Não é preciso ser um alto responsável da proteção civil para
se perceber que em locais como Monte Gordo há um elevado risco de contaminação
em locais ao ar livre, especial na marginal, no calçadão. Se nos espaços
fechados a presidente da CM apenas tem responsabilidades de gestão em locais
como as instalações da CM e os mercados municipais, onde, como se sabe, não foi
muito competente, em locais como o calçadão cabe a ela como presidente da CM e
como responsável da proteção civil adotar medidas.
Aliás, foi o que fez no passadiço onde estabeleceu regras de
circulação, o que foi divulgado e deu direito a muitas fotografias, passando a
imagem de responsabilidade. Só que no calçadão, local onde irão circular muitos
milhares de pessoas as fotografias que nos chegam são bem diferentes, Já não
são fotografias com cartazes a informar dos cuidados a ter ou da autarca em
cerimónias onde é grande a preocupação em relação à segurança.
As fotografias do calçadão e outras informações que nos
chegam é mais do género “todos aos molhos e fé em Deus”. Se no passadiço há
regras, parece que no calçadão estaremos entregues à crenças religiosas da
presidente, algo que ela reafirma sistematicamente nos seus vídeos dedicados ao
tema.
A CM não perdoa uma única taxa às nossas empresas, nem mesmo
a taxas das esplanadas que estiveram fechadas ou vazia ao longo de meses. Mas
não só não perdoa nada nem ajuda ninguém, como parece que quer recuperar o maior
volume de taxas e para isso recorre ao comércio ambulante. Compreendemos que a
situação financeira da autarquia seja calamitosa, situação para a qual autarca
deu uma grande contribuição enquanto vereadora em três mandatos e
vice-presidente no último, mas insistimos que a vida dos cidadãos é mais
importante que os problemas pessoais de quem foi incompetente e ajudou a autarquia
a ficar arruinada.
É inaceitável que a autarquia não esteja a adotar medidas e
em vez de promover o distanciamento social e fazer uma campanha junto de quem
nos visita para manter o distanciamento social, opte por encher o calçadão de
comércio ambulante. Pior ainda, vários vila-realenses já vieram queixar-se de
que os riscos da pandemia não vão evitar a realização da feira do livro, isso
quando os próprios responsáveis já tinham decidido não a fazer. Pior ainda,
consta que terão sido chamados e foram pressionados para a fazerem. Se isto é
verdade estamos perante uma situação grave e esperemos que tal não tenha
sucedido.
Como tem dito a autarca é a responsabilidade máxima da
proteção civil, sendo de esperar que a gestão do calçadão tenha passado pelas
estruturas da proteção civil, sendo certo que responsáveis autárquicos e autoridades
sanitárias estejam em consonância em relação a estas questões. É bom que assim
seja pois em caso de haver azar este tipo de gestão pode ter consequências legais.