Ainda que poucos tenham reparado o Estado está fazendo o maior esforço financeiro alguma vez durante as nossas vidas, se juntarmos tudo o que se prevê gastar o montante atinge mais de um quarto e quase um terço da ajuda financeira prestada pela Troika. É um esforço gigantesco que só não leva o país a uma situação bem difícil graças ao respaldo financeiro da Europa e dos seus países mais ricos, que desta vez não só não nuns empurram para a Troika como vão mobilizar recursos para a recuperação económica no pós-pandemia.
É bom que o Estado salve o maior número de empresas possível, para que depois de se ultrapassar o pior da crise financeira o país esteja em condições de recuperar economicamente, em vez de ficar afundado numa economia onde um número substancial de empresas ficaram pelo caminho.
Muitas dessas empresas representam anos de trabalho de quem as levantou e do que nelas colaboraram, representam grandes investimentos na conquista de mercados ou na atração de cliente, é um imenso capital perdido e, muito provavelmente, a perda de recursos humanos qualificados, que perdido o emprego terão de o procurar noutras paragens.
É um esforço que vai ser feito em especial pelos
contribuintes portugueses, isto é, por todos aqueles que cumpriram com as suas
obrigações fiscais. É por isso que nesta hora de solidariedade nacional não
podemos fazer de conta que não sabemos que anda por aí muito boa gente a exigir
depois de não terem cumprido e não faltarão os que se estarão a aproveitar das
ajudas para ganharem mais algum indevidamente.