O MAU E O BOM ANÓNIMO



Em VRSA há os anónimos bons e anónimos maus. Sendo certo de o exemplo anónimo mau deve ser considerado este perigoso Largo da Forca. Este anónimo é tão mauzinho que numa mesma semana duas personagens do regime se queixaram de cartas anónimas, sugerindo que as mesmas, por serem anónimas, só poderiam ser de um perigoso anónimo.

As cartas de um pareciam ameaças de amantes irritados pela beleza do coitado, no outro caso sugeria-se que uma importante família da terra teria matado o patriarca usando o copo de vinho como arma do homicídio. O perigo do anonimato era tão evidente que um destemido militante do “partido” veio ameaçar o perigoso anónimo de que o desmascararia. Uma fantochada....

Mas há o bom anonimato, aquele que esconde dos olhos da populaça comum os negócios duvidosos feitos atrás das paredes de algumas instituições locais. De uma forma anónima alguns artistas da nossa terra arruinaram a autarquia, levaram a SGU à falência e até há quem diga que a manita amiga, o braço direito da imensa bondade da nossa autarca, estaria mais para lá do que para cá, com o machadinho da estupidez e incompetência a cair sobre os mais necessitados da terra.  Mas como em tempos uma alma bondosa afirmou que já sabia quem era o “maricon” do LdF, agora aguardamos que os tenha en su sítio, e quando dizemos os tenha referimos-nos ao dinheiro que supostamente serviria para pagar ordenados.

Mas o melhor anónimo da terra, o anónimo que certamente não lhe cairá uma machadinho acusatório em cima declarando-o irremediavelmente “maricon”, é o empresário ou empresários anónimos que sem terem feito grandes investimentos conseguiram um hotel quase de borla em VRSA, estando a caminho de serem proprietários do hotel e sabe Deus de que mais.

Nos termos da escritura de venda o edifico do Hotel Guadiana foi vendido ao BCP, isto é, o BCP comprou o edifício em nome de alguém que recorreu ao leasing e que desta forma continua escondido, só a Cabrita, o Luís Gomes e o BCP é que sabem quem é esse bom anónimo, certamente alguém a quem a dona Manita não chamará “Maricon”.

Enfim, um negócio cada vez mais curioso, que deve ser explicado como se a uma criança de quatro anos, o que faremos brevemente. Vende-se património e ninguém sabe a quem, nem como é que se chegou ao preço.