NASCEU (MAIS) UMA CANTOR




Há um estranho fenómeno, algo nunca visto desde os tempos em que o Poço Velho tinha as suas águas com efeitos estranhos, deve existir por aí uma fonte com novos poderes, parece que quem passa pela nossa Câmara Municipal acaba por dar em cantor. Tudo começou com o Luís Gomes, um cantor que apanhou tiques cubanos desde que conviveu com o coronel homicida, de repente deu-lhe para a música e anda por aí em busca de uma nova profissão, calçado com umas belas botinhas brancas.

Mas se o Luís Gomes, parece que já deixou já deixou de ser o Luiz Gomez, nasceu para a música, tal como explicou ao Faustino, no filme que o levará da passadeira dos Globos de Ouro para a dos Óscars, já do paisagista de Boticas nada se esperava, aliás, nem seria de esperar que o rapazola tivesse vindo parar a estas bandas, mas parece que uma piscadela de olho em Évora o trouxe para o sucesso social e político.

Pois é, já não nos bastava o Luís Gomes andar armando em cantor cubano, agora aparece-nos o Barros disfarçado de Adriano Correia de Oliveira, por este andar ainda vamos ver a São Cabrita a armar-se em Ruth Marlene ou o Grã-Mestre do Atum Enlatado a abrilhantar a procissão do próximo capítulo do atum armado no Luciano Pavarotti (ou Parvaroti) da Manta Rota.

Primeiro deram música aos eleitores e tiveram direito a 15 anos de bacanal financeiro, depois de terem arruinado o concelho dedicara-se mesmo à música e um dia destes vai ter de gastar mais dinheiro em otorrinolaringologistas do que no passado gastou com os oftalmologistas cubanos. De repente um deixou de ser engenheiro, a outra professora e o outro paisagista, parece que foram apanhados por uma rusga e todos se dizem cantores.

Enfim, a grande obra desta gente parece que vai ser uma orquestra, já temos os três tenores, temos o Mendes no Trombone, o Faustino pode muito bem tocar clarinete, o Grão-Mestre tocará o bombo, o Tiago violino. Talvez não fosse má ideia, porque até dava jeito que começassem já a ensaiar a marcha fúnebre, com tanto mal que fizeram não nos surpreende que venham a “morrer” de morte súbita.