A propósito de uma visita do líder do PSD à esposa que
estava em peregrinação a Fátima, com a presença das televisões, Pedro Nuno
Santos, líder do PS, condenou o possível aproveitamento político de um ato
religioso, tendo ido muito mais longe, ao declarar que esse gesto do líder do
PSD “diz muito sobre a pessoa que é o Luís Montenegro”.
Não indo tão longe quanto o líder do PS, já que
historicamente este partido sempre se afirmou laico e os seus dirigentes sempre
rigorosos na observação deste valor, ao contrário do PSD, que não se afirmando
cristão como o CDS, também nunca se afirmou laico, pelo menos da forma rigorosa
como o faz.
Mas se o gesto do líder do PSD sendo o líder do PS pões em causa
a sua idoneidade ou carácter, o que diria o Pedro Nuno Santos do seu camarada Álvaro
Palma de Araújo? Nem o Salazar ou qualquer político do regime fascista usou
tanto os sentimentos religiosos da população como este bandalho político que
veio parar à nossa terra. No mínimo chamar-lhe fascista ou coisa pior.
Este não foi ver a mulher a Fátima, tem feito algo muito
pior mesmo escabroso, já que até alguém com responsabilidades na paróquia o acusou
em plena sessão de câmara que a sua ação era maléfica, isto é, coisa do diabo.
Este foi muito mais longe, há anos que leva idosos a Fátima,
dantes com a colaboração do incansável Asdrúbal, agora com o dinheiro da CM,
para lhes dar homilias durante a viagem
para os convencer a votarem nele. Aproveita todas as cerimónias
religiosas para fazer sessões fotográficas com aquele ar de quem leva um cilício
a apartar-lhe os ditos cujos, em sinal de mortificação corporal.
Mas pior, no que se refere a aproveitamento religioso
estamos perante um verdadeiro bandalho, porque tanto se senta ao lado da missa
católica ao lado do Marcelo, como no dia seguinte vai fazer discursos na missa
evangélica, enquanto promete terrenos para uma nova igreja, na esperança de
enganar a comunidade cigana.
E se num dia promete terrenos para uma igreja evangélica no
dia seguinte manda colocar contentores de lixo num local histórico na traseira
ada igreja e junto da casa paroquial. Pior ainda, refere-se à igreja católica
em lena sessão de câmara, provavelmente para conseguir a militância dos
evangélicos em seu favor.
E para agradar a muçulmanos, em mais um gesto da sua
bandalhice política elimina símbolos no calçadão de Monte Gordo.
Ó Pedro, se achas isso do Luís Montenegro, então vem cã
abaixo dizer-nos o que achas do Álvaro Palma de Araújo.