ABUSO CRIMINOSO



Aquilo que se passa nas obras do Cine Foz é um abuso total, ali reina a lei do Araújo, parece que apenas se cumpre as normas ditadas pelo Araújo, mesmo que à margem da lei. O que nasce torto tarde ou nunca se endireita e desde que uma empresa com um capital de cem euros tem um contrato na sequência de um edital manhoso, tudo vale, isenções de taxas duvidosas, desrespeito dos regulamentos municipais, obras sem licença e desrespeito dos sinais de trânsito.

Quem circula na obra corre risco de vida, já que uma viatura ligeira que vire para a rua da obra, confiando na sinalética ali existente corre um sério risco de vida, se ficar debaixo de uma das muitas viaturas pesadas que andam saem da obra e circulam em sentido contrário.

Os camionistas não sabem que circulam em sentido contrário? Claro que sabem, mas se o fazem de forma sistemática é porque alguém lhes diz que o podem fazer e se o dizem é porque sentem as costas quentes, porque alguém deu aos responsáveis da obra esse direito. O autarca não sabe? O comissário da PSP não sabe? Depois de tantas denúncias é difícil que o ignorem.

Estamos perante uma situação de extrema gravidade, desdele logo porque é a vida das pessoas que está em risco e tanto o autarca como o comissário da PSP sabem-no. Mas que autoridade tem a PSP de autuar um cidadão por uma infração menor, quando fecham os olhos a infrações tão graves. Ou será que em VRSA as autoridades especiais consideram que há gente de primeira e gente de segunda. Quanto ao Araújo já o sabíamos, mas em relação à PSP a situação é bem mais grave.

Recorde-se que a circulação em sentido oposto dá lugar a uma coima de 250 a 1250€.

Se suceder um acidente grave de quem é a responsabilidade, apenas do camionista que desrespeita o código ou também de quem fecha os olhos a estas infrações sistemáticas? Isto coloca um problema adicional, que seria interessante averiguar, será que a colocação da sinalética obedeceu às normas, ou no caso do acidente o infrator pode invocar a ilegalidade dos sinais, por terem sido colocados sem aprovação por parte do órgão autárquico competente?