É legítimo que os governantes ou autarcas exibam a obra que fazem durante os mandatos para os quais são eleitos. Vivemos em democracia e isso é mais saudável do em ano de eleições e sabendo que uma CM está à beira da insolvência decidirem oferecer quase meio milhão de euros a uma ONG empenhada na reeleição dos autarcas, que depois promove uma chuva de donativos pecuniários junto dos eleitores mais vulneráveis.
Mostrar obra que se fez é típico das democracias europeias, distribuir donativos pecuniários é típico dos países menos desenvolvidos onde o caciquismo é a norma. O ideal é os autarcas ou governantes apresentarem um programa, fazerem obra com base nesse programa e gastarem dinheiro obtido por fontes de financiamento tradicionais ou em resultado de poupanças conseguidas graças à competência na gestão.
No caso de VRSA é óbvio que numa autarquia que todos sabemos estar à beira da insolvência e que ainda só não fechou a porta porque de vez em quando “esses senhores do FAM” vão dando uns balões de oxigénio, como sucedeu ainda recentemente com as dívidas da SGU, a tal empresa que deu lucros até ao dia em que inventaram um truque para a “matar”com efeitos retroativos.
Se olharmos para os 11 compromissos assumidos pela São percebemos que cumpriu apenas com um, aquele que beneficiou a ESSE, proporcionando-lhe ainda mais lucros, Todos os outros ficaram por cumprir. Pior ainda, em três anos de mandato a São fez muitas asneiras, ofendeu António Costa e “esses senhores do FAM”, disse cobras e lagartos do seu padrinho Luís Gomes numa reunião com um empresário que nem sequer conhecia (o que terá dito em todas as outras reuniões privadas?).
Agora, de um dia para o outro e sem que ninguém soubesse
desenha frentes ribeirinhas e repara o símbolo da sua incompetência, o já famoso
repuxo. De onde veio o dinheiro? Se veio das receitas normais da CM é obra da
São, se veio da taxa turística e do Casino então é mais um embuste. Será que a
São esclarece esta dúvida?