QUANDO SE É OPORTUNISTA NA POLÍTICA

  


A queda abrupta do PS no Algarve não se explica apenas pelas críticas que possa merecer ao nível nacional, mas também e muito provavelmente pelo oportunismo que temos visto no Algarve.

Antes de irmos a Faro vejamos o que se passa na nossa região. O Araújo diz-se socialista, mas criou um clima político em VRSA que faz lembrar o fascismo, com isso pretende silenciar as críticas à incompetência e ao oportunismo, com a CM a contratar amigos, familiares, gajos do partido e lambe cus em barda.

O vice-presidente que parece gostar muito mais de viajar e de chegar tarde ao serviço do que de trabalhar, em vez de estar no gabinete faz campanha eleitoral no concelho vizinho. Isto é, pagamos para ele andar a distribuir falsos beijinhos.

A Rosa Nunes que foi derrotada em Castro Marim, veio para a CM de VRSA para um lugar de chefia, mas fartou-se depressa do Araújo e arranjou tacho em Tavira, na CM gerida por uma autarca do PS. Esta cidadã de primeira que nos remete a todos ao estatuto de segunda, já que leva benesses só por ser do partido, parece que em vez de trabalhar na CM de Tavira anda a ajudar o Cipriano na sua campanha na Altura.

Não é difícil de imaginar que se é assim em dois concelhos o que sucederá por todo o Algarve. Mas o oportunismo não é apenas nas autarquias, é também na liderança distrital do PS, não admirando que este partido caminhe para a irrelevância, tendo sido ultrapassado pelo Chega. AO nível distrital a liderança parece ser uma espécie de nobreza falida.

Nobreza porque o que justifica a liderança quase histórica da Jamila Madeira é muito mais a herança familiar do que a competência, já que quando foi governante, depressa foi demitida por incompetência. O marido lidera o PS de Faro, muito provavelmente por inerência da condição de esposo.

Mas a desgraça eleitoral do PS nas últimas legislativas levou a que o Luís Graça, o mentiroso que já nos prometeu um hospital distrital mais do que uma vez, ficou de fora, não foi eleito para a AR. EM consequência disso a família teve um problema grave, o coitado do Luís Graça teria de voltar a trabalhar no seu emprego.

Mas gente fina é outra coisa e, ao contrário da Jamila, o Luís não é dr e a sua categoria na Segurança Social é assistente técnico. Imaginem, a esposa em Lisboa e o Luís Graça trabalhando em Faro num nível muito abaixo daquele a que está habituado, deputado e vice-rei no Algarve, quando o PS está no governo ou enquanto o Apolinário estiver na CCDR do Algarve.

Claro que o pobre não se podia sujeitar a estatuto de cidadão comum, E qual foi o golpe da família, como a Jamila tem tacho de recuo (durante muitos anos enriqueceu com uma assessoria oportunista e à margem da lei) renunciou ao mandato e como o marido era o terceiro na lista ascendeu a deputado, sem ter sido eleito.

Isto é, a Jamila mandou à merda dos eleitores que a levaram ao Parlamento, para assegurar que a família não perdia rendimentos, ficava em Lisboa e que o marido não fosse um cidadão comum como todos os outros.

Uma vergonha para o Algarve e para o PS? Veremos se nas próximas eleições a Jamila não se trama e fica toda a família fora do Parlamento.