Vale a pena ler esta troca de mensagens públicas entre a
Dra. Ângela Lança, uma conhecida causídica de VRSA muito ligada a Luís Gomes e
avençada da autarquia e um conhecido empresário do setor do turismo. Como é
sabido o regime exerce uma apertada vigilância do que se escreve nas rede
sociais e não é a primeira intervenção da causídica.
A propósito dos parquímetros Sugere a ilustre causídica:
“Mas indo à questão dos parquímetros, e tu sendo um homem do
negócio, podias inovar e aconselhar os teus clientes! Ora vejamos, os
apartamentos são arrendados a preços bem altos! Não poderia o proprietário do
apartamento comprar um cartão mensal por 150€ e dar aos clientes para por o
carro no parque?! Achas que por €150 em €3000 que é o que ganha no mês de
Agosto não pode fazer este investimento? Ficavam os clientes e os locais mais
felizes!”
Sim senhor, a autarquia arranjou forma de ganhar dinheiro a
uns senhores de Braga e a nossa causídica teve uma brilhante ideia para
transformar o homem de negócios num empresário inovador para que clientes e
locais (estará a referir-se aos indígenas?) ficarem felizes? E no que consiste
a inovação? Fácil, os donos dos apartamentos passam, a pagar o parque, a ESSE
fica feliz, os donos dos apartamentos ficam felizes, os locais ficam felizes e
até a São fica feliz.
Isto é, a inovação consiste em transformar as taxas da ESSE
num imposto a pagar pelos proprietários, uma espécie de sobretaxa do IMI, €150
é pouca coisa, num concelho onde os locais vão a Miami tomar o pequeno almoço
como quem vai comer gambas a Ayamonte. Pois, a ilustre causídica sugere que 5%
não e nada. Quem já paga a taxa turística e o IMI no máximo, para além do IRS,
pode muito bem dar este contributo para a ESSE.
O problema é que os causídicos costumam saber umas coisitas
de direito, não sendo de supor que a economia seja o seu forte. A verdade é que
de uma forma ou de outra tudo que decidiram sacar aos turistas acabam por sacar
aos empresários do setor, já que Monte Gordo está longe de ser um destino
atrativo e concorre com outros destinos competitivos. Se os donos dos alojamentos
turísticos repercutirem nos seus preços todos os desvarios financeiros
decididos pela São e por causídicos como esta senhora, o mais provável que Monte
Gordo acabe por ficar às moscas.
Esta gente está mesmo a ser inovadoras, transformaram Monte
Gordo numa lixeira, o calçadão parece a Feira do relógio, ratos e baratas por todo
o lado, IMI no máximo, parquímetros para sacar dinheiro a torto e a direito.
Enfim, mas que grande inovação...
Pequeno-almoço em Miami