O PREÇO



Hoje todos os vila-realenses sabem qual o preço que o concelho e, em especial, os que os escolheram para nele viverem ou investirem, estão pagando em consequência da incompetência, dos desvarios financeiros, dos abusos, das ilegalidades e de todas as maldades que o Luís Gomes, a São Cipriano Cabrita, o Luís Romão, o Carlos Barros e outros fizeram e continuam a fazer na liderança dos órgãos autárquicos.

Depois de toda a bazófia produzida por vagas de comunicação, seja através dos órgãos da autarquia, seja recorrendo à rádio do Mendes ou ao jornal do confrade, a imagem que a terra dá é a decadência e de destruição, mal disfarçada por meia dúzia de restaurantes novos ou por um hotel promovido de forma duvidosa.

No desporto vemos um parque desportivo que foi parcialmente amputado para dar as melhores instalações aos amigos Bacalhau com sinais de abandono e decadência, onde um diziam que ia nascer um hotel mas onde nasceu apenas uma loja do Continente, um negócio misterioso (mais um), envolvendo mais uma empresa de Braga. A piscina parece ter estado á beira do encerramento e as associações desportivas da terra dão sinais de decadência e de ruína.

Apesar de todo o espetáculo dado na EN125, uma manobra de oportunismo político, as estradas municipais do concelho estão num estado ruinoso. Por todo o lado o concelho dá uma imagem de terra sem higiene e limpeza, algo inaceitável num concelho turístico, tudo porque deram a recolha de lixo a uma empresa privada e agora não têm dinheiro para lhe pagar. Na famosa marginal que ia parecer-se a Dubai apenas se vê ruína e um bairro de lata em pleno século XXI, um motivo de vergonha para todos.

O investimento da autarquia foi reduzido a um zero absoluto, não tem dinheiro para investir, não tem capacidade de recorrer a crédito, não se pode candidatar a fundos nacionais no âmbito de processos de descentralização porque não tem um tostão para comparticipar. O então deputado Carlos Barros e ainda e para mal dos nossos pecados presidente da Assembleia Municipal, dedicou vários artigos queixando-se de que o Algarve estava marginalizado por não poder recorrer a alguns fundos europeus, este senhor, que devia ter alguma vergonha, esqueceu-se de escrever que graças a ele e aos seus amigos a nossa terra (que como é sabido não é a dele) está impedida de recorrer a qualquer fundo comunitário. Pior ainda, há indícios de terem sido cometidas irregularidades no acesso a alguns fundos comunitários.

O preço que estamos a pagar para que a astróloga tivesse um bar, para que o Castelo branco viesse exibir a sua beleza e dote, para que o Barros apresentasse livros e comprasse estátuas, para que uma seita de avençados pudesse viver à nossa conta é muito elevado. Foi fixado em ruína, escolas esquecidas, taxas cada vez mais elevadas, lixo por todo o lado, miséria social e bairro da lata, marginalização no acesso a fundos nacionais e europeus. É isto que tivemos por causa do antes da São e do agora é São.