«Exmo. Senhor Presidente,
Tomei conhecimento da sua publicação sobre as habitações atribuídas com o apoio do PRR no concelho de Vila Real de Santo António, e não posso deixar de expressar a minha preocupação enquanto munícipe.
Sou residente num T1 degradado, onde vivem 4 pessoas. Por falta de alternativas, fomos obrigados a encurtar a sala para termos mais um quarto , numa tentativa de garantir o mínimo de dignidade à nossa família. Já recorremos tanto à Câmara Municipal como à Ação Social, mas até ao momento não obtivemos qualquer resposta efetiva, apenas “ desculpas”
- tente que possamos priorizar a sua situação ( dizem eles) .
Assim, gostaria de colocar algumas questões objetivas:
• Quantas casas vão efetivamente ser atribuídas no concelho ao abrigo do PRR?
• Quais são os critérios para a atribuição dessas habitações?
• As famílias em situação de maior urgência, como a minha, estão a ser consideradas com prioridade?
• Existe uma lista pública ou transparente de beneficiários ou de candidatos?
• Está prevista alguma ação direta para reabilitação dos bairros degradados que já existem no concelho?
• Está disponível para visitar os locais onde estas famílias vivem atualmente, para tomar conhecimento real das condições em que se encontram?
Acredito que o Plano de Recuperação e Resiliência deve servir, antes de mais, para melhorar a vida de quem já vive em situações habitacionais precárias. Promover novas medidas sem resolver os problemas existentes é ignorar quem mais precisa.
Com todo o respeito, peço que se olhe com urgência para casos como o meu. Precisamos de respostas claras, de proximidade e de soluções concretas.
Peço-lhe que dê prioridade a casos como o meu e aos jovens do concelho que lutam para conseguir habitação condignas.
Peço-lhe que seja parte da solução, que esteja presente, que nos ouça, os nossos filhos são a nova geração que se segue !!»