventaram um truque para a “matar”com efeitos retroativos. 

Se olharmos para os 11 compromissos assumidos pela São percebemos que cumpriu apenas com um, aquele que beneficiou a ESSE, proporcionando-lhe ainda mais lucros, Todos os outros ficaram por cumprir. Pior ainda, em três anos de mandato a São fez muitas asneiras, ofendeu António Costa e “esses senhores do FAM”, disse cobras e lagartos do seu padrinho Luís Gomes numa reunião com um empresário que nem sequer conhecia (o que terá dito em todas as outras reuniões privadas?). 

Agora, de um dia para o outro e sem que ninguém soubesse desenha frentes ribeirinhas e repara o símbolo da sua incompetência, o já famoso repuxo. De onde veio o dinheiro? Se veio das receitas normais da CM é obra da São, se veio da taxa turística e do Casino então é mais um embuste. Será que a São esclarece esta dúvida?

CROMOS DA POLÍTICA LOCAL: NUNO MOB (1)

 


Nuno Baptista, um político local que caiu de paraquedas em VRSA e graças a António Murta mereceu uma promoção aparecendo como candidato a vereador em 2017. Pelo que se tem visto parece que o homem não é muito agradecido e já é um apoiante incondicional dos que no passado boicotaram a campanha em que se candidatou. 

O rapaz apresenta-se como um grande socialista. Fazendo questão de se dizer  da linha Jorge Sampaio ainda que o seu pensamento político, se é que isso existe na cabeça do rapazola, esteja mais entre a Linha de Cascais e a Linha de Sintra. Para se perceber a dinâmica ideológica deste candidato a vice na lista do Araújo. durante algum tempo dizia-nos cobras e lagartos da Maçonaria e dos Maçons, o Luís Romão era mesmo o seu bombo da festa, denunciando a sua ambição pelo lugar ocupado pelo senhor dos aventais, vice-presidente da CM. A surpresa surgiu quando um dia ele deu-nos uma informação secreta, que o Luís Romão estava à frente da Loja Manuel Cabanas. Como soube? Respondeu-nos que pertencia à loja, isto é, mal entrou e já estava a dar com a língua nos dentes, violando a regra mais básica de qualquer loja maçónica, a descrição. Mas a ambição de substituir o Luís Romão parecia estar acima de outros valores. 

Mas a intervenção mais divertida desta personagem foi quando inaugurou a sua presença nas reuniões da CM como vereador substituto. Para além do estilo próprio de uma personagem de Eça de Queiroz,  que dá vontade de rir só de o ouvir, mereceu uma gargalhada a sua intervenção a propósito da biblioteca municipal, quando disse que era um frequentador de bibliotecas desde os 18 anos. Então este grande intelectual só começou a entrar em bibliotecas aos 18 anos? 

Terá completado todo o ensino até 12.º ano num curso à distância, sem direito a uma biblioteca? Coitado do moço, se tivesse crescido em VRESA saberia que aqui muita gente começou a frequentar bibliotecas logo que aprendia a ler, quem não se lembra da Biblioteca Gulbenkian no edifício da CM? Quem não se recorda com saudade da dona Francisquita? Agora vem este senhor chamar-nos parvos e armado em intelectual porque começou a frequentar bibliotecas com 18 anos? O grave não estar em ter-se tornado frequentador de bibliotecas com a idade de ir para a tropa, mas sim no achar que isso faz dele o maior intelectual do Baixo Guadiana. 

Já foi dado como n.º 2 da lista do senhor da Mão Amiga e do IEFP, fato que o encheu de tanta alegria que não se conseguiu conter, ao ponto de muita gente ter ficado a saber da sua promoção. A alegria com que gritou aos quatro ventos que ia ser importante, faz lebrra a cena em que Dias Loureiro foi apanhado a falar ao telefone com o progenitor dizendo-lhe “Pai já sou ministro!”. 

É o político com a maior ascensão na história da vida política, chega a quarto nas listas de 2017 e parece que vai ser promovido a número dois da lista do Araújo.

Mas, com a saída da Célia Paz do lugar de deputado o pobre do Mob corre um sério risco de perder o lugar na lista do candidato. É que a Célia Paz é a presidente da Comissão Política do que resta de um PS local onde quem manda é o contabilista que tem dívidas ao fisco e anda escondido debaixo das saias dos Gomes. Isto é, a não ser que o brilhante trabalho do Mob nas redes sociais em defesa do seu pobre candidato lhe aguente o lugar, ainda não é desta que o pobre rapazola pode sonhar com a possibilidade de subir na vida à custa de uma terra que nem sabe que ele existe. 

PS a riqueza desta personagem é tanta que um cromo não chega, precisa de um daqueles cromos duplos, pelo que voltaremos à segunda metade do cromo.

MILAGRE!

