LARGO DA FORCA
Em entrevista à Rádio Guadiana, em 18 de dezembro de 2021, o “Senhor Presidente” dizia que o contrato com a ECOAMBIENTE era um case study por ser tão favorável ao Município. Dizia mais, que a ECOAMBIENTE não se podia queixar de incumprimento por parte da CM já que tudo o que estava acordado tinha a chancela do FAM e constava do PAM, o contrato entre a CM e aquele fundo. Mais ainda, dizia o “Senhor Presidente” que não aceitava a rescisão porque o contrato era muito favorável ao Município.
Pois é, se o contrato com a ECOAMBIENTE já era um Case Study, o novo contrato, a que o “Senhor Presidente” designou por “aditamento” é ainda mais um “case study”, se na primeira versão seria para o nível do 12.º ano, o case study desta versão araujiana já merece ser estudado nos doutoramentos. O problema é que ainda não há doutoramento em artes circenses, pois dava um bom exercício intelectual no campo das cambalhotas.
Vejamos então, agora que o novo contrato está assinado, a grandiosa cambalhota do nosso moço de Viana:
O rapaz não garantia na Rádio Guadiana, já depois de ter estudado o dossier e certamente aconselhado pelo guru das finanças Rui Setúbal, que o contrato era para manter por ser favorável ao Município? Era, dizemos nós, porque com o “aditamento” a ECOAMBIENTE recebe mais 20.000€ mensais do que recebia!
Mas quais as contrapartidas exigidas à ECOAMBIENTE? Nenhuma, no que se refere ao serviço da ECOAMBIENTE fica tudo na mesma.
E qual foi o argumento para tanta generosidade do moço de Viana? O contrato passou a depender da evolução dos salários e da energia. Isto é, a empresa só agora reparou que há evolução salarial e que os combustíveis podem aumentar ou diminuir. Isto é, fizeram mal as contas, ganharam o concurso e agora o Município dá-lhe de comer à boca alterando um contrato em seu favor e sem qualquer base legal.
Onde estão os pareceres jurídicos, a fundamentação técnica dos novos valores, a avaliação do serviço prestado? O que é feito das opiniões do “Senhor Presidente” expressas em várias ocasiões nos órgãos da autarquia e na Rádio Guadiana.
Eu interesses está defendendo o “Senhor Presidente”, os do Município ou os da ECOAMBIENTE? Quem ganhou com este novo contrato negociado de forma estranha e sem qualquer concurso, o Município ou a ECOAMBIENTE? Como explicar tanta generosidade e esta grande cambalhota do moço de Viana?
PS: Deixamos aqui os parabéns ao Senhor Rui Setúbal pelos seus conselhos financeiros, agradecemos nós e a ECOAMBIENTE.
