Quando ainda não conhecíamos esta bela personagem vinda do Minho, sugerimos ao homem que o estava preparando para ser candidato, que a “invenção” de um candidato alternativo à São Cabrita passava por projetar o candidato recorrendo a conferências.
O senhor das marionetas locais ouviu o conselho e fomos surpreendidos pelo lançamento da candidatura do moço de Viana, numa conferência dedicada ao tema do trabalho, um domínio onde era suposto o candidato sentir-se como peixe n água, já que há muito que, com a ajuda de nomeações políticas, era responsável pela repartição local do IEFP, onde se notabilizou por fornecer a São Cabrita com a mão de obra escrava e barata do esquema dos POC.
Só que o senhor nem abriu a boca sobre os temas em discussão, limitou-se a tirar notas. Não ficámos muito surpreendidos, nunca descortinámos qualquer brilho nas poucas palavras que ouvimos e isso confirmou-se nas suas entrevistas. Nunca lhe tínhamos lido qualquer artigo numa publicação, nem nenhum discurso público. E quando finalmente ouvimos algo da sua produção intelectual, nas entrevistas à rádio Guadiana, só pudemos sentir vontade de rir.
Só lhe ouvimos baboseiras, frases comuns e papetices gigantescas como a famosa promessa de promover uma rede de autocarros elétricos na serra. A ideia não só era do domínio do hilariante, como ainda demonstrava o que chefe da repartição do IEFP sabia sobre o único tema onde poderia demonstrar o seu conhecimento. Justificava o grandioso projeto, surgindo que seria pago pela Bazuca , porque havia muita oferta de empregos em Balurcos e com estes ‘mini bus elétricos’, como os designou, os vila-realenses teriam a oportunidade de se empregar naquela aldeia.
Mais tarde, já eleito percebemos que os discursos estavam em linha com a famosa nota do seu partido, onde a sua candidatura era apresentada como mística, por ter sido realizada num dia sete, já que o Dr. Mário Soares também tinha nascido num dia sete. Vale a pena recordar esta pérola com que nasceu o regime araujiano pelo que talvez vale a pena recordá-la.
Foi então que pareceu o Xolim, o rapaz bem vestido, todo emproado e sempre de mala, e os discursos do nosso senhor presidente se tornaram uma verdadeira pérola literária. O problema era quando o vento baralhava as folhas do discurso, como sucedeu quando a volta ao Algarve passou por VRSA e o nosso senhor presidente ficou às aranhas, a partir do momento em que ficou sem papel para ler.
Surpreendentemente começam a aparecer artigos no jornal e notícias, um jornal com implantação no norte do país. De repente o modesto autarca de VRSA começa a aparecer como um intelectual, que fala sobre todos os temas, em regra com banalidades e frases feita. Não sabemos se o António Costa já reparou nesta nova “Perola do Guadiana”, talvez desse um bom membro do Governo.
Por aqui, só reparámos numa curiosa coincidência, os artigos começaram a ser publicados desde que a CM para mais de 80.000€ a um assessor de imprensa, montante que nem o primeiro-ministro paga aos seus assessores do ramo.
E assim se inventa um político, só que quando sugerimos as conferências estávamos à espera que o futuro candidato soubesse falar melhor que aquilo que ouvimos nas únicas intervenções que temos a certeza de que era da sua autoria, as declarações espontâneas na Rádio Guadiana. Agora parece cantar como um Xolim e com os recursos materiais e financeiros da CM já parece outro.
Como se costuma dizer, com as calças do meu pai pareço um homem.