No passado, quando se circulava na estrada e se passava o
limite dos concelhos geridos pela então APU era regra vermos um outdoor enorme
informando que estávamos entrando num concelho livre de armas nucleares. Era um
alívio, entravamos em Grândola ou Ourique e não conseguíamos um “ufff, do que
acabei de me livrar, já posso estar descansado...”.
A nossa São podia muito bem usar aqueles outdoors onde se
queixava da EN125 e anunciar a quem iria entrar no nosso concelho, que como se
sabe é o melhor do país graças a ela e ao Luís, ia entrar num concelho livre de
covid-19, onde só se faz de conta que se cumprem as mais elementares regras.
Exemplo dessa terra livre de covid-19 são os espaços
comerciais fechados propriedade da CM, neles não há qualquer controlo de
entradas, só usa máscara quem quer, não se exige qualquer distância de
segurança e quanto a gel desinfetante à entrada é coisa do novo passado de uma
terra onde por um qualquer fenómeno desconhecido o mafarrico não entra.
É por isso que se organizam mercados de artesanato,
montam-se centros comerciais ambulantes, força-se a organização de feiras do
livro, tudo sem quaisquer regras sanitárias, ao contrário do que acontece
noutras terras onde as feiras implicam normalmente a adoção de regulamentos
sanitários. Mas em VRSA nada disso é preciso, bastou uma ida da autoridade
sanitária aos vendedores ambulantes e tudo ficou abençoado.
Ao que consta até se está preparando a realização de uma
prova de atletismo, há grandes preparativos no estádio municipal, mas está tudo
em segredo, consta que se aguarda a autorização da autoridade sanitária.
Esperemos que seja dada e até é pena que não tenhamos estádio para a final da
Liga de Campeões, se fosse em VRSA até podia contar com adeptos pois parece que
o covid-19 não resisteà água do Poço Velho.