A SÃO VAI FAVORECER OU COMBATER O CONTÁGIO?





Há algum tempo a presidente da autarquia deu a conhecer as normas de circulação no grandioso passadiço de Monte Gordo, e ainda que tenhamos visto setas mal pintadas, o que é certo é que a senhora ficou bem nas fotografias e produziu mais um momento da sua pré-campanha para as autárquicas, ainda que ainda seja cedo para se saber se o candidato é ela ou mesmo o medronheiro da Manta Rota.

Sò que o covid-19 é um problema demasiado sério para que a abordagem seja entregue a manobras de promoção pessoal, está em risco a saúde pública e a imagem e economia do concelho, pelo que talvez não fosse má ideia a autarca se deixar de fotografias, quem nem sequer a costumam favorecer, para se dedicar aos problemas.

De um ponto de vista de saúde pública o grande problema de Monte Gordo não é a praia, mesmo que esteja sobrelotada, o mais risco de contaminação situa-se em ruas como o calçadão, a perpendicular ao casino ou, em VRSA, a Rua Teófilo Braga. Se no areal da praia os veraneantes se espalham por uma faixa de quilómetros, que vai desde a Praia de Santo António à Manta Rota, durante a noite uma boa parte das pessoas que circulam neste imenso areal, concentram-se num espaço que em comparação é diminuto.

Ainda que o passadiço seja o local preferido da São para as fotografias, a verdade é que o grande risco de contaminação, se situa naquelas ruas e em particular no calçadão de Monte Gordo. Se numa rua como a Teófilo Braga não há muito a fazer a não ser adotar regras de circulação e apelar aos utentes para o civismo, já no calçadão podem ser adotadas soluções, já que aí as esplanadas estão confinadas aos seus espaços.

Todavia, a autarquia tem usado o calçadão para aí instalar os negócios os seus eleitores e tudo tem servido para que a autarca consiga simpatias, chegando mesmo ao ponto de autorizar a instalação de um carrossel num parque de estacionamento, sendo muito provável que a ESSE lhe tenha mandado a fatura pelas perdas.

Compreendemos que muitas famílias amigas da São tenham alguns privilégios na marginal de Monte Gordo, mas face aos riscos de propagação de doença contagiosa a autarca vai fazer os possíveis pra reduzir a densidade humana no calçadão ou vai continuar a usar este espaço para sacar taxas, promovendo mesmo iniciativas para atrair ainda mais visitantes ao espaço.

Será que estas questões são debatidas com a delegada de saúde ou a autoridade sanitárias é tem um papel mais ativo nos aspetos cerimoniais, como a arruada institucional a propósito da abertura do comércio para arejar as casas?