CAMPANHA ELEITORAL




Começa hoje a campanha eleitoral para as autárquicas. Se ao nível nacional começa marcada pelo princípio do fim da pandemia de covid-19 e com um primeiro-ministro a transformar os fundos europeus para a recuperação das consequências económicas da pandemia, como se fossem excedentes orçamentais resultantes da sua gestão económica, ao nível local a campanha foi antecedida por uma pré-campanha que recordada pelo muito de sujo qu aconteceu.

Ainda neste fim-de-semana vimos um candidato a desrespeitar de forma grosseira o luto do seu partido, com almoços de campanha e rodadas de cerveja em dia de procissão. Isto depois da vergonhosa manobra da oferta de palha podre, para não referir o muito que se soube do seu perfil profissional e político.

Não acreditamos numa campanha suja, há demasiadas ambições pessoais e familiares em jogo, há quem lute desesperadamente para que outros não entrem na CM e nos seus arquivos, há quem tenha mutas dívidas para pagar, há quem queira empregar e dar uma carreira á filha a qualquer custo, há construtores civis muito interessados em terrenos públicos, como os do Parque de Campismo.

A CM pode estar falida ao ponto de não ter dinheiro para colocar papel higiénico nos WC da sede, mas há muitas licenças para conceder, terrenos que poderão ser vendidos ao desbarato, áreas agrícolas que poderão ser urbanizadas, empregos para dar, mesmo falida a CM ainda pode dar muito.

Não será estranho que nunca se tenha gastado tanto dinheiro numa campanha eleitoral? Que um candidato não se preocupe com o risco de desmoronamento da sua sede mas gasta fortunas com outdoors? De onde terá vindo tanto dinheiro para marketing eleitoral, porque é que é num dos concelhos mais pequenos do país e com a CM mais falida que se gasta mais dinheiro em marketing político?

Será que andam por aí uns senhores cheiros de dinheiro assim tão preocupados para que os melhores sejam os escolhidos e por isso os apoiam?

Bandeados, panfletos anónimos, ataques homofóbicos, desrespeito do luto, rodadas de minis, perfis sujos para difamar quem não interessa, ameaças de caldeiradas de porrada. Foi isto a pré-campanha, veremos se já esgotaram a criatividade ou se nos continuarão a surpreender.