A SINA TRISTE DE VRSA




Passado quase um ano e meio parece que o nosso senhor presidente se esqueceu de que os autarcas são eleitos para servirem o município, para assegurar uma gestão competente e transparente do Município e para promover o desenvolvimento local, criando condições para o progresso, a criação de empregos qualificados e o progresso social.

Depois de uma campanha em que nos impingiu a sua bela foto por todos os cantos, com um programa cheiro de obras irrealizáveis, o nosso senhor presidente parece ter confundido o mandato autárquico com uma campanha eleitoral de quatro anos, agora sem necessidade de financiamentos para pagar a mega de campanha de outdoors, contando com os recursos financeiros do Estado para tentar atingir simpatias que lhe permitam atingir a maioria absoluta que os vila-realenses sabiamente lhe recusaram.

Era suposto estarmos a falar dos nossos problemas, a refletir sobre como poderíamos atrair boas empresas para assegurar empregos futuros aos que agora estudam, a pensar como é que poderemos tirar partido das vantagens comparativas proporcionadas pelo clima, pelo meio ambiente privilegiado, pela experiência de progresso de outros tempos.

Mas não, em vez disso vemos as fotografias de um autarca que não parece fazer mais nada do que andar com o Lima a tirar fotografias, em vez de sabermos o que faz e o que se discute em prol do concelho em tantas reuniões a que parece ir, ficamos apenas com as fotografias, para que pensemos que estamos perante um grande político.

Em vez de tirar partido das vantagens da participação dos munícipes e dos deputados municipais e dos vereadores que elegeram, assistimos a uma tentativa sistemática da destruição da democracia, mal foi eleito já tinha promovido a traição política de um vereador da CDU, que , agora, em vez de ser a voz dos que o elegeram pouco mais é do que a voz do “dono”. Mas não bastou silenciar a CDU no executivo, tem feito um trabalho sistemático de destruição da candidatura independente de um movimento de cidadãos, pouco dias depois de eleito já estava a oferecer cargos e conseguiu logo ter um deputado municipal independente bandeado, só que este nem a voz do “dono” é, já que se limita a ganhar os 80€ por sessão da AM, a beneficiar das mordomias do cargo que representou os trintas dinheiro. Entretanto já contratou a esposa do candidato independente à JF de VN de Cacela e parece que ainda não desistiu de ptessionar os candidatos e eleitos pela candidatura independente, até se assegurar de ficar com os seus notos nas próximas eleições.

Só restava comprar o PSD e o CHEGA. Quanto ao PSD são conhecidas as aproximações a um presidente de junta de freguesia e a uma deputada municipal deste partido. Nem o CHEGA escapou e um gasolineiro formado em direito apareceu milagrosamente empregado na CM.

M vez de promover o desenvolvimento social está transformando a CM na sua nova Mão Amiga, promovendo a sua imagem através de uma falsa caridade cristão, não perdendo a oportunidade para tirar as habituais fotos ao estilo narcisista para nos dizer na sua página de promoção pessoal “ estão a ver como sou um bom cristão?”. Na sua página, que nos faz lembrar os velhos livros da Anita todos os Dias assistimos a esta pantomina do “bom católico, do “bom evangelista”, do bom familiar”, do “bom genro”, do bom “cunhado”. Há 15 meses que assistimos a este espetáculo ridículo.

Em vez de promover a transparência transformou a CM num bunker de gente da sua confiança, onde os que não apoiam até têm medo de falar, porque quase anos depois do 25 de abril há o medo de até as paredes terem ouvidos, como se o fantasma do Baía pairasse nos corredores da CM.

Em vez de corrigir erros do passado usa-os para benefício pessoal, em vez de os não cometer assistimos à publicação de falsos concursos, a resmas de adjudicações diretas ou consultas prévias duvidosas. Em vez de um debate político sério transformou o debate dos problemas locais numa verdadeira peixeirada nacional, julgando que assim conseguirá uma dimensão política que nunca teve.