Parece que depois de ter levado tanta gente a passear até Évora, os terrenos junto ao Vasco da Gama, numa zona conhecida no passado por Mata da Bruxa, o negócio da venda dos mesmos está mesmo embruxado.
Então não é que o comprador desistiu do empreendimento que prometeu construir ali, depois de ter comprado os terrenos ao preço da uva mijona e ainda se queixou no tribunal, par conseguir a devolução do sinal? Estranho, bem, ainda não é tudo, a Camara Municipal decidiu “render-e” sem dar um tiro.
E o que argumentou?
“A imprevisibilidade da duração do litigio judicial e do sentido da respetiva decisão, não sendo possível antecipar ou dar por certo o ganho da causa por parte do Município.”
É a primeira vez que vejo o Estado Português desistir de uma causa em tribunal com o argumento da imprevisibilidade e lentidão da justiça, sem mais explicações. Isto é, a CM de VRSA acha que não saber a sentença antes do processo e a lentidão da decisão deve levar qualquer um a ceder sempre que a outra parte recorra ao tribunal. Não há mais nada?
Isto é, para o “Senhor Presidente” um Tribunal é uma espécie de Casino, um jogo de sorte ou azar, mas com uma agravante, metemos a moeda na slot machine e só depois de chegarmos a casa é que a máquina informa se temos prémio.
Enfim, talvez existam mais explicações, mas esta é inaceitável.
O certo é que a CM vai voltar a vender o terreno e já há quem comece a fazer palpites sobre quem será o comprador sortudo. Não aceitamos apostas porque como o “Senhor Presidente” somos mais a macumbas da oliveirinha do que a jogos de sorte e azar.
Mas fica aqui uma pergunta: porque razão o executivo queria fazer esta manobra de forma a que poucos soubessem dela?
Enfim, e como é da Mata da Bruxa que falamos é caso para dizer que “yo no creo en brujas, pero que las hay las hay”.