É obrigação dos responsáveis das instituição do Estado gerir os recursos humanos de forma competente. Não “usar” um funcionário só porque não é da cor política de quem dirige, além de ser algo de muito baixo nível, configurando mesmo um crime de assédio laboral, é destruir de forma indecorosa os recursos financeiros conseguidos através de impostos e taxas cobrados aos cidadãos.
Mas se na gestão dos recursos humanos se colocam questões de competência, na sua contratação os problemas podem ser de legalidade. As autarquias não são gabinetes ministeriais, não se entendendo que numa CM de um pequeno concelho, se tenham contratado mais assessores do que aquilo que vemos num ministério. As contrações de pessoal no Estado devem respeitar o princípio constitucional da igualdade, algo que não tem sucedido na CM de VRSA, onde o despudor chega ao ponto de contratar famílias.
Como se explica, por exemplo, que um contabilista com habilitações modestas, é contratado como assessor financeiro. Desde quando alguém sem habilitações para tal pode ser contratado pelo Estado. É a mesma coisa que alguém comprar um Ferrari e aceitar a entrega de um Skoda. Como se entende que a filha do “assessor financeiro” sem qualquer experiência profissional seja assessora em urbanismo, será que os arquitetos da CM, experientes na matéria, não chegam para apoiar o “Senhor Presidente”.
Além disso, há algo de errado, quando se contrata um contabilista sem grandes recursos académicos para assessor financeiro e este ganha o mesmo que a filha, que é tem habilitações académicas. E como é que se explica que o Rolim, que tanto quanto se sabe só faz vídeos e posta no Facebook, que tem uma licenciatura de línguas e ganha mais do que a arquiteta, filha do assessor financeiros.
Mas o regabofe não se fica por aqui, já que são muitos os contratados sem qualquer concurso e que foram logo promovidos a cargos de chefia. Alguns destes senhores têm contratos de assessores, isto é, até podem nem aparecer na CM e recebem na mesma. Por exemplo, quantas vezes apareceu a assessora do urbanismo durante a pré-campanha e campanha eleitoral das legislativas? Pois é, enquanto um funcionário é difamado nas redes sociais a filha do assessor financeiro não aparece,,,
Aquilo a que temos assistido na CM de VRSA em matéria gestão e contratação de recursos humanos parece ser tão grave que a oposição deveria exigir a realização de uma auditoria independente ao que se tem passado.