A senhora presidente inaugura uma espécie de jardim depois
de dois anos de trapalhadas durante os quais construiu e mandou demolir,
acabando por montar uns montes de terra para esconder alicerces que se esqueceu
de remover. Gastou-se uma fortuna, penalizou-se a atividade turística e no fim
ficou tudo muito pior do que estava.
Era de esperar uma qualquer posição por parte dos partidos
da oposição, mas nada, silêncio absoluto, como se nada tivesse sucedido. Parece
que ninguém quer perder votos e optaram por não ferir sensibilidades, não arriscaram
a mais pequena crítica. Não se entende muito bem para que é que os partidos anteciparam as
corridas eleitorais em dois anos e designaram candidatos, se agora estão
calados.
No caso do candidato do PS a situação é ainda mais ridícula,
foi designado e a escolha mantida durante algum tempo em silêncio, organizou
uma conferência para que viessem uns senhores de fora falar enquanto ele tirava
notas e agora calou-se. Os seus promotores parecem estar mais preocupados em
difamar todos os que ousem atravessar-se do que em promover o seu candidato. Em
vez de se oporem à incompetência andam tresloucados na tentativa de impedir
cidadãos de participarem nas eleições
O caso do prédio da Rua de Angola ilustra muito bem o que
faz a oposição. Já lá foram todos os candidatos e o ultimo a lá ir e encontrar
uma brilhante solução foi precisamente o último candidato a apresentar-se. Foi
na companhia de um ilustre causídico, da direção distrital do partido, deputado
municipal e ainda putativo candidato a presidente da AM. Encontraram logo uma
brilhante oposição que o PS se apressou a propor em sessão da CM dando a
conhecer a boa nova em comunicado.
Entretanto a autarca parece ter ignorado a brilhante
solução, reuniu com os residentes pedindo-lhes segredo absoluto e anunciou em
sessão de câmara que os contratos só terminariam em 2023, isto é podiam estar
descansados porque só seriam despejados uns tempos mais tarde. E o que disse o candidato
que com o seu causídico descobriu que tudo podia ser anulado e o edifício
poderia ficar na posse da autarquia? Nada.