AS AUTÁRQUICAS O ALGARVE E VRSA


O Algarve e, em especial Vila Real de Santo António explicam muito bem o porquê do aumento das votações nos partidos populistas de direita. Veja-o que se passa com o atual presidente da CM eleito por um Partido Socialista, o seu populismo é mais próprio do Partido Socialistas ou daquele partido que é tão atacado pelos socialistas?

A verdade é que em VRSA qualquer partido é mais sério, apresenta gente mais séria e faz propostas mais sérios do que o senhor que se agarrou à oliveirinha em que lançou a sua candidatura sob o signo de um dia  7, um dia carregado de simbologia maçónica e recordando que era o dia em que Mário Soares nasceu.

Aquilo a que assistimos na gestão da CM é do domínio da poupa vergonha, da incompetência e da patologia psicológica, com um autarca a levar o populismo ao extremo e, como se isso não bastasse, à utilização de cada tostão da CM para se promover numa campanha pessoal de autoelogio e de um culto da personalidade quase doentio.

Que diferença haverá entre votar num Araújo ou num candidato do CHEGA de que o PS tanto diaboliza? Nenhuma, ou melhor se o presidente da CM fosse do CHEGA ou de qualquer outro partido da autarquia estaria hoje muito melhor.

Por outro lado, o que poderão os vila-realenses esperar da política do próximo governo? O Algarve e, em particular, o Sotavento foram abandonados por sucessivos governos, se não fossem as receitas do turismo seria um distrito miserável, sem infraestruturas rodoviárias modernas, sem hospitais capazes de responder às necessidades.

O que é feito das promessas em relação à EN125? O que é feito do novo hospital distrital prometido em todas as legislativas? O que foi feito pelos concelhos serranos, além de promessas idiotas de autarcas incompetentes, como a famosa rede de minibus elétricos do Álvaro Araújo.

Depois, cinicamente esta classe de políticos de má qualidade, incompetentes e oportunistas sem o mais pequeno escrúpulo ficam muito admirados com a deriva do eleitorado para a extrema-direita ou com as abstenções elevadas.

Aquilo que se passa em Vila Real de Santo António, o autoritarismo, a corrupção ética da vida política, o oportunismo generalizado, a contratação em massa de familiares e amigos, a criação de uma clientela de lambe cus, oportunistas e bufos, tudo para manter um político fraco no poder, dá que pensar sobre o estado de podridão de algumas estruturas de alguns partidos, como é o que sucede no PS de VRSA, tão acarinhado pelos de Faro e Tavira.