POLÍTICA DE HABITAÇÃO OU OPORTUNISMO ELITORALISTA



Desde que “descobriu” que poderia comprar casas para dar aos seus eleitores sem “meter um tostão”, por conta do PSS, o autarca de VRSA passou a dedicar-se exclusivamente à organização de festas, a tirar fotografias e a prometer habitação, se é que durante a campanha eleitoral não terá prometido casa e emprego a muitos dos que acreditaram nele.

Sobe se a CM não “mete um tostão” voltaremos a abordar o assunto pois documentos oficiai e notícias do governo e de outras autarquias contam uma história bem diferente. Talvez em VRSA seja “à borla” e é isso que explica que neste concelho o PRR vai investir mais de metade do que investe em Lisboa para resolver o problema dos agregados em “situação habitacional indigna”. Isto é, VRSA deverá ter mais situações de extrema gravidade do que em todos os outros municípios do país.

Mas se o senhor presidente terá ficado traumatizado com a sua magra maioria, de tal forma que mal tomou posse transformou a CM num comité eleitoral para as eleições autárquicas seguintes, usando os escassos recursos financeiros para promover a sua imagem de grande político que não é, com a queda da sua imagem o nosso senhor presidente terá percebido que precisa de mais votos. Talvez isso explique a duplicação abrangidas pela Estratégia Local de habitação.

Será isto uma política de habitação? O que faz o nosso senhor presidente para aumentar a oferta de habitação no concelho? Que soluções oferece o nosso senhor presidente a um jovem casal que não vivendo numa habitação indigna não e contra uma habitação para arrendamento?

O 1.º Direto visa unicamente as situações de habitação indigna e isso não é o caso de alguém que vive com a mãe numa casa normal, mas que recebe uma casa onde paga 60€. Também não se destinam a pessoas que durante o verão podem ir para outra casa, alugando as suas casas a turistas aos preços que todos conhecemos. E muito menos será para que quem mora longe de VRSA venha instalar-se em equipamentos onde receberão uma casa a troco de se recensearem e votarem nos autarcas.

A forma como está sendo usado o 1.ª Direito em VRSA suscita cada vez mais dúvidas. Estas dúvidas prendem-se com o financiamento, com os critérios de identificação das famílias, com os critérios de interpretação do que se entende por habitação indigna e pelos critérios de escolha dos beneficiados.

Uma coisa é certa, para quem não vive numa barraca ou numa habitação totalmente degradada a autarquia não tem uma única proposta, nem sequer uma solução do tipo de rendas condicionadas. Muito simplesmente, esses não são os eleitores cujo voto o nosso senhor presidente quer conseguir.