|DE COSTAS PARA O MAR|



A imagem escolhida pela CM para o Facebook diz muito mais do que parece sobre o que fizeram a Monte Gordo, para além de evidenciar um péssimo trabalho, já que aquilo só com muito boa vontade recebe a designação abusiva de jardim.

Uma foto tirada de costas para o mar, onde se pode ver um cidadão igualmente de costas para o oceano. O fotógrafo percebeu que uma imagem tirada na direção do mar não daria qualquer resultado, aliás, os técnicos que projetaram o jardim e escolheram a localização dos bancos perceberam isso e o banco está de costas para o mar. Isto é, o próprio arquiteto sugere aos cidadãos que se sentem de costas para o mar porque desse lado não há nada para ver, sendo preferível olhar para os monos arquitetónicos de uma marginal totalmente destruída.

Uns deram cabo dela em termos arquitetónicos, permitindo a construção de mono atrás de mono. Agora transformaram uma marginal numa rua que poderia ser em Beja, bastaria que aí coloca-se o som de ondas e gaivotas, para não sabermos se estamos junto ao mar ou a 130 Km.

É natural que alguns funcionários mais abonados, um ou outro beneficiário de água à borla digam maravilhas do que ali se fez, mas a verdade é que não só destruíram a marginal, como gastaram muito mais do que os 250.000 € do fundo do jogo que desperdiçaram para corrigir as asneira da presidente da CM.

Desde a invasão dos bárbaros que não se via nada parecido a isto.