|MANDA QUEM PODE E OBEDECE QUEM DEVE|



Antes de mais, gostaríamos de sugerir à presidente da CM que se ainda não ouviu que vá ouvir o podcast da sessão da CM do passado dia 4. Se ainda estivesse a passear por Madrid ou Valência por nossa conta, ficaria a pensar que “quem vai ao mar”, nestes caso às estações de dessalinização, perde lugar. Quem ouviu o responsável pela autarquia falar nessa reunião até imagina uns Paços do Concelho cercado pelas Chaimites de Santarém. 

Quem ouviu algumas declarações do vice-presidente até imagina que ou houve um golpe de Estado ou a presidente da Autarquia teria fugido para Espanha, tendo atravessado o rio a nado, ali para os lados de Guerreiros do Rio.

Questionado pelo vereador Álvaro Leal sobre se a autarquia ia responder ao pedido de acesso às listas dos funcionários da SGU antes e depois da liquidação da empresa o vice-presidente deu uma resposta que mais parecia estarmos numa autarquia onde se respira transparência, respeito e democracia:

“Acho que a transparência é fundamental, acho que vocês fazem muito bem em pedir essas listagens, dizer ou sugerir que eu não tenha feito nada para que isso acontecesse são palavras, palavras são palavras e pronto acho que é melhor ficarmos por aqui.”

O vereador Álvaro Leal insistiu “Vai responder-me que já fez alguma coisa por isso?”

E a resposta do vice-presidente foi interessante:

“Por acaso vou, Isto que eu respondo ao vereador é aquilo que eu converso cá dentro, tão simples quanto isso, mas eu tenho uma pessoa que está acima de mim ... nós somos uma equipa, da mesma forma que vocês funcionam em equipa e que têm um discurso que é comum, nós também temos aqui uma equipa e temos que funcionar da mesma forma.”

Isto é, ficámos a saber que o vice-presidente defende lá dentro a transparência. Mas ficamos também a saber que ele tem um pequeno problema, tem uma pessoa acima de si. Ainda tenta baralhar dizendo que é uma equipa, mas ficámos a perceber que ele pensa mas faz-se o que a presidente manda. Conclusão: o seu pensamento pelos vistos não serve de grande coisa...

E acrescenta:

“Eu acho que estas questões em termos gerais, em termos gerais e acredito que essas listagens vão surgir, não me parece que seja um problema assim tão grande, eu acho que as coisas têm de funcionar dessa forma, é a minha opinião, é a minha postura e eu defendo-a sempre, se o vereador Álvaro acredita ou se não acredita, é uma postura sua, é um posicionamento seu e que eu tenho que respeitar, mas eu não concordo, eh eh eh basicamente é isso”

Mas a verdade é que, afinal, não ocorreu nenhum 25 de abril na autarquia, o vice-presidente lá andará a dizer o que pensa Pelos corredores do edifício porque a pessoa que estava acima dele continua a estar e as regras a que ele está vinculado não são as suas opiniões mas sim as ordens que vEm de cima....