Ainda não tinha sido feita qualquer nomeação partidária e já se falava numa jovem convidada para assessor do suposto futuro presidente e na escolha do motoristas. Para além do ridículo da situação, estes casos mostram como certos políticos locais abordam a gestão dos recursos humanos das autarquias. Já aqui defendemos que isto não passa de uma forma de corrupção moral, alguém que negoceias apoios e simpatias a troco de cargos no Município.
A utilização dos recursos das autarquias em favor das ambições políticas pessoais dos autarcas é a forma de corrupção moral que mais tem contribuído para o apodrecimento da democracia em muitas autarquias. Um par de centenas de votos conseguidos desta forma é uma preciosa ajuda eleitoral que muitos autarcas e candidatos autarcas usam sem quaisquer escrúpulos.
No caso de VRSA este tipo de manipulação ou de pressões sobre os colaboradores autárquicos não admirando que haja mesmo quem se candidate e não só usa este expediente como manda os seus toton macoutes anónimos atacar quem ouse defender o princípio da legalidade e do respeito dos colaboradores da CM. Ao defenderem os métodos da atual autarca estão não só a substituírem-se aos seus apoiantes mais fieis mas a defender a continuação deste modelo eleitoral podre e execrável.
Esta aliança tácita entre a São Cabrita e um daqueles que foram dos aliados mais firmes durante o consulado do Luís Gomes não surpreende. Quem elogia os métodos da Mão Amiga, um dos principais alicerces do poder em VRSA e através da qual circularam mais de trezentos mil euros para donativos em ano eleitoral é farinha do mesmo saco, um modelo de gestão do poder onde tudo vale para se conseguirem votos.
É preciso acabar com esta utilização dos diversos fundos e recursos do Estado para fins eleitorais. Quando nos apontaram como grande qualidade de Álvaro Araújo o facto de se ter de opor aos subsídios da autarquia alguém que também dava muitos subsídios, ainda nem sabíamos do apoio que o ilustre candidato dava aos truques da Mão Amiga.
Agora percebemos que não temos um candidato para mudar, mas para partilhar o poder e são cada vez mais o que os une do que o que na verdade nunca os dividiu. Dizer que o candidato Álvaro Araújo vai unir a oposição contra o Luís Gomes só merece uma gargalhada. Que se saiba dividiu mais do que uniu e a única unidade que lemos naquilo que os toton macoutes escrevem é um grande apoio à São.
Sabendo-se que a São está bem mais longe do Luís Gomes do
que o Álvaro Araújo a única unidade contra o Luís Gomes que começa a ser óbvia
é a do clã do Setúbal com o clã dos Cabritas. O problema é saber se juntos
ganham e nesse caso se o Rui Setúbal consegue ser chefe de gabinete e de quem.
Isso explica o ódio a qualquer candidato que não alinhe com as ambições dos
dois clãs, é preciso correr com todos para em nome dos interesses do concelho
vermos a São, o Setúbal e o Araújo ficarem junto s ao pote.