Num município gerido por gente preocupada com os seus munícipes as prioridades de gestão vão para coisas importantes e, de entre estas, a mais prioritária é a saúde e segurança dos cidadãos, especialmente das crianças.
Há muito que o fibrocimento deveria ter sido retirado dos edifícios públicos, como os mercados municipais e, em especial, as escolas. O fibrocimento representa um grande risco para a saúde e são raros os municípios do país que ainda não o retiraram deste tipo de edifícios, senão mesmo de todos.
Nas escolas é um risco para os profissionais e estudantes, já que usam estes edifícios durante quase todo o ano, o mesmo sucedendo com os que trabalham nos mercados municipais, ainda que nestes últimos o risco permanece também para os seus utentes, ainda eu em menor grau.
Ao fim de dois anos de mandato e depois de tantas centenas de milhares de euros gastos em festas, festarolas, bailaricos e concertos de minis, o Município de Vila Real de Santo António já gastou muito mais do que seria necessário para resolver um problema que deveria estar catalogado como uma das prioridades.
Mas parece que o Araújo e a sua equipa parece andar mais preocupado em organizar festa onde se faz fotografar, ao ponto de em vez de termos o São João da Degola os turistas aina vão pensar que em Cacela se celebra o São Araújo da Degola.
Mas o mais grave é que no caso das escolas que estão prestes a reabrir, o fibrocimento ainda lá permanece porque a crer em dados oficiais o nosso senhor presidente terá decidido adiar a obra, talvez porque nesta fase do mandato está mais focado nas festarolas e depois irá tentar mostrar serviço.
Estamos certos de que mais em cima das eleições e depois de os alunos terem passado dois anos a respirar amianto sem necessidade disso, o nosso senhor presidente se vai lembrar das operações “ALG-07-5673-FEDER-000055” e “ALG-07-5673-FEDER-00005” aprovadas pelo Programa Portugal 2020.
No âmbito destes programas foram concedidos ao Município de VRSA verbas no montante de 164.450€ e de 107.922,3€, respetivamente para a escola EB23 D. José I – VRSA e EB Monte Gordo, para retirar o fibrocimento. Acontece que Monte Gordo foi esquecido, já que supomos que a intervenção na escola EB23 D. José tal já se concretizou, na sequência da obra lançada ainda no tempo da São Cabrita e que se prolongou devido a uma inundação resultante da negligência do atual executivo, que perante o anúncio de chuvas fortes nada fez para minimizar o risco de inundações.
Qual a razão de ainda não estar concluída uma obra para a qual foi obtido financiamento e cuja data de conclusão resultante do compromisso no âmbito do Programa Portugal 2020 era o mês de julho de 2021?