A SUPERIORIDADE MORAL DOS BANDEADOS


Nos tempos em que o Álvaro Babita era um promissor militante do PCP, quando o Jerónimo de Sousa vinha a VRSA e andava com a filha ao colo ou quando durante a campanha das autárquicas tirava uma foto com a avó, seria certamente um leitor de um livro escrito por Álvaro Cunhal com o título "A superioridade moral dos comunistas".

Mas entre a superioridade moral e um cargo de vereador parece que a escolha foi óbvia e coisas como a moral moral comunista ou a ética foram jogadas às urtigas a troco de uma melhoria de vida.





Mas esta coisa de ser vereador tem coisas boas e coisas menos boas, já que se interrompe a carreira profissional e ainda que essa carreira não seja lá muito brilhante, perde-se a oportunidade de progredir na carreira. Enfim, não se pode ter sol na eira e água no nabal.

Mas não é assim que pensa o nosso Babita e pensando que o seu alto estatuto como servil vereador do Álvaro Araújo lhe permitia levar a que os autarcas de Castro Marim ignorassem a legalidade (coisa muito habitual no executivo a que pertence)


Bem informado sobre a legislação que vai saindo, o Álvaro Babita soube da publicação de nova legislação e correu para Castro Marim a requerer que se abrisse um concurso interno na Câmara Municipal de Castro Marim, para mudar de nível interno, onde só ele poderia concorrer, mas para o qual não reúne as condições do artigo que o próprio invoca, que se resumem estar ao serviço daquele município (n.º 1 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 97/2001, de 26 de março). Isto é, o nosso rapaz queria um concurso onde sabia que seria ele o único candidato.

Só que tem azar e o que pretendia para ele seria ilegal, diz o artigo da lei em causa que:

A mudança de nível é a passagem para o escalão com índice superior mais aproximado do nível seguinte da mesma categoria, opera-se mediante procedimento interno de seleção e depende da permanência no nível anterior de um período de dois anos classificados de Muito bom e ainda da permanência no mesmo organismo pelo período de um ano.

Faz um requerimento à pressa, depois de saber e receber na Câmara de VRSA, informação oficial, que estava em curso uma alteração das carreiras.

Como bom comunista que é, e elevado democrata, quis aproveitar a sua posição de poder, para forçar um comportamento nada ético. E de favorecimento pessoal. Os autarcas de Castro Marim cometeriam a ilegalidade e ele subiria na carreira.



Ao que consta, agora passa a vida a mandar mensagem para uma dúzia de pessoas, com o número oficial da Câmara Municipal de VRSA, a lamentar a perda, de um pseudo direito que eticamente não tem. Nem ética nem legalmente, mas acha que tem porque não recorre da decisão?

Mas, enquanto vereador na Câmara de VRSA, só abriu concurso para três vagas, sendo 6 os técnicos com carreira de informática. Mas em Castro Marim, gostava que o Presidente lhe abrisse concurso, como se lá estivesse. Enfim, é um velho princípio de ética de certos artistas, faz o que eu digo, nas faças o que eu faço.

Ou quererá ele, abandonar o cargo de vereador?

Aprendeu rápido a má escola socialista, sendo agora o grande soldado do partido socialista de VRSA e CM, instigando meio mundo, com mentira e ameaça