Com a contagem dos votos dos círculos da Europa e do resto do mundo, confirmou-se o pior cenário para o PS, este partido, que apenas há dois anos contava com uma maioria absoluta ficou reduzido a quase metade dos deputados de que dispunha na AR. À esquerda o PCP resistiu (se o PCP fosse como o PCP de VRSA provavelmente teria desaparecido), o BE quase desapareceu e agora tem, como o PAN, uma deputada, o PS ficou reduzido a terceiro partido, isto é, pela primeira vez não é líder da oposição quando não está no governo.
Quando foram convocadas as eleições havia em VRSA quem
estivesse eufórico, o Araújo e os seus pares viam num Pedro Nuno Santos em
primeiro-ministro uma tábua de salvação. Agora, devem estar arrependidos, e o
Araújo perdeu aquilo que esperava ser o seu trunfo político, ter muitas cunhas
no Governo.
O que sucedeu é surpreendente?
Olhando para políticos do PS como o Araújo, o João Reis, o
Rui Setúbal, temos de concluir que ainda tiveram sorte. Porque se os eleitores
algarvios soubessem como o PS VRSA se transformou
num partido oportunista de extrema-direita, o PS não teria elegido qualquer
deputado.
As eleições legislativas terão impacto nas autárquicas? É
óbvio que sim, os eleitores não são uns patetas como sugeriu a Célia Paz e se
em VRSA os resultados evidenciam uma derrota histórica do PS VRSA, muito
dificilmente o Araújo é o posto dos políticos rejeitados a nível nacional.
O Araújo não ilude ninguém quanto Às suas capacidades, à sua
incompetência, aos seus tiques de extrema-direita, às dúvidas em torno de todos
os seus negócios. O Araújo vai ter nestas autárquicas o mesmo destino político
do Pedro Nuno Santos, desaparecer.