O HOMEM NÃO GOSTA DE NÓS



A regra comum a uma boa parte da catrefa de familiares e camaradas que o nosso estimado “Senhor Presidente” já meteu na Câmara Municipal, ganhando muito mais do que a média dos vila-realenses, é não serem conhecidos da terra. E os que são da terra andavam na diáspora ou era pouco vistos na rua, sabe Deus por que motivo.

Mas o caso mais original, a seguir ao do rebento desempregado da  família Setúbal, é o da nova responsável do urbanismo. Num gesto de grande abertura e depois de gastar fortunas com nomeações de amigos camaradas e familiares, o “Senhor Presidente” parecia ter esgotado a imaginação para arranjar chefias, o “Senhor Presidente” perguntou à oposição se tinha alguma sugestão para o cargo de responsável do urbanismo.

Nunca se tinha visto tanta abertura por parte de um autarca, mas pelos vistos ou a oposição fez como pobre, que quando a esmola é grande até o pobre desconfia. Mas tal pedido era um atestado de incompetência aos cargos altamente qualificados e experientes que pertencem aos quadros da CM. Ficava mais barato e tinha-se um chefe de competência e se o problema era de confiança política até se arranjava.

Mas o “Senhor Presidente” parece não gostar de vila-realenses e com o LdF metido em todo o lado até deve recear que a estátua do marquês nos dá algumas informações mais íntimas. E é verdade, ainda no outro dia nos segredou uma história deliciosa, a reunião do autarca com uma autarca de um concelho vizinho. Mas os pormenores deste encontro ficam para outro post.

Como parece que o Senhor Presidente não gosta de vila-realenses optou por ir contratar alguém a Castro Marim. Uma engenheira que trabalhava num organismo ligado à proteção do ambiente e que, coincidência das coincidências, foi a candidata derrotada do PS à CM do concelho de Castro Marim.

Enfim, um dia destes ainda vemos o Eduardo Cabrita contratado para assessor de segurança ou de condução do “Senhor Presidente”. Até era uma boa escolha, faria um bel paro com o Pacheco o incansável cunhado do “Senhor Presidente”, outro que está junto ao pote autárquico da nossa terra.

Castro Marim no bolso era o slogan da candidatura da senhora, agora deve ter mudado para “VRSA no bolso”. Esperemos que não faça como outros chefes escolhidos pelo “Senhor Presidente” e vá pedir ajuda aos funcionários, por não saber da matéria.