 


Anda para aí tanta obra que é caso para perguntar à (por enquanto ainda é ) São onde foi buscar tanto dinheiro de um momento para o outro, que até o repuxo da Av. da República, na sede do concelho, vai reparar. Isto é, durante anos exibiu aquela vergonha e quando foi questionada respondeu que o orçamento era de mais de 80..000 euros e não havia dinheiro. 

Não lhe vamos perguntar pelos seus compromissos eleitorais porque logo quando foram assumidos só os mais idiotas é que pensaram que iríamos ter uma residência universitárias para estudantes vila-realenses em Faro e em Lisboa. Como se tratavam de mentiras a (por enquanto ainda é São) até poderia ter prometido uma terceira residência universitária em Boston, para os estudantes de doutoramento em Harvard e no MIT. Porque isto de mentir fica barato. 

Mas faz sentido perguntar de onde veio o dinheiro, isto partindo do princípio razoável que a (por enquanto ainda é) São não decidiu usar o dinheiro que conseguiu de forma quase fraudulenta ao vender terrenos que sabia não pertencerem ao Município. De onde veio então o dinheiro? 

Se veio de poupanças em despesas da autarquia, por exemplo, se dispensou alguns dos seus Tiagos e cobrou as taxas de esplanadas aos amigos ou se a ESSE cumpriu com as suas obrigações financeiras, nada teremos a dizer. A não ser, que não se entenda como é que em democracia a São decide sem dar cavaco a ninguém e sem questionar os munícipes sobre as suas opções. Tanto quanto sabemos a (por enquanto ainda é) São não sabe desenhar jardins e o seu gosto, pelo menos naquilo que se vê, deixa muito a desejar. 

Muito provavelmente está gastando outros dinheiros, referimo-nos, por exemplo, ao dinheiro pago pelo Casino ou a coleta da taxa turísticas. Aqui coloca-se uma questão importante: os gastos destes dinheiros são decididos na autarquia e devidamente debatidos em sessões de câmara ou na Assembleia Municipal? Ou é a (por enquanto ainda é) São que decide como se o dinheiro fosse uma herança familiar? 

Enfim, esperemos que quando baterem as badaladas da meia noite do dia 31 o concelho não seja surpreendido por um grandioso fogo de artifício. Porque parece que em ano eleitoral a estupidez e oportunismo anda à solta.

O ESPLENDOR DA INCOMPETÊNCIA

 


 

Dizem que o Luís Gomes ganhava com o voto dos bairros, com as ajudas, com a colaboração da Mão Amiga. Mas agora sabemos dos elogios do Álvaro Araújo à dona Lídia Machado vertidos em ata de uma reunião muito recente da sua assembleia geral. 

Dizem-se grandes adversários da São e do Luís mas estes sabiam de tudo o que se passava dentro do seu partido, porque tudo valia nas lutas internas para derrubarem uns e abrirem caminho a outros. E quando eram candidatos desistiam uma semana antes, para depois sabermos que o Luís tinha dado emprego às esposas. 

Os que agora se apresentam para supostamente unir a oposição contra o Luís Gomes são os mesmos que boicotavam os candidatos do seu partido, com passeios ao lado do Luís Gomes em dia de arruadas do sue partido ou com presenças em jantares de apoio político ao ex-candidato. 

O Luís e a São não ganharam sozinhos, ganharam graças a muita conivência e principalmente à incompetência dos que agora lideram o que resta do PS. O espetáculo de incompetência dado pelo senhor Rui Setúbal na liderança do que resta da bancada do seu partido chega a ser deprimente e na última reunião atingiu as raias do ridículo. 

Ver alguém fazer peito perante “esses senhores do FAM” porque estes não se tinha reunido consigo e depois ficarmos a saber que o FAM propôs uma reunião mas que ninguém lhes respondeu. Isto é, este senhor foge da sede por receio de o edifício ruir, mas esquece-se de ir buscar o correio. É este senhor que quer ser chefe de gabinete de uma câmara municipal. Enfim, se com um Álvaro em presidente já era mau, com um nuno mob em vice-presidente e o Setúbal em chefe de gabinete era uma desgraça. 

Os rostos do outro lado da moeda que arruinou o concelho são os de políticos como Rui Setúbal e  Araújo que com a sua competência ou conivência com o Luís Gomes e a São. Aliás, não se entende como é que o Rui Setúbal ainda não pediu a demissão de todos os seus cargos políticos, pelo menos até que deixe de ter as suas empresas escondidas debaixo das saias dos Gomes e até provar que não deve nada ao fisco. Porque em tempos de crise social e quando o Estado mais precisa de recursos é inaceitável que um político tenha comportamentos destes. 

Agora que o concelho pode livrar-se da São e do Luís tudo ficaria mais limpo se que aqueles que os apoiaram ou que com eles foram coniventes os acompanhassem.