QUEM AMA A TERRA?




O ano passado uma figura menor. Alguém entre o imbecil e o idiota que, entretanto, ascendeu socialmente com a promoção a confrade do regime, sugeria que os turistas que nos visitam atiravam o lixo para o cão estimulados pela oposição. Desta forma dizia-se que a culpa do lixo que hoje é a imagem típica da terra era culpa da oposição.

Já vimos explicar que a terra é hoje uma terra de progresso porque há mais cães de raça do que antes do 25 de Abril e até mesmo defender que a política deve ser feita por profissionais. Enquanto o concelho se afundou em dívidas sem se perceber onde está o dinheiro parece que erramos todos amantes da terra e que tudo estava perfeito, vivemos numa terra feliz, que alguns dizem ser espetacular e criticar é criminoso.

Tiram-se umas fotografias bonitas do interior do Grand House, de uma qualquer esplanada, de uma sala de um restaurante e sugere-se que quem ama Vila Real de Santo António é esta a imagem que passa, os que ousem apresentar qualquer lado negativo são gente que odeia a terra e por isso merece ser condenada.

Infelizmente o progresso não se mede por umas fotografias de umas salas decoradas com milhões de fundos públicos, com uma a sala de fumo montada com recurso a fraudes ou com a imagem proporcionada por investimento privado. O progresso mede-se por outros indicadores de uma autarquia, mede-se pelos resultados e tendo por base numa avaliação rigorosa dos resultados, dos procedimentos e da ilegalidade.

Quem ama VRSA, os que denunciam a bancarrota ou os que tentam escondê-la com imagens da treta que qualquer terra proporciona? Quem ama a aterra,. Os que querem que seja gerida por gente honesta, competentes e respeitadora da democracia ou os que de forma subliminar tenta calar quem se apoia a esta estado de coisas. Quem ama a terra, os que defendem a mudança ou os que insistem na continuidade?

Há quem diga que está tudo bem, quem veja progresso através de uma foto  do Grand House e esconda os podes visíveis por todo o lado, há quem ganhe com a situação. Mas somos quase todos os vila-realenses que perdem e não escondem os podres de uma realidade que há quem tente esconder com imagens que nada dizem e ainda tentem calar e condenar quem ouse criticar, acusando-os que lutam pelo progresso de odiarem a terra.

Quando usaram a EN125 para denegrir o governo não faltaram imagens de buracos no alcatrão ou de ervas nas bermas, para atacar o Governo todas as imagens eram boas, não fazia mal apresentar VRSA como uma terra que era perigoso visitar, nesse tempo mostrar imagens miseráveis eram manifestações de Iluminismo. Quando estavam em causa os negócios de alguns por causa de uma rua fechada também não faltaram imagens. Mas quando está em causa livrar a terra de uma praga que a atacou dizem que não gostamos da nossa terra.