QUANTO CUSTOU O HOSPITAL DE CAMPANHA?

 


Logo no início da pandemia a nossa presidente da CM instalou um hospital de campanha no pavilhão gimnodesportivo. Não teve direito a inauguração formal, mas valeu pela publicidade e até os ilustres deputados dos partidos da oposição o visitaram e elogiaram. 

Sobre se tal equipamento faria falta, com que recursos humanos seria gerido, que utentes viria a ter, com que médicos, enfermeiros e pessoal de saúde contava a autarca, certamente que estava tudo pensado. Só não entendemos a razão porque nos concelhos do Sota-vento do Algarve só o mais falido é que teve a ideia e assumiu a responsabilidade de o instalar e manter. 

Sobre a bondade e utilidade da iniciativa faremos um balanço no fim, durante a primeira vaga algumas autarquias tomaram esta iniciativa. Uma na sequência de surtos e outras perante a eminência do esgotamento das enfermarias hospitalares. Contam-se pelos dedos de uma mão aqueles que foram utilizados e, entretanto, foram desmontados. 

Mas, certamente graças à capacidade de previsão e de liderança o “hospital de campanha” de VRSA mantém-se. Não questionamos a decisão, mas estranhamos que não se saiba quanto tem custado ou como tem sido pago. Temos acompanhado as compras da CM na Base Gov e nada aparece sobre os muitos equipamentos que lá estão e que, em condições normais o seu aluguer teria custado muito dinheiro. 

Se o empresário Paulo Calvinho cedeu os pavilhões e tendas de feiras a título gratuito, já que com a pandemia deixaram de se realizar feiras, muito bem. Se o empresário tem vindo a ser promovido a empresário de quase todas as obras da CM, é natural que deseje recompensar o Município que tanto o tem ajudado. É um gesto que merece elogio e só lamentamos que outros empresários que tanto devem às adjudicações fáceis da autarquia tenham optado por assobiar para o ar. 

Mas a dúvida permanece, quanto custou e ainda vai custar o “hospital de campanha”, o equipamento que lá está foi alugado ou generosamente emprestado?